Série
História da Península Ibérica
Portugal Espanha
Pré-História
Período pré-Romano
Invasão romana
Hispânia: Citerior e Ulterior
Bética; Cartaginense; Galécia; Lusitânia e Tarraconense
Invasões bárbaras: Suevos e Visigodos
Invasão e domínio árabe
Período das Taifas
A Reconquista e o Reino das Astúrias
Reino de Leão
Portucale Aragão; Castela-Leão e Navarra
A invasão muçulmana da Península Ibérica, também chamada conquista árabe ou conquista muçulmana, refere-se a um série de deslocamentos militares e populacionais ocorridos a partir do esforço iniciado em 711, quando tropas muçulmanas vindas do Norte de África, lideradas pelo general Tárique, cruzaram o mar Mediterrâneo, na altura do estreito de Gibraltar, e entraram na península Ibérica, vencendo Rodrigo, o último rei visigodo da Hispânia, na batalha de Guadalete. Após a vitória, termina o Reino Visigótico de Toledo.
Nos séculos seguintes, os muçulmanos foram alargando as suas conquistas na península, assenhoreando-se do território designado em língua árabe como Al-Andalus, que governaram por quase oitocentos anos.
História
Antecedentes
Boa parte do território da península era então dominada pelos visigodos. A monarquia dos visigodos era electiva. Com a morte do rei Vitiza em 710, as cortes reuniram-se para eleger o seu sucessor, constituindo-se duas facções em disputa pela eleição: o grupo de Ágila II e o de Rodrigo, o último rei visigodo de Toledo.
Os partidários de Ágila II solicitaram apoio ao governador muçulmano de África, Tarik Ibn-Ziad (Tárique), abrindo-lhe as portas de Ceuta e incitando-o a enviar uma expedição militar à península, já que, desde o final do século VI, os judeus vinham sendo perseguidos naquela região e, dentro da xariá, a lei islâmica, é obrigação do muçulmano defender os adeptos dos livros (judeus e cristãos)
Esta defesa praticamente foi decidida após 612 quando, por decreto real, os regentes decretaram o batismo compulsório de judeus, sob pena de confisco dos bens ou expulsão daquela terra.
A resistência asturiana
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Abdulaziz (ou Abdul-el-Aziz) subjugou a Lusitânia e a Cartaginense, saqueando as cidades do Norte que lhe abriam as portas e atacando aqueles que lhe tentaram resistir.
Às suas investidas escapou, porém, uma parte das Astúrias, no Norte, onde se refugiou um grupo de visigodos sob o comando de Pelágio. Uma caverna nas montanhas servia simultaneamente de paço ao rei e de templo de Cristo.
Por vezes, Pelágio e seus companheiros desciam das montanhas em surtidas para atacar os acampamentos islâmicos ou as aldeias despovoadas de cristãos.
Um desses ataques, historiograficamente designado de batalha de Covadonga (722), marcou, segundo muitos historiadores, o início do longo processo de retomada dos territórios ocupados, ao qual se deu o nome de Reconquista.
A partir do pequeno território, que Pelágio designou como Reino das Astúrias, os cristãos (hispano-godos e lusitano-suevos), acantonados nas serranias do Norte e Noroeste da península, foram gradativamente formando novos reinos, que se estenderam para o Sul.
Surgiram os reinos de Castela, Leão (de onde derivou mais tarde o Condado Portucalense e, subsequentemente, Portugal), Navarra e Aragão.
A Reconquista
A influência deixada pelos muçulmanos ainda pode ser percebida nas inúmeras palavras do português e do espanhol que vieram do árabe, como "açúcar" (azúcar), "alcaide", "almirante".
Cronologia
O domínio muçulmano na Península Ibérica, então denominada Al-Andalus, durante a Idade Média pode ser dividido nas seguintes fases:
1º período (711 - 756): Invasão muçulmana da Península Ibérica e estabelecimento de um emirado dependente do Califado de Damasco.
2º período (756 - 1031): O emirado tornou-se independente, sob Abderramão I, em 756. Estabeleceu-se a capital em Córdoba. Posteriormente os emires tomaram o título de califas, ao ser fundado o Califado de Córdova, em 929;
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756 - 929. Estabelecimento do Emirado de Córdoba, após a proclamação de Abderramão I como emir independente.
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3º período (1031 - 1492): Finda a hegemonia da família do primeiro-ministro Almançor, o vitorioso, iniciou-se um período de anarquia (fitna de Al-Andalus), alimentado pela ambição dos generais. Córdoba aboliu o califado, estabelecendo uma República.
Com a desagregação do Califado, formaram-se por toda a Hispânia variadíssimos pequenos estados independentes e rivais: as taifas. Aproveitando-se de tal desordem, os cristãos apressaram o movimento da Reconquista.
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1031 - 1085. Primeiro período das taifas ou reinos islâmicos independentes em al-Ándalus, após a fragmentação do califado cordobês.
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[editar] Aspectos populacionais
A população sob o domínio muçulmano era muito heterogénea e constituída por árabes e berberes, uns e outros muçulmanos, moçárabes (hispano-godos que, sob o domínio muçulmano conservaram a sua religião, mas adoptaram as formas de vida exterior dos muçulmanos), cristãos arabizados e judeus.
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Invasão e domínio árabe | ||||
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Reino de Leão | ||||
Portucale | Aragão; Castela-Leão e Navarra |
A invasão muçulmana da Península Ibérica, também chamada conquista árabe ou conquista muçulmana, refere-se a um série de deslocamentos militares e populacionais ocorridos a partir do esforço iniciado em 711, quando tropas muçulmanas vindas do Norte de África, lideradas pelo general Tárique, cruzaram o mar Mediterrâneo, na altura do estreito de Gibraltar, e entraram na península Ibérica, vencendo Rodrigo, o último rei visigodo da Hispânia, na batalha de Guadalete. Após a vitória, termina o Reino Visigótico de Toledo.
- Abdulaziz (ou Abdul-el-Aziz) subjugou a Lusitânia e a Cartaginense, saqueando as cidades do Norte que lhe abriam as portas e atacando aqueles que lhe tentaram resistir.
756 - 929. Estabelecimento do Emirado de Córdoba, após a proclamação de Abderramão I como emir independente.
1031 - 1085. Primeiro período das taifas ou reinos islâmicos independentes em al-Ándalus, após a fragmentação do califado cordobês.
Tárique
Tárique ou Tariq ibn Ziyad (em árabe طارق بن زياد, Tārik ibn Ziyād), nascido em c. 670 e morto em 720, foi um estratega do exército Omíada. Provavelmente de origem berbere, comandou, em 711, a conquista da Península Ibérica, ocupada até então pelos visigodos .
É possível que Tárique tenha sido um escravo liberto de Musa ibn-Nusair, governador do Norte de África (Magrebe). Musa incumbiu-o de defender a posição de um grupo de herdeiros do rei Vitisa, facção inimiga do reino visigótico em funções na altura.
A 30 de Abril de 711, o exército de Tárique desembarcou no rochedo a que posteriormente se chamou Djebel el-Tarik ou Jabal Tariq ("monte de Tárique"), que hoje é conhecido como Gibraltar. Depois de ter todo o exército em terra, conta-se que mandou queimar os navios e teria dito aos seus soldados:
"Oh, meus guerreiros, para onde podeis fugir? Atrás de vós está o mar, diante de vós, o inimigo. Só vos resta a esperança da vossa coragem e da vossa determinação.
Lembrai-vos que aqui sois mais afortunados que o órfão sentado à mesa do patrão avaro. Vosso inimigo está diante de vós, protegido por um exército inumerável.
Ele tem homens em abundância, mas vós, como único recurso, tendes vossas próprias espadas... Não acreditai que eu pretenda incitar-vos a enfrentar perigos que eu próprio me recuse a partilhar convosco. Durante o ataque, estarei na frente, onde a chance de sobreviver é menor."
As tropas mouras, quase unicamente constituídas por berberes, invadiram o reino visigótico e obtiveram uma vitória decisiva a 19 de Julho de 711, na Batalha de Guadalete (em Jerez de la Frontera), onde foi morto o rei Rodrigo dos visigodos.
Seguiram-se as tomadas de Córdova e de Toledo, em Outubro do mesmo ano. Pouco depois receberia reforços de Musa ibn-Nusair. Com este, apoderou-se de quase toda a península. A tomada de Saragoça é o marco do final desta conquista. Tárique teria sido governador das terras conquistadas, mas por pouco tempo. Musa teve contratempos políticos e Tárique o acompanhou de volta a Damasco, onde Tarique morreu, em 720.
Fontes - Pesquisas na net
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