

Sara Buri é famosa pelos seus extensos campos de girassóis.
Há milênios, esse material dá forma a casas tradicionais em países como o Japão e a China. Nos últimos anos, pesquisas na construção civil avalizaram sua resistência e durabilidade. Arquitetos do mundo todo redescobriram o bambu e passaram a usá-lo em modernas obras públicas.
A necessidade de repensar o consumo de materiais na construção para torná-la mais sustentável do ponto de vista ambiental atrai olhares para a exploração de novas alternativas. E o caso do bambu, visto como a promessa para este século. Pesquisador desse recurso há cerca de 30 anos, o professor Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil da PUC-RJ, não tem duvidas sobre seu potencial.
Os brotos do bambu são muito apreciados pelos asiáticos, especialmente chineses, japoneses e indianos. Eles fazem parte de uma variedade incrível de pratos tradicionais, fritos, assados, fervidos e secos. O comércio e a produção de brotos em todas as formas é fonte de riqueza para nações como a China, Hong Kong e Vietnã. No ano de 1992 a China exportou cerca de 90 mil toneladas de brotos, e com isso recebeu o equivalente a aproximadamente 90 milhões de dólares americanos.
O Japão, nos anos de 1993 a 1997, importou de vários países 2.6 mil toneladas de brotos de bambu comestíveis, pagando cerca de 3 milhões de ienes. A empresa LinAn tem uma página sobre o processo tecnológico.
A atual medicina ocidental agora sabe dos ricos nutrientes encontrados no broto de bambu: proteína vegetal, fibras, aminoácidos, cálcio, fósforo, vitaminas B1, B2 e C. A medicina chinesa já sabe há mais tempo que o consumo regular de brotos de bambu ajuda na digestão, estimulando os movimentos peristálticos do estômago e intestino, previne e cura doenças cardiovasculares e cânceres e abaixa a gordura e a pressão sanguínea. Aqui no Brasil a medicina popular prescreve chá de folhas de bambu contra a tosse.
Na Dinastia Qin (221-206BC), o povo inventou um tambor que cambaleia em um instrumento de cordas. Depois, com referências para a cítara e outros instrumentos musicais, o povo criou o qin pipa. O pipa foi uma espécie de instrumento musical de cordas. O qin pipa foi o predecessor do ruan.
Por volta do terceiro século, um músico chamado Ruan Xian foi visto a tocar extremamente bem com um instrimento chamado qin pipa. Devido às suas hábeis exibições a ele lhe foram dadas as boas vindas, pelas gentes locais. Gradualmente o povo passou a chamar a esse instrumento, o seu nome Ruan. Contudo, foi só na Dinastia Song (960-1279) que esse instrumento passou a ter o nome de Ruan.
O ruan é composto da cabeça, a maçaneta, e o corpo. A cabeça é normalmente decorada com alguma obra de arte de chinesa, com imagens tradicionais, tal como dragões.
O corpo do ruan é uma caixa de ressonância achatada nos pólos. A teoria estrutural, os materiais, e as habilidades artísticas são bastante semelhantes àqueles do pipa.
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O Zheng é um dos mais antigos instrumentos musicais de ponteio da China. Já no ano 237 antes de nossa era, o primeiro-ministro do reino Qin (na atual província de Shaanxi), Li Si, entregou um documento ao rei, apresentando uma cena em que os músicos populares tocavam o Zheng. Trata-se do mais antigo registro por escrito sobre o instrumento. Por esta razão, o Zheng é também chamado, hoje em dia, como Qinzheng, Zheng do Qin.
No seu processo da evolução, Zheng levava algumas influências de outro instrumento de ponteio, Se. Existe uma história sobre o nome do Zheng.
Dizem que numa família no reino Qin, o dono da casa era hábil em tocar o Se. Após sua morte, os seus dois filhos começaram a disputar o instrumento que o pai tinha usado. Sem uma saída, eles repartiram-no em dois e cada um levava a sua metade. Na língua chinesa, a palavra "disputar" se pronuncia como "Zheng" e o instrumento ficou com o nome homófono Zheng. Claro, esta é apenas uma de muitas versões sobre a origem do nome deste instrumento. E muitas pessoas consideram que o nome tem a ver com o som que ele emite.
O Zheng, como um dos mais antigos instrumentos musicais chineses, tem uma caixa de ressonância chata e retangular. Tinha cinco cordas e posteriormente, o número se aumentou e os Zhengs que se usam agora têm de 13 a 16 cordas. O músico, sentado em frente ao instrumento, pressiona as cordas com a mão esquerda, e com a mão direita, faz ponteio nas cordas e controla as mudanças dos sons. A música que estamos ouvindo é Os patos nadam nas águas do Outono.
Mais de dois mil anos atrás quando Qinshihuang, o primeiro imperador da dinastia Qin, unificou a China, o Zheng, instrumento musical que circulava no reino Qin, foi levado pouco a pouco a todas as localidades do país e com o decorrer do tempo, assimilava os elementos das músicas e instrumentos de outras regiões e chegou a formar suas próprias escolas e as respectivas características. Os patos nadam nas águas do Outono que acabamos de ouvir é uma obra-prima da escola da província de Guangdong, sul da China. Nos anos 50 do século, os artistas chineses começaram a fazer reforma no instrumento e aperfeiçoaram-no, enriquecendo suas expressões.