o mar do poeta

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quarta-feira, julho 27

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - CONHEÇA-A

São José dos Campos é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localizado no Vale do Paraíba, São José dos Campos é um importante tecnopolo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina.

Estão instaladas na cidade importantes empresas como Panasonic, Johnson & Johnson, General Motors (GM), Petrobras, Ericsson, Monsanto, Mectron, Embraer (sede), entre outras.


São José dos Campos faz parte do chamado Aglomerado Urbano de São José dos Campos que faz parte do Complexo Metropolitano Expandido da cidade de São Paulo, que é formado pelas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Santos, e as cidades de São José dos Campos, Sorocaba e Jundiaí, e cuja a população somada ultrapassa os 31 milhões de habitantes.

São José é a sexta maior cidade do estado de São Paulo, incluindo-se ai a Região Metropolitana, 26ª maior do Brasil e a segunda maior cidade do interior do Brasil, atrás apenas de Campinas e a frente de cidades como Uberlândia, Sorocaba, Santos e Ribeirão Preto.

História

Quando o rei Felipe II de Portugal assinou a lei de 10 de setembro de 1611 que reconhecia a liberdade dos índios, (mas admitindo-lhes o cativeiro em caso de guerras ou de antropofagia), e que regulamentava os aldeamentos indígenas nos pontos que melhor conviessem aos interesses do Reino de Portugal, muitos índios do Planalto de Piratininga, onde se localizava a Vila de São Paulo de Piratininga, deslocaram-se para o interior da Capitania de São Vicente, para os sertões.

Entre os 11 antigos aldeamentos dos padres da Companhia de Jesus, os jesuítas, ao redor da Vila de São Paulo do Piratininga e por eles administrados, figurava, no vale do rio Paraíba do Sul, a leste da Vila de São Paulo, o aldeamento de São José localizado no bairro do Rio Comprido, a dez quilômetros de onde hoje se situa o centro da atual cidade de São José dos Campos.

Ao todo os jesuítas fizeram onze aldeamentos, ao redor de São Paulo, entre eles, a aldeia de São Miguel Paulista, a aldeia dos índios Guarulhos, a aldeia da Escada, hoje Guararema, e a aldeia de Carapicuíba.

Os padres jesuítas trazendo mais alguns silvícolas, conseguiram entrar em entendimentos com os índios guaianases e dar certa vida ao aldeamento, mas, devido às desvantagens da localização deste, resolveram buscar um ponto melhor. Em 1643, a aldeia de São José foi transferida para onde é hoje a Praça do Padre João Guimarães no centro da cidade.

De 1643 a 1660, os religiosos e vários povoadores obtiveram para os índios diversas léguas de terras, em sesmarias concedidas, em 1650, pelo Capitão-Mór da Capitania de São Vicente Dionísio da Costa. Essas terras situavam-se em magnífica planície, onde hoje se acha atualmente o centro de São José dos Campos.

A aldeia de São José, a partir de 1653, passa a pertencer à Vila de Jacareí, criada naquele ano e desmembrada da vila de Mogi das Cruzes, e pertencente à Capitania de São Vicente.

A aldeia de São José estava, portanto, situada nos limites da Capitania de São Vicente com a Capitania de Itanhaém, a qual compreendia o restante do Vale do Paraíba paulista e seguia até Angra dos Reis e compreendia, também, parte do litoral sul paulista.

Sabe-se ainda que a organização urbana no plano teórico e prático da aldeia é obra atribuída ao padre jesuíta Manuel de Leão, cuja principal ocupação era a de ser administrador, estando em São Paulo desde o ano de 1663, encontrava-se à frente das fazendas mais remotas. Entre estas, figurava-se o aldeamento em solo joseense.

Toda a região do Vale do Paraíba sofreu um esvaziamento populacional com as descobertas do ouro nas Minas Gerais dos Goitacases a partir de 1692.

Em 1710, a Capitania de Itanhaém e a Capitania de São Vicente (que, a partir de 1683, passou a se chamar Capitania de São Paulo, com a transferência da capital da capitania para São Paulo), passaram a integrar a nova "Capitania de São Paulo e Minas do Ouro".

A aldeia de São José progredia mais e mais, passando a ser denominada "Vila Nova de São José", quando se tornou vila em 1767.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do reino de Portugal e das suas colônias pelo Marquês de Pombal; Com isso, alguns brancos agregaram-se aos índios sob a direção de José de Araújo Coimbra, Capitão-Mor da Vila de Jacareí e deram impulso à povoação.

O governador-geral da recém recriada Capitania de São Paulo, (que havia sido extinta em 1748 e anexada a do Rio de Janeiro), D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, o Morgado de Mateus, criou várias vilas para dar impulso à Capitania. Havia décadas que não se criavam vilas ao sul do Rio de Janeiro.

Assim, em 27 de Julho de 1767, pelo Ouvidor e Corregedor Salvador Pereira da Silva, foi criada a nova vila com o nome de "Vila Nova de São José", depois Vila de São José do Sul, e, mais tarde, Vila de São José do Paraíba.

No mesmo dia 27 de julho, foram eleitos os três primeiros vereadores da nova vila, os quais eram índios, dando início à sua autonomia administrativa. Os primeiros oficiais da Câmara da nova vila foram: Juízes Ordinários: Fernando de Sousa Pousado e Gabriel Furtado; vereadores: Vicente de Carvalho, Viríssimo Correia e Luís Batista; Procurador: Domingos Cordeiro.

A nova vila foi desmembrada do termo da Vila de Jacareí - sem ter sido antes freguesia. A freguesia só foi criada pela Ordem de 3 de novembro de 1768 e instalada em 1769.

O Coronel José Arouche de Toledo Rondon, em uma pesquisa sobre as 11 antigas aldeias jesuíticas ( Memória das Aldeias de São Paulo), em 1800, registra a grande pobreza da Vila de São José.
A principal dificuldade de São José era o fato de a "Estrada Real", que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro, passar fora de seus domínios. O algodão teve uma rápida evolução na região quando São José conseguiu algum destaque e cuja produção atinge seu apogeu em 1864.

Em 22 de abril de 1864, pela lei provincial nº 27, foi elevada a categoria de cidade.

A Lei provincial nº 47, de 4 de abril de 1871, mudou-lhe a denominação para São José dos Campos. Pela Lei provincial n° 46, de 6 de abril de 1872, foi criada a Comarca de São José dos Campos.
A partir de 1871, o município passou por duas fases distintas: o desenvolvimento agrícola - com forte preponderância da cultura do café - e a criação da estância climática, consequência natural de seus bons ares.

Quase simultaneamente, há o desenvolvimento da cultura cafeeira no Vale do Paraíba que começa a ter alguma expressão a partir de 1870, já contando, inclusive com a participação de São José.

No entanto, foi no ano de 1886, quando já contava com o apoio de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, que mais tarde foi chamada de Estrada de Ferro Central do Brasil, inaugurada em 1877, que a produção cafeeira joseense teve seu auge, mesmo num momento em que já acontecia a decadência dessa cultura na região, conseguindo ainda algum destaque até por volta de 1930.

A antiga estação de trem ficava na confluência da rua Euclides Miragaia com a avenida João Guilhermino, sendo transferida na década de 1920 para o seu lugar atual.


Rui Barbosa, candidato civilista.

Em 15 de dezembro de 1909, a cidade parou para receber e saudar, na antiga estação de trem, próximo da atual Avenida João Guilhermino com a Rua Euclides Miragaia, o candidato a presidente da república Rui Barbosa apoiado pelos paulistas, na campanha civilista. No livro "Excursão Eleitoral pelo Estado de São Paulo", é dito que foi saudado pelo dr. Francisco Rafael e Araujo e Silva e que a banda "Euterpe Santanense" executou o Hino Nacional e é assim, descrito, o entusiasmo do povo:

Cquote1.svg!As 5:30 silvou na subida do Lavapés (próximo ao atual Paço Municipal) a máquina comboiando o (trem) especial que conduzia a São Paulo, o conselheiro Rui Barbosa. Um fremito de contentamento e agradável emoção agitou a multidão que prorrompeu em vibrantes e entusiásticos vivas ao eminente brasileiro. S. Excia. foi coberto de flores por um grande número de meninas trajadas de branco, postadas em alas na plataforma. Durante os cinco minutos de demora do especial na estação desta cidade, a aclamação ao candidato civilista não se interromperam por um instante sequer..até que o trem partiu conduzindo o ilustre itinerante saudados por vivas patrióticos levantados à sua personalidade emérita por milhares de vozes que se agitavam num burburinho indescritível de satisfação e contentamento vitoriando sempre e mais o peclaro compatrício.Cquote2.svg
do livro "Excursão Eleitoral ao Estado de São Paulo"
Na década de 1910, surge a primeira ponte sobre o rio Paraíba, uma ponte metálica de 80 metros de comprimento, ligando o centro da cidade e o Bairro de Santana à zona norte do município e a Minas Gerais. Esta ponte foi elogiada como moderna, em 1917, no "Primeiro Congresso Paulista de Estradas de Rodagem ", que teve suas atas publicadas em livro homônimo.

A inauguração da primeira rodovia que atravessava o Vale do Paraíba deu novo impulso à região. A Estrada São Paulo-Rio, que ligou São Paulo a Bananal, em 1924, construída pelo presidente do estado de São Paulo Dr. Washington Luís, que, em 1928, já como presidente da república, concluiu a rodovia até a cidade do Rio de Janeiro. Essa estrada ainda existe, no trecho paulista, com diversas denominações como SP-62, SP-64, SP-66 e SP-68 e é conhecida como "Estrada Velha".

Na sua mensagem ao Congresso do Estado de São Paulo, em 1922, o Dr. Washington Luís mostra como melhorou os transportes no Vale do Paraíba devido à sua prioridade "Governar é Abrir Estradas". As primeiras obras rodoviarias de seu governo, (1920-1924), foram no Vale do Paraíba:
Cquote1.svgJá começou também a estabelecer ligações terrestres do litoral norte com o Vale do Paraíba. Já fez o caminho, por cavaleiros, tropas e pedestres entre Ubatuba e São Luís do Paraitinga, de onde se vai a Taubaté, por automóveis em duas horas, sendo que na subida da serra, em 9 quilômetros, encontrou-o todo revestido de lageões, serviço de há mais de 50 anos cuja restauração foi fácil. Fez também a ligação de caminho idêntico entre São Sebastião e Caraguatatuba e vai atacar, nas mesmas condições, o que desta cidade vai a Paraibuna, cidade que já se comunica por automóveis em duas horas com São José dos Campos e Jacareí!Cquote2.svg
Washington Luís
Na década de 1920, surgem as primeiras unidades industriais: os Laticínios Vigor, a Fábrica de Louças Santo Eugênio, a Cerâmica Paulo Becker, a Tecelagem Parahyba e a Cerâmica Weiss.

A procura do município de São José dos Campos para o tratamento de tuberculose pulmonar, teria se tornado perceptível no início deste século, devido às condições climáticas supostamente favoráveis. Entretanto, somente em 1935, quando o município foi transformado em Estância Climática e depois Estância Hidromineral, que São José passou a receber recursos oficiais que puderam ser aplicados na área sanatorial, por outro lado, São José passou a ter prefeitos nomeados, chamados de "prefeitos sanitaristas".

Através de lei estadual de 1977, São José pode voltar a eleger seus prefeitos, sendo que a primeira eleição para prefeito, se deu, então, em 15 de novembro de 1978. Foram sete os principais sanatórios: O Vicentina Aranha, pertencente à Santa Casa de São Paulo, inaugurado em 1924, pelo presidente de São Paulo Dr. Washington Luís, o Vila Samaritana, pertencente à comunidade evangélica, o Ezra, pertencente à comunidade judaica, o Maria Imaculada e o Sanatório Antoninho da Rocha Marmo, pertencentes à Igreja Católica, o Ruy Dória, criado e pertencente ao médico Dr. Ruy Rodrigues Dória, e o Sanatório Ademar de Barros, criado pelo governador Dr. Adhemar Pereira de Barros e dirigido e mantido pela "Liga de Assistência Social". Existiu também na rua Paraibuna, o Sanatório São José, do doutor Jorge Zarur. Os sanatórios foram assim, esforço coletivo de todas as comunhões religiosas, de particulares e estadistas idealistas.

Além do Dr. Ruy Dória, se destacaram como médicos sanitaristas: Jorge Zarur, Orlando Campos, João Batista de Souza Soares, Ivan de Souza Lopes, Décio Lemes Campos, Amaury Louzada Velozo e Nelson Silveira D´Avila.

Muitos doentes que não conseguiam vagas nos sanatórios, ficavam nas pensões, principalmente aquelas da rua Vilaça, perto do sanatório do Dr. Ruy Dória.


A consolidação da Urbanização.

O processo de industrialização do município toma impulso a partir da instalação do ITA e do Centro Técnico Aeroespacial-CTA, em 1950, e posteriormente do INPE e também com a inauguração da Rodovia Presidente Dutra em 1951, possibilitando assim uma ligação mais rápida entre Rio de Janeiro e São Paulo, pela primeira vez, em estrada asfaltada, e cortando a parte urbana de São José dos Campos.

Nessa mesma época, doaram-se terrenos às margens da nova rodovia, onde se instalaram várias fábricas, iniciando-se a industrialização da cidade. Novo impulso foi dado com a duplicação da Rodovia Presidente Dutra, obra iniciada em 1964 e concluída em 1967.

Em 1969, a criação da EMBRAER, originada em um setor de desenvolvimento de aeronaves do CTA, chamado PAR, coloca a cidade em uma nova era de desenvolvimento tecnológico, gerando muitos empregos e mão-de-obra especializada, sendo atualmente a maior empregadora da cidade, e fazendo que a cidade seja considerada a Capital do Avião. Fundamental para o desenvolvimento da EMBRAER foi a mão de obra especializada formada pelo ITA.


Refinaria de Petróleo.

Em 1977, a inauguração da REVAP trouxe mais empregos e tecnologia à cidade, a qual, atualmente está sendo ampliada. Também, neste ano, a cidade recuperou sua autonomia administrativa, voltando a eleger seus prefeitos.

Em 1994 é inaugurado um novo acesso da cidade de São Paulo à região de São José dos Campos, a rodovia Carvalho Pinto.

A conjunção desses fatores permitiu que o município caminhasse para o potencial científico-tecnológico em que se encontra.

Atualmente, em São José, está sendo instalado um parque tecnológico estadual, com instituições de ensino e de pesquisa na área de tecnologia voltadas para as indústrias típicas da cidade como a área aeronáutica e aeroespacial.

Geografia


Fotografia aérea de parte da zona sul da cidade.
  • Área total: 1.099,60 km² (por volta de 425 milhas)
  • área urbana: 298,99 km² (27,19%)
  • área urbana de expansão (leste): 45,04 km² (4,09%)
  • área urbana de expansão (oeste): 81,18 km² (7,38%)
  • área rural: 673,39 km² (61,23%)
São José dos Campos esta localizada no entorno da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), e sua aglomeração urbana, com cidade vizinha, já passa de 820 mil de habitantes. Na Assembleia Legislativa de São Paulo existem propostas para a criação da região metropolitana do Vale do Paraíba.

Topografia

Montanhosa, com colinas ao norte que variam de 660 a 975 metros, denominadas "mar de morros"; terraços e colinas tubulares, onde encontra-se a parte urbana da cidade; as serras do Planalto Atlântico, cujas altitudes atingem 800 metros, além das regiões alpinas, compostas por morros, serras e picos, com altitudes que variam de 619 a 2.082 metros, figurando entre os 32 pontos mais altos do país.

Meio ambiente


Vista do Banhado.

O Parque Municipal Roberto Burle Marx (conhecido como parque da cidade) tem uma área de 516 mil metros quadrados, contando com boa infraestrutura ligada ao esporte e frequentado principalmente para a realização de caminhada, conta com dois lagos e alguns animais nativos da região como a capivara, foi a residência da família Gomes.

O cartão postal de São José dos Campos, o Banhado, tem uma área de proteção ambiental de 4,32 milhões de metros quadrados em frente ao centro da cidade, no momento a favela localizada no local esta congelada e existem a atividade agrícola vem diminuindo, embora ainda este local seja conhecido pelo tráfico de drogas.

A Reserva Ecológica Augusto Ruschi, com dois milhões e meio de metros quadrados, fora do perímetro urbano, é uma Área de Proteção Ambiental de espécies nativas.

São Francisco Xavier, distrito do município, tem a metade de sua área (que é de 322 quilômetros quadrados) definida como Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira.

O Parque Santos Dumont abriga duas Escolas de Educação Infantil, playground, jardim japonês, lago com criação de peixes, criação de aves, quiosques com churrasqueiras, pista para cooper, pista de skate, quadra poliesportiva e aparelhos para ginástica. Nos jardins bem cuidados encontram-se em exposição um avião Bandeirante, sondas fabricadas pelo INPE, assim como uma réplica em aço escovado do avião 14 Bis. Está prevista, para breve, a construção de uma réplica da "Casa Encantada", seguindo o projeto original daquela erguida por Alberto Santos Dumont no município de Petrópolis. A proposta é transformar a bela área verde em parque temático, em homenagem ao pai da aviação. O Parque tem cerca de 46 mil m².

Clima

O clima é úmido e tropical de altitude.
As chuvas abundantes vão de novembro a março, correspondendo a 72% do volume anual, ficando os 28% restantes entre maio e outubro. A umidade relativa média anual é de 76%. As massas de ar tropical predominam durante 50% do ano, seguidas pelas de ar frio.

A temperatura média anual gira em torno dos 21°C, sendo o mês mais frio julho (Média de 15°C) e o mais quente fevereiro (Média de 23°C). Abaixo estão as médias históricas de temperatura na cidade:

MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAno
Temperatura Máxima Média °C29,829,929,527,625,524,324,526,527,428,128,929,027,6
Temperatura Mínima Média °C18,518,817,915,212,511,010,411,713,715,716,417,814,9
Chuvas mm216,3191,2165,380,558,842,332,435,171,5113,3124,0174,21304,9
  • Fonte:

Subdivisões

O município é composto por três distritos: São José dos Campos, Eugênio de Melo e São Francisco Xavier criado em 1892. O último é conhecido pelos locais naturais e pelo ecoturismo.

O município de São José dos Campos é dividido em cinco zonas administrativas: Centro, Norte (Santana, Alto da Ponte, Jardim Telespark, Vila Paiva, Buquirinha, Altos de Santana), Sul (Vila São Bento, Parque Industrial, Jardim Satélite, Jardim Morumbi, Residencial União, Dom Pedro I e II, Campo dos Alemães, Bosque dos Eucaliptos, Jardim Portugal,Colonial, Capuava, Jardim Torrão de Ouro, Parque Interlagos, Jardim São Judas Tadeu, Putim) , Leste (Vila Industrial, Vista Verde, Vila Tesouro , Novo Horizonte , Nova Esperança , Galo Branco , Campos de São José , Santa Inês, Pararangaba) e Oeste (Urbanova, Aquarius, Vale dos Pinheiros, Jardim das Indústrias, Limoeiro).
Possui dois distritos administrativos: São Francisco Xavier e Eugênio de Melo.


Vista panorâmica de São José dos Campos à noite.

Demografia

Histórico populacional
anoPopulação

194036.279
195044.804
196077.533
1970148.332
1980287.513
1991442.370
2000539.313
2002 est.559.710
2004 est.589.050
2007 est.594.948
2008 est.609.229
A grande população foi resultado de migração de outras regiões do país. Como consequência, em 1991, pessoas que nasceram em São José dos Campos representavam apenas 47% da população (de acordo com IBGE). De acordo com nova pesquisa da Univap, este número cresceu para 48,83% em 2004.

Na cidade, a população (de acordo com censo de 2000) 48,06% das pessoas tinham menos de 24 anos, 38,52% de 24 a 49 anos, 13,4% com 50 anos ou mais.
Cor/RaçaPercentagem
Branca78,6%
Negra3,5%
Parda15,7%
Amarela1,4%
Indígena0,2%
Fonte: Censo 2000
População por Sexo (Censo 2010)
SexoHabitantes

Homens307.394
Mulheres320.150

Política

Cidades-irmãs


Jardim Japonês em praça da Zona Oeste.
Um jardim japonês está aberto a visitas no Parque Santos-Dumont, celebrando a irmandade das cidades.

Economia

São José dos Campos é um importante tecnopólo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina.

Centros comerciais

Ainda no setor de negócios, os sofisticados shoppings aparecem como um motivo de visitação na cidade. Os centros de compra são:

Turismo

São José dos Campos fez parte do Programa Nacional de Municipalização do Turismo, atualmente substituído pelo Plano Nacional do turismo, ao qual está ligado através do Conselho Municipal de Turismo. Cabe a este conselho a elaboração do plano diretor para o desenvolvimento turístico bem como a emissão de pareceres para o BNDES e agentes especializados, recomendando ou não empréstimos financeiros de uma linha especial de créditos, criada pela Secretaria Nacional de Turismo e pela EMBRATUR.
Setor tecnológico e de negócios
Com polo de indústrias aeroespaciais, de telecomunicações e automotivas, o município atrai grande contingente de visitantes com interesse voltado para a tecnologia de ponta que aqui se desenvolve. São destaque também os institutos de pesquisas INPE e CTA, que trabalham com desenvolvimento das ciências aeroespaciais.
Recursos naturais, artificiais e culturais
Com 62,62% de sua área territorial considerada como Área de Proteção Ambiental, São José dos Campos oferece grandes atrativos como o Parque da Cidade, com seus jardins executado por Burle Marx e a antiga residência de Olivo Gomes, com projeto arquitetônico de Rino Levi. Além disso, oferece, também, o Horto Florestal, o Banhado, ampla área verde avistada de toda a região central, e o seu Patrimônio Histórico.

Recentemente instalado, o Memorial Aeroespacial fica localizado ao lado da EMBRAER e do aeroporto da cidade. O local conta com aviões e foguetes em exposição na área externa. Próximo a um belo lago, um monumento foi erguido em homenagem aos pesquisadores mortos no acidente ocorrido na cidade de Alcântara, MA, na maioria, funcionários do CTA. Há, ainda, um galpão que conta um pouco da história da instalação do ITA, do desenvolvimento do carro a álcool e da indústria aeroespacial brasileira.

Outro atrativo cultural é a Villa Medieval, onde está instalado o Centro de Artes Suzana Laïs de Mendonça, com espaço utilizado para apresentações de dança e de música erudita e clássica. As construções são inspiradas em castelos da época medieval.
O distrito de São Francisco Xavier
Este distrito possui um "turismo espontâneo" que vem se desenvolvendo cada vez mais devido aos belos locais para visita que apresenta, como cachoeiras, trilhas, e regiões alpinas.

Infraestrutura

Transportes


Via Dutra, trecho que corta São José dos Campos.

São José dos Campos é servida por uma ampla malha rodoviária no caso a Via Dutra, que permite um rápido acesso à capital paulista, Rio de Janeiro, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira. Apesar de dispor de um aeroporto, normalmente o joseense utiliza-se dos serviços do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, que localiza-se a apenas 70 km de São José.

A cidade conta com dezenas de linhas de ônibus urbano e interurbano, ligando cidades vizinhas, como Taubaté, Jacareí, Caçapava, Monteiro Lobato, Jambeiro, Paraibuna, Guararema, Santa Isabel e até Mogi das Cruzes. Atualmente três empresas operam o sistema de ônibus urbano (Saens Peña, no lote 1; Julio Simões, no lote 2 e Expresso Maringá, no lote 3), estão em andamento projetos que propõem a integração total das linhas, acabando com a atual desorganização do transporte público e gerando uma maior adesão a este meio, contribuindo assim para a diminuição da poluição do município que tem se agravado. O número de veículos atual esta próximo de 400 ônibus coletivos.

O aeroporto do município é o Aeroporto de São José dos Campos, utilizado para voos comerciais civis e para uso militar. Também é utilizado pela EMBRAER. Hoje está se transformando em um importante aeroporto comercial do estado, com voos diários para vários destinos no Brasil, pela Azul Linhas Aéreas e a TRIP Linhas Aéreas. A Lufthansa Cargo realiza um voo por mês com destino a Frankfurt, com escalas em Recife e em Las Palmas, Espanha.


Aeroporto de São José dos Campos.

Rodovias

  • BR-116 - Rodovia Presidente Dutra - Rodovia que divide São José dos Campos ao meio, cortando a cidade no eixo sudoeste-nordeste. Devido ao grande fluxo de veículos, duas pistas marginais foram construídas ao longo da rodovia, entre os quilômetros 143 (próximo ao Center Vale) e ao 147 (Próximo ao hipermercado Carrefour - Unidade Aquarius). Todavia, o tráfego continua intenso nas extremidades dessas marginais, o que torna inevitável futuras extensões, sudoeste até Jacareí, e nordeste até o bairro do Vista Verde.
  • SP-50 - Rodovia Monteiro Lobato - Estrada que liga São José à Campos do Jordão. É conhecida como a Estrada Velha de Campos e o mais antigo acesso da cidade serrana à Via Dutra.
  • SP-99 Rodovia dos Tamoios - Estrada que inicia-se em São José dos Campos e termina em Caraguatatuba, no Litoral Norte. Atualmente encontra-se saturada, e o governo do estado de São Paulo já sinalizou que a via em breve deve ser duplicada.
  • SP-70 - Rodovia Carvalho Pinto - Liga a Rodovia Ayrton Senna até a cidade de Taubaté. Acesso a São José dos Campos a partir da Rodovia dos Tamoios, com a qual faz conexão.
  • SP-65 - Rodovia Dom Pedro I - Liga São José dos Campos, Jacareí e o outras cidades do Vale do Paraíba à cidade de Campinas e sua Região Metropolitana. Apesar de iniciar-se no município limítrofe de Jacareí, seu acesso a partir de São José é rápido e fácil, podendo ser feito tanto a partir da Via Dutra quanto da Carvalho Pinto.
  • SP-66 - Rodovia Geraldo Scavone - Trecho remanescente da antiga estrada Rio-São Paulo e que faz a ligação do município com Jacareí.
  • SP-62 - Rodovia Prefeito Edmir Vianna Moura - Trecho remanescente da antiga estrada velha Rio-São Paulo e que faz a ligação do distrito de São José dos Campos com o distrito de Eugênio de Melo e com o municipio de Caçapava.

Ferroviário

A Estrada de Ferro Central do Brasil corta São José dos Campos ao Norte, próximo ao rio Paraíba do Sul. Foi administrada até recentemente pela estatal RFFSA e atualmente o transporte de cargas ao longo da sua via é realizado sob os auspícios da concessionária MRS Logística.

Embora no passado o transporte ferroviário de passageiros tenha tido uma grande importância para a população joseense, atualmente não existe trem de passageiros ligando São José à capital ou ao Rio de Janeiro e demais cidades do Vale do Paraíba. Todavia, existe um plano de um trem de alta velocidade entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com uma parada na cidade.

Metrô de superfície

Com mais de 900 indústrias, rodovias de grande movimento no perímetro urbano, e uma frota de cerca de 259 mil veículos, São José sofre atualmente com graves problemas de poluição. Estudo feito por pesquisadores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) revela que o ar está poluído em São José dos Campos, inclusive no distrito de São Francisco Xavier, que se imaginava estar fora do alcance de poluentes atmosféricos.

Além disso, a crescente frota de veículos para uma população relativamente pequena (aproximadamente 600 mil habitantes) redunda no agravamento do problema de poluição atmosférica. O sistema viário da cidade possui insolúveis pontos de estrangulamento, tais como o "gargalo" na passagem da Avenida Jorge Zarur (vidoca) sob a Via Dutra, ou a estreita Avenida Juscelino Kubitschek (única alternativa de ligação à Zona Leste, excluindo a já congestionada Via Dutra).

Para solucionar o problema de transporte público e melhorar a qualidade do ar, existem planos para a implantação de um Metrô de Superfície em São José, que também deve ligar a cidade de Jacareí. O Metrô de São José dos Campos deve ser similar ao implantado em cidades como Porto, Portugal, e que deve ser implantado em breve na cidade de Goiânia.

Educação


Biblioteca do ITA, desenhada por Oscar Niemeyer.

São José dos Campos é um centro de pesquisas importante no Brasil. O INPE tem seu quartel-general na cidade e coordena pesquisas e desenvolvimento em áreas como observação da Terra e ciências e tecnologias espaciais. O CTA também tem sua sede na cidade.

A cidade conta com 212 pré-escolas, 76 escolas de ensino médio e outras 179 de ensino fundamental, entre públicas e privadas.

A grande maioria dos cursos de ensino superior da cidade é fornecida por Universidades particulares, sendo do total de 53.064 alunos 36.546 em instituições privadas segundo o Semesp.
Instituições de ensino superior públicas
Instituições de ensino superior privadas
Instituições públicas de ensino técnico

Ciência

Centros de pesquisa

Cultura

Culinária

A receita típica de São José é o famoso bolinho caipira, iguaria feita de farinha de milho e recheada de carne, muito apreciada no Vale do Paraíba. O bolinho caipira é um prato típico em festas juninas, sendo consumido principalmente nessa época do ano.

Esporte

A cidade tem diversos clubes esportivos, são eles o Clube Luso-brasileiro, Tênis Clube São José (importante centro de basquete e de vôlei do interior paulista), Associação Esportiva São José (entidade desportiva de ponta em natação; oferece ainda cursos de golfe em seu clube de campo, o Santa Rita), o Thermas do Vale (que conta com um bom parque aquático) e AD Parahyba.
Tênis Clube e a A.E. São José sediaram o 35º Banana Bowl, da International Tennis Federation Juniors Circuit, em 2005 e 2006.

O principal estádio de futebol da cidade, o Estádio Martins Pereira, tem capacidade para receber 16.500 pessoas. O estádio está construído pela metade, uma vez que o anel superior, previsto no projeto original, nunca foi construído. O Martins Pereira é palco de jogos dos times profissionais da cidade, além de abrigar alguns torneios amadores, assim como eventos de grande público.

A cidade conta também, com clubes tradicionais como a AASP - Associação Atlética Santana do Paraíba, fundada em 1914, do bairro de Santana e o Esporte Clube Oriente, pertencente ao bairro Jardim Oriente, que são um dos grandes times da história do município, com vários títulos conquistados no decorrer dos anos, lançando vários jogadores ao mercado da bola.
As principais equipes da cidade são :

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terça-feira, julho 26

26 DE JULHO DE 1139 - PRIMEIRO REI DE PORTUGAL

 

D. Afonso Henriques

(Guimarães cerca de 1110-Coimbra 1185)

Conde da Lusitânia (1112-1139), rei de Portugal (1139-1185), primeiro monarca da dinastia de Borgonha, filho de Henrique de Borgonha, príncipe capetiano, e pai de D. Sancho I de Portugal, o seu sucessor ao trono.


Os seus antecedentes

Em finais do século XI, a política ibérica era extremamente influenciada pela Reconquista: a expulsão dos Mouros, sucessores do Califado de Córdova. Como a aristocracia militar estava preocupada com as cruzadas, Afonso VI de Castela pediu auxílio à nobreza francesa para combater os Mouros. Em troca, Afonso VI ofereceu a mão das suas filhas aos chefes de expedição e importantes privilégios reais aos outros.

Assim, a herdeira D. Urraca de Castela casou-se com D. Raimundo de Borgonha, segundo filho do duque de Borgonha. A meia irmã de Urraca, a princesa Teresa de Leão, filha ilegítima de Afonso VI, casou com Henrique de Borgonha, tio de Raimundo.

Com esta aliança, Henrique tornou-se Conde de Portugal, um feudo difícil no norte de Castela onde eram frequentes os ataques e as investidas dos Mouros. Deste matrimónio, nasceu D. Afonso Henriques (Henriques significa «filho de Henrique»).

A sua vida

O pai de D. Afonso Henriques, Henrique de Borgonha, morreu quando Afonso Henriques tinha três anos, tendo Afonso Henriques de Borgonha herdado o Condado Portucalense da sua mãe, filha de Castela, mas não o Ducado de Borgonha, que o seu pai, segundo na linha de sucessão, não tinha obtido.

Em 1146, D. Afonso Henriques casou-se com D. Mafalda de Sabóia. A herança do condado foi contestada pela sua mãe, Teresa de Leão, que pretendia conservar o Condado Portucalense na família de Leão e sob vassalagem da família de Castela, que, não obstante a sua descendência ilegítima, lhe tinha concedido um título sobre o condado vassalo.

Todavia, segundo a lei sálica, nem a mãe, filha ilegítima, nem D. Afonso Henriques (descendente de Borgonha e cujo condado tinha sido obtido por aliança) poderiam herdar o mesmo (o que se tornaria objecto de grandes contestações por parte da família de Castela, bastante tempo após a acessão de Portugal à independência).

D. Afonso Henriques de Borgonha, Conde de Portugal, foi o primeiro rei de Portugal, cuja independência foi declarada em detrimento dos reinados de Castela e Leão.

D. Afonso Henriques foi proclamado rei em 26 de Julho de 1139, tendo sido reconhecido como o Conquistador por ter alargado o seu reino e o ter defendido dos Mouros e por ter ganho a independência de Portugal sobre Castela. Do seu matrimónio com D. Mafalda de Sabóia, nasceram sete filhos, entre os quais D. Sancho I, o seu sucessor. Morreu em 6 de Dezembro de 1185, em Coimbra.

A sua acção

Nascido em Coimbra, D. Afonso Henriques foi, possivelmente, criado em Guimarães, onde viveu até 1128. Em 1128, sob a direcção do arcebispo de Braga, opô-se politicamente à sua mãe Teresa, que apoiava o partido dos Travas, família do seu amante. O arcebispo, forçado a emigrar, levou o infante consigo. O infante foi armado cavaleiro em 1122. Depois de restabelecida a paz, regressou ao Condado Portucalense.

Entretanto, novos incidentes provocaram a invasão do condado pelo rei Afonso VII de Castela que, em 1127, cercou Guimarães onde se encontrava D. Afonso Henriques para o obrigar a prestar vassalagem ao reino de Castela. Afonso VII beneficiava do apoio da sua meia irmã ilegítima a quem contestava o direito de transmitir os títulos do condado, que deveria manter-se nas famílias reais de Castela e Leão.

Como D. Afonso Henriques lhe tinha prometido fidelidade, Afonso VII renunciou à conquista da cidade. Mas alguns meses mais tarde, em 1128, as tropas reais conduzidas por D. Teresa de Leão defrontam-se com as do filho, D. Afonso Henriques de Borgonha, Conde de Portugal. D. Afonso Henriques vence a mãe e consagra a sua autoridade no território portucalense, assumindo o governo do condado.

O Conde concentra então o seus esforços para obter da Santa Sé a plena autonomia da Igreja Portuguesa e o reconhecimento da independência pelo rei de Castela. Em 1139, após uma retumbante vitória durante a batalha de Ourique contra os Mouros, D. Afonso Henriques foi aclamado primeiro rei de Portugal pelas suas tropas.

No ano seguinte, este renovou as suas pretensões sobre a zona meridional da Galiza, o que fez reagir Afonso VII de Castela. Os dois exércitos defrontaram-se nos Arcos de Valdevez. O destino das tropas foi decidido num torneio vencido pelos cavaleiros portugueses.

Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas Cortes de Lamego, altura em que o rei recebeu das mãos do arcebispo de Bragança a coroa de ouro e de pedras preciosas de Portugal como sucessor dos reis visigodos (embora estudos recentes coloquem em causa a união destas Cortes). O reconhecimento da independência pela família de Castela deu-se em 1143. Esta dever-se-á à ambição de Afonso VII de se tornar imperador de toda a Península Ibérica e, para tal, necessitava de ter reis como vassalos em Leão e Portugal).

A partir de então, D. Afonso Henriques tentou consolidar a independência. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos. Tentou conquistar terreno aos Mouros no sul e tomou Santarém em 1146 e Lisboa em 1147.

Nas regiões despovoadas reconquistadas aos árabes, instalou colonos e convidou ordens religiosas militares, como os Templários e os Hospitalários, para se instalarem ao longo das fronteiras como defensores contra os Mouros.

Em 1179, o Papa Alexandre III, pela sua bula Manifestus probatum, reconheceu Portugal como país independente e vassalo da Igreja, na condição de lhe pagar um tributo.

 

Portugal

O misterioso selo de D. Afonso Henriques

O primeiro selo real de D. Afonso Henriques parece ocultar uma mensagem destinada aos Cavaleiros Templários. Efectivamente, podemos observar que a disposição das letras que formam a palavra "Portugal" pode ser decomposta em "Por Tuo Gral":

  • De cima para baixo, seguindo o eixo vertical da cruz, podemos ler POR, no sentido de "a favor de" ou de "por meio de".
  • Em seguida, na parte superior do selo, três letras formam o triângulo TUO. A tradução lógica seria TEU, mas porque não THUOT (THôT), na verdade, a gramática portuguesa não permite a colocação de um H após um T, nem a colocação de um T em fim de palavra.
  • Finalmente, na parte inferior, podemos ler GRAL, se incluirmos o R desviado. Também aqui temos um duplo significado: pode tratar-se de um almofariz (GRAL), utilizado para esmagar medicamentos, ou do famoso GRAAL, o vaso sagrado que recolheu o sangue de Cristo. Ambos são recipientes.

Outro selo mais conhecido deste rei retoma a mesma decomposição da palavra PORTUGAL em três partes: POR TU G[R]AL, sempre divididas pela famosa cruz templária. Foi este selo o escolhido para ilustrar as moedas de 1, 2 e 5 cêntimos de euro de Portugal.

Conhecendo o pronunciado gosto dos Cavaleiros Templários pelas mensagens codificadas, é possível que o rei D. Afonso Henriques tenha utilizado este meio para transformar o nome do seu reino numa divisa que lhe era cara: POR TUO GRAL! Por teu Graal!

Fonte - Viver o passado

26/7/1139 - 872 anos


Em 1139 Afonso Henriques, então conde portucalense, é aclamado rei de Portugal e proclama a independência em relação a Leão.


No dia de hoje, a 26 de Julho de 1139, um dia depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro, D. Afonso Henriques autoproclamou-se rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de Lamego, quando recebeu a coroa de Portugal do arcebispo de Braga, D. João Peculiar.



Prestamos desta forma homenagem ao grande homem que foi D. Afonso Henriques, ao legado que nos deixou e a inspiração que deu a milhões de Portugueses que desde então se podem identificar por esse mundo fora como sendo pertencentes a pátria Lusa, portadores de uma língua única e de uma história ímpar.


Pelos descendentes de D. Afonso Henriques e pela restauração da Monarquia,
VIVA PORTUGAL

Fonte - Movimento 1128



Dom João Peculiar (n. Coimbra ? - m. Braga, 3 de Dezembro de 1175) foi bispo do Porto em 1136, Arcebispo de Braga e primaz das Espanhas entre 1138 e 1175. De acordo com uma tradição apócrifa, foi D. João Peculiar quem teria coroado D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal nas Cortes de Lamego em 1143; as Cortes, porém, são meramente lendárias, e não há registos escritos que provem que algum rei português tenha alguma vez sido coroado.


Esta estátua de D. João Peculiar com um báculo em forma de pénis fez estalar a polémica em Braga e está instalada a confusão. Aparentemente o destino da estátua está decidido e vai mesmo ser removida do largo onde se encontra. Nisto a autarquia, a junta de freguesia e a diocese estão de acordo. Eles não se entendem é em relação a quem é o dono e consequentemente a quem tem a responsabilidade de a tirar dali.

Não sei, se nos dias de hoje esta polémica estátua foi já removida ou se encontra defronte da Sé de Braga.

RUA DE ÉVORA


Embora o articulista não pretenda regressar a Portugal e a sua amada cidade, Évora, tudo aponta que a nova morada do articulista se vá situar na Rua de Évora, na ilha da Taipa.

Será para dizer que é regressar às origens, visto que no ano de 1964 quando o articulista chegou ao Território de Macau, foi destacado para a Ilha da Taipa, sendo o Comandante Militar da mesma, só passado um ano é que o articulista passou a conhecer a cidade de Macau.



No novo edifício para onde pretendo mudar, o articulista deixará de ter esta maravilhosa paisagem da Baía da Praia Grande e passará a ter a do Jardim da Cidade das Flores.


E a vida continua.

domingo, julho 24

LANTERNAS ELECTRICAS CHINESAS



Procurar algo perdido em alguma parte escura da casa antes de 1896 poderia se tornar uma experiência catastrófica. Precisava-se utilizar uma lanterna repleta de óleo de baleia ou querosene, e os incêndios eram bastante comuns.

O primeiro aparelho portátil seguro e confiável de iluminação foi a lanterna elétrica, inventada em 1896.

A evolução das lanternas elétricas está intimamente ligada ao aprimoramento das pilhas e das lâmpadas. Georges Leclanché, um inventor francês, criou a bateria elétrica em 1866. Ele colocou o nome de “bateria elétrica de fluido simples”. Conhecida como “pilha molhada”, ela era muito pouco prática, consistindo num pote cheio de cloreto de amônia, dióxido de manganês e zinco, mas, era um dispositivo propenso a quedas. Um barra de carbono era inserida numa das extremidades e funcionava como pólo positivo da célula elétrica.

A pilha sofreu um aprimoramento em 1888, quando Carl Gassner, um cientista alemão, conseguiu encapsular as substâncias num recipiente de zinco selado. Isso a tornou uma “pilha seca”, porque o conteúdo estava lacrado e o exterior da pilha permanecia seco. Até hoje as pilhas são produzidas dessa maneira.

A primeira lanterna elétrica tubular foi inventada por David Misell, que também inventou uma das primeiras lanternas para bicicleta. Em 1895, uma bateria com mais de 15 cm de comprimento e pesando mais de 1,3 quilo era necessária para produzir luz suficiente. Um ano mais tarde, uma bateria batizada de “D-cell” foi inventada e algumas delas posicionadas em série eram capazes de gerar energia suficiente para fazer com que a primeira lanterna manual prática e elétrica pudesse ser produzida.

Patenteada no dia 15 de novembro de 1898, a O. T. Bugg Friendly Beacon Eletric Candle (algo como vela elétrica de farolete) começou a ser comercializada pela Battery Company dos Estados Unidos. Ela tinha pouco mais de 20 cm de comprimento e possuía duas pilhas D-cell em tubo vertical, com uma lâmpada que se projetava do meio do cilindro.

Uma invenção de 1906 fez com que a luz da lanterna elétrica ficasse mais brilhante. O filamento de fio de tungstênio substituiu o de carbono utilizado por Edison, o que foi bem-sucedido. No mesmo período, interruptores começaram a surgir e a vida útil do equipamento começou a aumentar. Um outro aperfeiçoamento em 1911 fez com que o botão para acioná-la pudesse ser substituído por um botão deslizante, tornando o aparelho mais fácil de ser utilizado, já que a operação era efetuada utilizando apenas uma das mãos.

Desse modo, Missell começou a receber informações de que suas lanternas elétricas funcionavam. Por volta de 1897, ele já havia patenteado diversos modelos de lanternas. Quando uma de suas patentes foi obtida, no dia 26 de abril de 1898, ela foi concedida para a companhia de Conrad Hubert, amigo e colaborador de Misell. A companhia fundada por Hubert, batizada de Companhia Americana de Inovações e Produção em Eletricidade, posteriormente viria a se chamar Eveready.

O crescimento continuou e, em 1899, o catálogo da empresa já possuía 25 tipos de lâmpadas e pilhas. Em 1902, o nome Eveready já figurava nas propagandas da empresa.

Um fato interessante é que a lanterna elétrica também teve seu papel no desenvolvimento da bomba atômica.

Hoje, as lanternas elétricas são disponíveis para as situações de falta de luz, facilita a inspeção de problemas mecânicos e tornam a vida mais fácil nos acampamentos. Em algumas profissões, a lanterna elétrica de dimensões um pouco maiores é considerada um equipamento indispensável. A polícia, por exemplo, recebe treinamento quanto à sua utilização, e não apenas quando necessitavam investigar algo durante a noite, mas também como uma arma de defesa e ataque.



Lanterna recargavél



Os chineses sempre foram uns grandes inventores, desde o papel à pólvora.

Nos dias de hoje encontram-se à venda um foco que não necessita usar pilhas, ele funciona como um dínamo e é recargado através de uma pequena alavanca incorporada no dito foco.







Como se pode ver nas fotos acima expostas, estes focos, ou lanternas electricas, são muito práticas, funcionais e baratas.

O articulista tem uma vasta colecção destas laternas, de todos os tipos e feitios, o preço de cada laterna custa em Macau a módica quantia de 10 patacas, ou seja menos de um euro. 



Este tipo de lanterna, não usa baterias, mas sim um sistema de dínamo.

Dínamo é um aparelho que gera corrente contínua convertendo energia mecânica em eléctrica, através de indução eletromagnética. É constituído por um Íman e uma bobina. A energia mecânica faz girar um eixo ao qual se encontra o ímã, fazendo alternar os polos norte e sul na bobina e por indução geram uma energia eléctrica. O contrário, ou seja, a bobina no eixo, também é possível.

As polaridades são invertidas a cada 180 graus de rotação para que o dínamo gere uma corrente contínua, ao contrário dos alternadores, que transformam energia de movimento em energia elétrica alternada, ou seja, que possuem pausas, mas estas pausas são tão rapidas que nada se percebe.


Esta é transparente, podendo ver-se o dispositivo utilizado.

PRÁTICO, BARATO E MUITO CONVENIENTE

OVOS DOS MIL ANOS - OVOS PRESERVADOS



Ovo centenário, também conhecido como ovo preservado e ovo dos mil anos, é um ingrediente da culinária chinesa que é feito pela conservação de um ovo de pato, galinha ou ganso em uma mistura de argila, cinzas, sal, cal e amido de arroz, por diversas semanas, ou por meses, dependendo do método de preparo.

A gema do do ovo assume uma coloração que varia radialmente entre o verde claro e o verde escuro, enquanto a clara varia entre o marrom escuro e a transparência. A gema é cremosa com um aroma acentuado, e possui um sabor que se assemelha ao de queijo. A clara possui uma textura que se aproxima da textura da clara cozida, mas possui pouco sabor. Alguns ovos centenários possuem padrões fractais na superfície, se assemelhando a fractais de Koch. O ovo centenário é considerado uma excentricidade no ocidente, porém uma iguaria no leste asiático.

Produção

A origem do método método para criar os ovos centenários provavelmente surgiu de uma tentativa de estender o tempo de conservação de ovos em tempos de escassez de comida.



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O ovo centenário, ovo preservado, ou ainda, ovo de mil anos é um ingrediente da culinária chinesa feito pela conservação de ovos de pato, galinha ou ganso numa mistura de argila, cinzas, sal, cal e palha de arroz, por várias semansa ou meses, dependendo do método de preparo.


Ao final desse período, a gema torna-se verde-escura, cremosa e com forte odor de amônia e enxofre e, a clara, uma gelatina marrom transparente como se estivesse cristalizada, com pouco odor e sabor.


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Acredita-se que o método de produção do ovo centenário iniciou há mais de cinco séculos e foi aprimorado depois da sua descoberta durante a dinastia Ming, na região de Hunan, quando o proprietário de uma casa encontrou ovos de pato na argamassa que foi usada para fazer a sua casa, dois meses antes. Após experimentar, ele resolveu tentar produzir mais, adicionando sal para melhorar o sabor, resultando na tradicional receita do ovo centenário.
O ovo centenário pode ser consumido cru ou como ingrediente de outros pratos chineses. Quem prova, diz que é delicioso apesar do forte odor desagradável que lembra algum tipo de queijo muito forte.


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Fonte: Wikipedia

O ovo preservado  皮蛋; pinyin: pí dàn,  PEI TAN, é usado como uma entrada e igualmente muito usado em canjas, SAU IOK PEI TAN CHÔK, ou seja uma canja de carne de porco magra com ovos preservados, é óptimo para tirar as calorias dos intestinos.



A minha esposa, hoje, domingo dia 24, o seu pequeno almoço foi uma canja destas.

O articulista a primeira vez que comeu um ovo destes, encontrava-se hospitalizado, e uma criada fez o favor de ir a uma loja de canjas comprar uma para o articulista, essa experiência foi totalmente negativa, visto que, após ter ingerido a canja, e ter sentido o forte cheiro do ovo, o articulista teve que correr para a casa de banho, tendo vomitado tudo. Nos dias de hoje o articulista é um apreciador deste magnifico manjar.

Outra história interessante, foi que, numa das suas visitas a Portugal, levou consigo alguns ovos preservados, bem como ovos salgados, e um dia juntou alguns amigos e na taberna sita ao lado de sua casa, em Évora, foram beber uns copos, tendo o articulista levado dois desses ovos, resultado, um dos amigos do articulista, nem chegar a provar o ovo preservado, tendo ficando enjoado e logo de sguida ido para rua vomitar.


Os ovos salgado é outra das iguarias da culinária chinesa, porém e segundo os especialista de saúde, este ovo contêm uma dose de colesterol superior à recomendada na dieta diária, Um só ovo salgado com o peso de cerca de 70 gramas, contêm 359 mg de colesterol, quando o recomendado pela OMS é de no máximo de 300 mg por dia.