o mar do poeta

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domingo, março 20

GUERRA APACHE - PRIMAVERA DE 1877

 Guerras Apache



Geronimo e seus guerreiros em 1886

Data 1851 de 1890

Local Sudoeste dos Estados Unidos

Resultado Vitória norte-americana



Combatentes

*Chiricahua Apache

Jicarilla Apache

Mescalero Apache

Lipan Apache

Apaches ocidentais

Apaches das planícies

Aliados Apaches:

Ute

Yavapai

Cheyenne

Kiowa

Estados Confederados da América (1861-1865)

Estados Unidos da América (1851-1900)



Comandantes

Flechas Rayada

Chacon

Mangas Coloradas†

Camisa de Ferro†

Cochise

Francisco

Juh

Delshay

Victorio

Nanni Chaddi†

Na tio tish†

Geronimo John Davidson

Philip St. George Cooke

John G. Walker

Granville Henderson Oury

Thomas J. Mastin†

George Crook

George Jordan

Eugene Asa Carr

Andrew Evans

Nelson A. Miles

Henry Lawton

James W. Watson



As Guerras Apache é o nome dado a uma série de conflitos coloniais ocorridos no século XIX, entre os colonos norte-americanos (eventualmente com o apoio do Exército) e a tribo Apache, nativos índios que habitavam o sudoeste dos Estados Unidos.

Origens



Distribuição dos grupos Apache no século XVIII, conforme as legendas: WA - Apaches ocidentais (Apacheeg ar c'hornôg) N - Navajo Ch - Chiricahua M Mescalero J - Jicarilla L - Lipan (Lipek) Pl - Apaches da planície (Kiowa Apache, Apacheeg ar c'hompezennoù)

O primeiro conflito entre norte-americanos e apaches (que chamam a si mesmos, em transliteração para o inglês, de T`Inde, Inde, N`dee, N`ne ou "povo") ocorreu em 1847 durante a Revolta Taos na Guerra Mexicano-Americana. Os apaches lutavam a favor do México, como aliados dos mexicanos do Novo México.

A primeira campanha organizada contra os apaches se iniciou em 1851 e deveria ter terminado em 1886, com a rendição de Geronimo. Contudo, os ataques dos índios contra os brancos continuaram até 1900.

 Antes da luta com os norte-americanos, os apaches já haviam guerreado contra os espanhóis e os mexicanos. A maior batalha desse período ocorrera em Tucson, Arizona (1782).

Os apaches não conseguiram expulsar os espanhois e mexicanos invasores de suas terras, dominadas por vários grupos. Esses domínios eram uma vasta região de terras que ia do sudeste da Califórnia até o oeste do Texas, do nordeste do Arizona até o México e a área de Oklahoma.

Nos primeiros anos das guerras, de 1851 até 1875, as batalhas aconteciam devido ao roubo das propriedades e massacres de brancos e mexicanos. De 1875 a 1886, os confrontos ocorreram em função dos Estados Unidos ordenarem a mudança para as reservas, ou devido a fuga dos nativos desses locais.

De 1886 a 1900, pequenas batalhas ocorreram entre a forças expedicionárias da Cavalaria dos Estados Unidos, colonos brancos e pequenos grupos de apaches que fugiam das reservas. Guerreiros apaches solitários eram apontados como responsáveis por alguns ataques.

Algumas vezes os nativos americanos eram provocados pelos colonos brancos e mexicanos, aproveitadores da política governamental de confinamento dos índios em Reservas. Líderes apaches como Mangas Coloradas dos Bedonkohe; Cochise dos Chokonen; Victorio dos bandos Chihenne; Juh dos bandos Nednhi; Delshay dos Tonto e Geronimo dos Bedonkohe foram à guerra militar e resistiram as ordens de transferência para as reservas.



 1851 a 1859

No começo da Guerra Mexicano-Americana em 1846, muitos bandos apaches garantiram aos soldados norte-americanos passagem livres por suas terras, enquanto outras tribos se aliaram aos rebeldes dos Novo México que lutaram do lado do México.

Quando os Estados Unidos definiram as fronteiras com o México em 1848, Mangas Coloradas assinou um tratado de paz, respeitando o que seria os conquistadores das terras mexicanas. A precária paz entre apaches e norte-americanos perdurou até que hordas de garimpeiros se dirigissem para as Montanhas Santa Rita no atual Arizona, iniciando os conflitos.

Em 1851, nas proximidades de Piños Altos, Mangas foi atacado por um grupo de mineradores que o amarraram a uma árvore e o espancaram.

Vários incidentes similares continuaram a violar o tratado, causando a represália dos apaches. Outro incidente significativo foi a Batalha de Cieneguilla em 1854. Esse conflito precedeu a Batalha do Canyon Ojo Caliente, episódio da mesma campanha contra os índios. Em 1854, uma pequena força da Cavalaria derrotou os apaches Lipan na Batalha das Montanhas Diablo, ao sudeste do Texas.



1860 a 1869



Montanhas Dragoon, esconderijo de Cochise e seus guerreiros

Em dezembro de 1860, trinta mineradores lançaram um ataque surpresa contra um acampamento de apaches do bando Bedonkohes, na margem oeste do Rio Mimbres, episódio por isso chamado de Batalha do Rio Mimbres.

De acordo com o historiador Edwin R. Sweeney, os mineradores "...mataram quatro índios, feriram outros, e capturaram treze mulheres e crianças". Retaliações dos apaches se seguiram, com ataques a cidadãos e propriedades norte-americanas.

No início de fevereiro de 1861, um bando não identificado de nativos roubou gado e raptou o enteado do rancheiro John Ward, próximo a Sonoita, Arizona. Ward pediu ajuda ao Exército e o tenente George N. Bascom foi despachado para saber dos detalhes. Bascom se encontrou com Cochise próximo ao Passo Apache num Estábulo de Diligências de Butterfield e exigiu o gado e a volta do filho de Ward. Cochise não sabia quem praticara os crimes mas ofereceu-se para procurar pelos responsáveis.

Bascom não ficou satisfeito e acusou Cochise de estar envolvido com o ataque. O militar prendeu Cochise e membros de sua família que o acompanharam nas negociações. Cochise conseguiu escapar da tenda onde ficou prisioneiro e tomou como refém um funcionário da estação, após um tiroteio.

Bascom não quis mais negociar e Cochise e um grupo de índios mataram os passageiros de uma caravana mexicana. Nove mexicanos foram assassinados e mutilados, três brancos foram capturados e mortos mais tarde e Cochise escapou de uma emboscada e tomou a estação, fazendo novos prisioneiros.

As negociações entre Bascom e Cochise permaneceram num impasse, enquanto o tenente enviava reforços. Cochise, desistindo de continuar a negociar, matou os cativos e abandonou o lugar. Com isso mais quatro brancos foram mortos e mutilados. Bascom revidou e enforcou os apaches que mantinha prisioneiros. Esse sangrento episódio ficou conhecido como o Caso Bascom e iniciou uma guerra aberta entre os apaches e os colonizadores brancos e o Exército confederado que duraria onze anos.

Após a Guerra Civil Americana ter início em abril de 1861, Mangas Coloradas e Cochise, seu genro, firmaram uma aliança e concordaram em expulsar todos os americanos do território Apache. As batalhas de Tubac, Canyon Cooke, Montanhas Florida, Pinos Altos e Dragoon Springs foram alguns dos episódios das campanhas apaches contra os Confederados. Outros bandos de apaches lutaram contra os Confederados.

Os Mescaleros atacaram e roubaram rebanhos do Forte Davis em 9 de agosto de 1861, matando dois guardas durante a ação. Uma patrulha foi enviada para recuperar o rebanho e foi massacrada, poucos dias depois. Mangas Coloradas e Cochise se aliaram ao Chefe Juh e ao notório guerreiro Geronimo. Seus objetivos nunca foram alcançados, embora as tropas inimigas na área tivessem diminuido durante a Guerra Civil.




Passo Apache visto do Forte Bowie.

Os líderes militares da União decidiram enfentar os Confederados do Arizona no Território do Novo México e enviaram uma coluna de voluntários californianos liderados pelo coronel James Henry Carleton. A coluna californiana seguiu até a velha trilha de Butterfield e fez contato com Mangas Coloradas e os seguidores de Cochise, nas proximidades do Passo Apache em 1862.

Na Batalha do Passo Apache, Mangas Coloradas foi ferido com um tiro no peito. Enquanto se recuperava, Mangas Coloradas encontrou-se com um intermediário para negociar a paz com os americanos. Em janeiro de 1863, ele decidiu ir pessoalmente ao encontro das tropas americanas no Forte McLane, próximo da atual Hurley, ao sudeste do Novo México.

Mangas carregava uma bandeira branca e queria se encontrar com o general de brigada Joseph Rodman West, oficial da milícia da Califórnia e futuro senador pela Louisiana. Soldados armados o prenderam e West foi apontado como quem dera a ordem de execução aos sentinelas.

Naquela noite, Mangas foi torturado,baleado e morto, sob a justificativa de "tentativa de fuga".

No dia seguinte, soldados norte-americanos deceparam sua cabeça, cozinharam e enviaram o crânio para o Instituto Smithsonian. A mutilação do corpo de Mangas aumentou as hostilidades entre apaches e americanos.

O general James Henry Carleton decidiu remover os Navajos e os Apaches para as reservas. Inicialmente, o objetivo era livrar o vale do Rio Grande para os colonos, parando com os ataques a eles e aos viajantes da área. Carleton forçou vários bandos de Mescaleros Apaches a irem para as Reservas do Forte Sumner.

Carleton alistou um amigo dos Navajos à época, Kit Carson, cercou e destruiu suas aldeias e enviou os índios para o Forte Sumner. Carleton se envolveria mais tarde na Primeira Batalha de Adobe Walls, a maior das ocorridas nas Guerras Indígenas contra as tribos das Grandes Planícies.

Em 1862 no Condado de Yavapai, Arizona, o afamado Theodore Boggs teve uma pequena escaramuça contra os apaches em Big Bug. Boggs era filho do governador do Missouri, Lilburn Boggs, e descendente por parte de mãe do pioneiro Daniel Boone.

Em 25 de novembro de 1864 na Planícies Apache ocorreu a Primeira Batalha de Adobe Walls. Milhares de Cheyennes, Kiowas e Apaches das planícies foram atacados pelo Exército dos Estados Unidos.

Após serem forçados a subirem as colinas, os soldados rechaçaram muitos ataques e levaram os nativos a recuarem até suas aldeias.

Os soldados os seguiram e mataram o chefe Camisa de Ferro, um dos líderes dos apaches das planícies. Foram mortos cerca de cinquenta nativos enquanto seis soldados do Exército perderam a vida na batalha.

1870 a 1879

Em 1871, um grupo de seis brancos, quarenta e oito mexicanos e quase 100 homens Papagos atacaram acampamentos apache em Camp Grant, como represália a um ataque índio em Tucson, a 80 km de distância. O saldo do massacre foi 150 homens, mulheres e crianças apaches mortos. O incidente ficou conhecido como Massacre do Camp Grant.

Campanhas contra os apaches continuariam até meados dos anos de 1870.

As batalhas do Canyon Salt River e Turret Peak são exemplos da violência na região do Arizona. Soldados e civis, especialmente de Tucson, constantemente perseguiam bandos apaches pelos mais diferentes motivos. Isso continuou até os anos de 1890.

1880 a 1889



Batedores Apaches por volta de 1880

Em 1880, um exército apache comandado por Victorio, lancou uma campanha contra colonos norte-americanos nas cercanias de Alma (Novo México). Iniciada com o Massacre de Alma, a campanha terminou com o cerco apache ao Forte Tularosa e a susbequente vitória americana.

Um ano depois, em agosto de 1881, George Jordan lutou na Batalha do Canyon Carrizo no Território do Novo México. A luta terminou com a vitória dos norte-americanos e uma Medalha de Honra para o sargento Jordan, entregue poucos dias depois, na Reserva Índia do Forte Apache no Arizona.

O Exército norte-americano foi enviado para investigar os relatórios recentes de revolta apache sob um novo líder, o xamã Nochaydelklinne.

A prisão de Nochaydelklinne foi realizada por três batedores nativos mas ao retornarem ao acampamento tiveram de se render aos seguidores do xamã. A Batalha de Cibecue Creek começou. No dia seguinte, o exército nativo atacou o Forte Apache em represália a morte de Nochaydelklinne ocorrida na luta em Cibecue Creek.

Na primavera de 1882, um grupo de 60 guerreiros apaches da Montanhas White, foi reunido sob a liderança de um nativo chamado Na-tio-tish.

No início de julho alguns guerreiros emboscaram e mataram quatro policiais de San Carlos, inclusive o oficial-chefe. Após a emboscada, Na-tio-tish levou seu bando ao noroeste, até Tonto Basin. Os colonos locais ficaram alarmados e pediram proteção ao Exército que imediatamente enviou quatorze companhias da Cavalaria para os fortes da região.





Oficial da cavalaria norte-americana.

Ainda em julho, Na-tio-tish levou seu bando de Cherry Creek até Mogollon Rim, uma conhecida fonte de água da Trilha Crook. Os apaches souberam que estavam sendo seguidos por uma única tropa da Cavalaria e decidiram preparar uma emboscada a dez quilômetros da nascente, onde há um braço de água do East Clear Creek. Os apaches se esconderam ali e esperaram.

A companhia da Cavalaria era liderada pelo capitão Adna R. Chaffee. O batedor-chefe de Chaffee, Al Sieber, percebeu a armadilha apache e avisou as tropas.

Durante a noite, a companhia de Chaffee foi reforçada por outras quatro vindas do Forte Apache e comandadas pelo major A. W. Evans. Logo depois, teve início a Batalha de Big Dry Wash na qual morreriam mais de vinte índios (inclusive Na-tio-tish) e dois cavalarianos.

Apesar desse grande enfrentamento, a Guerra Apache não acabou pois Geronimo continuaria com os ataques por toda a década.

Geronimo era provavelmente o mais conhecido guerreiro apache da época mas ele não era o único.

Após duas décadas de guerrilhas, Cochise, um dos líderes da tribo dos Chiricahua, resolver fazer a paz e concordou em se mudar para uma Reserva nas Montanhas Chiricahua.

Pouco depois, o líder guerreiro morreria, em 1874. Em uma mudança da política, o governo norte-americano decidiu transferir os Chiricahuas para as Reservas de San Carlos, em 1876. Metade dos homens aceitaram, enquanto a outra metade, liderada por Geronimo, fugiu para o México.

Na primavera de 1877, os norte-americanos capturaram Geronimo e o trouxeram para a Reserva de San Carlos. Ele ali permaneceu até setembro de 1881, quando fugiu novamente para o México, seguido por mais 700 apaches.

Em 19 de abril de 1882, outro chefe Chiricahua, Juh, atacou a Reserva de San Carlos e forçou Chefe Loco a sair. Durante a luta, os guerreiros de Juh assassinaram o chefe de polícia Albert D. Sterling junto com Sagotal, um guarda apache. Loco e 700 apaches foram levados de volta para o México.

Na primavera de 1883, o general George Crook foi até as Reservas do Arizona e Novo México. Com 200 apaches, ele chegou no México e encontrou o acampamento de Geronimo. Com Tom Horn como seu intérprete, o general persuadiu Geronimo e seu povo a retornarem para a Reserva de San Carlos. Os chefes Bonito, Loco e Nana vieram até Crook em seguida mas Juh ficou para trás e morreu acidentalmente em novembro. Geronimo só apareceria em fevereiro de 1884.

Crook estabeleceu muitas reformas nas Reservas, mas os jornais locais o criticaram e o acusaram de leniência, enquanto "demonizavam" Geronimo. Em 17 de maio de 1885, Geronimo, embriagado e temeroso das campanhas contra ele nos jornais, fugiu novamente para o México.

Crook foi até Geronimo na primavera de 1886 mas o encontrou na fronteira apenas em março. Alguns relatos contam que durante as negociações, muitos índios tomaram bebidas fortes e isso alimentou alguns rumores dos rancheiros locais contra o general. Geronimo e seu grupo foram embora e Crook não conseguiu alcançá-los.

O Departamento de Guerra dos Estados Unidos repreendeu Crook pela falha e o aposentou. O general foi substituido pelo brigadeiro Nelson Miles em abril de 1886. Miles organizou 5 000 soldados, 500 batedores apaches, 100 batedores Navajo, além de uma milícia de milhares de civis contra Geronimo e seus vinte e quatro guerreiros.

O líder índio foi encontrado em setembro de 1886 pelo tenente Gatewood e persuadido a rendição pelo general Miles após ter matado dúzias de brancos e mexicanos durante um ataque ao Vale do Urso e muitas outras ações similares.

Geronimo e muitos outros apaches, a maioria homens e alguns batedores, foram aprisionados em Forte Pickens na Flórida, enquanto suas famílias ficaram em Forte Marion.

Os apaches se tornaram atração em St. Augustine (Flórida), despertando as atenções de estudiosos e missionários. Voluntários davam aulas aos nativos de Inglês, Religião Cristã e noções da Cultura Americana. Muitos cidadãos arrecadaram fundos para enviarem 20 prisioneiros para uma faculdade.

Outros tantos, morreram. Mais tarde, crianças apaches foram enviadas para a Escola Carlisle na Pensilvânia, onde 50 delas morreriam. Após 26 anos, os apaches da Flórida foram autorizados a retornarem ao sudoeste, mas Geronimo foi enviado para Forte Sill em Oklahoma.

1890 a 1900



William McBryar durante a Guerra contra e Espanha.


Depois da rendição de Geronimo em 1886, guerreiros apaches continuaram a guerra contra os brancos e mexicanos. Regimentos da Cavalaria dos Estados Unidos organizaram várias expedições contra os índios em 1886.

Durante uma dessas operações, o Regimentos das Décima e Quarta Cavalaria comandados pelo tenente James W. Watson perseguiram cavaleiros apache ao norte de Globe (Arizona), ao longo de Salt River.

O sargento James T. Daniels, companhia L da Quarta Cavalaria e o sargento William McBryar, da Tropa K, Décima Cavalaria, são os últimos a receberem Medalhas de Honra pelas ações nas Guerras Apache.

 Ambos foram agraciados pela "extrema coragem e heroismo" enquanto sob ataque pelos Apaches hostis, em 7 de março de 1890. O soldado Rowdy,da Tropa A, dos batedores índios, também foi condecorado.


Fonte - Enciclopédia livre

20 de MARÇO de 2006 - INAUGURADO O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

 

 

Museu da Língua Portuguesa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Museu da Língua Portuguesa
Museu da Língua Portuguesa
Fundação20 de Março de 2006 (5 anos)
LocalizaçãoSão Paulo
TipoArtes
Número de visitantes580.000 (2006)
DiretorAntonio Sartini
CuradorJoão Manuel Rendeiro
Websitewww.museulinguaportuguesa.org.br
O Museu da Língua Portuguesa ou Estação Luz da Nossa Língua é um museu interativo sobre a língua portuguesa localizado na cidade de São Paulo no histórico edifício Estação da Luz, no Bairro da Luz, concebido pela Secretaria da Cultura paulista em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, tendo um orçamento de cerca de 37 milhões de reais (14,5 milhões de euros).

O objetivo do museu é criar um espaço vivo sobre a língua portuguesa, considerada como base da cultura do Brasil, onde seja possível causar surpresa nos visitantes com os aspectos inusitados e, muitas vezes, desconhecidos de sua língua materna. Segundo os organizadores do museu, "deseja-se que, no museu, esse público tenha acesso a novos conhecimentos e reflexões, de maneira intensa e prazerosa".

O museu tem como alvo principal a média da população brasileira, composta de pessoas provenientes das mais variadas regiões e faixas sociais do país, mas que ainda não tiveram a oportunidade de obter uma idéia mais precisa e clara sobre as origens, a história e a evolução contínua da língua.

Cerimônia de Inauguração

O museu foi inaugurado na segunda-feira de 20 de março de 2006, com a presença do ministro da cultura e cantor Gilberto Gil, representando o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da cultura de Portugal, Isabel Pires de Lima, do governador paulista Geraldo Alckmin, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de António Carmona Rodrigues, presidente da câmara municipal (prefeito) de Lisboa, do presidente da Fundação Calouste Gulbenkian e outras autoridades representativas, não apenas de Portugal e do Brasil, mas de todos os países lusófonos.
Cquote1.svgA língua fala por si. A importância de tratar da língua seja através dos museus, dos programas, dos acordos ortográficos, seja através dos processos de liberalização das falas novas, a língua é importante. A língua é nossa mãe. O museu cuida de todos os aspectos da língua escrita, falada, da língua dinâmica, a língua da interação, a língua do afeto, a língua do gesto, e de tudo isso este museu vai cuidar.Cquote2.svg
Gilberto Gil
Assim expressou-se Gilberto Gil, durante a cerimônia. Por sua vez, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso enalteceu a iniciativa pioneira como sendo fundamental por mostrar "nossa identidade cultural: a expressão lingüística". Chamou atenção para a importância dos acordos ortográficos entre os povos que fazem uso desta língua como principal: "temos que valorizá-la", disse.


A entrada.

O projeto é inédito, informou Sílvia Finguerut, gerente de patrimônio e meio ambiente da Fundação Roberto Marinho, afirmando não existir no mundo um museu exclusivamente dedicado à língua (vide tópico Curiosidades). Sílvia lembrou, também, o simbolismo relacionado à localização do museu:
Cquote1.svgDurante muitas décadas, os imigrantes estrangeiros que chegavam a São Paulo desembarcavam nesta estação, um local, portanto, onde as outras línguas se encontravam com o nosso português.Cquote2.svg
Sílvia Finguerut
Geraldo Alckmin fez alusão à importância deste museu para toda a comunidade lusófona. Citou Eça de Queirós, o grande escritor, nascido na Póvoa de Varzim, o qual dizia que os brasileiros falavam um "português com açúcar".

Assim como citou o verso "minha pátria é minha língua", da música "Língua" de Caetano Veloso: uma releitura que o cantor e compositor fez de Bernardo Soares (Fernando Pessoa) no "Livro do Desassossego": "Minha pátria é a língua portuguesa". Para o governador, o museu irá estimular o estudo e será muito importante não somente para os estudantes, mas, também, para a formação de professores e a própria preservação do idioma.

Complementaram ainda, de forma categórica, Antônio Isaac Monteiro, Ministro das Relações Exteriores de Guiné-Bissau, e José Roberto Marinho, presidente das Organizações Globo:

Cquote1.svgIsso mostra mais uma vez o importante papel do Brasil no quadro do desenvolvimento da língua portuguesa. É uma iniciativa extraordinária para o reforço da solidariedade entre os povos que falam português.Cquote2.svg
Antônio Isaac Monteiro
Cquote1.svgÉ fundamental as pessoas se comunicarem. É preciso ter conhecimento da língua para se aprofundar em vários temas. E nesse espaço encontramos uma forma de dirigir as pessoas ao estudo, ao interesse pela língua e também de ter uma intersecção do mundo acadêmico para o dia-a-dia.Cquote2.svg
José Roberto Marinho
No dia seguinte, em 21 de março, as portas do Museu da Língua Portuguesa foram abertas para visitação pública.

Idealização


Totens interativos que permitem o acesso multimídia a informações sobre as línguas que influenciaram a formação da Língua Portuguesa contemporânea.

O projeto foi iniciado em 2002, quando se começou a restaurar o prédio da Estação da Luz, sendo concluído em 2006. Teve como aliada no projeto a Lei de Incentivo à Cultura, que demonstra a contemporaneidade em que vivemos. São Paulo ainda possui um fator simbólico para o local do museu, sendo a maior cidade de falantes do português no mundo, com cerca de dez milhões de habitantes.

Foram ainda parceiros o Ministério da Cultura, IBM Brasil, Correios, Rede Globo, Petrobrás, Vivo, Eletropaulo, Grupo Votorantim e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Contou também com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da Prefeitura de São Paulo, da CPTM, dos elevadores Otis, dos sistemas de climatização Carrier e da Fundação Luso-Brasileira.

A idéia foi de Ralph Appelbaum, autor também do Museu do Holocausto, em Washington, e da Sala de Fósseis do Museu de História Natural, em Nova Iorque. O projeto arquitetônico do museu é de Paulo e Pedro Mendes da Rocha, pai e filho, ambos brasileiros. A direção do museu fica por conta da socióloga Isa Grinspun Ferraz, que coordenou uma equipe de trinta especialistas do idioma para o museu. A direção artística é de Marcello Dantas.

O museu


Salão de Exposições Temporárias, localizado no primeiro andar da Estação da Luz.

Apesar da palavra museu trazer a idéia de algo rústico e antigo, o museu possui um acervo inovador e predominantemente virtual, combinando arte, tecnologia e interatividade, lembrando que o museu está localizado em um prédio histórico. Composto das mais diversificadas exposições nas quais são utilizados objetos, vídeos, sons e imagens projetadas em grandes telas sobre a língua portuguesa, considerada do ponto de vista de patrimônio cultural dos povos lusófonos.

O museu ocupa três andares da Estação da Luz, com 4.333 m². Criação do arquiteto brasileiro Rafic Farah, logo na entrada vê-se a chamada "Árvore da Língua", uma escultura com três andares de altura em que nas folhas surgem contornos de objetos e as raízes são formadas por palavras que deram origem ao português. A árvore pode ser visualisada quando o visitante usa o elevador de acesso aos outros andares com paredes transparentes.

Ambientes internos

O museu conta com os seguintes ambientes:

Auditório


Auditório

Foto da Grande Galeria, com seu telão de 106 metros.

O auditório possui um telão de nove metros de largura, onde é apresentado um curta-metragem, criado por Antônio Risério e com direção de Tadeu Jungle, sobre o surgimento, história, diversidade, poder e importância das línguas para a humanidade. O telão se revela uma grande porta basculante para a "Praça da Língua".

Grande Galeria

Espaço que lembra uma estação de trem e um grande túnel, possui um telão de 106 metros de comprimento, onde são projetados onze filmes simultaneamente, dirigidos por Marcello Dantas, Victor Lopes, Carlos Nader e Eduardo Menezes. Cada projeção ocupa nove metros da parede, com seis minutos de duração, tratando de temas como cotidiano, dança, festas, carnavais, futebol, música, relações humanas, culinária, valores, saberes e um dedicado à cultura portuguesa.

Participaram da concepção de som e imagens desse amplo espaço Eloá Chouzal, Jorge Grinspum, Solange Santos, Mônica Médici, Marialice Generoso, Ana Lucia Pinho, Andréa Wanderley, Eduardo Magalhães e Sérgio Marini, sob a orientação e coordenação de Helena Tassara. Os textos-base foram escritos por Antônio Risério, Manuela Carneiro da Cunha e Marilza Oliveira. Os roteiristas foram Isa G. Ferraz, Marcos Pompéia e Marcelo Macca.

Beco das Palavras ou Jogo da Etimologia

Considerado um dos espaços mais lúdicos da exposição permanente, onde os visitantes se divertem movimentando imagens que contém fragmentos de palavras, que incluem sufixos, prefixos e radicais, formando um jogo curioso que tem como objetivo formar palavras completas.

Quando o objetivo é alcançado, a mesa de projeção se transforma uma tela futurista que mostra animações e filmes sobre a origem e o significado da palavra formada. Criado por Marcelo Tas com o suporte do etimologista Mário Viaro, da diretora de arte Liana Brazil e do diretor de tecnologia Russ Rive.


Mapa dos Falares

Totens interativos presentes no espaço Lanternas das Influências

Mapa dos Falares

Uma grande tela interativa que mostra os falares do Brasil, onde é possível navegar pelo mapa e acessar áudios com amostras da forma de falar dos brasileiros dos estados da Federação. No site do museu é possível acessar esses áudios.

Lanternas das Influências ou Palavras Cruzadas

Espaço com oito totens multimédia, em formato triangular e são dedicados às línguas que formaram e influenciaram o português brasileiro, composto de dois totens dedicados às línguas africanas, dois às línguas indígenas, um para espanhol, um para inglês e francês, um para línguas dos imigrantes e o último para o português no mundo, sendo que cada toten possui três monitores interativos, um para cada face. O objetivo dos totens é transmitir a riqueza cultural da nossa língua, bem como mostrar a contribuição desses povos que ajudaram a gerar a língua e identidade brasileiras.

O roteirista Marcello Macca, sob a coordenação de Isa G. Ferraz, desenvolveu os conteúdos das telas multimédia com base nos textos de Ataliba Teixeira de Castilho, Aryon Dall'Igna Rodrigues, Yeda Pessoa de Castro, Alberto da Costa e Silva, Ivo Castro, Carlos Alberto Ricardo, Marilza Oliveira, Ana Suely Cabral, Ieda Alves, Mirta Groppi, Oswaldo Truzzi e Mario Eduardo Viaro.

Praça da Língua


Visitantes observando o piso luminoso da Praça da Língua.

Lembrando um anfiteatro, com arquibancadas, é um planetário de palavras no qual efeitos visuais são projetados no teto e um piso que se torna luminoso. Na tela são apresentados os grandes clássicos da prosa e da poesia em sons e imagens, tendo como temas amor, exílio, pessoas, favela e música, acompanhados de imagens criadas por Eduardo Menezes, Guilherme Specht e André Wissenbach, com direção artística de Marcello Dantas e produção musical e sonora de Cacá Machado.

A seleção, que reúne poesias de Carlos Drummond de Andrade, Gregório de Matos, Fernando Pessoa e Luís de Camões, textos de Guimarães Rosa, Euclides da Cunha e Machado de Assis e canções de Noel Rosa e Vinícius de Moraes, foi elaborada pelos professores de literatura e músicos José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski.

A apresentação completa possui três versões de vinte minutos cada, que ocorrem alternadamente. Os narradores selecionados são Arnaldo Antunes, Bete Coelho, Chico Buarque, Juca de Oliveira, Maria Bethânia, Paulo José, Zélia Duncan, dentre outros selecionados pela beleza da voz.

Linha do Tempo ou História da Língua Portuguesa


Painel mostrando Linha do Tempo da Língua Portuguesa

Num grande painel, resultado da pesquisa do professor Ataliba de Castilho, são mostradas as origens remotas e indoeuropéias da nossa língua, apresentando a evolução histórica do português desde o etrusco, o latim clássico e vulgar, as línguas românicas antigas e as três línguas que compõe o cerne da língua portuguesa contemporânea: o português lusitano, as línguas indígenas e as africanas, revelando que a história da língua portuguesa remonta a quatro mil anos antes de Cristo. O painel cobre um período de seis mil anos da história humana.

Uma seleção de 120 grandes obras da literatura brasileira, escolhidas por Alfredo Bosi, complementam a exposição histórica da língua.

Exposições Temporárias


Trechos pendurados de Grande Sertão: Veredas, a obra-prima de Guimarães Rosa, no Salão de Exposições Temporárias do museu.

Diagrama das Grandes Famílias Lingüísticas do Mundo, onde é possível vislumbrar as raízes indo-européias do Latim, passando pelo Romanche até o Português moderno.

Ambiente destinado a exposições temporárias sobre o idioma, iniciando com os 50 anos de um clássico da literatura brasileira: Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Nessa primeira exposição há sete caminhos a serem percorridos, cada um correspondente a um personagem ou a um aspecto importante do livro.

Eixos da língua

O museu se propõe a analisar a língua portuguesa com base em alguns eixos principais:
  • Antigüidade
A língua é estudada em seus aspectos históricos, remontando desde as suas origens latinas até a sua chegada ao Brasil.
  • Artístico
São apresentados os diversos usos literários, musicais e poéticos da língua.
  • Mestiçagem
São examinadas as diversas fontes culturais e lingüísticas que vieram a enriquecer o idioma.
  • Universalidade
Mostrando-se como a língua é usada em diversas partes do mundo, sendo falada em nove países nos quatro continentes que são Europa, América do sul, África e Ásia, somando-se cerca de 200 milhões de falantes nativos.

Curiosidades

  • o contrário do que foi informado durante a sua inauguração, o Museu da Língua Portuguesa não é o primeiro museu lingüístico dedicado a uma única língua em todo o mundo, existindo pelo menos um outro: o Museu da Língua Africâner, fundado em 1975 na África do Sul.
  • A Estação da Luz, considerada a porta de entrada da capital paulista, era o espaço onde se dava o primeiro contato dos imigrantes com o idioma do país no fim do século XIX.
  • A primeira exposição temporária do museu teve como atração a comemoração dos cinqüenta anos do romance Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, organizada pela diretora artística e cenógrafa Bia Lessa. Essa amostra tem o prazo de seis meses.

O erro já foi corrigido.
  • Durante a cerimônia de inauguração, em um dos painéis, se encontrava a palavra raíz, quando o correto seria raiz, sem o acento agudo. O equívoco foi causado por uma divergência ortográfica entre épocas diferentes e foi corrigido posteriormente.
  • A cerimônia de inauguração foi ao som da canção brasileira "Asa Branca" e do fado português "Foi Deus".
  • O primeiro projeto do museu é o Programa de Formação de Educadores, coordenado pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo e pela Fundação Roberto Marinho. Tem por principal objetivo a capacitação de 4.800 professores das áreas de Língua Portuguesa, Literatura, Educação Artística, Geografia e História, envolvendo cerca de 300 escolas públicas.
  • A Grande Galeria é considerada a maior tela de projeção do mundo, com 106 metros de comprimento, onde são utilizados 38 projetores que exibem simultaneamente três filmes sobre as relações da língua portuguesa com os mais variados aspectos da cultura brasileira. O software utilizado para o gerenciamento simultâneo das imagens é o Watchout, da empresa sueca Dataton.


sábado, março 19

TRANSPORTE DE PAPAIAS


Uma viatura bem carregada de papaias, quem passar por perto, é só esticar o braço e tirar uma, a condutora nem dará por isso.

HOTEL 24 HORAS


Vendo este reclame, será para perguntar se os hoteis não estão abertos 24 horas por dia.

19 DE MARÇO - DIA DE S.JOSÉ



José é um personagem célebre do Novo Testamento bíblico, marido da mãe de Jesus Cristo. Segundo a tradição cristã, nasceu em Belém da Judéia, no século I a.C., era pertencente à tribo de Judá e descendente do rei Davi de Israel. No catolicismo, ele é considerado um santo e chamado de São José.

Segundo a tradição, José foi designado por Deus para se casar com a jovem Maria, mãe de Jesus, que era uma das consagradas do Templo de Jerusalém, e passou a morar com ela e sua família em Nazaré, uma localidade da Galiléia. Segundo a Bíblia, era carpinteiro de profissão, ofício que teria ensinado seu filho.

São José é um dos santos mais populares da Igreja Católica, tendo sido proclamado "protetor da Igreja católica romana"; por seu ofício, "padroeiro dos trabalhadores" e, pela fidelidade a sua esposa, como "padroeiro das famílias", sendo também padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo.

 


História

O lugar que José ocupa no Novo Testamento é discreto: está totalmente em função de Cristo e não por si mesmo. José é um homem silencioso, e pouco aparece na Bíblia. Não se sabe a data aproximada de sua morte, mas ela é presumida como anterior ao início da vida pública de Jesus.

Quando este tinha doze anos, de acordo com o Evangelho de Lucas (cap. 2), José ainda era vivo, sendo que em todos os anos a família ia anualmente a Jerusalém para a festa da Páscoa.

Na Páscoa desse ano, "o menino Jesus permaneceu em Jerusalém sem que seus pais soubessem", os quais "passaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos" e, por fim, o reencontraram no Templo da Cidade Santa "assentado entre os mestres, ouvindo-os e interrogando-os, os quais se admiravam de sua inteligência e de suas respostas". "Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados" e Maria, sua mãe, diz-lhe: "Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura", sendo essa sua última referência a José estando vivo.

Nos Evangelhos


O sonho de José.
(1765-70) José Luzán. Óleo em madeira, 134 x 53 cm. Museu de Belas Artes de Zaragoza, Espanha.

O Evangelho de Lucas atesta que o imperador Augusto ordenou um recenseamento em todo o Império Romano, que na época incluía toda a região, e a jovem Maria e seu esposo José se dirigiram a Belém, por ambos serem da Tribo de Judá e descendentes de Davi. Nessa época, reinava na Judéia Herodes, o Grande, monarca manipulado pelos romanos, célebre pela crueldade.

O texto do Evangelho deixa claro que José era o pai legal e certo de Jesus, pelo que (Mateus 1) é através de José que é referida a ascendência de Jesus até Davi e Abraão, embora o texto deixe inequívoco que ele não foi o pai biológico de Jesus.

José quando encontrou Maria grávida "sem antes terem coabitado", "sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente", quando na época a lei bíblica vigente (Deuteronômio 22) prescrevia a lapidação (morte por pedradas) das adúlteras.

Eis que, então, enquanto José dormia, apareceu-lhe, em sonho, um anjo que pede-lhe que não tema em receber Maria como sua esposa, "pois o que nela foi gerado é do Espírito Santo", passagem normalmente interpretada pelos cristãos como uma concepção sem necessidade de uma participação masculina e, desde que se a suponha também virgem, de uma concepção virginal (já por tradições judaicas, Jesus é referido como "mamzer", algo como bastardo).

De qualquer forma, portanto, o Evangelho não deixa dúvidas de que não é "pela carne" que Jesus herda os títulos messiânicos de "filho de Davi" e "filho de Abraão" com o que Mateus abre o Novo Testamento.


Imagem de São José no jardim do Colégio Sévigné.

O texto evangélico também é insistente —ao apresentar a genealogia de José e citar uma linha patrilinear que inclui os reis de Judá e vai até Davi e Abraão— em ressaltar terríveis impurezas morais na ancestralidade de José, o marido de Maria a mãe de Jesus.

Entre tantos homens, somente quatro mulheres, além de Maria, são citadas por Mateus nessa lista genealógica: Tamar, Raabe, Rute e a mulher de Urias (Betsabé), respectivamente: uma incestuosa, uma prostituta, uma estrangeira (era proibido aos israelitas casarem-se com estrangeiras) e a que foi tomada como esposa pelo rei Davi, que para obter isso encomendou a morte de seu marido, Urias, significando aqui o assassinato e o adultério.

Nessa época, Maria, sua esposa deu à luz Jesus numa manjedoura, pois não encontraram outro local para se hospedarem em Belém. Devido a tirania do rei Herodes e de sua fúria em querer matar o menino Jesus por ter ouvido que havia em Belém nascido o Cristo (o Messias), a Biblia, no Evangelho de Mateus, refere que Deus, igualmente em sonho, orientou seu esposo José para que fugissem para o Egito. Assim, apenas nascido, Jesus já era um exilado, juntamente com José e Maria seus pais.

Posteriormente, tendo Herodes morrido, um anjo de Deus, igualmente em sonho, aparece a José e orienta-o para que regressem à terra de Israel "porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino". Ao regressar, tendo ouvido que Arquelau (Herodes Arquelau) reinava na Judéia no lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá e, por mais uma vez, em sonho, tendo sido prevenido por divina advertência, retirou-se para a região da Galiléia, voltando a família a residir em Nazaré.

Apócrifos do Novo Testamento

São José é também uma figura proeminente nos Apócrifos do Novo Testamento, principalmente pela tentativa de explicar o dogma da virgindade perpétua de Maria, a existência dos irmãos de Jesus como sendo filhos de um casamento anterior dele e a Infância de Jesus. As principais obras são:
Fonte - Enciclopédia livre

sexta-feira, março 18

SAUDADE


Saudade: 
  Ó saudade vai embora, deixa-me ser quem sou, dá-me força para viver tudo o que comigo se passou. 
  Que sofrimento, meu Deus, que me faz tanta dor, eu vos peço a vossa ajuda, ajudai-me por favor. 
  Árvores foram plantadas, que eu visitei neste dia, eu peço a Deus que elas cresçam e me tragam alegria. 
  Elas se chamam João, nome por mim, tão amado, que guardo no coração, num cantinho bem guardado. 
  Que eu as possa visitar, acompanhando o seu crescer, que elas me possam falar, tudo o que eu quero saber. 
  Quero que essas árvores cresçam, sempre viradas ao céu, pois decerto está por lá, alguém que sempre há-de ser meu. 
  Foram, horas, foram dias, foram tantos anos, que bem juntos partilhamos tudo sem dúvidas nem enganos.
  Eu vou pedir aquela árvore, que mesmo longe está perto, se quer ser o meu abrigo, no meu caminho deserto. 
  Ando por cá, magoada, não sou sim, nem sou não, minha alma está sofrida e partido meu coração. 
  Ouvindo o que me pediste, eu vou assim caminhando, com a esperança e certeza que Deus me vai ajudando. 
  Sei que não estou sozinha, nesta minha caminhada tenho a tua companhia ao longo da minha estrada. 
  O tamanho da minha estrada, só Deus me pode dizer, mas o que me está destinado decerto que vou fazer. 
  Continuando a caminhar, e a esperança por companhia, vai a fé para me ajudar, talvez para encontrar um pouquinho de alegria. 
  Apertada no abraço da vida que continua, passe eu por onde passe, continuarei sempre a ser tua. 
  Quando chegar a minha hora, e me for daqui embora, carregando minha cruz, vou pedir ao meu bom Deus, que me leve junto a ti, para o céu junto a Jesus.

Artigo da minha estimada Amiga Generosa Baptista, recordando seu saudoso esposo.


CHAM AM - BANGKOK


De Hua Hin à cidade de Cha Am a viagem foi curta visto que a distânmcia entre estas duas estàncias balneares é somente de 20 kms.



Em virtude de conhecer-mos bem a cidade, fomos à procura do Hotel Diamond, onde por várias vezes tinhamos ficados hospedados, mas no local onde existia o Diamond encontrava agora o Hotel Asia.
Percorremos quase toda a marginal norte e poucos resortes havia, hoteis esses sim, mas não permitiam que os cães entrassem no hotel, e nós levava-mos um, como tal só podiamos ficar alojados num resort.
Ainda procuramos vários, um deles até com um nome bem giro, Sweet Home, mas náo possuia quartos vagos, vimos ainda outro mas não nos agradou, nem pelo preço nem pelas instalações.
Dando mais uma voltas, agora na parte marginal Sul, tivemos sorte e encontramos a Naromol Lucky House, fomos ver as instalações, eram novinhas em folha e ali ficamos hospedados, pelo preço de 2 700 Baths, cerca de 73 Euros.



Era mesmo uma casa, garagem  privativa, três quartos e uma enorme e confortavel varanda da qual se podia ver o mar.
Foi um desperdicio pois eram somente 4 pessoas, eu, a esposa e duas filhas menores, mas enfim.



Este complexo hoteleiro tinha sido inaugurado havia alguns dias, mas o mais giro de tudo, é que nos quartos não havia armários para se colocar as roupas, bem como nas casas de banho não havia sabonetes, somente toalhas.
O frigorifico ficava na varanda nada de anormal, o quarto onde ficou o articulista foi o do rés do chão, possuia duas camas, uma delas King size e uma outra mais pequena, possuia televisão, era acolhedor e confortável, mas lhe faltava ainda algo mais, o preço pago exigia melhores condições e incluindo o pequeno almoço, que neste caso não estava incluindo.


O quarto onde ficou o articulista

Nos quartos superiores onde ficaram isntaladas as miudas as instalações eram melhores do que o quartro do rés do chão, 1F

Quarto 1A e 1 B eram iguais


Arrumadas as malas nos quartos, fomos dar uma volta afim de compramos a refeição do jantar que seria tomada na varanda do hotel. Já tinhamos visto que na rua principal que dá para a praia havia várias lojas que vendiam frangos assados e leitões, como as miúdas adoram esses pitéus ali paramos e compramos um frango e meio quilo de leitão, seguindo depois para o hotel. 


Desta vez fomos embarretados, o frango estava frio e o leitão tinha virado carne de porco assada, é assim já, as miúdas que foram fazer as compras aprenderam uma lição, o articulista ainda comeu um pouco do frango e mandou a baixo uma cerveja bem geladinha e ficou satisfeito.



A dia estava lindo, mesmo sendo já quase noite, na praia havia iemnsas pessoas que se banhavam nas calmas águas.



Pela marginal eram muitas as pessoas que conduziam bicicletas de 4, 3, 2 e 1 lugares, a rapaziada era muita e muita dela vinda de Chiang Mai, vendo o mar pela primeira vez, outros preferiam dar um passeio a cavalo pelo extenso areal



Após uma passio pela praia regressamos ao hotel onde passamos uma noite super tranquila, no dia seguinte bem cedo nos levantamos, mas o sol esse não quis aparecer, em vez dele caiu uma forte chuvada e os termometros tinham baixado consideravelmente, estariam talvez 16 graus celsios, mesmo assim saimos, e num restaurante ali próximo tomamos o pequeno almoço.


A chuva parou de cair e nós aproveitamos para fazer o chek out e ir dar umas voltas pela extensa praia, não de bicicleta, mas a pé.


Na parte norte da praia existe um monumento dedicado ao Rei Naresuan e lá o fomos visitar, como sempre o recinto onde se localiza a estátua está recheada de galos.



A história deste Rei a contei já, num artigo, quando visitei seus monumentos na cidade de Suphan Buri e Pitsanulok, onde a minha filha mais velha andou a estudar na Universidade de Naresuan.



Placa indicativa do  monumento do Rei Naresuan

Defronte desta placa situa-se um mosteiro que é um dos ex-libris de Cha Am, mas o não fomos visitar, estava na hora de almoço e decidimos seguir um pouco mais para norte, onde existem vários restaurantes só de marisco e foi num desses onde abancamos



O articulista no restaurante junto de uma imagem de Ai-Teng, cuja história num dos próximos artigos irei descrever



Boa comida, camarões gigantes, caril de caragueijo, um peixe assado, lulas com alho foram alguns dos pratos escolhidos, bem regados com uma cerveja bem fresquinha.
Os frutos do mar estavam em aquários, vivinhos da costa.



Depois de bem comidos nos fizémos à estrada de regresso a casa em Bangkok, só paramos uma vez para fazer-mos algumas compras, e aproveitar para aliviar a bexiga.

Eram 18.00 horas quando chegamos ao Lar Doce Lar, após termos percorrido 860 kms.



Cha Am (Thai: ชะอำ, Cha-am,  é um distrito  (Amphoe) situado na parte Sul da Província de Phetchaburi, Tailândia.

O distrito foi estabelecido no ano de 1897 passando a chamar-se Na Yang. No ano de 1914 o centro do distrito passou a ficar localizado em Ban´Nong Chok (actualmente no distrito de Tha Yang), tendo mudado de nome passando a ser Nong Chok. Depois da II Grande Guerra Mundial, o governo mudou a sua sede para o Tambon Cha Am tendo igualmente mudado o nome do distrito para Cha Am.  


Praia de Cha Am

Localização

A Norte localiza-se o Distrito de Amphoe Tha Yang e a Sul Amphoe Hua Hin.

Atrações


Phra Pit-thawan

Wat (Mosteiro) Neran Chararam (Thai: วัดเนรัญชราราม)- Templo Budista (Wat) o qual contém uma enorme estátua de sixarmed Phra Pit-thawan (Thai: พระปิดทวาร), conforme se pode ver na imagem acima inserida.


  • Palácio Mrigadayavan
O Palácio de Mrigadayavan Palace fica localizado junto à praia de Bang Kra  entre as cidades de  Cha am e Hua hin. A sua construção ficou comcluída no ano de 1924, este palácio de verão foi mando construir pelo Rei Rama VI, como sua casa de férias. 
Outros locais de interesse turístico



O Parque Nacional  Florestal  de Khao Nang Phanthurat foi classificado como tal a 25 de Fevereiro de 1999, um local com uma vasta extensão, no qual existem alguns trilhos, possuindo uma rica e desertificada flora e fauna, do topo da montnha se tem uma vista geral de toda a costa marítima. 


  • Templo Rat Charoen Tham
  • Templo Nong Chaeng
  • Templo Nong Ta Phot
  • Templo Cha-am Khiri
  • Templo Sai Noi
  • TemploHuai Sai Tai
  • Templo Maruk Khatayawan