As temperaturas em Macau e como o articulista anda vestido, e mesmo assim batendo o dente com frio. Quem vem do quentinho e volvidas três horas apanha com temperaturas de 7 graus é um choque térmico muito violento, mas nada à fazer senão passar a usar roupas adequadas.
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As temperaturas em Bangkok
E como andava vestido, ainda onteontem em Bangkok, o articulista, sentado num trenó, mas sem neve para as renas andarem!...
Assinala-se hoje, 4 de Janeiro, o «Dia Mundial do Braille, essa fabulosa ferramenta ao serviço de quem é portador de deficiência visual.
A minha homenagem, gratidão e apreço pela figura de Louis Braille (1809 – 1852), o francês que aos 3 anos de idade adquiriu a deficiência visual ao ferir-se com um instrumento de trabalho do seu pai que fabricava selas.
Braille, jovem de espírito criativo e empreendedor, iniciou os seus estudos aos 10 anos numa escola para invisuais em Paris, dedicou-se, a partir dos 15 anos, a encontrar um sistema que possibilitasse ao cego escrever em relevo, surgindo o sistema que hoje conhecemos como «método braille», o qual evoluiu e aperfeiçoou-se ao longo dos tempos e até aos nossos dias, podendo a escrita obter-se por meio de impressoras braille ligadas a computadores assistidos por software apropriado, a partir da digitação do texto ou do seu reconhecimento óptico.
Hoje e sempre devemos procurar a união de esforços para derrubar a discriminação e as barreiras que os invisuais encontram no seu dia-a-dia, e que é preciso eliminar em prol de uma sociedade mais democrática, mais justa, mais fraterna e solidária.
Inanna era a deusa (dingir) do amor, do erotismo, da fecundidade e da fertilidade, entre os antigos Sumérios, sendo associada ao planeta Vénus. Era especialmente cultuada em Ur, mas era alvo de culto em todas as cidades sumérias. Surge em praticamente todos os mitos, sobretudo pelo seu carácter de deusa do amor (embora seja sempre referida como a virgem Inanna); por exemplo, como a deusa se tivesse apaixonado pelo jovem Dumuzi, tendo este morrido, a deusa desceu aos Infernos para o resgatar dos mortos, para que este pudesse dar vida à humanidade, agora transformado em deus da agricultura e da vegetação. É cognata das deusas semitas da Mesopotâmia (Ishtar) e de Canaã (Asterote e Anat), tanto em termos de mitologia como de significado. O dia 2 de Janeiro é tradicionalmente consagrado a esta deusa
Ishtar
-Ishtar é a deusa dos acádios, herança dos seus antecessores sumérios, cognata da deusa Asterote dos filisteus, de Isis dos egipcios, Inanna dos sumérios e da Astarte dos Gregos. Mais tarde esta deusa foi assumida também na mitologia Nórdica como Easter - a deusa da fertilidade e da primavera. Esta deusa era irmã gémea de Shamash e filha do importante deus lua - Sin. Esta deusa é representada pelo planeta Vénus. Considerados uma das maravilhas do mundo, os Portões de Ishtar, na Babilónia, foram transportados para um museu na Europa -Museu de Berlim. Uma réplica encontra-se no Iraque.
Rituais Todo o culto aos deuses é feito através de rituais. Ishtar tinha alguns rituais de carater sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais tinham a ver com libações e outras ofertas corporais. Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos (simbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam em tocas nos campos. Este ritual foi adaptado pela Igreja Católica no principio do 1º milénio depois de cristo, fundindo-a com outra festa popular da altura chamada de Páscoa. Mesmo assim, o ritual da decoração dos ovos de pascoa mantem-se um pouco por todo o mundo nesta festa, na altura do equinocio da primavera.
A ressurreição e ascensão de Inana foi manuscrita apenas em 412 d.C.
Anat
Anat ou Anta era uma deusa semítica do oeste. Anat na mitologia egípcia Na mitologia egípcia Anat era representada como uma mulher, tendo na cabeça a coroa do Alto Egipto com duas penas de avestruz; traz uma clava numa das mãos e, na outra, uma lança e um escudo. Sabe-se que o seu culto existiu no Antigo Egipto desde o Império Médio. Durante o Segundo Período Intermediário, época na qual o Egipto caiu nas mãos de povos do Médio Oriente, os Hicsos, esta divindade tornou-se muito popular entre os reis hicsos. Mais tarde, os Ramésidas introduziram-na oficialmente no panteão.
Fontes - Pesquisas na Net.
Hoje, dia 2 de Janeiro, é dia dedicado a esta Deusa.
Festejos diferentes, em locais diferentes, com sentimentos iguais. O articulista vive no seu dia a dia usando estes quatro costumes e linguagens, às quais está ligado por laços de amor e de saudade.
Como mandam as regras da cultura e da religião budistas, o primeiro dia do ano, é um dia de acção de graças ao Lord Buda, logo bem cedinho, os templos se enchem de fiéis.
O articulista, como sempre, quando se encontra na Tailândia, segue os costumes e com sua família, vai ao templo, mais perto de sua casa, agradecer ao Lord Buda por mais um ano concedido e orar para que o novo ano lhe traga as maiores felicidades.
O templo em que o articulista e família foi é o que a foto acima representa, o Wat Lat Phrao.
Aqui está o articulista após ter orado, queimando três pivates, duas velas e entregue uma ramo de flores, depois, conjuntamente com sua família, o articulista ofereceu um balde de cor amarela, o qual continha artigos de uso diário para os monjes e um envelope com cerca quantia em dinheiro.
Tinha cumprido o ritual.
O Wat Lat Phrao é composto por várias zonas e templos, este é um deles, que fica defronte do principal.
Nove deusas, e nove tijelas de recolha de esmolas
Deusa Kun ian dos mil braços
Nesta foto pode verem-se várias images do lod Buda, e igualmente os tais baldes com artigos de uso diário dos monjes e aos quais lhes é ofertado, quem o desejar fazer.
Uma fiel orando junto de uma pequeno altar de sete deusas, que representam cada dia da semana.
Um outro altar com imagens do Buda Sorridente e de várias deusas, tanto chinesas como indianas.
A parte superior do mosteiro principal do templo budista tailandes, mas que no interior do mesmo são venerados vários Lords Budas bem como deusas.
1 de Janeiro (português europeu), 1 ou 1º de janeiro (português brasileiro) (AO 1990: 1 ou 1º de janeiro) é o primeiro dia do ano no calendário gregoriano.
Faltam 364 para acabar o ano (365 em anos bissextos). Esta data é o Dia Mundial da Paz, além de Dia da Fraternidade Universal, sendo assim, um feriado internacional, adotado por quase todas as nações do planeta. Neste dia, tomam posse os presidentes do Brasil e da Suíça, sendo que no caso do Brasil, também tomam posse os governadores e os prefeitos.
O Dia da Fraternidade Universal é um feriado mundial e é comemorado no dia 1 de Janeiro.
O Dia da Confraternização Universal ou o Dia da Paz Universal é comemorado em quase todo o mundo em primeiro de janeiro. Nesse dia, as pessoas trocam votos de alegria, de paz e de felicidade para o ano que se inicia.
Tradicionalmente há uma vigília na noite de 31 de dezembro, quando se comemora com muita festa a passagem do ano. Esse dia foi criado em 1968, pelo Papa Paulo VI, para que fosse celebrado pelos verdadeiros amigos da Paz, independente de credo, etnia, posição social ou econômica.
O Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz foi criado pelo Papa Paulo VI, com uma mensagem datada do dia 8 de dezembro de 1967, para que o primeiro fosse celebrado sempre no primeiro dia do ano civil (1 de janeiro), a partir de 1968, coisa que acontece até hoje.
Dizia o Papa Paulo VI em sua primeira mensagem para este dia: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1 de Janeiro de 1968.
Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro".
A proposta de dedicar à Paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da Paz, como se se tratasse de uma iniciativa sua própria ; que ela se exprimisse livremente, por todos aqueles modos que mais estivessem a caráter e mais de acordo com a índole particular de quantos avaliam bem, como é bela e importante ao mesmo tempo, a consonância de todas as vozes do mundo, consonância na harmonia, feita da variedade da humanidade moderna, no exaltar este bem primário que é a Paz.
Completava ainda o Papa Paulo VI: "A Igreja católica, com intenção de servir e de dar exemplo, pretende simplesmente lançar a idéia, com a esperança de que ela venha não só a receber o mais amplo consenso no mundo civil, mas que também encontre por toda a parte muitos promotores, a um tempo avisados e audazes, para poderem imprimir ao Dia da Paz, a celebrar-se nas calendas de cada novo ano, caráter sincero e forte, de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil".
Fonte Enciclopédia livre
O ano de 2011 é um ano Gregoriano, porém na Tailândia, além de se festejar esta entrada, dia 13 de Abril se festeja o ano novo tailândes, 2554, mas antes, dia 3 de Fevereiro se festeja em toda a China e em todos os lugares onde houver comunidades chinesas, se festeja o ano novo lunar, que este é regido pelo Coelho.
Óculos para todos os gostos, com estes até o 2011 deu mais claridade.
O articulista junto à imagem do Deus Erawan, que se encontra defronte do complexo comercial Isaten.
Toda a extensa área que vai do Siam Square até Sukhumvit, junto ao Soi Cowboy, estava assim iluminada.
À hora do concerto dado pelo Sek Loso, já o articulista ia a caminho de casa. No local havia uma multidão de gente a aguardar pelo inicio do espectáculo, bem fez o articulista, em deixar folgar os ouvidos, já que não é apreciador de música da pesada.
Nestas andanças de fim de ano, uma volta de bicicleta, é óptimo, mas neste caso, foi só para pousar para a foto.
Depois de muito andar, é bom descansar um pouco, foi o que o articulista fez.
Café tomei, e do bom
Junto à parte lateral da entrada para o Centro Comercial Paragon, na Siam Square
O articulista junto a um tigre de propaganda â cerveja Tiger que se encontrava defronte do Central World Trade
O corredor aéreo estava bem composto, no lado esquerdo da foto, pode ver-se minha esposa e as três flores.
Foto parcial do centro comercial Paragon, no centro de Bangkok
A mãe e duas de suas flores
Como se pode ver, ainda estavam a passar pelas brasas, as espetadas
O articulista, sua esposa e uma de suas filhas, postando para a foto, mas provando a espetada.
Os vizinhos do articulista, igualmente, à porta de casa festejaram a passagem de ano, nos comes e bebes.
A churrascada essa continuo para além da meia noite, as miodas adorram as espetadas.
Espetadas especiais e bem variadas, as havia de carne de vaca, de carne de porco e de mariscos.
E assim se festejou a passagem do ano aqui em Bangkok, que o novo nos traga mais Paz mais felicidade e mais saúde para todos nós.
Teria o articulista 15 para 16 anos de idade, quando numa noite, na feira de S. João, em Évora, lhe saiu numa rifa, o livro sobre Rasputin.
Quando chegou a casa, lá para as tantas da manhã, a primeira coisa que fez, assim que se deitou em sua cama, de colchão de folhas de massarocas, foi ler alguns capítulos do livro.
No dia seguinte, após terminar o trabalho, regressou a casa, não quis jantar, indo para seu quarto continuar a ler a intessante vida de Rasputin.
Foi o primeiro livro que o articulista adquiriu, e jamais se esqueceu da sua história. No ano de 2006, em Évora, vindo nas mostras da Papelaria Nazeré um livro com o título A FILHA DE RASPUTINE, logo foi comprar um exemplar e, desta forma, fico a saber algo mais sobre a vida de Rasputin.
Mas quem foi Rasputin?
Grigoriy Yefimovich Rasputin (russo: Григо́рий Ефи́мович Распу́тин), místico russo, nasceu dia 22 de janeiro de 1869 em Pokrovskoie, Tobolsk e foi assassinado no dia 29 de dezembro de 1916 aos 47 anos em Petrogrado, actual São Petersburgo. Foi uma figura influente no final do período czarista da Rússia.
Por volta de 1905, a sua já conhecida reputação de Influência na corte russa místico introduziu-o no círculo restrito da Corte imperial russa, onde diz-se que Rasputin chega mesmo a salvar Alexei Romanov, o filho do czar, de hemofilia.
Perante este acontecimento, a czarina Alexandra Fedorovna dedicar-lhe-á uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominando-o mesmo de "mensageiro de Deus".
Com esta proteção Rasputin passa a influenciar ocultamente a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Nacional Russa.
Todavia, o seu comportamento dissoluto, licencioso e devasso (supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade) justificará denúncias por parte de políticos atentos à sua trajetória poluta, entre os quais se destacam Stolypine e Kokovtsov.
O czar Nicolau II afasta então Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.
Assassinato
A Primeira Guerra Mundial trouxe novos contornos à atuação de Rasputin, já odiado pelo povo e pelos nobres, que o acusaram de espionagem ao serviço da Alemanha.
Escapa à várias tentativas de aniquilamento, mas acaba por ser vítima de uma trama de parlamentares e aristocratas da grande estirpe russa, entre os quais Yussupov.
Rasputin também foi conhecido pela sua suposta e curiosa morte: primeiro ele foi envenenado num jantar, porém sua úlcera crônica fê-lo expelir todo o veneno, posteriormente teria sido fuzilado atingido por um total de onze tiros, tendo no entanto sobrevivido; foi castrado e continuou vivo, somente quando foi agredido e o atiraram inconsciente no rio Neva ele morreu, não pelos ferimentos, mas afogado (existe um relato de que, após o seu corpo ter sido recuperado, foi encontrado água nos pulmões, dando apoio à ideia de que ele ainda estava vivo quando jogado no rio parcialmente congelado.
Grigori Rasputin (Monge e charlatão russo) c. 1865, Pokrovkoie (próximo de Tjumen) 30-12-1916, São Petersburgo
Seu verdadeiro nome era Grigori Iefimovich Novy.
Filho de camponeses e monge na Sibéria, Rasputin foi desde o ano de 1905 o favorito da czarina Alexandra Feodorovna, a quem prometeu curar a hemofilia de que sofria o seu filho Alexei.
Por intermédio dela, conseguiu exercer certa influência sobre o czar Nicolau II e sobre suas decisões políticas. Depois de, em plena Primeira Guerra Mundial, o czar assumir o comando das tropas russas, Alexandra e o curandeiro dirigiram de fato a política interna do país. Rasputin foi assassinado numa conspiração da nobreza conservadora, e o regime czarista sobreviveu a ele apenas alguns meses, quando ocorreu a Revolução de 1917.
" Grigori Yefimovich era popularmente conhecido como Rasputin.
Como se sabe, ele foi uma espécie de monge, místico, curandeiro..., que chegou a ser o homem de confiança do Czar Nicolas II e o protegido da Czarina Alexandra. O tipo era pobre, analfabeto e até, de certa forma, torpe. Ganhou a confiança dos grandes chefões da Rússia nos princípios do Século XX e isso abriu-lhe muitas portas, gerando grandes ódios nas suas andanças pelas alcovas de boa parte das damas da alta sociedade.
O seu currículum indica que ainda na cidade natal integrou uma estranha seita conhecida como "khlysty" (flagelantes), onde uma das suas características era que as cerimónias religiosas terminavam em prolongadas orgias. Rasputin não faltava nunca à missa.
Dizem que dessa experiência "religiosa" ficou o costume de sair "dando amassos" em qualquer mulher que lhe cruzasse o caminho (as más línguas contam que diversos mancebos também foram objecto de sua exacerbada "religiosidade").
Todo e qualquer cortesão tinha inveja do bruto camponês, conselheiro directo do Czar Nicolas que nada fazia sem se aconselhar anteriormente com o "Monge Louco", tal como ele era conhecido em toda São Petesburgo.
Não era para menos, qualquer um ficava desgostoso ao inteirar-se que sua esposa tinha sido abençoada pelo "cajado" do siberiano. E isso ocorreu com boa parte das esposas da Alta Sociedade. As damas faziam fila para ajoelhar-se ante o altar de Rasputin; tão devotas elas. Inclusive haviam rumores que a poderosa Czarina rezava na cartilha do místico. Não contente com isso, Grigori Yefimovich ainda gostava dos prostíbulos e da companhia das moças que trabalhavam nestes locais.
Como todos imaginamos, esta história não podia terminar bem. E em 29 de dezembro de 1916 iniciou-se a conjura. No palácio do Príncipe Félix Yusopov, este e o primo do Czar, o Grande Duque Demetrio Romanov planearam a armadilha.
Com a desculpa de um jantar íntimo (ao que parece o meigo Félix queria conhecer o "cajado" de Rasputin), envenenaram-no e encheram o corpo do infeliz com balas. Depois envolveram o corpo e jogaram-no no gelado rio Neva. Não obstante terem misturado no vinho uma quantidade de cianureto capaz de matar um elefante, e perfurar-lhe o coração de "balazios", a autópsia determinou que Grigori Yefimovich morreu... afogado.
De acordo com a filha de Rasputin, antes de o atirarem à àgua, os conjurados cortaram-lhe o cajado. Mas a história não terminou ali. O "legado" de Rasputin deu voltas e mais voltas por toda a Europa durante muitos anos, até que reapareceu em 1967, em poder de uma velhinha simpática de Paris, que o vendeu –não sem antes deixar escapar um suspiro - por 8 mil dólares a um colecionador russo, dono do Museu Erótico de São Petesburgo, que hoje exibe, dentro de um grande frasco, toda a hombridade de Grigori Yefimovich.A quem possa interessar: reza a lenda que basta olhar a ferramenta uma única vez para se curar da impotência
Rasputin é envenenado, alvejado, espancado e afogado
Se a sua vida está rodeada de mistério, sobre a morte é difícil distinguir os factos da fantasia. Grigori Rasputin foi assassinado há precisamente 94 anos.
A vida de Rasputin está estranhamente ligada aos rios.
Conjectura-se que o seu nome possa ser toponímico, querendo dizer “lugar de junção de dois rios”. Certo é que dos três filhos de Efim Vilkin e de Anna Parshukova, apenas Grigori Rasputin chegou à idade adulta, tendo os seus dois irmãos morrido afogados em rios próximos da sua casa.
Ao contrário do que é frequentemente afirmado, Rasputin não era nem padre nem monge, apesar de ser conhecido como o “monge louco”, ainda em vida. Casado, e pai de duas filhas, Rasputin teve uma experiência religiosa que o levou a deixar tudo para se tornar um peregrino ambulante, algo não infrequente na tradição ortodoxa.
As suas deambulações levaram-no até Jerusalém e foi no regresso dessas viagens que se instalou em São Petersburgo, ganhando fama de místico e profeta com o dom da cura.
É conhecida a influência que o “monge” ganhou sobre a Czarina, fruto do seu alegado sucesso em minorar o sofrimento do jovem príncipe hemofílico. A opinião da corte divide-se, o fascínio por Rasputin é generalizado, mas convive com um crescente ódio e repulsa a um homem com vícios conhecidos e uma conduta pública pouco condizente com a reputação de profeta.
Entre o círculo de mulheres da alta sociedade que consegue reunir à sua volta Rasputin divulga uma teologia duvidosa. A prática do pecado como forma de manter afastado o orgulho e a vaidade. O sexo e o álcool são o seu veículo escolhido para o efeito.
Políticos e nobreza começam a preocupar-se e até a diplomacia britânica fica em estado de alerta quando se percebe que Rasputin está a tentar convencer o imperador a retirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial, o que poria em causa o sucesso aliado na frente ocidental.
As circunstâncias da morte de Rasputin são ainda mais bizarras que as da sua vida.
O nobre Felix Yusopov convida-o para sua casa onde, auxiliado por um grupo de conspiradores, entre os quais se encontraria, ao que tudo indica, pelo menos um oficial britânico, levam-no a comer bolos e a beber vinho com cianeto.
O Palácio de Mayha, propriedade de Yusopov, onde Rasputin foi baleado.
O veneno não tem qualquer efeito. Em desespero Yusopov – cuja versão dos acontecimentos mudou substancialmente cada vez que as relatou – dá-lhe um tiro nas costas, mas nem isso chega. Quatro tiros e um espancamento mais tarde o grupo consegue prender Rasputin e atirá-lo ao rio.
Uma autópsia, feita alguns dias depois, quando o seu corpo é retirado das águas, revela que terá morrido não do veneno, nem dos tiros, mas afogado.
O terceiro e último filho de Efim e de Anna morre assim da mesma forma que ambos os seus irmãos e a aristocracia russa celebra o desaparecimento de um selvagem louco, inconscientes da louca selvajaria que se abateria sobre o seu mundo volvido menos de um ano.
Rasputin foi enterrado em uma cripta pertencente aos Romanov, mas seu corpo foi roubado por camponenes que temiam a possibiliadde dele se erguer dos mortos. Seus restos foram queimados e espalhados ao vento como se fazia com feiticeiros desde a Idade Média.
“Se para a salvação do espírito é necessário o arrependimento, e para o arrependimento acontecer é preciso o pecado. Então o espírito que quer ser salvo, deve começar pecar o quanto antes.”- Rasputin
Ele é um destes personagens históricos que é citado tanto por pesquisadores do ocultismo como por entusiastas da psicologia aplicada. Rasputin, o Monge Louco, foi considerado um devasso para uns, uma benção para outros e um mistério para todos.
Toda sua vida esta envolta em uma nevoa de segredos que nos revelam uma figura sombria que soube como ninguém usar da manipulação psicológica e do ocultismo para atingir seus próprios objetivos.
Rasputin foi um diabo consagrado e o mais pecador de todos os santos. Sem dúvida, o mais indulgente de todos os ascetas. Tinha um especial talento para unir o sagrado e o profano sob seu manto negro causando ao mesmo tempo a admiração e o respeito de seguidores e medo e terror em seus adversários. Nascido na aldeia de Rasputje, Sibéria, em 1869, desde muito cedo sempre demonstrou um grandioso fascínio pelo ocultismo e por tudo o que fosse secreto e hermético.
Enquanto crescia especializou-se em controle psicológico, técnicas de cura, teologia, leitura corporal, predestinação, ilusionismo, magnetismo, artimanhas teatrais e especialmente hipnose.
Quando atingiu a maturidade, Rasputin entrou em contato com a Seita dos Flagelantes, um controverso grupo que guardando as devidas particularidades tinha uma visão de mundo, objetivos e práticas muito similares ao dos satanistas de hoje. Esta era uma das muitas seitas eróticas que viviam sob o olhar apreensivo da Igreja Ortodoxa pré-revolução de 1917.
A premissa básica destas seitas era que não há sentido para a salvação se não fossemos pecadores. Seus rituais envolviam a celebração de deuses pagãos seguidos de dança e festividades, mas especialmente conhecidos por sua sensualidade e entrega aos prazeres da carne.
A Seita dos Flagelantes ensinava que dentro de cada ser humano brilha uma centelha divina, e que o simples reconhecimento desta essência dentro de cada um era o suficiente para a extinção de todas as amarras impostas ao ser humano. No ritual principal, a coabitação com alguém eleito, (alguém carregado de espírito santo e consciente disso) terminaria por unir a humanidade com a divindade e transformaria todo o pecado antigo em nova virtude.
Além disso, a seita dos Flagelantes argumentava que não haveria qualquer sentido no plano de salvação se os humanos não fossem pecadores desde o princípio. Para eles, quanto mais o homem pecasse, mais Deus iria perdoar e mais Deus seria exaltado como o ser superior e supremo.
A princípio estas justificações para as práticas destas seitas parecerá bastante hipócrita para a maioria de nós hoje em dia, mas ao entendermos a mentalidade russa do período, a repressão Czarina e o poderio do clero naqueles tempos, seus argumentos se revelaram na verdade bastante sensatos.
É nessa atmosfera quase controversa que encontramos Grigorig Efimovich Rasputin, que já casado e com filhos abandonou tudo para tornar-se um peregrino errante. Foi neste período que de cidade em cidade ganhou a fama de homem santo, poderoso mago e perigoso feiticeiro. Quando chegou em São Petersburgo, no ano de 1903, sua fama já estava tão bem construída que rapidamente despertou o interesse da supersticiosa dinastia Romanov.
Utilizando seus conhecimentos em uma mistura de “cura pela fé”, teatro e hipnose, Rasputin podia amenizar os problemas de Alexei, filho primogênito do Czar que era hemofílico. Automaticamente ganhou o título de 'Enviado de Deus' e a confiança e admiração de Alexandra Feodorovna, mãe do garoto, fixando assim com firmeza seus pés sobre o tapete vermelho da aristocracia russa e abandonando de vez seus dias de vadiagem, miséria e peregrinação.
O Monge do pecado soube aproveitar sua situação com brilhantismo, não havia decisão importante de Nicolau II que não passasse pelo aconselhamento do “Amigo da Família”. Sua fama espalhou-se da capital para todo o império. E figuras de autoridade de todo o reino batiam a porta de Rasputin em busca de algum favor da realeza. De certa forma, o maior império do século XIX passou a ser comandado por um bruxo.
À parte de sua fama como poderoso mago, Rasputin manteve a princípio uma imagem de santidade e retidão. Mas mesmo mais tarde quando os relatórios da policia czarina denunciaram diversas bebedeiras e libertinagem do monge, nada parecia poder abalar seu prestígio real. Mesmo quando as cartas de amor dele com a própria Alexandra foram tornadas públicas, nada eliminava sua poderosa influência.
Em 1914 estoura a Primeira Guerra Mundial e a Rússia posiciona-se ao lado da França e da Inglaterra. O Czar Nicolau II é obrigado a ocupar-se com assuntos militares.
O palácio e o governo interno passaram para as mãos de Alexandra, e conseqüentemente para Rasputin. Descontentes com a forte influência de Rasputin, a nobreza russa passou então a conspirar pela morte do 'Monge Louco'.
A idéia inicial era envenená-lo e Rasputin foi convidado para um jantar com Gran Duque Pavlovitch, o sobrinho do czar Félix Iussupov e Vladimir Purichkevitch, deputado. No entanto, provavelmente graças a uma medida preventiva do monge, o veneno não fazia qualquer efeito.
E Rasputin conscientemente se mostrava cada vez mais forte e disposto com o passar do jantar. Estupefatos com a situação os nobres o balearam e ainda assim este levantou-se do chão após o tiro. Por fim Rasputin foi amarrado e jogado no rio Neva, onde finalmente morreu afogado.
Sua resistência à morte deu ainda mais força para a imagem sobrenatural que construiu durante toda sua vida. Rasputin não foi nem santo, nem demônio, foi sim um gênio que soube criar uma aura de ocultismo e mistério para usá-la em seu próprio benefício. Sua figura tornou-se lendária, cruzou as fronteiras da Rússia e do tempo. Seja como símbolo do poder sobrenatural seja como ícone da esperteza humana, sua enigmática figura sobrevive até os dias de hoje.
Fontes - Pesquisa na internet
O articulista, ainda em Évora, teve a oportunida de ver, no Salão Central Eborense,no ano de 1960 à pelicula- Les Nuits de Raspoutine (Noites de Rasputin) de Pierre Chenal - C/ Edmund Purdom (Rasputin).
Rasputin no ano de 1914, junto de seus admiradores.