A Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) foi uma polícia existente em Portugal entre 1945 e 1969. Apesar de ser, hoje em dia, sobretudo conhecida como polícia política, as funções da PIDE eram bastante mais abrangentes, sendo especialmente importantes as suas funções nos setores dos serviços de estrangeiros, fronteiras e segurança do Estado.
Funções e organização
Funções
A PIDE foi criada pelo Decreto-Lei n.º 35 046 de 22 de outubro de 1945 - em substituição da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado - sendo considerada como um organismo autónomo da Polícia Judiciária e apresentada como seguindo o modelo da Scotland Yard. A PIDE desempenharia tanto funções administrativas como funções de repressão e de prevenção criminal.
No âmbito das suas funções administrativas, competia-lhe encarregar-se dos serviços de emigração e passaportes, dos serviços de passagem de fronteiras e dos serviços de permanência e trânsito de estrangeiros em Portugal.
No âmbito das funções de repressão e de prevenção criminal, competia à PIDE a instrução preparatória dos processos respeitantes aos crimes de estrangeiros relacionados com a sua entrada ou com o regime legal da sua permanência em território nacional, às infrações relativas ao regime da passagem nas fronteiras, aos crimes de emigração clandestina e aliciamento ilícito de emigrantes e aos crimes contra a segurança exterior e interior do Estado.
Organização
Quando foi criada em 1945, a PIDE constituía um organismo do Ministério do Interior, estando o seu diretor subordinado diretamente ao ministro. A estrutura incluía:
Diretor
Inspetor superior
Serviços da Diretoria
Conselho Administrativo
Conselho da PIDE
Secretaria
Contabilidade
Secção Central de Investigação
Gabinete de Investigação e Pesquisas
Arquivo Geral
Subdiretoria de Lisboa
Serviços Internacionais
Serviços de Emigração
Serviços de Segurança do Estado
Subdiretoria do Porto
Delegações
Postos
Depois da reorganização de 1954, a PIDE passou a estar na dupla dependência do ministro do Interior e do ministro do Ultramar. Cada um dos ministros tutelava a atividade da PIDE, respetivamente na Metrópole e no Ultramar. A orgânica passou a ser a seguintes:
Diretor
Conselho de Polícia
Serviços Administrativos
Serviços de Contencioso
Serviços de Segurança
Secção Central
Divisões
Gabinete de Identificação e Polícia Científica
Delegações
Subdelegações
Postos de vigilância
Postos de fronteira
Atividades
No contexto das suas funções no setor da segurança do Estado, destaca-se a importância da atividade da PIDE na neutralização da oposição ao Estado Novo.
A PIDE exercia actividade em todo o território português no sentido de evitar dissidências nas organizações civis e militares, usando meios e métodos baseados nas técnicas alemãs aplicadas na Gestapo, é considerada por muitos historiadores uma das polícias mais eficientes de sempre. Justificava as suas actividades com o combate ao internacionalismo proletário e comunismo internacional.
A PIDE era temida pela utilização da tortura e foi responsável por alguns crimes sangrentos, como o assassinato do militante do Partido Comunista Português (PCP) José Dias Coelho e do General Humberto Delgado. Este último foi atraído para uma emboscada, só possível pela introdução de informadores nas organizações que o general liderava ou na sua teia mais íntima de relações pessoais, ultrapassando mesmo as fronteiras nacionais (não só o crime foi cometido em território espanhol como os informadores se encontravam instalados no Brasil, na França e na Itália).
Durante a Guerra do Ultramar, a PIDE, até aí virtualmente ausente dos territórios africanos, assumiu nos três teatros de operações a função de serviço de informações e - constituindo, enquadrando e dirigindo milícias próprias, os Flechas, compostas por africanos, por vezes desertores das guerrilhas - colaborou com as forças militares no terreno.
Neste âmbito, poderá a sua ação ter também ultrapassado as fronteiras; com efeito, são-lhe atribuídas responsabilidades, quer no atentado que vitimou o dirigente da FRELIMO Eduardo Mondlane, quer na manipulação dos descontentes do PAIGC que, num "golpe de Estado" dentro do partido, assassinaram o dirigente independentista Amílcar Cabral.
Pelo Decreto-Lei n.º 49 401, de 24 de Novembro de 1969, o Governo presidido por Marcello Caetano substituiu a PIDE pela Direcção-Geral de Segurança (DGS) , que, por sua vez, foi extinta na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974, pelo Decreto-Lei n.º 171/74, de 25 de Abril.
História
Estado Novo
Ideologia
Nacionalismo
Corporativismo
Democracia orgânica
Antiparlamentarismo
Antipartidarismo
Antiliberalismo
Arquitetura
Bases jurídicas[Expandir]
Acto Colonial
Constituição de 1933
Estatuto do Trabalho Nacional
Órgãos e instituições[Expandir]
Câmara Corporativa
Casas do povo
Casas dos pescadores
Grémios
Sindicatos nacionais
Instituto para a Alta Cultura
Instituto Nacional do Trabalho e Previdência
Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho
Legião Portuguesa
Mocidade Portuguesa
SPN / SNI
PVDE / PIDE
Obras e realizações
Bairro Social do Arco do Cego
Instituto Superior Técnico
Instituto Nacional de Estatística
Exposição do Mundo Português
Escolas do Plano dos Centenários
Aeroporto de Lisboa
Pousadas de Portugal
Autoestrada da Costa do Estoril
Estádio Nacional
Estádio 28 de Maio
Parque Florestal de Monsanto
Plano Rodoviário Nacional
Grandes aproveitamentos hidroeléctricos
Hospital de Santa Maria
Hospital de São João
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
Cidade Universitária de Coimbra
Cidade Universitária de Lisboa
Metropolitano de Lisboa
Ponte Marechal Carmona
Ponte da Arrábida
Ponte Salazar
Monumento aos Descobrimentos
Líderes
Salazar
Carmona
Marcelo Caetano
História
Revolução de 28 de Maio de 1926
Ditadura Nacional
Entrada de Salazar para o Governo
Plebiscito de 1933
Oposição
Portugal e a Segunda Guerra Mundial
Concordata com a Santa Sé
Política Ultramarina
Guerra do Ultramar
Caetano na Presidência do Conselho
Revolução de 25 de Abril de 1974
História de Portugal
A criação da PIDE e da sua antecessora PVDE vem na sequência das sucessivas reestruturações do sistema policial, que implicaram a criação, a extinção e a fusão de várias polícias, algumas das quais vinham já do tempo da Primeira República.
Antecedentes na Primeira República
Em 1918, na sequência da reestruturação dos corpos de polícia civil e do seu agrupamento num único corpo nacional, a Polícia Cívica, são criadas as primeiras antecedentes diretas da PIDE: a Polícia Preventiva e a Polícia de Emigração. Pelo Decreto-Lei n.º 4166 de 27 de abril de 1918 é então criada a Polícia Preventiva - a partir de uma secção da Polícia de Investigação Criminal - com a competência pela vigilância, prevenção e investigação de crimes políticos ou sociais, pela prisão ou detenção de suspeitos daqueles crimes e pela organização de um cadastro de todas as agremiações políticas e sociais e seus membros. Pelo mesmo decreto, é criada a Polícia de Emigração responsável pelo controlo das fronteiras. Tanto a Polícia Preventiva como a Polícia de Emigração constituem repartições que funcionam na dependência direta da Direção-Geral de Segurança Pública, o órgão superior da Polícia Cívica.
Pelo Decreto n.º 5367 de 7 de abril de 1919, a Polícia Preventiva passa a designar-se Polícia de Segurança do Estado.
Em 1922, de acordo com o Decreto n.º 8013 de 4 de fevereiro, a Polícia de Segurança do Estado é transformada na Polícia de Defesa Social, deixando de estar diretamente subordinada ao ministro do Interior, ficando na dependência direta do governador civil de Lisboa.
Ainda no mesmo ano, pelo Decreto n.º 8435 de 21 de outubro, a Polícia de Defesa Social passa a chamar-se Polícia Preventiva e de Segurança do Estado.
Antecedentes na Ditadura Nacional
A 28 de maio de 1926 dá-se a Revolução Nacional, que leva à entrada em funções do governo da Ditadura Nacional. Pelo Decreto n.º 11 727 de 5 de junho de 1926, a Polícia Preventiva e de Segurança do Estado é extinta, sendo as suas funções transferidas para a Polícia de Investigação Criminal.
Ainda em 1926, pelo Decreto n.º 12 972 de 16 de dezembro, é criada a Polícia de Informações de Lisboa que funciona na dependência dos governador civil de Lisboa. Em 1927, pelo Decreto n.º 13342 de 26 de março é criada a Polícia de Informações do Porto, com caraterísticas semelhantes. Pelo Decreto n.º 15 195 de 17 de março de 1928 as duas polícias de informações são fundidas numa única Polícia de Informações, que fica na dependência direta do ministro do Interior.
Ainda em 1928, é criada a Polícia Internacional Portuguesa com funções semelhantes às da anterior Polícia de Emigração. Compete-lhe em especial a vigilância das fronteiras terrestres e o controlo dos estrangeiros que permanecem em Portugal. A Polícia Internacional fica a funcionar na dependência da Polícia de Informações. Em 1930, a Polícia de Internacional deixa a Polícia de Informações e passa para a dependência da Polícia de Investigação Criminal, como sua Secção Internacional.
Em 1931, é extinta a Polícia de Informações, através do Decreto n.º 20 033 de 3 de junho. As suas funções são assumidas pela Polícia de Segurança Pública.
No mesmo ano, através do Decreto n.º 20 125 de 28 de julho de 1931, a Polícia Internacional Portuguesa volta para o Ministério do Interior, ficando na dependência direta do ministro. Com a criação da Direção-Geral de Segurança Pública no Ministério do Interior, em 1932, todas as polícias passam a ficar na dependência desta, inclusive a Polícia Internacional. Na mesma altura é criada a Secção de Vigilância Política e Social da Polícia Internacional Portuguesa, responsável pela prevenção e combate aos crimes de natureza política e social.
A 5 de julho de 1932, Salazar toma posse como Presidente do Ministério, assumindo a chefia do Governo.
Pelo Decreto n.º 22 151 de 23 de janeiro de 1933 a Secção de Vigilância Política e Social é transformada na Polícia de Defesa Política e Social, passando a ser um organismo na direta dependência do ministro do Interior.
A PVDE e a PIDE
Pouco depois, a 19 de março de 1933, é realizado um plebiscito nacional para aprovação ou recusa da nova Constituição que havia sido proposta pelo Governo em 1932. O "sim" ganha com larga maioria e a nova Constituição é aprovada. Com a entrada em vigor da Constituição de 1933, acaba a Ditadura Nacional e entra em vigência o Estado Novo.
Pelo Decreto-Lei n.º 22 992 de 29 de agosto de 1933, a Polícia Internacional Portuguesa e a Polícia de Defesa Política e Social voltam a ser fundidas num único organismo que passa a ser a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado. A PVDE inclui duas secções, a de Defesa Política e Social e a Internacional. A primeira é responsável pelo combate aos crimes políticos e sociais. A Secção Internacional é responsável por verificar a entrada, permanência e saída de estrangeiros do Território Nacional, a sua detenção se se trata de elementos indesejáveis, a luta contra a espionagem e a colaboração com as polícias de outros países.
Em 1945, através do Decreto-Lei n.º 35 046 de 22 de outubro, a PVDE é transformada na Polícia Internacional e de Defesa do Estado. À PIDE são atribuídas funções administrativas e funções de prevenção e combate à criminalidade. No âmbito das suas funções administrativas, competia à PIDE a responsabilidade pelos serviços de emigração e passaportes, pelo serviço de passagem de fronteiras terrestres, marítimas e aéreas e pelo serviço de passagem e permanência de estrangeiros em Portugal.
No âmbito das suas funções de prevenção e combate ao crime, competia à PIDE fazer a instrução preparatória dos processos crimes relacionados com a entrada e permanência ilegal em Território Nacional, infrações relativas ao regime das passagens de fronteiras, dos crimes de emigração clandestina e aliciamento ilícito de emigrantes e dos crimes contra a segurança interior e exterior do Estado.
Pelo Decreto n.º 39 749 de 9 de agosto de 1954, a PIDE é reorganizada, sendo prevista a sua instalação também nas ilhas adjacentes e no Ultramar. No entanto, essa instalação só ficará completa já na década de 1960. O mesmo decreto também torna a PIDE no único organismo com competência para a troca de informações de segurança com serviços similares de outros países.
Em 1968, na sequência de um acidente sofrido, Salazar é substituído por Marcelo Caetano na Presidência do Conselho de Ministros.
A PIDE é extinta em 1969, pelo Decreto-Lei n.º 49 401 de 24 de novembro, sendo criada em sua substituição a Direcção-Geral de Segurança.
A Direção-Geral de Segurança (AO 1945: Direcção-Geral de Segurança) ou DGS foi um organismo português de polícia criminal existente entre 1969 e 1975. Apesar das suas funções principais incluirem, para além da segurança do Estado, a fiscalização dos estrangeiros, o controlo das fronteiras e o combate ao tráfego ilegal de emigrantes, historicamente, a DGS é sobretudo conhecida pela suas atividades como polícia política.
A DGS foi criada em 1969, para suceder à Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), pelo Decreto-Lei n.º 49 401, de 24 de Novembro de 1969, do governo de Marcello Caetano.
Foi extinta no Continente e ilhas em 1974, na sequência da Revolução de 25 de Abril, pelo Decreto-Lei n.º 171/74, de 25 de Abril. No Ultramar continuou a existir até 1975, com a designação de "Polícia de Informações Militares.
Fonte - Enciclopédia livre
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Muitas são as opiniões sobre a Polícia Internacional e de Defesa do Estado. Segundo a versão esquerdista, a PIDE era uma instituição que se dedicava à repressão dos inimigos do Estado Novo e que recorria à tortura, chantagem e colheita ilegal de informações. São raras as análises que têm em conta todas as funções deste corpo policial.
Em 1945, pelo Decreto-Lei n.º 35 046, de 22 de Outubro foi
criada a Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE)
que ficaria na dependência do Ministério do Interior. Cabia a
este organismo de polícia proceder à instrução preparatória dos
processos respeitantes a crimes contra a segurança do Estado
(entre outros), sugerir a aplicação das medidas de segurança e
a definição do regime de prisão preventiva e liberdade provisória
dos arguidos.
Eram conferidas à PIDE funções administrativas e funções de
repressão e de prevenção criminal. No que diz respeito ao primeiro tipo de funções
esta polícia tinha a seu cargo os serviços de emigração e passaportes, de passagem
de fronteiras terrestres e marítimas e de permanência e trânsito de estrangeiros em
Portugal.
No âmbito do segundo tipo de funções, deveria fazer a instrução preparatória de processos
nas áreas dos crimes de estrangeiros relacionados com a sua entrada ou com
o regime legal da sua permanência em território nacional, das infracções relativas ao
regime da passagem nas fronteiras terrestres e marítimas, dos crimes de emigração
clandestina e aliciamento ilícito de emigrantes e dos crimes contra a segurança exterior
e interior do Estado.
Em 1954, e pelo Decreto-Lei n.º 39 749, de 9 de Agosto, a PIDE foi reorganizada. Foi
então criado o quadro para as ilhas adjacentes e o ultramar. Por esse documento
legal, ficou também estabelecido que a PIDE seria a única entidade responsável pela
troca de informações com serviços estrangeiros.
Tendo em conta o contexto histórico, as actividades subversivas e o perfil dos inimigos deste corpo policial, podemos interrogar-nos:
A PIDE/DGS foi ou não útil à nossa Pátria?
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Re: A PIDE/DGS foi útil a Portugal?
« Responder #1 em: Janeiro 19, 2008, 11:23:17 »
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Aconselho a leitura da obra Histórias Secretas da PIDE/DGS, uma análise muito bem feita por Bruno Oliveira Santos.
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Re: A PIDE/DGS foi útil a Portugal?
« Responder #2 em: Janeiro 21, 2008, 17:52:45 »
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Muito se fala na PIDE... mas pouco ou NADA da COPCON....
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Re: A PIDE/DGS foi útil a Portugal?
« Responder #3 em: Fevereiro 28, 2008, 15:36:35 »
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"O Estado tem que ser forte para não ter que ser violento." Com isto, salvaram-se muitas vidas...
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Ricardo de Vasconcelos
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Re: A PIDE/DGS foi útil a Portugal?
« Responder #4 em: Junho 10, 2008, 11:32:31 »
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Em defesa da PIDE/DGS
Como todos sabem, a Polícia Internacional e de Defesa do Estado tem servido de pretexto para criticar o Estado Novo, seja o juízo feito pelo mais erudito “intelectual de esquerda” ou por qualquer ignorante da nossa praça. «A PIDE torturava e matava» - eis a frase que resume toda uma panóplia de acusações, desenroladas ao longo de 34 anos.
Não vou afirmar que durante a actividade da Polícia Internacional não tenha havido nenhuma forma de coacção física ou psicológica. Se o fizesse, cairia no absurdo de acreditar que na História da Humanidade houve um corpo policial que nunca exerceu violência sobre os “inimigos do Estado”. A realidade é mesmo esta: não há nenhuma polícia, do passado ou do presente, do mais remoto oriente ao menos sábio ocidente, que não tenha cometido “excessos” ou realizado interrogatórios sem provocar algum mal-estar nos interrogados.
Qualquer especialista na metodologia do interrogatório policial sabe que o desconforto do suspeito que está a ser examinado é essencial. Hoje em dia, ninguém estranha que as polícias de investigação criminal utilizem formas de aumentar o “stress” como: interrogatórios prolongados (chegam a durar 11 horas ininterruptas, para “cansar o interrogado), falsas informações, ausência de conforto, etc. Também conhecemos histórias de espancamentos, ameaças e chantagens levadas a cabo pela polícia “democrática”.
Não vale a pena descrever os métodos de interrogatório levados a cabo pela CIA contra os “inimigos da América” aos longo dos últimos 50 anos, nem os da polícia inglesa contra os membros do IRA, nem da francesa contra os argelinos, nem da espanhola contra os membros da ETA, porque se o fizesse os nossos conterrâneos da PIDE pareceriam autênticos “meninos de coro”, empenhados humanistas dedicados ao bem estar dos presos políticos.
Também não vale a pena contestar a acusação de que a PIDE fazia escutas telefónicas e violava a correspondência dos cidadãos. A forma generalizada como hoje em dia os corpos policiais interceptam a correspondência e as comunicações telefónicas reduz a actividade da PIDE à insignificância.
O que vale a pena salientar é que a PIDE era muito menos violenta do que as suas antecessoras. A PVDE, ainda durante o Estado Novo, trouxe alguns vícios das polícias políticas da I República. Cometeu excessos e nem sempre procedia às investigações com todo o profissionalismo que lhe era exigido. Mas, recuando um pouco mais no tempo, a actividade policial da I República merece o galardão da violência gratuita.
O período democrático, que começa em 1910 e finda em 1926, ultrapassa todos os limites no tocante à violação da integridade física e psíquica dos adversários políticos. A violência contra os membros da Igreja e todos os que não se reviam na cleptocracia do Estado democrático (a maioria da população portuguesa) atingiu níveis impensáveis para um país da Europa ocidental. Contra esta realidade, Salazar lançou o mote «deve o Estado ser tão forte que não precise de ser violento». E, de facto, a PIDE não foi violenta quando comparada com as suas congéneres europeias e com os actuais corpos policiais dos Estados democráticos.
É digno de nota o facto de certos opositores ao Estado Novo, como Mário Soares ou Gustavo Soromenho, terem afirmado publicamente que nunca foram “torturados” pela PIDE. Soares e Soromenho, como muitos outros contestatários, afirmam que apesar de terem sido detidos pela polícia nunca foram objecto de qualquer tipo de sevícias. Então quem é que se queixava de maus-tratos? A oposição comunista. Os comunistas são os grandes responsáveis pela degradação da imagem da polícia e pela acusação do Estado Novo como “Estado policial”.
Uma análise sensata de qualquer testemunho deve ter conta o perfil e as motivações dos acusadores. Ser militante do PCP significava, antes da “perestroika”, estar ao serviço de Moscovo e lutar pelo Império do Mal (como lhe chamou Ronald Reagan). Os comunistas são responsáveis por inúmeros actos de terrorismo, morte de milhares de portugueses e pela degradação material e moral da Pátria Portuguesa. Se tivermos em conta a lealdade à União Soviética, então são cúmplices de vários genocídios!
Sobre o “infame” Tarrafal
Há mais de 70 anos, um grupo de comunistas “inaugurou” a colónia penal do Tarrafal, a tal que mais tarde ficaria com fama de “campo de concentração” nazi. Vejamos o que se passou: eclodiu nos navios Bartolomeu Dias, Afonso de Albuquerque e Dão, fundeados no Tejo, uma sublevação de marinheiros, orquestrada pelo PCP através da Organização Revolucionária da Armada (ORA).
O objectivo era conduzir os navios para Espanha (que se encontrava em guerra civil) onde integrariam as forças militares da esquerda espanhola. O facto dos revoltosos terem ido parar ao Tarrafal foi suficiente para 70 anos de queixumes e acusações! O que aconteceria em qualquer país do mundo, caso tentassem desviar 3 vasos de guerra? Presos não seriam com certeza. Seriam fuzilados, caso o Estado reconhecesse o estatuto militar dos acusados. O mais provável seria o enforcamento sumário de todos os amotinados.
O PCP conseguiu a proeza de manipular milhares de consciências. Os mesmos métodos policiais, quando usados pela PIDE representam a repressão, quando usados por um regime democrático caracterizam o progresso científico e a luta contra a criminalidade. A mim nunca me enganaram. E a si?
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ListaNegra
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Re: A PIDE/DGS foi útil a Portugal?
« Responder #5 em: Junho 28, 2008, 22:14:28 »
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Sobre a PIDE/DGS,encontrei um comentário da autoria de Cristina da Nóbrega no site Obreiro da Pátria,bastante bom,e com o qual concordo e subscrevo,e passo a citar:
Citar
Eram os GUARDIÕES DA NAÇÃO.
E os ANJOS CUSTÓDIOS de todos os portugueses de BEM.
Por cada Agente da PIDE/DGS,que mataram directa ou indirectamente, a justiça terá que ter a mão pesada, ( e a História no seu julgamento também), o valor da vida de cada Agente da PIDE/DGS não tem limites, não tem preço, nem se pode fazer comparações com os Criminosos Palhaços Abrileiros, que foram para as ruas com fardas, com metralhadoras e tanques de guerra, nem com os Palhaços Criminosos que ocorreram oportunistamente da sibéria, do quiosque de Paris, da Argélia, de Marrocos ou dos cantos e becos imundos do Mundo, para Portugal.
Cada Agente da PIDE/DGS, é superiormente importante, para poderem ser comparados aos dejectos humanos Abrileiros, Criminosos, Desertores, Falhados, Frustrados, Incompetentes, Parasitas, Traídores e Gatunos, que desde o dia 25 de Abril de 1974 desfilam pelas passadeiras do poder em Portugal.
Porque eles os Agentes da PIDE/DGS: Eram a segurança, eles eram a ordem, eles eram a protecção, eles eram a estabilidade, eles eram a paz, eles eram o respeito, eles eram a integridade territorial da Nação, eles representavam o patriotismo, eles eram a coragem, eles eram a ajuda, eles eram a confiança das noites dormidas em paz e em repouso, a certeza dos dias luminosos, eles eram o futuro e a esperança.
A tarefa desses Homens era a responsabilidade de zelarem pela segurança e integridade da Nação, pela segurança das vidas dos seus compatriotas desde o Minho até Timor, a Protecção da Nação e de todos os portugueses contra os criminosos, os traidores, os delinquentes.
Se não tivesse sido assim hoje, não saberiamos ver as diferenças para podermos fazer os valores de juízo entre o bem e o mal, entre os homens de Honra e os Criminosos, entre os Homens Úteis e os inúteis.
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Re: A PIDE/DGS foi útil a Portugal?
« Responder #6 em: Fevereiro 10, 2009, 19:51:28 »
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Mas em relação á morte do Humberto Delgado, que explicação existe para o sucedido (de modo a ilibar a PIDE)?
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" Um dia milhões de homens deixarão o hemisfério sul deste planeta em direcção ao norte. Mas não amigos. Porque irão para conquistar, e conquistarão povoando-o com as suas crianças. A vitória chegarnos-á através dos ventres das nossas mulheres. "
Houari Boumedienne, antigo Presidente da Argé
Lobo
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Re: A PIDE/DGS foi útil a Portugal?
« Responder #7 em: Fevereiro 10, 2009, 23:51:48 »
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Citação de: Luís em Fevereiro 10, 2009, 19:51:28
Mas em relação á morte do Humberto Delgado, que explicação existe para o sucedido (de modo a ilibar a PIDE)?
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Re: A PIDE/DGS foi útil a Portugal?
« Responder #8 em: Fevereiro 19, 2009, 19:41:40 »
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Claro que a PIDE tabém foi útil a Portugal, Como a CIA é útil a Israel, como a Stagi era útil á antiga RDA, a KGB á antiga URSS etc etc
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Re: A PIDE/DGS foi útil a Portugal?
« Responder #9 em: Agosto 02, 2009, 03:30:47 »
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A P.I.D.E. tal como muitas outras instituicoes policiais do passado europeu ( temos de atender bem ao que era a Europa do tempo em que foi criada ) em que foi formada existia para defender o ESTADO NOVO dos ataques fisicos -- or verbais foram sempre mais ou menos tolerados -- -- por parte dos seus opositores.
No caso de Portugal os opositores verdadeiramente perigosos para o regime dp Prof. Oliveria Salazar eram, sem sombra de duvida, os comunistas.
Apostado em conquistar o Mundo atraves da expansao do Bolshevismo Sovietico e de suas "Democracias Populares" prenhes de amplas liberdades,
os comunistas eram gente nascida -- por acaso -- em Portugal mas cuja patria verdadeira era a Uniao Sovietica para quem trabalhavam com fervor e dedicacao minando a sua sociedade em que se encontravam integrados. Sempre bem servindo Moscovo e a Internacional, prestavam-se a tudo.
Sabotar, fazer greves, matar, trair, tudo o que fosse precsio para que o seu Vaticano ( o Kremlin) em Moscovo saisse beneficiado.
O Comunsimo nao era apenas uma ideologia ! Era sobretudo uma religiao que criava fanaticos so como uma religiao consegue e com uma hieraquia muito propria, tendo os seus Santuarios, os seus Deuses e os seus Santos.
Dizer que a P.I.D.E. foi uma policia de assassinos --como as Esquerdas, inspiradas pelo P.C.P. continuam a deitar ca para fora -- e um exagero absoluto.
Eu pessoalmente ate acho que a P.I.D.E. --por causa das restricoes que lhe foi imposta por Oliveira Salazar, que embora sendo um autocrata nao era um homem com instintos violentos e muito menos sanguinarios -- actou com demasiada brandura e nao cumpriu o dever que tinha de eliminar os Comunistas de uma vez para sempre ( quero dizer fisicamente !). Dai que todos eles estavam vivos e de boa saude e sairam dos subterraneos onde andavam escondido e, como os ratos que saem dos sargetas, voltaram em bando no 25 de Abril NAO PAR LIBERTAR PORTUGAL como eles gostam tanto de apregoar, mas sim para INSTITUIR UMA NOVA DITADURA E ENTREGA-LO EM BANDEJA A U.S.S.R.
Bem, nao foram bem sucedido em Portugal, porque o nosso Povo acordou a tempo e horas , mas as melhores prendas feitas a Moscovo foram as entregues em Africa, sempre em colaboracao com os irmaos "cor-de-rosa" do P.S..
Diz um velho ditado Eslavo que.... "UM VERDADEIRO COMUNISTA SO E BOM DEPOIS DE MORTO !".
A P.I.D.E. actuou com demasiada brandura com eles. Vejam so que ate ajudou Alvaro Cunhal, o traidor, a fugir de Peniche !?
Esse pulha que so fez mal a Portugal devia ser desenterrado da terra lusitana onde jaz e que traiu e enviado para a Russia onde Vladimir Putin o enviaria para a vala comum hoje reservada a herois Bolshevistas de todas as nacionalidades.
Se a P.I.D.E. tivesse actuado apenas com metade do nivel de eficiencia da K.G.B. ou da GESTAPO nao teria havido nem um Comuna envolvido no 25 de Abril e o "campo de ferias do Tarrafal "teria sido um segundo 'Buchenwald' em vez de ter sido um desperdico de dinheiro para o Estado Novo.
Ai sim os Comunistas teriam verdadeira razao para dizer que o Tarrafal havia sido um campo de morte como os muitos dos Alemaes e dos Sovieticos de onde ninguem escapava para contar como era..
Já agora a minha versao sobre a morte de Humberto Delgado.
Não foi a P.I.D.E. que o matou. Delgado vinha a Lisboa fazer as pazes com o Regime.
Ao fim de toda a sua odisseia pelo estrangeiro viu-se rodeado apenas de Comunsitas. Ele nunca fora um comunista -- era um pro-Yankee --e achou que era tempo de chegar a um acordo com o ESTADO NOVO. Estava de regresso para negociar com Salazar uma solucao par o seu caso...
Ao P.C.P. tal nao convinha de modo algum.
Seria um descredito para o P.C.P. pois Delgado iria contar coisas que so ele sabia acerca dos Comunas e dos seus metodos e planos.
Dai o terem feito com ele o que fizeram com tantos outros que deles se tentaram afastar. Liquidaram-no ...mas de modo a que parecesse que foi a policia de Salazar que o matou.
Conclusão:
A P.I.D.E. tal como quase tudo o que e feito por portugueses ou organizado em Portugal funcionou com como toda a burocracia publica.
Com base no improviso, um tanto a porcalhota e com pouca eficencia.
Serviu os fins para que havia sido formada mas nao os serviu a 100%.
Permitiu que demasiados traidores escapassem e viessem anos depois a quase mandar Portugal para a Orbita Sovietica...-- so a reaccao forte do nosso POVO do NORTE, do M.R.P.P. ( subsidiado pela CIA) e o suporte da C.I.A. e do Embaixador Frank Carlucci a Mario Soares e aos Socialistas contribuiu para o falhanco das intenções do P.C.P.
Se não tivesse havido esta combinacao de factores tinhamos ido mesmo para um regime de "amplas liberdades" com o tio e santo padroeiro Alvarinho à cabeça.
« Última modificação: Janeiro 06, 2010, 21:18:07 por RENATO NUNES » Registado
Fonte - Forum Pátria