o mar do poeta

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quinta-feira, setembro 15

Arquivo Público do Estado de São Paulo - 16 Setembro 1721

 




Arquivo Público do Estado de São Paulo

Fundação 1891

Localização Av. Cruzeiro do Sul, 1777 - Santana

Diretor Carlos de Almeida Prado Bacellar

Website www.arquivoestado.sp.gov.br

O Arquivo Público do Estado de São Paulo é a instituição responsável por acolher, conservar e disponibilizar ao público todo o material considerado histórico, após processo de avaliação, produzido pelo poder executivo paulista. Encontra-se instalado em um conjunto de edifícios no bairro de Santana, cidade de São Paulo, contando ainda com o Arquivo Administrativo, no bairro da Mooca. É um dos maiores arquivos públicos do Brasil.

O Arquivo Público é uma das repartições mais antigas do Estado. Seu acervo é composto por documentos provenientes tanto das secretarias de Estado quanto do Poder Judiciário, prefeituras, cartórios e fundos privados, abrangendo desde manuscritos do Brasil Colônia até importantes registros pertencentes ao extinto DOPS.

Ligado atualmente à Casa Civil, é também o órgão central do Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo (SAESP), sendo responsável pela coordenação e sistematização dos arquivos públicos paulistas, envolvendo confecção de Tabelas de Temporalidade, montagem e coordenação de Comisões de Avaliação, efetivação de descarte ou recolhimento de conjuntos documentais produzidos pelo governo paulista.

 Histórico


A instituição

Alguns dos documentos disponíveis no ArquivoO Arquivo Público do Estado é uma das mais antigas repartições públicas de São Paulo. Suas origens remontam a 1721, por iniciativa do capitão-mor Dom Rodrigues César de Meneses. Governador da então Capitania de São Paulo, César de Meneses havia determinado a seu secretário de governo, Gervásio Leite Rabelo, que desse início ao “Inventário dos Documentos da Governança”. Armazenados no Pátio do Colégio, à época sede do governo, os documentos amealhados por Rabelo constituíram o núcleo inicial do atual acervo da instituição.

Na época tratava-se apenas do arquivo da então Secretaria de Governo, extinta em 1891.


Em 1891, sob a gestão de Américo Brasiliense, todo o acervo da extinta Secretaria passou a compor a então “Repartição de Estatística e do Archivo do Estado”, subordinado à Secretaria do Interior. Data dessa época a determinação de que o órgão recebesse documentação de origens e de naturezas diversificadas. Assim, o “Archivo do Estado” passou a armazenar não apenas os ofícios e materiais das secretarias governamentais, mas também documentos oriundos das municipalidades, do poder judiciário, de cartórios e de particulares.

As sedes

Do ano em que foi criado até 1906, o arquivo ocupou primeiramente o pavimento térreo e, posteriormente, parte do convento do Pátio do Colégio. Foi então transferido para os fundos do prédio da igreja Nossa Senhora dos Remédios, demolida na década de 40. Ocupou ainda um edifício na rua Visconde do Rio Branco, onde funcionou até 1949.

Nesse ano, o arquivo foi fechado, retomando suas atividades somente no final do ano seguinte, no edifício da E. F. Sorocabana, no largo General Osório (onde funcionou o DOPS e, atualmente, encontra-se instalada a Estação Pinacoteca). Sua penúltima sede foi o antigo edifício da “Manufactura de Tapetes Santa Helena”, onde permaneceu entre 1953 e 1997.

Desde 22 de abril de 1997, o Arquivo do Estado encontra-se instalado em um conjunto de edifícios no bairro de Santana, sede da antiga "Fábrica de Tapetes Ita". Reformados para atender às necessidades da instituição, os edifícios contam com depósitos para o acervo, além de laboratórios, salas de consulta e um anfiteatro. Parte de seu acervo, denominado Arquivo Administrativo, é conservado em um antigo depósito industrial no bairro da Mooca, de acesso restrito.

O acervo



Charge publicada no periódico O Filhote, 1909.

O Arquivo Público do Estado de São Paulo é uma das principais fontes para pesquisas documentais no Brasil e uma importante referência na historiografia brasileira.

A instituição abriga aproximadamente 26 mil metros lineares de documentação textual, além de um acervo iconográfico com cerca de um milhão e meio de imagens (fotografias, negativos, postais, caricaturas e ilustrações) e alguns milhares de rolos de microfilmes. Abriga ainda uma biblioteca de apoio à pesquisa, com 45 mil volumes, além da mapoteca e de uma grande hemeroteca.

O acervo é dividido em “fundos públicos” (produzidos pelos órgãos do Poder Executivo Paulista, fundações e universidades públicas), “fundos privados” (documentos de particulares, doados ou comprados pelo estado), “fundos cartoriais” (registros civil e de imóveis).


Crianças da Juventude Hitlerista saudam o "Führer" em Presidente Bernardes, SP. (c. 1935).

Do período colonial, o arquivo abriga cerca de sete milhões de manuscritos avulsos e outros mil livros manuscritos, desde inventários e testamentos a cartazes de “procura” por escravos foragidos. O item mais antigo é o chamado “Inventário do Sapateiro”, um registro dos bens de Damião Simões, datado de 1578. O setor denominado Arquivos Privados conserva documentos de particulares, como a coleção do ex-presidente Washington Luís, doada ao arquivo em testamento.

Na seção de periódicos, há a rara coleção do Correio Braziliense, o primeiro jornal do Brasil, fundado em 1808. Há também coleções completas dos jornais Correio Paulistano (1855-1963), O Estado de S. Paulo (desde 1875) e Folha de São Paulo (desde 1925), além do combativo jornal Última Hora, cobrindo o período que vai do segundo governo Vargas aos primeiros governos da ditadura militar.

Em 1994, o governo do estado transferiu para o Arquivo do Estado e liberou para consulta os documentos provenientes do extinto DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) - o órgão governamental responsável por controlar e reprimir os movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder. Nessa coleção podem ser vistos desde fichas prisionais, prontuários de personalidades brasileiras e estrangeiras - como Elis Regina, Jânio Quadros, Papa João Paulo II e Adolf Hitler -, até correspondências privadas e oficiais, trocadas por titulares da ditadura militar no Brasil.


Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo

O Arquivo Público do Estado é o órgão central do Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo (SAESP). O SAESP é composto pelos arquivos da administração direta do governo estadual (secretarias de estado), autarquias e fundações estaduais (inclusos as universidades públicas e institutos de pesquisa), empresas públicas ou de economia mista, além do Ministério Público de São Paulo e da Procuradoria Geral do estado.

A função do Arquivo Público do Estado é a coordenação e implantação da política arquivística, estabelecendo normas e procedimentos para a organização dos arquivos, bem como para produção, tramitação e eliminação de documentos.



15 SETEMBRO 1928 - DESCOBERTA A PENICILINA



A penicilina G é um antibiótico natural derivado de um fungo, o bolor do pão Penicillium chrysogenum (ou P. notatum). Ela foi descoberta em 15 de setembro de 1928, pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming e está disponível como fármaco desde 1941, sendo o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso.


O nome penicilina é usado também para outros antibióticos relacionados.

História

Alexander Fleming, o descobridor da penicilina.A penicilina foi descoberta em 1928 quando Alexander Fleming saiu de férias e esqueceu algumas placas com culturas de microrganismos em seu laboratório no Hospital St. Mary em Londres. Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colônias deste não havia mais bactérias.

Então Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do gênero Penicillium, e demonstraram que o fungo produzia uma substância responsável pelo efeito bactericida: a penicilina. Esta foi obtida em forma purificada por Howard Florey , Ernst Chain da Universidade de Oxford e Norman Heatley, muitos anos depois, em 1940. Eles comprovaram as suas qualidades antibióticas em ratos infectados, assim como a sua não-toxicidade.

Em 1941, os seus efeitos foram demonstrados em humanos. O primeiro homem a ser tratado com penicilina foi um agente da polícia que sofria de septicémia com abcessos disseminados, uma condição geralmente fatal na época. Ele melhorou bastante após a administração do fármaco, mas veio a falecer quando as reservas iniciais de penicilina se esgotaram.

Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina por este trabalho. A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados na Segunda Guerra Mundial. Durante muito tempo, o capítulo que a penicilina abriu na história da Medicina parecia prometer o fim das doenças infecciosas de origem bacteriana como causa de mortalidade humana.A penicilina ajudou muito a sociedade daquela época e hoje também.

Estrutura



Estrutura geral das penicilinas.As penicilinas contêm um anel activo, o anel beta-lactâmico, que partilham com as cefalosporinas.

As penicilinas contém um núcleo comum a todas elas e uma região que varia conforme o subtipo.

Todas penicilinas têm a mesma estrutura básica: ácido 6 aminopenicilanico, um anel tiazolidina unido a um anel beta lactamico que leva um grupo amino livre.

Mecanismo de ação

Todos os antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) interferem na síntese de parede celular bacteriana, através de sua ligação com as enzimas PLP. A penicilina acopla num receptor presente na membrana interna bacteriana (PBP) e interfere com a transpeptidação que ancora o peptidoglicano estrutural de forma rígida em volta da bactéria. Como o interior desta é hiperosmótico, sem uma parede rígida há afluxo de água do exterior e a bactéria lisa (explode).

O principal mecanismo de resistência de bactérias à penicilina baseia-se na produção de Beta-lactamases, enzimas que degradam a penicilina impedindo sua ação.

Outro mecanismo de ação da Penicilina é a inativação do inibidor das enzimas autolíticas na parede celular, isto da como resultado a lise celular.

Usos terapêuticos

Há dois tipos principais de penicilina:

1.A Penicilina G ou benzilpenicilina, foi a primeiramente descoberta é geralmente injectavel (intra-venosa ou intra-muscular) ainda que existam formas bucais para tratamento dental. Ela é mal absorvida a partir do intestino por isso a via oral não é utilizada.

2.A Penicilina V ou fenoximetilpenicilina é geralmente administrada por via oral e é absorvida para o sangue ao nível intestinal.

As penicilinas são eliminadas por secreção tubular nos rins.

É a primeira escolha para infecções bactérianas causadas por organismos Gram-positivos e outros que não sejam suspeitos de resistência.

É geralmente eficaz contra espécies Gram+ ou de Streptococcus, Clostridium, Neisseria, e anaérobios excluindo Bacteroides. Usa-se em casos de meningite bacteriana, bacterémia, endocardite, infecções do tracto respiratório (pneumonia), faringite, escarlatina, sífilis, gonorreia, otite média e infecções da pele causadas pelos organismos referidos.

A Penicilina já não é a primeira escolha em infecções por Staphylococcus devido a resistência disseminada nesse género.

Efeitos indesejados

A penicilina não tem efeitos secundários significativos, mas pode raramente causar reações alérgicas e até choque anafilático nos indivíduos susceptíveis.

Sintomas iniciais nesses casos podem incluir eritemas cutâneos disseminados, febre e edema da laringe, com risco de asfixia. A sua introdução por injeção no organismo também é conhecida por ser dolorosa.

Além disso uso prolongado ou em altas doses pode causar deplecção da flora normal no intestino e suprainfecção com espécie patogénica.

Fármacos derivados

Existem muitos antibióticos derivados por métodos químicos industriais da penicilina, constituindo as penicilinas semi-sintéticas:

Amoxicilina, Ampicilina e Pivampicilina têm maior espectro de acção, e são eficazes contra mais tipos de organismos.

Flucloxacilina é mais resistente à beta-lactamase (uma penicilinase).

Carbenacilina, Aziocilina, Ticarcilina são eficazes contra espécies de Pseudomonas, especialmente a P.aeruginosa, que são importantes patogénios do meio hospitalar.



Sir Alexander Fleming (East Ayrshire, 6 de agosto de 1881 — Londres, 11 de março de 1955) foi o descobridor da proteína antimicrobiana chamada lisozima e do antibiótico penicilina obtido a partir do fungo Penicillium notatum.

Biografia

Alexander Fleming nasceu em Lochfield, no sudoeste da Escócia, e estudou medicina na Universidade de Londres. Concluindo o curso em 1906, começa a pesquisar, em seguida, substâncias com potencial bactericida que não fossem tóxicas ao organismo humano. Trabalhou como médico microbiologista no Hospital de St. Mary, Londres, até o começo da Primeira Guerra Mundial. Durante a guerra foi médico militar nas frentes de batalha da França e ficou impressionado pela grande mortalidade nos hospitais de campanha causada pelas feridas de arma de fogo que resultavam em gangrena gasosa. Finalizada a guerra, regressou ao Hospital St. Mary onde buscou intensamente um novo anti-séptico que evitasse a dura agonia provocada pelas infecções durante a guerra.

Os dois descobrimentos de Fleming ocorreram nos anos 20 e ainda que tenham sido acidentais demonstram a grande capacidade de observação e intuição deste médico britânico. O descobrimento da lisozima ocorreu depois que o muco de seu nariz, procedente de um espirro, caísse sobre uma placa de cultura onde cresciam colônias bacterianas. Alguns dias mais tarde notou que as bactérias haviam sido destruídas no local onde se havia depositado o fluido nasal.

Ele chegou à descoberta da penicilina e de suas propriedades antibióticas em 1928, ao observar uma cultura de bactérias do tipo estafilococo e o desenvolvimento do mofo a seu redor, onde as bactérias circulam livres. O laboratório de Fleming estava habitualmente bagunçado, o que resultou em uma grande vantagem para sua segunda importante descoberta. Em Setembro de 1928, Fleming estava realizando vários experimentos em seu laboratório e ao inspecionar suas culturas antigas antes de destruí-las notou que a colônia de um fungo havia crescido espontaneamente, como um contaminante, numa das placas de Petri semeadas com Staphylococcus aureus. Fleming observou outras placas e comprovou que as colônias bacterianas que se encontravam ao redor do fungo (mais tarde identificado como Penicillium notatum) eram transparentes devido a uma lise bacteriana.

A lise significava a morte das bactérias, e no caso, das bactérias patogênicas (Staphylococcus aureus) crescidas na placa. Ainda que tenha reconhecido imediatamente a importância deste seu achado, seus colegas subestimaram-no.

Aprofunda a pesquisa e constata que uma cultura líquida de mofo do gênero Penicillium evita o crescimento dos estafilococos. Publica os resultados desses estudos no British Journal of Experimental Pathology em 1929, mas não obtém reconhecimento nem recursos financeiros para aperfeiçoar o produto durante os anos seguintes.

Howard Walter Florey, Ernest Boris Chain e Norman Heatley foram os grandes resposáveis para transformar a penicilina em medicamento antibiótico, porém isso somente foi possível após Fleming ter tomado os créditos pela pesquisa clínica gerenciada por Florey. A equipe de Florey foi responsável por criar uma maneira de extração e de purificação como também pelos ensaios clínicos.

A produção industrial começou nos Estados Unidos (EUA) no início da II Guerra Mundial. Fleming, Florey e Chain recebem juntos o Nobel de Fisiologia/Medicina de 1945.

Fleming num selo das Ilhas Faroe

Fleming trabalhou com o fungo durante algum tempo, mas a obtenção e purificação da penicilina a partir dos cultivos de Penicillium notatum resultaram difíceis e mais apropriadas para os químicos. Mas a comunidade científica da época achava que a penicilina só seria útil para tratar infecções banais e por isto não lhe deu atenção. No entanto, o antibiótico despertou o interesse dos investigadores estado-unidenses, que durante a Segunda Guerra Mundial tentavam imitar a medicina militar alemã que possuía as sulfamidas. Os Farmacêuticos Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey descobriram um método de purificação da penicilina que permitiu sua síntese e distribuição comercial para o resto da população

Fleming não patenteou sua descoberta, pois achava que assim seria mais fácil a difusão de um produto necessário para o tratamento das numerosas infecções que castigavam a população.

Por seus descobrimentos, Fleming compartilhou o Nobel de Fisiologia/Medicina de 1945 junto a Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey.

Fleming foi membro do Chelsea Arts Club, um clube privado para artistas fundado em 1891 por sugestão do pintor James McNeil Whistler. Conta-se como anedota que Fleming foi admitido no clube depois de realizar "pinturas com germes" e que estas pinturas consistiam em pincelar o lenço com bactérias pigmentadas, as quais eram invisíveis no início, mas que surgiam com intensas cores uma vez incubadas e crescidas. As espécies bacterianas que utilizava eram:

Serratia marcescens – cor vermelha

Chromobacterium violaceum – cor púrpura

Micrococcus luteus – cor amarela

Micrococcus varians - branca

Micrococcus roseus – cor rosa

Bacillus sp. – alaranjada

Alexander Fleming morreu em 1955 de um ataque cardíaco. Foi enterrado como herói nacional na cripta da Catedral de São Paulo em Londres.

Seu descobrimento da penicilina significou uma mudança drástica para a medicina moderna, iniciando a chamada "Era dos antibióticos".

Fábula

Uma conhecida história conta que o pai de Winston Churchill custeou a educação de Fleming depois que o pai deste – um humilde lavrador – havia salvado Winston da morte num pântano. Essa história é falsa. Segundo Kevin Brown, na biografia Penicillin Man: Alexander Fleming and the Antibiotic Revolution, o próprio Alexander Fleming, numa carta a seu amigo Andre Gratia, chamou essa história de “fábula fantasiosa”.

Também não foi ele quem salvou Winston Churchill durante a Segunda Guerra Mundial. Churchill foi salvo por Lord Moran, que usou sulfonamida (pois ele não tinha experiência com penicilina), quando Churchill adoeceu em Cartago, Tunísia, em 1943.

Os jornais Daily Telegraph e The Morning Post de 21 de dezembro de 1943 noticiaram que ele havia sido salvo com penicilina. Na realidade, ele foi salvo com um recém-elaborado composto de sulfonamida, a Sulfapiridina, conhecida à epoca pelo código de pesquisa M&B693, descoberta e produzida por May & Baker Ltd - uma subsidiária do grupo francês Rhône-Poulenc. Num programa de rádio pouco tempo depois, Churchill se referiu à nova droga como "essa admirável M&B".


É provável que a informação correta não foi publicada nos jornais porque, como a sulfonamida havia sido uma descoberta do laboratório alemão Bayer e o Reino Unido estava em guerra com a Alemanha, pretendeu-se elevar o moral do Reino Unido associando a cura de Churchill à milagrosa penicilina

O INFERNO VISTO PELO BUDISMO








Videos efectuados, pelo articulista, num mosteiro budista perto da cidade de Nakon Pathon na Tailandia.

Mulher é presa por transportar um Ovo Kinder



por Jornal i, Publicado em 14 de Setembro de 2011

Uma canadiana foi presa ao tentar entrar nos Estados Unidos com… um Ovo Kinder. É que o famoso chocolate confeccionado pela Ferrero é proibido nos Estados Unidos.

De acordo com a lei norte-americana é proibido a introdução no país de qualquer item não alimentar dentro de qualquer produto comestível.

Assim, Lind Bird viu o seu ovo ser apreendido, foi presa e acusada de contrabando, além de ter de pagar uma multa de 211 euros pela infracção.

Em entrevista à estação de televisão canadiana CBC, Bird disse: “É apenas um ovo de chocolate. É ridículo”, acrescentando ter recebido uma carta com sete páginas em que lhe era pedida uma autorização para destruir o ovo.

“Pensei que era uma brincadeira. Tive de ler duas vezes”, afirmou.



terça-feira, setembro 13

13 DE SETEMBRO - DIA NACIONAL da Cachaça




Dia nacional da cachaça Expocachaça, o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) oficializou o dia 13 de setembro como o Dia Nacional da Cachaça






Cachaça, pinga, cana ou canha (no Rio Grande do Sul) é o nome dado à aguardente de cana, uma bebida alcoólica tipicamente brasileira. Seu nome pode ter sido originado da velha língua ibérica – cachaza – significando vinho de borra, um vinho inferior bebido em Portugal e Espanha, ou ainda, de "cachaço", o porco, e seu feminino "cachaça", a porca. Isso porque a carne dos porcos selvagens, encontrados nas matas do Nordeste – os chamados caititus – era muito dura e a cachaça era usada para amolecê-la.

É usada como coquetel, na mundialmente conhecida "caipirinha".

É obtida com fermentação da garapa de cana-de-açúcar. A fermentação do melaço, também utilizada, também dá origem ao rum.

A cana-de-açúcar, elemento básico para a obtenção, através da fermentação, de vários tipos de álcool, entre eles o etílico. É uma planta pertencente à família das gramíneas (Saccharum officinarum) originária da Ásia, onde teve registrado seu cultivo desde os tempos mais remotos da história.

História



Barris de cachaça no Museu da Cachaça Ypióca

A cachaça é uma bebida de grande importância cultural, social e econômica para o Brasil, e está relacionada diretamente ao início da colonização do País e à atividade açucareira, que, por ser baseada na mesma matériaprima da cachaça, forneceu influência necessária para a implantação dos estabelecimentos cachaceiros.

Os primeiros relatos sobre a fermentação vem dos egípcios antigos. Curam várias moléstias, inalando vapor de líquidos aromatizados e fermentados, absorvido diretamente do bico de uma chaleira, num ambiente fechado. Os gregos registram o processo de obtenção da acqua ardens. A água que pega fogo - água ardente (al kuhu). Alquimistas tomam conhecimento da água ardente, atribuindo-lhe propriedades místico-medicinais. Transforma-se em água da vida, e a eau de vie é receitada como elixir da longevidade.


Caipirinha, tradicional drinque brasileiro produzido com cachaça, açúcar, gelo e limão.

A aguardente então vai da Europa para o Oriente Médio, pela força da expansão do Império Romano. São os árabes que descobrem os equipamentos para a destilação, semelhantes aos que conhecemos hoje. Eles não usam a palavra al kuhu e sim al raga, originando o nome da mais popular aguardente da península arábica: arak, uma aguardente misturada com licores de anis e degustada com água. A tecnologia de produção espalha-se pelo velho e novo mundo. Na Itália, o destilado de uva fica conhecido como grappa.

Em terras Germânicas, se destila a partir da cereja o Kirsch; na antiga Tchecoslováquia, atualmente dividida em República Tcheca e República Eslovaca, a destilação da Sleva (espécie de ameixa) gera a slevovice (lê-se eslevovitse). Na Escócia se populariza o whisky, destilado da cevada sacarificada. No Extremo Oriente, a aguardente serve para esquentar o frio das populações que não fabricam vinho. Na Rússia a vodca, de centeio. Na China e no Japão, o saquê, produzido a partir da fermentação do arroz é frequentemente confundido com uma aguardente devido ao seu elevado teor alcoólico, mas é na verdade um vinho. Portugal também absorve a tecnologia dos árabes e destila, a partir do bagaço de uva, a bagaceira.

Já em 1530 os primeiros donatários portugueses decidem começar empreendimentos nas terras orientais do Novo Mundo, implementando o engenho de açúcar com conhecimento e tecnologia adquiridos nas Índias Orientais, vindas do sul da Ásia. Assim surgem na nova colônia portuguesa os primeiros núcleos de povoamento e agricultura.

A geração inicial de colonizadores apreciava a bagaceira portuguesa e o vinho do porto. Assim como a alimentação, toda bebida era importada da metrópole. Num engenho da capitania de São Vicente, entre 1532 e 1548, descobrem o vinho de cana-de-açúcar - garapa azeda, que fica ao relento em cochos de madeiras para os animais, vinda dos tachos de rapadura.

É uma bebida limpa, em comparação com o cauim - vinho produzido pelos índios, no qual todos cospem num enorme caldeirão de barro para ajudar na fermentação do milho. Os senhores de engenho passam a servir o tal caldo, denominado cagaça, para os escravos. E logo após isso começou-se a destilar a cagaça, nascendo assim a cachaça. Antonil procura distinguir "aguardente" de "cachaça", mas se considera que essa diferença não existe na prática. Em 1584 o Memorial de Gabriel Soares de Sousa faz referências a "oito casas de cozer méis" na Bahia.

Dos meados do século XVI até metade do século XVII as "casas de cozer méis" se multiplicam nos engenhos. A cachaça torna-se moeda corrente para compra de escravos na África. Alguns engenhos passam a dividir a atenção entre o açúcar e a cachaça. A descoberta de ouro nas Minas Gerais, traz uma grande população, vinda de todos os cantos do país, que constrói cidades sobre as montanhas frias da Serra do Espinhaço. A cachaça ameniza a temperatura.

Incomodada com a queda do comércio da bagaceira e do vinho portugueses na colônia e alegando que a bebida brasileira prejudica a retirada do ouro das minas, a Corte proíbe a partir de 1635 várias vezes a produção, comercialização e até o consumo da cachaça. Sem resultados, a Metrópole portuguesa resolve taxar o destilado. Em 1756 a aguardente de cana-de-açúcar foi um dos gêneros que mais contribuíram com impostos voltados para a reconstrução de Lisboa, destruída no grande terremoto de 1755. Para a cachaça são criados vários impostos conhecidos como subsídios, como o literário, para manter as faculdades da Corte.

Com o passar dos tempos melhoram-se as técnicas de produção. A cachaça é apreciada por todos. É consumida em banquetes palacianos e misturada ao gengibre e outros ingredientes, nas festas religiosas portuguesas - o famoso quentão.

Devido ao seu baixo valor e associação às classes mais baixas (primeiro os escravos e depois os pobres e miseráveis), a cachaça sempre deteve uma áurea marginal. Contudo, nas últimas décadas, seu reconhecimento internacional tem contribuído para diluir o índice de rejeição dos próprios brasileiros, alçando um status de bebida chique e requintada, merecedora dos mais exigentes paladares. Atualmente várias marcas de boa qualidade figuram no comércio nacional e internacional e estão presentes nos melhores restaurantes e adegas residenciais pelo Brasil e pelo mundo.

Produção da cachaça


Colheita da cana-de-açúcar.


A cachaça pertence à nobre família das aguardentes, da eau-de-vie ou aquavit. Trata-se de um destilado feito à base de cana-de-açúcar, leveduras e água.

O processo de produção inicia-se com a escolha da variedade adequada da cana de açúcar e plantio da mesma. Conforme a região, existem variedades que melhor se adaptam às condições geoclimáticas, além do cuidado em se fazer um plantio com variedade de cana com maturação precoce, média e tardia, visando a colher esta matéria-prima sempre no ponto adequado, nos diferentes meses de produção. Quanto à colheita da cana de açúcar, não é indicada a queima do palhiço, pois, além das consequências ambientais, a queima prévia da cana resulta no aumento do composto furfural e hidroximetilfurfural na bebida final; ambos são compostos carcinogênicos e sua soma não pode ultrapassar 5 mg/100 mL AA.

Durante o processo de moagem da cana, é importante a análise da eficiência da extração do caldo, que deve ser próxima a 92% em moendas de três eixos. Ainda durante o processo de moagem, é importante o uso de um filtro para recolher os bagacilhos presentes no caldo, já que estes, quando chegam até o processo de fermentação, resultam no aumento do teor de metanol. É importante também a correção do Brix, ou teor de açúcar no caldo, para valores entre 16 e 18° Brix, visando a uma maior eficiência do processo fermentativo.


Engenho-banguê em funcionamento, década de 1950.

Engenho Espadas, Pernambuco, Brasil.O processo de fermentação é sem dúvida o mais importante para a qualidade do produto final. A fermentação ocorre por ação de leveduras, principalmente a Saccharomyces cerevisae, levedura que apresenta a melhor resistência a altos teores alcoólicos. Ao caldo de cana fermentado dá-se o nome de mosto.

É neste processo que ocorre a transformação da glicose em etanol e outros compostos secundários, como butanol, isobutanol, acetato de etila,(Benéficos ao sabor) e ácido acético, propanol, acetaldeído, etc (Maláficos ao sabor da bebida). O controle apurado desta etapa, como monitoração de temperatura (Entre 28 e 33°C), pH (entre 4.5 e 5.5), contagem de leveduras, tempo de fermentação e formação de excessiva de bolhas é fundamental para a eficiência do processo. O processo de fermentação dura em torno de 24 horas, sendo o teor de sólidos solúveis o indicativo do final do processo. É imprescindível a assepsia deste processo, já que a contaminação bacteriana pode resultar em compostos indesejáveis no produto final.



Esquema de um alambique.

Em seguida é realizado o processo de destilação, quando o Brix se iguala a zero. Se existirem ainda açúcares presentes no mosto, a oxidação destes compostos durante a destilação resultará também na formação de furfural e hidroximetilfurfural. O processo de destilação pode ser realizado em alambiques de cobre ou inox (Produção artesanal) ou em Colunas de destilação (Produção industrial), sendo que no primeiro ocorre uma melhor separação dos compostos, produzindo uma cachaça com menos compostos secundários quando comparada com a cachaça industrial.

Durante a destilação, são coletadas três frações: Cabeça (15% do volume destilado), Coração (60% do volume destilado) e Cauda (15% do volume destilado). A composição de cada fração está correlacionada com a temperatura de ebulição dos compostos presentes no mosto. A fração Cabeça é rica em metanol e ácidos, e não deve ser comercializada nem utilizada para consumo. Na fração coração são coletados os principais compostos e mais desejáveis na aguardente. Já na fração cauda, também chamada de óleo fúsel ou caxixi, são encontrados os compostos com altas temperaturas de ebulição.

A cachaça obtida da fração coração pode ser comercializada depois do período de maturação (Três meses) ou ser envelhecida em tonéis de madeiras, por um período mínimo de um ano.

Geração e aproveitamento de resíduos



Antiga moenda de madeira para cana-de-açúcar no Goiás

Durante o processo de produção da cachaça, são gerados os seguintes resíduos: Ponteira da cana, vinhoto e bagaço.

A ponteira da cana-de-açúcar pode ser utilizada em silagem para alimentação animal. Já o bagaço é rico em fibras, porém pouco nutritivo, especialmente se o processo de moagem foi eficiente. O indicado é utilizá-lo depois de seco, nas caldeiras como substituto de parte da madeira, ou mesmo para a produção artefatos artesanais.

O vinhoto é comumente utilizado como fertilizante e também na produção de biogás em algumas destilarias. Entretanto, este subproduto não deve, de forma alguma ser jogado em rios ou leitos de água sem tratamento prévio por ser altamente poluente. A cachaça pode ser redestilada para produção de etanol, mas não é aconselhável o retorno deste produto ao destilador para ser reprocessado.

Legislação no Brasil

De acordo com o Decreto nº 4.851, de 2003, o artigo 92 diz o seguinte sobre a cachaça: Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de trinta e oito a quarenta e oito por cento em volume, a vinte graus Celsius (°C), obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até seis gramas por litro, expressos em sacarose.

O texto regulamentar básico editado pelo Governo brasileiro para disciplinar a produção e comercialização de cachaça no Brasil é a Instrução Normativa nº 13, de 29 de junho de 2005, baixada pelo Ministro da Agricultura e publicada no Diário Oficial da União de 30 de junho de 2006. A IN nº13/2005, como é conhecida, "Aprova o Regulamento Técnico para Fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade para Aguardente de Cana e para Cachaça".

Conforme este Regulamento Técnico, a "Cachaça é a denominação típica e exclusiva da Aguardente de Cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 48% vol. (quarenta e oito por cento em volume) a 56% vol. (cinquenta e seis por cento em volume) a 20 °C, obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até 6 g/L, expressos em sacarose e Aguardente de Cana é a bebida com graduação alcoólica de 38% vol. (trinta e oito por cento em volume) a 54% vol. (cinquenta e quatro por cento em volume) a 20 °C (vinte graus Celsius), obtida do destilado alcoólico simples de cana-de-açúcar ou pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar, podendo ser adicionada de açúcares até 6 g/L, expressos em sacarose".

Fonte - Enciclopedia livre

domingo, setembro 11

FESTIVALO DA LUA - 12 DE SETEMBRO


Macau encontra-se engalanada para festejar esta quadra popular, conhecida pelo Festival do Meio de Outono, também conhecido como o Festival da Lua, Festival das Lanternas ou Festival do Bolo da Lua.
Esta festividade popular é celebrada pelo povo chinês e remonta a mais de 3 000 anos, na Dinastia Shang teve início este festival de adoração à Lua, e foi chamado pela primeira vez Zhongqiu Jie (literalmente Festival do Meio de Outono)




O Festival do Meio Outono é realizada no dia 15 do oitavo mês do calendário chinês, que este ano é no dia 12 de  Setembro  no calendário gregoriano. É uma data que é paralelo ao equinócio de outono do calendário solar, quando a lua está em sua plenitude e redondos. A comida tradicional deste festival é o bolo da lua, do qual existem muitas variedades diferentes.



                                                      Estes os bolos lunares típicos


O Festival do Meio Outono é um dos poucos feriados mais importantes do calendário chinês, sendo os outros o Ano Novo Chinês e o Solstício de Inverno, e é um feriado oficial em vários países.

Antigamente este festival era comemorado pelos agricultures no fim da época das colheitas.

Tradicionalmente, neste dia, os membros da família e amigos se reune  em jantares de comida vegetariana, depois do jantar  deslocam-se para locais populares afim de contemplarem a lua cheia e brilhante.

Quando o articulista chegou a Macau, nos longínquos anos de 60s, podiam ver-se nas ruas a miudagem com laternas bem coloridas de todos os feitios, brincando, mas não eram só os miúdos que assim procediam, os pescadores vinham para terra e a Avenida Almeida Ribeira ficava repeta de pessoas, empunhando as ditas laternas, dando um colorido maravilhoso nessa noite às ruas de Macau.


Nos dia de hoje a tradição se mantêm, porém de um mmodo diferente, sendo as ruas todas enfeitadas, muitos jovens ainda compram as suas lanternas e nos bairros de Macau podem-se ver as suas brincadeiras.



Lanternas de todos os tipos e para todos os gostos.



A celebração do Festival do Meio Outono está fortemente associado com a lenda de Chang'e Houyi e, a Deusa da Lua da Imortalidade. A tradição coloca estas duas figuras da mitologia chinesa em torno de 2200 aC, durante o reinado do lendário imperador Yao, que pouco depois de Huangdi. Ao contrário de muitas divindades lunares em outras culturas que personificam a lua, Chang'e simplesmente vive na lua, mas não é a lua em si.

Existem muitas variantes e adaptações da lenda de Chang'e, que freqüentemente se contradizem. No entanto, a maioria das versões da lenda envolvem alguma variação dos seguintes elementos: Houyi, a Archer, um imperador, seja benevolente ou malévolo, e um elixir da vida.

Uma versão da lenda diz que Houyi era um imortal e Chang'e era uma bela jovem, que trabalha no palácio do Imperador de Jade (o Imperador do Céu, 玉帝 pinyin: Yudi) como um assistente para a Rainha Mãe do West (a esposa do Imperador de Jade). Houyi despertou o ciúme dos outros imortais, que então caluniou diante do Imperador de Jade. Houyi e sua esposa, Chang'e, foram posteriormente banido do céu. Eles foram forçados a viver na Terra. Houyi tinha que caçar para sobreviver e se tornou um arqueiro habilidoso e famoso.

Naquela época, havia dez sóis, na forma de três pernas de aves, residente em uma amoreira no mar oriental. Cada dia um dos pássaros sol teria de viajar ao redor do mundo num carro, conduzido por Xihe, a "mãe" dos sóis.

Um dia, todos os dez sóis circulado juntos, fazendo com que a Terra para queimar. Imperador Yao, o imperador da China, comandou Houyi usar sua habilidade de arco e flecha para derrubar tudo, mas um dos sóis. Após a conclusão de sua tarefa, o Imperador Houyi recompensado com uma pílula que concedeu a vida eterna. Imperador Yao aconselhou Houyi para não engolir a pílula imediatamente, mas em vez de se preparar orando e jejuando por um ano antes de tomar. Houyi tomou a pílula em casa e se escondeu debaixo de uma viga. Um dia, Houyi foi convocado novamente afastado pelo imperador Yao.

Durante a ausência do marido, Chang'e, percebeu um raio branco de luz acenando das vigas, e descobriu a pílula. Chang'e engoliu e imediatamente descobriu que podia voar. Houyi voltou para casa, percebendo o que tinha acontecido, ele começou a repreender sua esposa. Chang'e escapou voando para fora da janela para o céu.

Houyi perseguiu do outro lado do céu, mas foi forçado a retornar para a Terra por causa de ventos fortes. Chang'e chegou à lua, onde ela tossiu parte da pílula.  Chang'e ordenou a lebre que vivia na Lua para fazer uma outra pílula. Chang'e, então, ser capaz de retornar para a Terra e seu marido.

A lenda diz que a lebre ainda está batendo ervas, tentando fazer com que a pílula. Houyi construiu para si um palácio no sol, o que representa "Yang" (o princípio masculino), em contraste com a casa Chang'e sobre a lua que representa "Yin" (o princípio feminino). Uma vez por ano, na noite do Festival do Meio Outono, Houyi visitas de sua esposa. Essa é a razão por que a lua é muito cheia e bela naquela noite.

Essa descrição aparece na forma escrita em duas Western Dinastia Han (206 aC-24) coleções; Shan Hai Jing, o Clássico das Montanhas e Mares e Huainanzi, um clássico filosófico.

Outra versão da lenda, semelhante à anterior, difere em dizer que Chang'e engoliu a pílula da imortalidade, porque Peng, um dos muitos Houyi do aprendiz arqueiros, tentou forçá-la a dar a pílula a ele. Sabendo que ela não podia lutar contra Peng, Chang'e não tinha escolha a não ser engolir a pílula sozinha.

Outras versões dizem que Houyi e Chang'e ainda eram imortais que vivem no céu no momento em que Houyi matou nove dos sóis. Os pássaros sol eram os filhos do Imperador de Jade, que puniu Houyi e Chang'e, forçando-os a viver na Terra como mortais.

Vendo que Chang'e sentiu extremamente infeliz sobre sua perda da imortalidade, Houyi decidiu encontrar a pílula que iria restaurá-lo. No final de sua jornada, ele conheceu a Rainha Mãe do Ocidente, que concordou em lhe dar a pílula, mas advertiu de que cada pessoa só precisa de metade de um pill para recuperar a imortalidade. Houyi trouxe a pílula e armazenada em um caso. Ele alertou Chang'e não abrir a caixa, e depois saiu de casa por um tempo.

Como Pandora na mitologia grega, Chang'e ficou curioso. Ela abriu o caso e descobriu a pílula, assim como Houyi estava voltando para casa. Nervoso que Houyi iria pegá-la, descobrindo o conteúdo do caso, ela acidentalmente engoliu a pílula inteira, e começou a flutuar no céu por causa da overdose.

Algumas versões da lenda não se referem a Houyi ou Chang'e como tendo sido inicialmente imortais e apresentá-los como mortais em seu lugar.

Há também versões da história em que Houyi foi feito rei, como recompensa por matar nove dos sóis e salvar o povo. No entanto, King tornou-se um déspota Houyi que ou roubou uma pílula da imortalidade da Rainha Mãe do Ocidente ou soube que ele poderia fazer tal uma pílula por trituração até o corpo de um menino adolescente diferentes todas as noites por cem noites. Chang'e roubou a pílula e engoliu ela mesma, seja para parar mais meninos serem mortos ou para prevenir governo tirânico de seu marido de durar para sempre.






Palanque comemorativo do festival da lua, sito no antigo mercado da Taipa.

Erigir o Festival de Outono-Mid. ( 中秋, 中秋, na China e são homófonos) Não se trata de plantar árvores, mas sim pendurar lanternas  em varas de bambu e colocá-los num ponto alto, como telhados, árvores, terraços, etc.  Esta tradição é habitual em Macau, China, Hong-Kong e alguns países do Sudoeste da Ásia. 


Palanque comemorativo do festival da lua, sito na Praça da Amizade, defronte do Hotel Sintra
De acordo com um conto popular generalizado (não necessariamente apoiados por registros históricos), o Festival do Meio Outono comemora uma revolta na China contra os governantes mongóis da dinastia Yuan (1280-1368) no século 14.  Como reuniões de grupo foram banido, era impossível fazer planos para uma rebelião. Observando que os mongóis não comeu mooncakes, Liu Bowen (刘伯温) da Província de Zhejiang, assessor do líder rebelde chinês Zhu Yuanzhang, surgiu com a idéia de tempo a rebelião para coincidir com o Festival de Outono-Mid.
Ele pediu permissão para distribuir milhares de bolos de lua aos chineses residentes na cidade para abençoar a longevidade do imperador mongol. Dentro de cada bolo, no entanto, foi inserido um pedaço de papel com a mensagem: "Matem os mongóis no dia 15 do mês 8" (chinês tradicional: 八月 十五 ; chinês simplificado: 八月 十五 鞑子) . Na noite do Festival da Lua, os rebeldes atacaram com sucesso e derrubaram o governo. O que se seguiu foi o estabelecimento da dinastia Ming (1368-1644), sob Zhu. Doravante, o Festival do Meio Outono foi celebrado com bolos de lua em nível nacional.



Versão vietnamita


As Crianças vietnamitas celebrando o Festival de Outono-Mid com os tradicionais cinco pontas lanterna em forma de estrela

O festival do Meio-Outono é chamado de "Tet Trung qui" em vietnamita.

A versão vietnamita do feriado narra a lenda de Cuoi, cuja esposa acidentalmente urinou em uma figueira sagrada, levando-o com ela para a lua. Todos os anos, no Mid-Autumn Festival,as crianças empunham  lanternas de luz e participam de uma procissão para mostrar a Cuoi o caminho para a Terra.

No Vietnam, os bolos lunares são tipicamente quadrados, em vez de redondas, embora os redondos não existem. Além do conto indígena da figueira, outras lendas são amplamente divulgadas, incluindo a história da Senhora da Lua, e a história da carpa que queria  tornar-se em dragão.

Um evento importante antes e durante o Festival do Meio Outono os vietnamitas efectuam a dança do leão, estas danças são executadas por grupo de crianças, não profissionais, treinadas por peritos na matéria
Os grupos de dança do leão executam essas danças nas ruas e junto a estabelecimentos comerciais, solicitando primeiro permissão para as realizarem, se seu pedido for aceite, então os dançarinos efectuam as suas danças, desejando deste modo sorte e fortuna aos anfitriões, após terminada a dança, os anfitriões, oferece algum dinheiro, como reconhecimento da sua gratidão.


Vários são os palanques, expalhados pela cidade de Macau, este encontra-se situado na Praça do Tap Seac, defronte do antigo Hotel Estoril.

Em Macau as danças do leão percorrem as vias da cidade, estas danças são efectadas por grupos de

associações.







Toda a cidade de Macau e Ilhas está bem ornamentada.


Bolo da Lua (chinês simplificado: 月饼; chinês tradicional: 月饼; pinyin: Yue Bing) é um produto de padaria chinesa tradicionalmente consumidos durante o Festival do Meio Outono / Festival Zhongqiu. Estes bolos (mooncakes) são considerados uma iguaria indispensável nesta ocasião e  são oferecidas entre amigos ou em reuniões de família, enquanto celebram o festival. O Festival do Meio Outono é uma das quatro mais importantes festivais chineses.







Os típicos bolos da lua (Mooncakes) tem um formato redondo ou retangular, medindo aproximadamente 10 cm de diâmetro e 4-5 cm de espessura. Um enchimento de espessura geralmente feitos a partir  de sementes de lótus é cercado por uma crosta relativamente fina (2-3 mm) e pode conter uma ou duas gemas de ovos de pato, salgados.  Mooncakes são geralmente consumidos em pequenas fatias acompanhado de chá chinês. Hoje, é habitual  os empresários e as famílias oferta-los aos seus clientes ou parentes como presentes. Um bolo lunar possue 800-1200 kcal de poder energético.

sábado, setembro 10

GAZETA DO RIO DE JANEIRO - 10 SETEMBRO 1808



A Gazeta do Rio de Janeiro, fundada em 10 de setembro de 1808, foi o primeiro jornal impresso no Brasil, nas máquinas da Imprensa Régia, no Rio de Janeiro. Seu lançamento marca o início da imprensa no país.

Contexto

Até à sua publicação, fruto da transferência da corte portuguesa para o Brasil, era terminantemente proibido aos habitantes do Brasil o acesso a publicações.

Características

Publicado duas vezes por semana (bi-hebdomandário), era um jornal oficial e consistia, basicamente, de comunicados do governo. Seu editor era o Frei Tibúrcio José da Rocha.

Também publicava informes sobre a política internacional, em especial, à realidade européia diante dos conflitos napoleônicos e a instabilidade das colônias americanas da Espanha.

A partir de 29 de dezembro de 1821 passou a se denominar simplesmente Gazeta do Rio. Com a independência, a Gazeta deixou de circular.

Com seu fim, foi sucedido pelo Diário Fluminense, de Pedro I e o Diário do Governo, de Pedro II, como órgãos oficiais de imprensa.

Conteúdo

Seu conteúdo era restrito aos interesses da Coroa, e voltado para a vida cortesã. A parcialidade patenteava-se, por exemplo, no tratamento pró-inglês ao falar das guerras napoleônicas. Em 1818 o bibliotecário real Luís dos Santos Marrocos advertia em carta ao seu pai, em Portugal:

Devo advertir que nelas (notícias) há muita falta de exação e muita mentira, que não posso desculpar, pois, narrando com entusiasmo coisas não existentes ou dando valor a ninharias, cai no absurdo, ou talvez no desaforo, de não publicar fatos e circunstâncias ainda mais essenciais daquele ato.



Fonte - Enciclopédia livre
 
DIA DA IMPRENSA



10 DE SETEMBRO




Que seria do mundo sem os veículos de comunicação, falada ou escrita? Como seriam informados os bilhões de habitantes do planeta?

Além da finalidade de transmitir notícias, a imprensa tem um papel muito importanteque é a defesa dos direitos humanos, denunciando as injustiças que acontecem ou podem acontecer. A imprensa é a maior garantia de defesa da liberdade com que conta o cidadão.

O primeiro jornal editado no Brasil foi a Gazeta do Rio de Janeiro que começou a circular em 10 de setembro de 1808. Por isso, o dia 10 de setembro foi consagrado como o Dia da Imprensa.

Editada pela imprensa Régia, fundada por D. João VI, a Gazeta do Rio de Janeiro era dirigida pelo frade Tibúrcio Rocha.

O Brasil teve um jornal antes desse, o Correio Brasiliense, publicado por Hipólito da Costa, em junho de 1808. Era, contudo, editado na Inglaterra. Portanto, não pode ser considerado o primeiro jornal editado no Brasil.

Fonte: Infonet

História da Imprensa no Brasil

Até a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, era proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais, livros ou panfletos. Esta era uma peculiaridade da América Portuguesa, pois nas demais colônias européias no continente a imprensa se fazia presente desde o século XVI.

A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 10 de setembro de 1808, com a criação da Gazeta do Rio de Janeiro, órgão oficial do governo português que tinha se refugiado na colônia americana. Pouco antes no mesmo ano, porém, o exilado Hipólito José da Costa lançava, de Londres, o Correio Brasiliense (com S), o primeiro jornal brasileiro — ainda que fora do Brasil. Enquanto o jornal oficial relatava "o estado de saúde de todos os príncipes da Europa, (...) natalícios, odes e panegíricos da família reinante", o do exilado fazia política. Embora (diferentemente do que muito se divulga) não pregasse a independência do Brasil, e tivesse um posicionamento político por vezes conservador, o Correio Brasiliense foi criado para atacar "os defeitos da administração do Brasil", nas palavras de seu próprio criador, e admitia ter caráter "doutrinário muito mais do que informativo".

A proibição à imprensa (chegaram inclusive a destruir máquinas tipográficas) e a censura prévia (estabelecida antes mesmo de sair a primeira edição da Gazeta) encontravam justificativa no fato de que a regra geral da imprensa de então não era o que se conhece hoje como noticiário, e sim como doutrinário, capaz de "pesar na opinião pública", como pretendia o Correio Brasiliense, e difundir suas idéias entre os formadores de opinião — propaganda ideológica, afinal.

A censura à imprensa acabou em 1827, ainda no Primeiro Reinado. A própria personalidade de D. Pedro II, avessa a perseguições, garantia um clima de ampla liberdade de expressão — em nível não conhecido por nenhuma república latino-americana, graças aos caudilhos autoritários que lá se alternavam. A liberdade de imprensa já era garantida mesmo pela Constituição outorgada de 1824. Escreve Bernardo Joffily: "Cada corrente tem seu porta-voz", mas, ainda assim, "há órgãos apolíticos: o Diário do Rio de Janeiro (1º diário do País, 1821-1878) nem noticia o Grito do Ipiranga. Mas a regra é a imprensa engajada, doutrinária".

O francês Max Leclerc, que foi ao Brasil como correspondente para cobrir o início do regime republicano, assim descreveu o cenário jornalístico de 1889:

"A imprensa no Brasil é um reflexo fiel do estado social nascido do governo paterno e anárquico de D. Pedro II: por um lado, alguns grandes jornais muito prósperos, providos de uma organização material poderosa e aperfeiçoada, vivendo principalmente de publicidade, organizados em suma e antes de tudo como uma empresa comercial e visando mais penetrar em todos os meios e estender o círculo de seus leitores para aumentar o valor de sua publicidade, a empregar sua influência na orientação da opinião pública. (...) Em torno deles, a multidão multicor de jornais de partidos que, longe de ser bons negócios, vivem de subvenções desses partidos, de um grupo ou de um político e só são lidos se o homem que os apóia está em evidência ou é temível."

De fato, os jornais de partidos, ou espontaneamente criados e mantidos por militantes, carecem de organização institucional e de profissionalismo jornalístico. Nos tempos de maior exaltação na campanha republicana (1870-1878 e 1886-1889), surgem dezenas de jornais (que não passam de quatro páginas cada) efêmeros, sem durar mais que alguns meses.

Entre os jornais cariocas da época imperial estavam, em primeiro grau de importância, a Gazeta de Noticias e O Paiz, os maiores de então e os que sobreviveram mais tempo, até a Era Vargas. Os demais foram o Diario de Noticias, o Correio do Povo, a Cidade do Rio, o Diario do Commercio, a Tribuna Liberal, alguns jornais anteriores a 1889, mas de fortíssima campanha republicana, como A Republica, e as revistas de caricatura e sátira: a Revista Illustrada, O Mequetrefe, O Mosquito e O Bezouro. Outros ainda eram o Jornal do Commercio e a Gazeta da Tarde.

O caricaturista, ilustrador, jornalista Ângelo Agostini está entre as maiores personalidades da imprensa brasileira. Numa época em que a fotografia ainda era rara — e cara — o ilustrador tem o poder inegável de construir o imaginário visual da sociedade. Assim, o "Imperador Cabeça-de-Caju" ou o primeiro-ministro gorducho com ar de soberbo são o que a população — e aí, mesmo a massa analfabeta entra — vai consumir e por onde vai se pautar. Ali criou-se uma iconografia simbólica da política no final do Império.

A Revista Illustrada realmente era inovadora. As ilustrações litografadas almejavam ao perfeccionismo e ao mesmo tempo à expressividade. Inova a Revista também por uma diagramação "interativa", com ilustrações sobre o cabeçalho, moldura, etc.. Saía semanalmente e tinha distribuição nacional.

Nos 22 anos contínuos em que foi publicada, a Revista Illustrada entranhou-se no cotidiano nacional (Cf. Werneck Sodré) e inspirou uma geração de magazines satíricas. Embora um pouco anteriores, fazem parte da mesma safra: O Mosquito, O Besouro (ambos de Bordalo Pinheiro, imigrante português, amigo de Agostini) e O Mequetrefe.

Fonte: Wikipedia