o mar do poeta

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segunda-feira, julho 26

ISTMO TAIPA - COLOANE

O istmo Taipa - Coloane ainda em acabamento, nos finais do ano de 1964.


De um estreito istmo, se transformou numa dupla auto estrada, tendo sido construída uma ponte, A Flor de Lotus que liga a Ilha da Taipa ao continente chinês.
Toda aquela zona, denominada Cotai, é hoje as Las Vegas de Macau, onde existem vários hoteis casinos de luxo, entre eles o, maior e mais luxuoso, Venetian.

CANIDROMO DE MACAU - SUA HISTÓRIA






Macao dog is now taking over management of the consortium before the end of the war in the Pacific in particular, a number of major ups and downs after the experience . Macau farm in August 1931 opened for business , all this divergent optimistic and excited , a large number of people poured into the venue , the stands are packed , people are going to bet lack of progress. Farm investors hopeful thought optimistic for the future , prominent dignitaries have arrived to the new operator and wish them every success business , grandstand full of ribbons and flags around the band are also invited to present add to the fun , the dogs race to be Only the bark is also covered up.

A year ago at the lot near the Chinese border to begin construction , when the track , grandstand , kennels and other facilities thus gradually become form , the public already talking about . When the first dog race comes into play, more to push people's emotional high point . At the time of Macau has a variety of gaming entertainment, such as casinos , horse racing and many different types of lottery , but dog racing sport in Shanghai has been sweeping the city , to the dog , operators expect the same in Macao grand . Although the farm opened at a time of economic downturn in Asia is beginning to receive the impact of farm operators , but still full of confidence . They invest in venues to 70 years later , times, it still was rebuilt , but still fundamentally strong , is proof that they are determined at the time . However, when the public's enthusiasm gradually cooled , the popularity of dog greatly faded , betting turnover has been on the decline . Deterioration , and finally had to shut the dog field .



1963 farm re- opened for business , filled with dog characteristics Shanghai





Twenty- five years of farm closure , reopened in 1963 . Earlier, inside the camp was finally closed . New dog owners , quickly re- track the construction of the facilities and to become well-organized site . Dog Field marked the reopening of the venue has a taste of Shanghai greyhound racing stadium . "Ginger" Norman is a dog event secretary Macau and score one . He had one dog in Shanghai will hold such a position , from 1942 to 1945 , trapped in wartime detention camps . The original five dog dog trainer , among them, two George Ogborne and Peter Semple, also in Shanghai as a dog trainer . They finally lucky , fled to Australia from Shanghai , and in Australia through the war period.

The venue for each entry shows the name and the weight of the dogs notices Edition is shipped from Shanghai , and also starting bell and the hammer used to beat it is . The clock used until today , after 70 years keep the beat , its surface covered with fine , such as honeycomb -like pits . Even the old rabbits used to drive power produced by the Ford truck engine depot , I believe is from Shanghai . In the race resumed, the Macau crazy , busy inside and outside the stadium , everywhere a huge crowd waiting for admission , or those who bet long queue ( at the minimum bet amount of One million). Separated only by a dog racing in Hong Kong also felt the magic , in every weekend to drive from Hong Kong Macao Ferry are packed with fans interested in the dog glimpse of grand for the flight back and forth more than a few hours , could not care less .







CENTRO DESPORTIVO LIN FONG

Centro Desportivo Lin Fong

Endereço:Avenida Almirante Lacerda, Macau

Introdução

Há cerca de cem anos, o local onde se encontra localizado o Centro Desportivo Lin Fong era apenas uma praia. Entretanto, as obras de aterro realizadas no início do Século XX permitiram a conquista de novos terrenos ao mar. Desde 1932, tais terrenos são utilizados para a realização das corridas de galgos.
Em 1940, o Governo de Macau construiu no referido local uma infra-estrutura desportiva denominada por “Campo Desportivo 28 de Maio”, também vulgarmente conhecida por “Campo Lin Fung”. Em 1989, o investimento efectuado pelo Governo de Macau na construção das pistas de “tartan” proporcionou à modalidade de atletismo a entrada em uma nova era.

Em 1986, construiu-se no local uma nova Piscina Coberta com água aquecida. As duas piscinas existentes foram as primeiras piscinas abertas ao público, e uma das quais foi concebida para a utilização específica dos indivíduos com deficiências físicas. Em 1998, a Piscina foi alvo de novas obras de remodelação, tendo introduzido os ginásios para a realização de actividades desportivas em recinto coberto.

Para além do campo de futebol, da pista de atletismo, das piscinas de água aquecida e dos ginásios, o Complexo encontra-se apetrechado ainda da Sala de Musculação, e da Zona de Ténis-de-Mesa, entre outros.

Instalações

Horário de funcionamento: 06:00 - 23:00
Durante o período que não seja utilizado pela Companhia de Corridas de Galgos é aberto ao público

Campo desportivo

Capacidade2,200 lugares
Área103 m x 63 m (relva natural)
5 pistas de "Tartan"
Iluminação1200 Lux
Equip. electrónicosSistema de cronometragem e de pontuação
DesportosFutebol e Atletismo

Piscina A

Horário de funcionamento:
2as feiras a sábados 07:00 – 23:00,
domingos 07:00 – 20:00

Capacidade250 lugares (a utilizar em conjunto com a Piscina B)
Área25 m x 12.5 m (6 pistas)
Profundidade1 m ~ 1.6 m
Entidade UtilizadoraAssociação de Natação

Piscina B

Horário de funcionamento:
2as feiras a sábados 07:00 – 23:00,
domingos 07:00 – 20:00

Área15m x 8m
Profundidade1.2 m ~ 1.6 m
Entidades UtilizadorasAssociação de Natação
Associação Recreativa dos Deficientes de Macau
Macau Special Olympics

Ginásio

Horário de funcionamento: 07:00 – 23:00

Área39 m x 15 m (pode ser subdividido em ginásios A e B)
Alturacerca de 3.9 m
AlturaMadeira
DesportosTénis-de-Mesa, Kendo, Taijichuan, Aeróbica, Rouliqiu, Karate-do, Judo, entre outros.

Outros

Disponibiliza ainda uma sala de reuniões com capacidade para acolher cerca de 50 pessoas para a prestação do apoio logístico às diferentes actividades

CANIDROMO DE MACAU - SEU EMBLEMA

Era assim, ainda à uns anitos, mas o articulista ainda irá de novo ao local, verificar como se encontra a sua fachada.

O articulista, onde deslocou-se ao antigo Bairro 28 de Maio, afim de ir fotografar o marco histórico que ainda existe, na parte sul do Campo Desportivo 28 de Maio, e porquê o foi fazer, é uma pergunta pertinente, mas a razão é bem simples, à primeira vista, muitas vezes o articulista ali passou e via o dito marco, cuja foto a preto e branco, que o meu estimado amigo João Botas, no seu blog, e que me chamou à atenção.


Porém e por mais voltas que desse ao local, consegui tirar duas fotos, na que em cima esta exposta, a data no dito marco é 1640.



Na outra parte do marco, que penso ser estar utilizado como deposito de água, está inscrita a data de 1140, não compreendendo a razão das mesmas, mas enfim!...
Poderei deduzir que 1140 foi quando foi reconhecido o Condado portucalense, e 1640 data da recuperação de Portugal.





Esta imagem esteve bem à vista, porém nos dias de hoje e devido à costrução do Centro Desportivo Lin Fong, parte da estrutura superior do mesmo, não deixa visivel a frente do histórico marco, vamos lá saber porquê.




Não existe, presentemente, qualquer placa que indique o local como sendo Campo Desportivo 28 de Maio.



A placa indicativa da companhia de corridas de galgos, YAT YUEN.






Entrada para o Estádio, que é igualmente canidromo.







Fachada do recinto








Quadro electrónico do Canidromo.









O Estádio Desportivo 28 de Maio, no dia em que se deram início às corridas de galgos, no ano de 1963.




KOPI LUWAK - CAFÉ ESPECIAL

Um dia estava o articulista a almoçar no Restaurante Honululu, com seu filho e esposa, como sempre após o almoço, bebe uma bica para desmoer, mas, reparando na ementa, constactei que o preço por chávena de café era de 300 patacas (cerca de 30 euros) e disse para o meu filho, estes gajos devem estar malucos, na última vez que aqui bebi uma bica, custou somente 15 patacas (cerca de 1,5 euros), a partir de hoje nunca mais cá voltarei.
O meu filho, então me explicou que as 300 patacas pedidas por uma chávena de café, não era um café normal mas sim café especial, extraído dos escrementos de uma civeta, disse que ainda que até barato em Macau, visto que em Hong-Kong, uma chavena desse café custa 1 000 Hong-Kong dolares ou mais.
O representante desse café em Macau é o Restaurante Honululu, e ontem, isso comprovei na feira Guangdong & Macau, realizada na Firherman's Warf, que o articulista visitou, mas não havia esse tipo de café para se provar.
A foto acima apresentada foi tirada nessa feira.



Kopi Luwak









Grãos do café luwak excretados, Oeste de Java



Kopi Luwak ou Café Civet é um café produzido com grãos de café que foram comidos e passaram pelo sistema digestivo do civeta (Paradoxurus hermaphroditus). O civeta - que é uma espécie semelhante ao gambá - come os grãos, mas estes grãos não são digeridos e passam intactos pelo sistema digestivo do animal. Este processo acontece nas ilhas de Sumatra, Java e Sulawesi no arquipélago da Indonésia, e nas Filipinas (onde o produto é chamado de Kape Alamid). No Vietnam existe um tipo similar de café, chamado weasel coffee, que possui grãos que foram defecados pos animais locais - doninhas. Na verdade, o "weasel" é somente uma versão local do Civet Asiático.




Kopi Luwak, o café mais caro do mundo, vendido entre U$120 e U$60o USD o meio quilo, e é vendido principalmente no Japão e nos Estados Unidos. A produção limitada dos grãos (menos de 230 quilos por ano) é o motivo de sua raridade, preço alto (cerca de mil dólares o quilo) e sabor inigualável, garantem os apreciadores. "Uma mistura de chocolate e suco de uva. Menos ácido e amargo do que os cafés comuns", descrevem alguns especialistas.




Em 2004, Um Sindroma Respiratório Agudo e Severo, (SARS) infectou milhares destes civets na China e causou um grade extermínio, mas a procura pelo café não foi afectada.




Kopi é uma palavra indonésia para café, enquanto luwak é o nome local do Asian Palm Civet. À medida que o grão passa pelo sistema digestório do animal, ele sofre um processo de modificação parecido com o utilizado pela indústria cafeeira para remover a polpa do grão de café, mas que envolve bactérias diferentes das usadas pela indústria, além das enzimas digestivas do animal. É isso que dá ao Kopi Luwak seu sabor característico inigualável. Mas esse processo um tanto quanto esquisito de produzir café não representa riscos à saúde? "Os resultados dos testes que fiz em meus trabalhos mostraram que a bebida é perfeitamente segura", garante Marcone.




Não existem registros precisos sobre a história do Kopi Luwak, mas acredita-se que sua origem data de cerca de 200 anos atrás, quando os colonizadores holandeses iniciaram plantações de café nas ilhas de Java, Sumatra e Sulawesi, onde hoje é a Indonésia.




É nessas ilhas que vivem as civetas, que começaram a se alimentar da planta. Para evitar o desperdício, os plantadores de café começaram a coletar os grãos que saíam intactos das fezes dos animais. Em algum momento alguém resolveu experimentar essa variedade aparentemente pouco apetitosa e descobriu o que hoje é considerado o café mais saboroso do mundo.




Kopi Muncak (also Kopi Muntjak) é um tipo similar de café produzido pelas fezes de várias espécies de barking deer, ou Muntjac, que são encontrados ao redor do Sudoeste da Ásia. Diferente do café civeta ou "doninha", este tipo de café é coletado diretamente no campo, e não é produzido em campos de captura (fazendas).

Poderá ser óptimo este tipo de café, mas o articulista jamais o beberá, visto que café extraído da merda não entra em sua boca!....

E grandes merdas de café já se vendem em muitas cafetarias de Macau e a preços bem caros.

Para este especial café, extraído das fezes da Paradoxurus Hermaphroditas, deverá acompanhar bem com um Licor de Merda.

domingo, julho 25

1964 - MILITAR NA ILHA DA TAIPA

O ARTICULISTA JUNTO AO CANHÃO QUE SE ENCONTRAVA NO AQUARTELAMENTO DA ILHA DA TAIPA.



O ÚNICO TRANSPORTE QUE EXISTIA NO POSTO MILITAR DA TAIPA.


Como fiz refrência no artigo anterior, após ter desembarcado no cais 12 do Porto Interior, segui para a Ponte 8, onde numa lancha de desembarque dos Serviços de Marinha segui para a Ilha da Taipa, iria render o Furriel Miliciano e a a sua Secção (12 militares).


Desembarcado na Ponte Cais da Ilha da Taipa, seriam para aí, umas 20 horas, está a aguardar o signatário e a sua Secção de militares (12 homens), um Primeiro Cabo, que tinha ficado em Macau para mais um ano de serviço.


Junto à ponte encontrava-se uma velha camioneta militar, na qual embarcamos, e, conduzida pelo dito Primeiro Cabo, lá seguimos pela ingreme estrada, de terra batida, entrando depois numa outra, pequena estrada, toda arborizada, e por fim lá subimos a calçada que dava para as instalações militares, passando pela casa da guarda.


Para lá da casa da guarda podia ver-se uma pequena vivenda, encobertas pelo alto capim, havia, na parte esqueda do caminho que dava ao quartel, vários depósitos de munições, que estavam a cargo do Primeiro Cabo Lopes, que vivia defronte das instalações do Quartel, com a sua numerosa família, toda ela chinesa.


Chegados ao recinto do Quartel ali desembarcamos, o Primeiro Cabo, tencionou levar a camioneta para a garagem, mas esta, por temosia não quis arrancar dali e ali ficou por alguns meses!...






O ARTICULISTA E PESSOAL DA SUA SECÇÃO JUNTO A UM JEEP




Como ia dizendo, ali desembarcamos e levamos as bagagens para o interior das pequenas instalações do Quartel, ainda não tinhamos jantado, e para surpresa do signatário, os militares que ia render, já lá não se encontravam, tinham seguido para Macau nessa manhã, e foi o tal Primeiro Cabo que ficou encarregado de passar o testemunho do nada que havia.


O Primeiro Cabo Lopes, assim que nos viu desembarcar, se foi aprensentar, dizendo que está à nossa disposição, para tudo o que podesse ser útil.



Na companhia do Primeiro Cabo, dei uma volta às instalações, e verifiquei, que o Furriel que fui render, bem como o seu pessoal, tinham deixado o Posto na maior chavardice. A cozinha era espaçosa servia também se sala de jantar, havia um armário e cadeiras e nada mais, dentro desse armário havia imensas garrafas de cervejas, vazias, fios electricos e teias de aranha.


O alojamento do pessoal era um pequeno quarto com 6 beliches, ao lado ficava uma casa de banho e defronte uma sala que servia de secretaria, e mais uma pequena sala de arrumos.


Defronte destas instalações, havia uma casa, de rés do chão, tendo duas portas, ambas com os vidros partidos, uma delas era a antiga enfermaria, entrando para ver o que continha, dei com imenso pó, vidros partidos, seringas pelo chão, e muitas caixas com injecções, não injecções normais, mas sim de Morfina. ( não esquecer que paredes de meias com as isntalações do Quartel, se encontra o Centro de Recuperação Social, onde estavam internados dezenas de toxicomonos).


Na outra dependência o estado de limpeza era ainda pior, era o depósito de armamento, cheios de teias de aranhas, osgas e o material em péssimo estado de conservação, espingardas, pistolas metrelhadoras e munições.


Este o meu primeiro contacto com as instalações do posto militar da Taipa, ficando com uma péssima impressão de tudo quanto vi, levando-me a perguntar, junto do Primeiro Cabo, o porquê daquele desleixo, ele nem me respondeu, apenas encolheu os ombros.



O ARTICULISTA E SEU PESSOAL DEFRONTE DAS INSTALAÇÕES DO QUARTEL


O pessoal e o articulista estavam cansandissimos e com fome, o cansaço esse resolveu-se, após uma pequena limpeza na camarata e o desmantelamento de um beliche, beliche esse que foi colocado na sala dos arrumos, e que passou a servir de quarto ao articulista, e isto porquê?


O tal Primeiro Cabo tinha informado o articulista que a moradia do Sargento ficava para lá da casa da guarda, mas o anterior Comandante do Posto, nunca dela se utilizou, estando para lá abandonada. Respondi-lhe que no dia seguinte lá iria ver as condições e talvez para lá passa-se a morar.


Foi desta forma que se passou a primeira noite no Quartel Militar da Ilha da Taipa. Sem jantar e com um repouso não muito confortável, mas enfim!...


Felizmente que havia luz eléctrica e água canalizada.






O ARTICULISTA EM EXERCICIOS MILITARES, JUNTO AO CEMITÉRIO CHINÊS, QUE FICAVA AO FUNDO DA CARREIRA DE TIRO.



No dia seguinte, telefonei para o Quartel da Ilha Verde, onde se encontrava, instalada a Companhia de Caçadores, à qual o articulista pertencia, falando com o Primeiro Sargento Lages, dando conta do que tinha encontrado e que não tinha meios de transporte, nem alimentos e tão pouco material de limpeza, a resposta do dito Primeiro Sargento foi para que eu me desenrrasca-se e desligou o telefone.

Perguntando ao Primeiro Cabo, como é que se processava o fornecimento de alimentos
do pessoal, ele informou que diariamente vinham de Macau, os alimentos frescos, os restantes o Quartel General, enviava mensalmente os géneros e as referidas ementas, mas o ainda não tinha feito, porque segundo as contas deles, deveria haver géneros em depósito até ao final do mês.


E mais disse, que como tinhamos chegado só na noite anterior, os fornecedores de Macau, por lapso, ou por não terem ordens, não tinham ainda enviado os géneros alimenticios do dia, nem café havia, o pão esse viria de Macau todas as manhãs, mas nessa manhã, se saiu da padaria militar, não chegou ao aquartelamento da Taipa.


Liguei, através do telefone, para o Quartel de Coloane afim de falar com o Alferes, afim de saber como as coisas se procediam, mas sem sucesso, consegui sim, ainda, falar com um colega meu, Furriel Miliciano, que me disse que nós na Taipa, não estavamos dependentes de Coloane, mas sim de Macau, e que eles por lá, embora as coisas não estivem em boas condições, tinha a cozinha bem recheada de mantimentos, mas que igualmente não tinham recebido o pão nem a manteiga nessa manhã.







Um colega meu e um senhor chinês que era o patrão da embarcação que diariamente fazia o transportes dos géneros alimentícios para a Ilha da Taipa, entre eles os que se destinavam as tropas ali estacionadas. O barco era propriedade de um senhor de apelido Alcântra.


Vistas as coisas e como responsável que era, indaguei junto do Primeiro Cabo, se naquela Ilha havia algum mercado, mercearias ou cafés, onde pudesse ir comprar algo para que o pessoal pudesse tomar as suas refeições, até as coisas se comporem, respondeu dizendo que havia um velho mercado na vila e igualmente havia uma mercearia, d que era dono o senhor Ah Mok, cafés ou restaurantes, bem, respondeu com alguma indecisão, existe uma barraca que serve café, mas fica junto à ponte cais, e um 'pequeno café, na esquina da Rua do Cunha, mesmo defronte do mercado, padarias essas as não havia, e a única loja de comidas só serviam massas chinesas.






O ARTICULISTA NA PRAIA, DEFRONTE ONDE HOJE SE ENCONTRAM AS CASAS -MUSEU.



Continuando, ordenei ao Primeiro Cabo para ir buscar o jeep e me fizesse transportar até à vila, afim de fazer algumas compras, mas a ordem, teve logo uma rápida resposta, o jeep estava avariado e sem combustível, a camioneta que nos tinha transportado na noite anterior avariada estava, havia ainda uma camioneta de transporte de água, encontrava-se na garagem, igualmente avariada, havia somente duas alternativas, ou usar a bicicleta ou ir a pé, até à vila, percorrendo os arrozais que circundavam o posto militar.



O Posto Militar ficava, nas traseiras da actual Universidade de Macau, havia um carreiro de terra batida que ia dar à vila.



Quando o articulista pediu para irem buscar a bicicleta, foi informado pelo dito Primeiro Cabo, que a mesma, tinhas os pneus furados, já super aborrecido com todas aquelas situações, dei um berro tão forte que foi ouvido pelos habitantes de algumas barracas que ficavam situadas, perto da calçada de acesso às instalações militares.



Então, ordenei a esse mesmo cabo para me acompanhar à vila, levando ele à mão a dita bicicleta afim de lá a poder mandar reparar, e assim foi, lá seguimos pelo meio dos arrozais, que por essa altura estavam sendo tratados por um senhor, que ao nos ver passar nos cumprimentou, mais tarde vim a saber que era o proprietário do café que fiz refrência o famoso café da Maria.

Vários búfalos por ali andavam, e nós continuando o nosso caminho, lá alvejamos a vila e percorrendo a Rua Fernão Mendes Pinto, lá fomos dar com a mercearia do senhor Ah Mok, que ficava na Rua do Cunha, mesmo defronte, onde hoje se localiza o Restaurante O Galo.


Forçosamente tivemos que passar pelo mercado, que na altura estava quase totalmente vazio.


Através do Primeiro Cabo, fui apresentado ao senhor Ah Mok e a sua esposa, ambos falavam bem o português e lá expus o que me trazia ali. Primeiro pedi-lhe o favor de nos fornecer algumas batatas, azeite, cebolas, alhos, grão, café, leite condensado e atum, bem como uns quilos de arroz, mas lhe disse que não tinha dinheiro, mas que dentro de dias lhe pagaria, mais, até lhe pedi algum dinheiro emprestado para poder mandar reparar a bicicleta, e o senhor Ah Mok, amavelmente e sempre bem disposto, me disse que ele trataria disso, e mandando uns dos seus filhos ir chamar um mecânico.


Como o senhor Ah Mok sabia que nós ainda não tinhamos comido nada deste o almoço do dia anterior, nos convidou a or-mos tomar o pequeno almoço no café da Maria, pequeno almoço esse que se consistiu numa chávena de café e uma torrada.


Depois de termos tomado a primeira refeição seguimos para a mercearia do senhor Ah Mok, onde já se encontrava a bicicleta, consertada, e uns sacos com os alimentados solicitados, indagando sobre o valor no arranjo da bicicleta e dos géneros fornecidos, o senhor riu-se e disse "pague quando quise, eu confio em si". Muito grato lhe fiquei e dali saimos, com os sacos de geberos, na traseira da bicicleta, que foi conduzida até ao posto pelo Primeiro Cabo que me acompanhava. Foi mais uma estafa até ao Quartel.
Nesse dia houve comida, e tornei a telefonar para o Quartel da Ilha Verde, sobre os nossos mantimentos, tendo sido informado que no dia seguinte as coisas voltaria à sua normalidade, tendo sido igualmente informado dos contactos dos fornecedores, a partir do dia seguinte, não mais houve problemas com a comida.












O ARTICULISTA PASSEANDO PELA RUA FERNÃO MENDES PINTO.

Sobre a vivenda do sargento o articulista lá a foi visitar, para tal, teve que ir munido de uma catana, para cortar todo o matal que rodeava a casa, era uma casa espaçosa, com três quartos, uma bela sala, cozinha e casa de banho, porém estava abandonada, as teias de aranha e as osgas ali tinha feita a sua residência, o mobiliário estava cheio de pó e os colchões das camas estavam cheios de musgo, se abandonada esteve, abandonada continuou a ficar, dormindo o articulista num pequeno quatro, sito, ao lado da secretaria do aquartelamento.
.




O articulista nas escadarias do Jardim do Carmo, junto à Igreja com esse njome, aliás a única igreja que existia na altura na Ilha da Taipa.

As fotos que se seguem foram tiradas no mesmo local, havia as tais casas coloniais, por essa altura, abandonadas e em mau estado de conservação, serviam até de viveiros de cobras.








O articulista e um seu camarada, que era natural do Porto, nesse mesmo jardim do Carmo.

Dias depois de estar na Taipa, entabalou amizade com o médico, o Dr. Serra, com o qual todas as noites iam até ao café da Maria ali se esvasiava uma garrafa de Macieira, outras amizades e conhecimentos se foram fazendo, eram poucos os habitantes da vila, o senhor Ah Mók, e um sapateiro que era seu vizinho eram melhores amigos do articulista, bem como alguns agentes da polícia que se encontravam destacados no Centro de Recuperação Social, entre eles o Senhor Porto.
Nesse dito Centro que funcionava no msmo edifício do Quartel, separados apenas por rede de arame, estavam lá trabalham na enfermaria, entre eles, dois portugueses de Macau, um que tinha o alcunho de Tóquio e outro senhor que era agente da PSP, mas por ser toxicomono ali tinha sido internado, mas como estavam já recuperados, trabalhavam na enfermaria, aguardando voltar às suas vidas normais.
Sabendo que eles comiam mal, e como nos viam comendo, a eles o articulista lhes dava alguma da nossa comida portuguesa que eles adoram, mas o tal senhor que era da PSP, lá conseguia que o nosso cozinheiro lhe desse umas garrafinhas de vinho tinto, sem que o articulista soubesse.
Um dia, esse senhor, empunhado um grosso bambu, e dizendo palavras obcenas, se dirigia para o signatário com o fim de o atacar, em virtude de o cozinheiro não lhe dar mais vinho, naquele momento ele devia estar embriagado. O articulista nesse momento estava fazendo a limpeza de uma pistola metrelhadora, uma FBP, e disse a esse senhor para não se aproximar, senão dispararia a arma, ele não acatou o aviso e com o bambu em risto vinha para o descarragar em cima do articulista, só o não fez, porque o articulista, tal como tinha avisado, fez uma rajada de tiros, que o obrigou a recolher no Centro.
Sobre estes incidente fez o articulista uma participação que enviou para o Director do Centro, director esse que era Tenente do Exército, mas em comissão de serviço na PSP.
Resultado, o dito Tenente após ter recebido a participação, telefenou ao articulista dizendo que ia tomar as devidas medidas e ficou-se por ali.
Passado uns dias, apareceu no aquartelamento da Taipa, o seu Comandante de Companhia, Tenente Barroso de Moura, afim de fazer algumas investigações sobre o sucedido, entre mim e o internado do Centro.
Estavamos no início do mês de Dezembro, e já o articulista estava familiarizado com as pessoas da vila, com os hábitos alimentares, suas tradições e até já falava alguma coisa do seu dialecto, quando recebeu um telefonena do Primeiro Sargento, chefe de secretaria da companhia, informando-o que tinha sido punido com 15 dias de detenção, e que no dia seguinte seria rendido do seu posto da Taipa e seguiria para o aquartelamento da Ilha Verde, cumpriria o castigo e por lá ficaria até ao fim da sua comissão de serviço.
Foi um balde água fria, mas o RDM, Regulamento de Disciplina Militar assim o ditada.
Consta na Caderneta Militar, do articulista, na parte do registo disciplinar o seguinte:
"Porque no passado dia 20 do passado mês de Novembro, como Comandante do Posto da Taipa, elaborouuma participação contra um internado no Centro de Recuperação Social não a fazendo seguir pelas vias competentes e, nmo decorrer das averiguações pela participação provou-se que o mesmo Furriel mantinha relações de familiaridade com alguns dos internados, concedendo-lhe facilidades prejudicias à boa ordem do Centro de Recuperação Social e dos serviços militares. Infrigindo o no. 4 do Arto. 4 do R.D.M.".
"Punido com 15 de detenção, castigo este aplicado por Sua Exa. o Comandante Militar do C.T.I de Macau, aos 22 dias do mês de Dezembro de 1964.
A partir dessa data, baixou para a terceira classe de comportamento (Art. 192 do R.D.M.
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No próximo artigo, o articulista irá narrar a sua estada no Quartel da Ilha e o porquê, de ter ficado em Macau.






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A diferença dos velhos ntempos para os dias de hoje

























































sábado, julho 24

ARTICULISTA NA TAIPA

O articulista, acabadinho de chegar a Macau (Ilha da Taipa) com a idade de 20 anos, sendo nessa altura, ano de 1964, Furriel Miliciano.


As primeiras fotos tiradas na Ilha da Taipa.

Com esta imagem, bem podia ter seguido outra carreira, talvez a de actor de cinema, em vez de ter ingressado, voluntáriamente, no Exército Português, nessa altura em guerra em três frentes.


O articulista desempenhou o cargo de Comandante Militar da Ilha da Taipa, durante o período de Setembro a Dezembro de 1964.
No mês de Dezembro de 1964, foi transferido para o Quartel da Ilha Verde, em Macau, onde completou a sua comissão de serviço, até Agosto de 1966, não tendo regressado a Portugal, passando à disponibilidade em Macau, onde iniciou uma nova vida.
Volvidos são já, quase, 46 anos que permanece em Macau, jamais esquecendo aquela noite humida do dia que desembarcou, nem do cheiro que pairava no ar.

Em Macau constítuio família, família essa que já vai na terceira geração de Cambetas, e que tem o sangue cruzado com sangue chinês.

CHEGADA A MACAU - 1964

CHEGADA, notícia publicada no Jornal Notícias de Macau, no dia 22 de Setembro de 1964, porém com uma informação incompleta e incorrecta.
É verdade que o contingente de tropas do nosso exército, veio de Portugal Continental, num barco nacional, Navio esse com o nome de ÍNDIA, que após 45 dias de viagem atracou a um cais em Kwoloon, Hong-Kong.
Naquela vizinha cidade embarcou, o contigente de tropas, que era constituído por duas Companhias de Caçadores, a saber a 690, ao qual pretencia o articulista, e a 691 bem como um pelotão da Polícia Militar e mais alguns militares, poucos, que vinham em render, em comissão individual os seus camaradas no Q.G.
Essa viagem foi efectuada no navio Takshing, que atracou à Ponte 12 do Porto Interior, não às 6.30 horas da manhã, como refere o artigo, mas sim, por volta das 18.30 horas.



Esta foto o que o articulista acabou de escrever, pode ver-se o articulista, o primeiro à direita, aguardando com seus colegas a chegada das viaturas que os levaria para os seus respectivos quarteis, Ilha Verde e Mong-Há.
O articulista comandando uma Secção (10 militares) não ficou em Macau, bem como um pelotão da companhia 691, que seguiram para a Ponte 8, onde embarcaram numa Lancha de Desembarque dos Serviços de Marinha e os levou, respectivamente para a Ilha da Taipa, onde desembarcou o articulista e a sua secção e o pelotão seguindo para a Ilha de Coloane.
Os militares que seguiram para Coloane depois se sub-dividiram, ficando o grosso do pelotão no Quartel de Coloane e duas secções foram deslocadas, respectivamente para os postos de Ká Hó e Hac Sá.


Carimbos da Companhia de Caçadores 690, postados em documentos oficiais.

A PONTE NOBRE DE CARVALHO

A ponte de ligação Macau-Taipa, na sua face de construção, podendo ver-se a cidade de Macau ao fundo.











A Ponte de ligação Macau-Taipa já em estado avançado das obras.




AQUI TAILÂNDIA: OBRIGADO TAILÂNDIA - O MEU TRABALHO FOI RECONHECIDO

AQUI TAILÂNDIA: OBRIGADO TAILÂNDIA - O MEU TRABALHO FOI RECONHECIDO

sexta-feira, julho 23

HOTEL CASINO ESTORIL

Através desta foto, poderá ver-se as traseiras do Hotel Estoril e segundo en linha recta, as antigas instalações do Centro de Saúde e por detrás o Cemitéio São Miguel Arcanjo.


No ano de 1964, quando o articulista conheceu o Hotel Estoril, era a unida hoteira mais chique em Macau, ficava situado na Avenida Sidónio Pais.


Ali funcionava o primeiro Casino da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, criada recentemente.




Anos depois e com a construção do imponente e masgestoso Hotel Casino Lisboa, para lá se mudou o casino, mas passando ainda a ser uma unidade hoteleira, e as instalações que tinha servido de casino, passaram a ser usadas como Sauna e uma discotecas, locais esses muitos frequentados.


Era um local de prostituição camuflada, mas que todos sabiam da sua existência, e onde moças tailandesas e filipinas tinham profissão dançarinas, pagas à hora, ou saiam com seus freguezes para se prostituirem e as massagistas idem.




Com o passar dos anos esses locais foram caindo de moda, seu hotel encerrou portas, seguindo o clube nocturno e depois a sala de massagens.




Nos dias de hoje encontra-se totalmente abandonado, e até já foi falado, que a actual Escola Portuguesa, sita ao lado do novo Grand Lisboa Hotel Casino, se irá transferir para as instalações do velho Hotel Estoril.




Dizia-se, com graça, naqueles tempos, se se deseja-se morrer mais cedo era bem fácil, bastava frequentar a sala de massagens ou o clube nocturno do Hotel Estoril, ali contrairia a Sida. Defronte do Hotel, na Avenida Conselheiro Ferrira de Almeida, ficava o Centro de Saúde, onde se podia tratar, maas como ainda não tinha sido iventado o remédio para a cura dessa doença, só tinha que seguir a mesma linha e ir repousar no Cemitério São Miguel Arcanjo, que ficava, e ainda lá está, nas traseiras do dito Centro de Saúde. e na mesma direcção, era só fazer uma linha recta!...



Como podem ver, através deste anuncio, publicado no Jornal Notícias de Macau, refrente ao mês de Julho de 1964, um almoço no luxuoso restaurante do hotel Estoril, custava apenas $6,50 patacas e um jantar $8.00 patacas.




O articulista tomava as suas refeições na Messe de Sargento, sita na Avenida da Praia Grande, bem perto, onde hoje reside, a mensalidade era de 80,00 patacas, e as refeições diárias eram compostas por pequeno almoço, almoço que cosntia em uma sopa, um prato de carne, um prato de peixe, pão, fruta e cafe, havia ainda o lanche e o jantar, refeição esta que era igualmente constituída por uma sopa, pão, um prato de peixe, um prato de carne, café e fruta.




O articulista como se encontrava no Quartel da Ilha Verde, só ia messe de Sargebtos tomar as refeições do almo;ço e do jantar, mais tarde passou a ir comer numa casa particular, sita na Areia Preta, onde serrviam óptima comida portuguesa, e ficava bem mais do quartel, a mensalidade essa era de somente 70 patacas, mas não serviam nem pequeno almoço nem lanche, era tasca do Ricardo, que depois a passou para o Cabo Cachinho, tenho uns anos mais tarde passado para a Rua do campo, onde hoje se situa o Edifício da Administração Pública.