o mar do poeta

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segunda-feira, novembro 9

RUA DO CAMPO - ONTEM E HOJE



Esta foto refere-se aos anos 60' e o articulista ainda conheceu o local desta forma.



Nesta foto pode ver-se o antigo cinema Império, onde o articulista teve o prazer de assistir a imensos filmes.


Antigamente este edifico onde se encontra istalado o banco Delta Ásia era o edifico das Obras Públicas.



Ainda se recorda do articulista de ver nesse cruzamento do a Rua pedro Nol;asco da Silva, o polícia sinaleiro.

 Onde era o edificio das Obras Públicas é hoje o banco Delta Asia. Macau sofreu, ao longo dos anos imensas modicações, uma delas que nunca deveria ter sido feita, foi a eliminação do bairro Albano de Oliveira, que veio lugar a um mamarracho de prédio!...

domingo, novembro 8

DIA FELIZ - 8 DE NOVEMBRO



Comemora-se hoje, dia 8 de Novembro, em muitas localidades e países, o DIA FELIZ.
Todos os dias são dias, uns mais felizes que outros, para sermos plenamemnte felizmente, primeiro devemos estar bem com nós próprios e com Deus, depois, bem depois essa felicidade virá, de várias formas, uam delas e a mais importante será aquela que nos é transmitida  através do Amor, mas existem muitas outras formas para que possamos ter um DIA FELIZ, praticando boas acções, ajudando os necessitados, contribuindo desta forma para que essas pessoas possam igualm ente ser felizes.
A felicidade depende de nós, mantendo os elos de amizade, praticando o bem e tendo Fé em Deus.
A todas as pessoas do mundo desejo que este dia, bem como os dias de suas vidas, sejam sempre DIAS FELIZES.





Felicidade - Senhor, fazei que eu procure mais consolar do que ser consolado, compreender do que ser compreendido, amar do que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna. (S. Francisco de Assis)

RAIO X - DESCOBERTO NO ANO DE 1895


Raio X


Ciclos por segundo: 300 PHz a 60 EHz

Comprimento de onda: 1 nm a 5 pm

Os raios X são emissões electromagnéticas de natureza semelhante à luz visível. Seu comprimento de onda vai de 0,05 ângström (5 pm) até centenas de angströns (1 nm).

O espectro de comprimentos de onda utilizável correspondente a aproximadamente entre 1 nm a 5 picômetros. A energia dos fótons é de ordem do keV (kilo elétron-volt), entre alguns keV e algumas centenas de keV. A geração desta energia electromagnética se deve à transição de elétrons nos átomos, ou da desaceleração de partículas carregadas.

Como toda energia electromagnética de natureza ondulatória, os raios X sofrem interferência, polarização, refração, difração, reflexão, entre outros efeitos. Embora de comprimento de onda muito menor, sua natureza electromagnética é idêntica à da luz.




 Tubo de Crookes


Em uma ampola, William Crookes submeteu um gás a uma pressão ambiente e a uma alta tensão. Quando os elétrons saem do cátodo, colidem com moléculas do gás, ocorrendo a sua ionização e liberação de luz, que ilumina toda a ampola. A partir desses experimentos, J.J.Thomsom observou que esse fenômeno é independente do gás e do metal utilizado no eletrodo. Concluiu que os raios catódicos podem ser gerados a partir de qualquer elemento. A partir dessa conclusão, Thomsom pôde, posteriormente, descobrir a existência do elétron.

Muitos cientistas na Europa começaram a estudar esse tipo de radiação. Entre eles, o maior especialista em raios catódicos da Alemanha, Philipp Lenard (1862-1947).

A dificuldade na época foi que não ocorreria a ninguém um método de detecção que mostrasse se de facto existiam tais radiações. Inclusive, não se tinha certeza se aqueles raios eram partículas ou ondas electromagnéticas.



 A descoberta

Foi Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923) quem descobriu e baptizou os Raios X, além de fazer a primeira radiografia da história. Isto ocorreu quando Röntgen estudava o fenômeno da luminescência produzida por raios catódicos num tubo de Crookes. Este dispositivo foi envolvido por uma caixa de papelão negro e guardado numa câmara escura. Próximo à caixa havia um pedaço de papel recoberto de platinocianeto de bário.

Conrad Röntgen percebeu que, quando fornecia corrente eléctrica aos elétrons do tubo, este, emitia uma radiação que velava a chapa fotográfica. Intrigado, resolveu intercalar, entre o dispositivo e o papel fotográfico, corpos opacos à luz visível. Desta forma obteve provas de que vários materiais opacos à luz diminuíam, mas não eliminavam, a emissão desta estranha irradiação induzida pelo raio de luz invisível, então desconhecido.

Isto indicava que a energia atravessava facilmente os objetos e se comportava como a luz visível. Após exaustivas experiências com objetos inanimados, Röntgen resolveu pedir para sua esposa pôr a mão entre o dispositivo e o papel fotográfico.

A foto revelou a estrutura óssea interna da mão humana, com todas as suas formações ósseas. Essa foi a primeira chapa de raios X, nome dado pelo cientista à sua descoberta em 8 de Novembro de 1895. Em 1896, com a descoberta do raio X, Wilhelm descobriu que ele, sem proteção, causava vermelhidão da pele, ulcerações e empolamento. Em casos mais graves de exposição poderia causar sérias lesões cancerígenas, morte das células e leucemia, o que o levou à morte.

A descoberta dos Raios X levaria posteriormente muitos outros cientistas a receberem o prêmio Nobel de física com pesquisas sobre o assunto.




Partícula ou onda


Logo que os raios X foram descobertos, pouco se sabia a respeito da sua constituição. No início do século XX foram encontradas evidências experimentais de que o raio X seria uma partícula. No entanto, e para a surpresa da comunidade científica, Walther Friedrich e Paul Knipping realizam um experimento em 1912, no qual conseguiram fazer um feixe de raios X atravessar um cristal, produzindo interferência da mesma forma que acontece com a luz. Isto fez com que os raios X passassem a ser considerados como ondas electromagnéticas. Por volta de 1920 foram realizados outros experimentos, que apontavam para um comportamento corpuscular dos raios X.

O físico Louis de Broglie tentou resolver este aparente conflito no comportamento dos raios X. Combinando as equações de Planck e de Einstein (E=h.ν=m.c²), chegou a conclusão de que "tudo o que é dotado de energia vibra, e há uma onda associada a qualquer coisa que tenha massa".

Características

Produção

O dispositivo que gera Raios X é chamado de tubo de Coolidge. Da mesma forma que uma válvula termiônica, este componente é um tubo oco e evacuado, ainda possui um catodo incandescente que gera um fluxo de elétrons de alta energia. Estes são acelerados por uma grande diferença de potencial e atingem ao ânodo ou placa.

O ânodo é confeccionado em tungstênio. A razão deste tipo de construção é a geração de calor pelo processo de criação dos raios X. O tungstênio suporta temperaturas que vão até 3340 °C. Além disso possui um razoável valor de número atômico (74) o que é útil para o fornecimento de átomos para colisão com os elétrons vindos do catodo (filamento). Para não fundir, o dispositivo necessita de resfriamento através da inserção do tungstênio em um bloco de cobre que se estende até o exterior do tubo de raios-X que está imerso em óleo. Esta descrição refere-se ao tubo de anodo fixo.

Ao serem acelerados, os elétrons ganham energia e são direcionados contra um alvo; ao atingi-lo, são bruscamente freados, perdendo uma parte da energia adquirida durante a aceleração. O resultado das colisões e da frenagem é a energia transferida dos elétrons para os átomos do elemento alvo. Este se aquece bruscamente, pois em torno de 99% da energia do feixe eletrônico é dissipada nele.

A brusca desaceleração de uma carga eletrônica gera a emissão de um pulso de radiação eletromagnética. A este efeito dá-se o nome de Bremsstrahlung, que significa radiação de freio.

As formas de colisão do feixe electrônico no alvo dão-se em diferentes níveis energéticos devido às variações das colisões ocorridas. Como existem várias formas possíveis de colisão devido à angulação de trajectória, o elétron não chega a perder a totalidade da energia adquirida num único choque, ocorrendo então a geração de um amplo espectro de radiação cuja gama de freqüências é bastante larga, ou com diversos comprimentos de onda. Estes dependem da energia inicial do feixe electrônico incidente, e é por isso que existe a necessidade de milhares de volts de potencial de aceleração para a produção dos Raios X.



Detecção


A detecção dos raios X pode ser feita de diversas maneiras, a principal é a impressão de chapas fotográficas que permite o uso medicinal e industrial através das radiografias. Outras formas de detecção são pelo aquecimento de elementos a base de chumbo, que geram imagens termográficas, o aquecimento de lâminas de chumbo para medir sua intensidade, além de elementos que possuem gases em seu interior à exemplo da válvula Geiger-Müller utilizada para a detecção de radiação ionizante e radiação não ionizante. Podendo ainda ser difratado através de um cristal e dividido em diversos espectros de onda. Sensores (Foto transistores ou foto diodos) captam uma ou algumas faixas de espectro, e são amplificados e digitalizados, formando imagens. Esse último processo (difração de raios-x, por cristais) é comumente utilizado em equipamentos de inspeção de bagagens e cargas.






Medicina

Na medicina os raios X são utilizados nas análises das condições dos órgãos internos, pesquisas de fracturas, tratamento de tumores, câncer (ou cancro), doenças ósseas, etc.

Com finalidades terapêuticas os raios X são utilizados com uma irradiação aproximada de cinco mil a sete mil Rads, sobre pequenas áreas do corpo, por pequeno período de tempo.

No Brasil, os raios X do pulmão para fins diagnósticos de tuberculose pulmonar são chamados de abreugrafia, que se trata de uma incidência sobre uma pequena área do pulmão.




Exposição


A tolerância do organismo humano à exposição aos raios X é de 0,1 röntgen por dia no máximo em toda a superfície corpórea. A radiação de um röntgen produz em 1,938x10 − 3 gramas de ar, a liberação por ionização, de uma carga elétrica de 3,33x10 − 3C.

Efeitos somáticos da radiação

No ser humano a exposição continua aos raios X podem causar vermelhidão da pele, queimaduras por raios x ou em casos mais graves de exposição, mutações do DNA, morte das células e/ou leucemia.

Pesquisa de materiais

Na indústria, os raios X são utilizados no exame de fraturas de peças, condições de fundição, além de outros empregos correlatos. Nos laboratórios de análises físico químicas os Raios X tem largo espectro de utilização.



Natureza electromagnética

Os raios X propagam-se à velocidade da luz, e como qualquer radiação electromagnética estão sujeitos aos fenômenos de refração, difração, reflexão, polarização, interferência e atenuação. Sua penetrância nos materiais é relevante, pois todas as substâncias são transparentes aos Raios X em maior ou menor grau.

Em algumas substâncias como compostos de cálcio e platinocianeto de bário, os raios X geram luminescência. Esta radiação ioniza os gases por onde passa. A exemplo da luz visível, não é desviado pela acção de campos eléctricos ou magnéticos. Desloca-se em linha reta, sensibiliza filmes fotográficos, além de descarregar os objetos carregados electricamente, qualquer que seja a polaridade (sendo uma característica não totalmente confirmada a de descarregar electricamente os objetos).





Interação com a matéria


Quando os raios X atingem a matéria, assim como o tecido do paciente, os fótons têm quatro possível destinos. Os fótons podem ser:

Completamente espalhados sem perda de energia.

Absorvidos com perda total de energia.

Espalhados com alguma absorção e com perda de energia.

Transposotos sem qualquer alteração.

Definições dos termos

Espalhamento - mudança de direção de um fóton com ou sem perda de energia.

Absorção - deposição de energia, ou seja, remoção de energia do feixe.

Atenuação - redução da intensidade do feixe principal causada pela absorção e espalhamento.

Atenuação = Absorção + Espalhamento

Ionização - remoção de um elétron de um átomo neutro produzindo um íon negativo (o elétron + outro átomo neutro) e um íon positivo (o átomo remanescente).

Interações dos raios X em Nível Atômico

Existem quatro principais interações em nível atômico, dependendo da energia do fóton incidente:

Espalhamento não modificado ou coerente - espalhamento puro.

Efeito fotoelétrico - absorção pura.

Efeito compton - espalhamento e absorção.

Produção par - pura absorção.

 Raios X na cultura popular

Alguns super-heróis (o mais famoso é o Super-Homem) e outros super heróis tem a capacidade de enchergar através de objetos utilizando a Visão de raio-x. Isso, obviamente, está fisicamente errado, porque, para funcionar, deveria haver um emissor de Raios X por trás do objecto.

Fonte - Enciclopédia livre



O articulista foi a primeira pessoa em Macau um raiox para verificação de bagagens, mas teve sempre o cuidado de medir as radiações que do aparelho provinham.
Hoje em dia os aparelhos de raios x para além do uso médico é usado igualmente nos aeroportos e todos os locais de controle de pessoas e de bagagens.


                                                (poema de autor desconhecido)


PONTE 1 DA POLÍCIA MARÍTIMA E FISCAL




Durante 25 anos pertenceu o articulista aos quadros da Polícia Marítima e Fiscal, tendo andado embarcado em várias vedetas de fiscalização, sendo utillizado como base a Ponte no. 1 do Porto Interior, até ser criada na Doca de D. Carlos I, dos Serviços de Marinha, a sede da Divisão da PMF.





Esta ponte, conhecida em chinês por VONG KÁ KIO, era igualmente um posto da PMF, que contralava o movimento das vedetas, seu encarregado era um Sub-chefe tendo como ajudantes 3 agentes.
Este Sub-chefe tinha por missão zelar pelas embarcações e permitir ou não a sua atracação, bem como abastecer de água as referidas vedetas.
Para tal havia um gabinete, como se poderá ver na foto acima inserida, e um pequeno dormitório.

Era naquela famosa ponte que era feito o rendimento do pessoal embarcado e também, quando eram apanhados cadáveres no mar, era para ali enviados, onde o após verificados pelo médico dos Serviços de Saúde e por da Políçia Judiciária, seguiam por fim para a morgue.
Defronte da ponte as embarcações de pesca ao sairem do porto para a sua faina, ali pairavam queimando panchões e orando à Deusa A Má para os proteger, era um local cheio de vida e de movimento.



Era defronte da Ponte 1 que todos os anos pelo dia 3 de Setembro, dia da PMF, que as cerimónias se realizavam, tal como se pode ver na foto, tirada no ano de 1986.





Era na Ponte no.1 que começam e terminavam as corridas de S. Silvestre, sempre acompanhadas com muita emoção, em virtude de os participantes, andavam embarcados e desta forma vinham atracar as vedetas à ponte, participando  nas corridas e ali festejarem a passagem de ano.
Na foto pode ver-se o signatário, com um panama enviado na tola, nessa altura usava bigode.


Era aquele local muito movimentado, na parte sul, da ponte, ficava a residência do pessoal dos Serviços de Marinha, que mais tarde passou a ser uma estação de serviços da companhia Tai Meng, e mais recentemente todo aquele local foi remodelado, sendo criado o Museu Marítimo 









Do lado Norte da Ponte no.1 ficava a Ponte cais no. 3, cujas embarcações, Hoi Veng, Hoi Keng e outras faziam as carreiras entre Macau e as ilhas da Taipa e de Coloane, ao lado desta ponte, ficava a messe dos Serviços de Marinha, hoje Escola de Pilotagem




Nas zonas adjacentes havia uma muralha onde os tancares abicavam, sempre em constante movimento.
O antigo era espaçoso, onde o articulista teve o previlégio de ali, junto com alguns colegas, passar-mos momentos felizes, cheios de comida e boa camaradagem.

O articulista com seus amigos num almoço na Messe de Marinha, podendo ver-se o muro que separava este local da  ponte 3.


Velhos e belos tempos como é bom recordar, hoje em dia tudo está diferente, o aparezivel local deu lugar a prédios altos alguns deles aberrações de todo o tamanho,  enfim!...


À dias o articulista  deslocou-se à zona da Barra, onde na esplanada do Museu Marítimo aproveitou para descansar e beber uma bica, local aprezível onde se pondem passar uns momentos bem agradáveis.
Como não podia deixar de ser, a Ponte no. 1 mesmo ali ao lado, muitas recordações trouxe à mente do articulista.




Triste ficou ao ver o antigo posto da PMF, ponte 1, transformado numa casa de banho e onde eram os alojados ser a casa dos quadros eléctricos.
É certo que, a evolução da vida leva a que se destruam valores que fizeram parte de nossas vidas, mas o progresso esse é imparavel, mas, que se alterem as coisas, tudo bem, a ponte 1 essa continua, embora sem navios, na mesma, mas, é pena ter escolhido o local para fazerem dele uma casa de banho.


Enfim é a vida


O Pagode da Barra e a Deusa A Ma esses permanecem protegendo o local.

sábado, novembro 7

A MORTE DE QUINCAS BERRO D'ÁGUA



O articulista é leitor assiduo do Jornal Tribuna de Macau, e hoje, muito surpreso ficou ao ler, na última página deste prestigiado jornal, um artigo publicado por Ferreira Fernandes, no qual abordava o tema Quincas ressuscitou (para pior). Fazia igualmente referência ao grande escritor Jorge Amado, de quem o artigo é sue fã faz muitos anos e é possuidor de 5 livros de sua autoria, porém sobre o Quincas nada sabia e então foi investigar o assunto.


A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água é um romance do escritor brasileiro Jorge Amado, membro da Academia Brasileira de Letras, publicado em 1961.


 Resumo

Considerado uma das mais importantes obras da literatura brasileira, o romance conta história de Joaquim Soares da Cunha, respeitável cidadão casado e com filhos, que leva uma vida pacata de funcionário público.

Um dia porém, o persanagem resolve mudar seu destino, e assim, abandona a família para viver como um vagabundo, entregando-se aos vícios mundanos, especialmente a bebida, quando recebe o apelido de Quincas Berro D'água.



Aí ocorre sua primeira morte, a morte moral decretada pela família, para evitar a humilhação perante a sociedade.


A segunda morte ocorre de fato, descoberta por uma amiga de Quincas, quando foi visita-lo em seu quarto sujo, e comprovada por um médico. Seus familiares resolvem esquecer o passado vergonhoso, e para resgatar a memória respeitável de Joaquim, providenciam um velório e um enterro caro.

Mas quando seus amigos de bebedeiras chegam ao velório e encontram o defunto com um sorriso, o tomam como vivo, arrastando seu corpo para uma noite de farra. A certa hora decidem usar um barco para passear no mar, mas uma súbita tempestade lança uma grande onda sobre eles, fazendo com que Quincas Berro D´água tenha a sua terceira morte.


A partir daí surge a grande controvérsia: Para a família, Joaquim morrera de causas naturais; para os amigos, Quincas tirou a própria vida ao atirar-se nas águas do mar, pois temia ser enterrado num caixão.

Fonte - Enciclopédia livre



Até hoje permanece certa confusão em torno da morte de Quincas Berro Dágua.


Quincas Berro D'água era um velho debochado e Vagabundo das ruas da Bahia. Um dia amanheceu morto num quarto imundo.
Foram testemunhas do que aconteceu apenas Mestre Manuel e Quitéria do Olho Arregalado.
Teria sido assim: a família do morto - sua respeitável filha Vanda e seu formalizado genro, Leonardo, funcionário público de promissora carreira, tia Marocas e seu irmão mais moço, Eduardo- acreditavam que tudo não passava de invenções de bêbados e patifes.

Vanda foi chamada quando o santeiro avisou que Quincas havia morrido sozinho num quarto pobre e sujo. Ela, a filha envergonhada porque o pai, Joaquim Soares da Cunha (verdadeiro nome de Quincas) homem respeitável, funcionário da mesa de Rendas Estadual havia se entregado à vida de bêbado. Quando ela chegou, depois de avisar o marido Leonardo e os parentes, Tia Marocas e Eduardo, viu o cadáver do pai e apenas via o cachaceiro, debochado e jogador, sem família, sem lar, sem flores e sem reza.


A família fica preocupada com o preço do velório: o caixão era caro, uma fortuna, hoje não se pode nem morrer. Compraram uma roupa preta, sapatos pretos, camisa branca, gravata e meias. Vanda estava preocupada de onde sairia o caixão.

Vanda, recostada ao cadáver do pai, vai se lembrando do passado. Dez anos levara Joaquim aquela vida absurda, depois que abandonara a família, sua mulher Otacília. Era citado no jornal como o Rei dos vagabundos da Bahia, o Cachaceiro-mor de Salvador, o filósofo esfarrapado da rampa do mercado, o senador das gafieiras. Regressou à infância, lembrou-se de seu noivado e ficou comovida. .

Quando todos chegam para o velório, Quincas no caixão sorria e passou a chamar as mulheres de Jararacas. Vanda estremeceu na cadeira. Quincas mantinha um sorriso vitorioso nos lábios. Ajeitou-se melhor no caixão.

Mestre Manuel, navegador, se lembra de como Joaquim recebeu o apelido de Berro Dágua: Quem sabia melhor beber do que ele, jamais completamente alterado, tanto mais lúcido e brilhante quanto mais aguardente emborcava? Capaz como ninguém de adivinhar a marca, a procedência das pingas mais diversas, conhecendo-lhes todas as nuanças de cor, de gosto e de perfume.

Quando escureceu, Quincas tornou-se inquieto no caixão. Olhava para a janela e para a porta. Os quatro amigos de farra e vadiagem chegaram: Curió, era ainda moço, alegrias e tristezas afetavam-no profundamente. A morte de Quincas parecia-lhe uma amputação, como se lhe houvesses roubado um braço, uma perna, como se lhe tivessem arrancado um olho.



O segundo a chegar foi o Negro Pastinha, que chamava Quincas de Pai.

Logo depois, Martim . Conhecia Quincas desde que dera baixa do Exército, uns quinze anos antes.Sua altivez de mulato boa pinta e a agilidade de suas mãos no baralho faziam-no respeitado. Sem falar em sua capacidade ao violão.

Por último, chegou Pé-de-Vento. Esse não tinha pouso certo, a não ser às quintas e domingos à tarde, quando invariavelmente brincava na roda de capoeira. Fora isso, sua profissão levava-o a distantes lugares. Caçava ratos e sapos para vendê-los aos laboratórios de exames médicos e experiências científicas, o que o tornava uma figura admirada, opinião das mais acatadas.

Por eles estivera Quincas esperando, sua inquietação no fim da tarde devia-se apenas à demora, ao atraso da chegada dos vagabundos. Quando Vanda começava a acreditar o pai vencido, disposto finalmente a entregar-se, a silenciar os lábios de sujas palavras, de novo resplandecia o sorriso na face morta, mais do que nunca era de Quincas Berro Dágua o cadáver em sua frente.

A família foi para casa descansar. Ficaram só os quatro amigos. Começaram a beber. Os primeiros tragos despertaram nos quatro amigos um acentuado espírito crítico. Aquela família de Quincas, tão metida a sebo, revelara-se mesquinha e avarenta. Fizera tudo pela metade. Não havia cadeiras para os convidados. Não havia comidas e bebidas. Haviam esquecido as flores, onde jáse viu cadáver sem flores? Negro Pastinha diz a Quincas que estava um defunto porreta. Quincas retribui o elogio com um sorriso. Os quatro começam a rezar mas não terminam. Martim e Curió começam a discutir sobre quem ficaria com a Quitéria do Olho Arregalado depois da morte de Quincas. O defunto não gosta da conversa e resmunga .

Então começam a dar cachaça a Quincas. Depois, trocam sua roupa pelas velhas que ele usava, que estavam jogadas a um canto. As roupas novas do defunto são divididas pelos quatro amigos. Saem pra rua levando o defunto Quincas.

Aquela ia ser uma noite memorável. Tinha corrido a notícia de que Berro Dágua tinha batido as botas, tava tudo de luto.

Quando chegaram, Quitéria veio receber Quincas.

Os quatro brigam com um grupo de maconheiros e a turma de Quincas vence a peleja.

Mestre Manuel já os esperava em seu barco. Quincas e Quitéria iam juntos, respirando o ar marinho. Maria Clara, mulher de Mestre Manuel estaca junto do marido. De repente, cinco raios sucederam-se no céu, a trovoada reboou num barulho de fim do mundo, uma onda sem tamanho levantou o navio. As pessoas gritaram.

Penetrava o saveiro nas águas calmas do quebra-mar, mas Quincas ficara na tempestade, envolto num lençol de ondas e espuma, por sua própria vontade.

No dia seguinte não houve enterro. Não devolveram o defunto à família. A funerária não quis receber o caixão de volta. Vanda aproveitou as velas que sobraram.


JORGE AMADO

Sérgio Machado filma 'Quincas Berro d'Água' na Bahia


AE - Agencia Estado



SÃO PAULO - Desde que terminou sua participação na minissérie Alice, da HBO, que codirigiu com Karin Aïnouz, Sérgio Machado se instalou em Salvador, de volta às origens - é baiano -, para preparar as filmagens de Quincas Berro d?Água, adaptação do romance de Jorge Amado. Foi mais de um ano de preparativos - exatamente, um ano e dois meses. Na sexta passada, as filmagens finalmente começaram. Na primeira cena filmada, Marieta Severo, como Manuela, a prostituta ?espanhola? do Pelourinho, sobe na torre e ameaça se jogar, ao saber da morte de Quincas. Sérgio Machado admite que nunca se preparou tanto para um filme. Mas ele também reconhece que nunca fez nada tão grande. "Quincas é o dobro de Cidade Baixa", ele resume, referindo-se ao longa precedente.

Quincas, que será distribuído pela Buena Vista, é a primeira parceria da Videofilmes com a Globo Filmes. Não apenas seu orçamento é mais elevado que o de Cidade Baixa - o dobro, R$ 6,5 milhões -, como o novo filme multiplica por dez os personagens de Wagner Moura, Lázaro Ramos e Alice Braga no anterior e o número ainda não dá conta da quantidade de figuras importantes da trama. Quincas é Paulo José, Manuela é Marieta e também estão presentes Mariana Ximenes, Vladimir Brichta, Milton Gonçalves e muitos outros. "Fiz dezenas de testes para selecionar o elenco", resume o diretor, que entrevistou astros, estrelas e também gente desconhecida, mas talentosa. Como sempre, Machado fez um trabalho de preparação do elenco - com Fátima Toledo.

"São atores de várias procedências e eu tenho aqui muitas cenas de ação, de lutas. Fátima me garante uma unidade antecipada de interpretação, e isso é fundamental para mim." Adaptar Quincas Berro d? Água era um sonho antigo do diretor. Sua admiração por Jorge Amado beira a devoção. "Ele foi um verdadeiro pai para mim. Quando lhe mostrei meu primeiro curta, Jorge botou fé no meu trabalho. Foi quem me apresentou Walter Salles. Jorge foi uma figura tão referencial em minha vida que dei o nome dele ao meu filho."

Não faz muito tempo, Sérgio Machado foi convidado a escrever um texto sobre Jorge Amado - e Quincas - numa revista especializada de literatura. Houve uma enquete para determinar a obra-prima do escritor e Quincas saiu vitorioso. É o maior romance do escritor, embora outros possam ser mais populares - os casos de seus perfis de mulheres, Gabriela Cravo e Canela, e Tieta do Agreste. "Tenho a impressão de que tudo o que fiz antes me trouxe a Quincas", diz Machado. Por ?tudo?, ele quer dizer o documentário Onde o Mundo Acaba, sobre Mário Peixoto, o lendário autor de Limite, e a ficção Cidade Baixa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Não sabe o articulista se algum dia terá o previlégio de poder ver este interessante filme, entretanto encomendou já esta maravilhosa novela, escrita pelo seu escritor preferido que é JORGE AMADO, que embora Deus o tenha levado para sua morada, seus livros e sua escrita permacem no coração de todos aqueles que sempre o admiraram.



ANIVERSÁRIO DA NÉTINHA LURDES ROSALINA



Embora não seja hoje o dia do aniversário de minha nétinha Lurdes Rosalina, comemorou-se, hoje, no Macdonald da Rua do Campo, como já vem sendo tradicional, o seu aniversário, ela competará seis anitos no próximo dia 12.

Uma vez mais os familiares e amigos estiveram presentes, nesta data tão querida, nest foto, os avós paternos, os pais, tios e primo.





Embora tenha feito dois videos, o sistema do blogspot os não suporta e como tal, e com muita pena minha os não consegui inserir, mas ainda conseguir dar a volta, através do youtube.
DESEJO A MINHA QUERIDA NÉTINA UM FELIZ ANIVERSÁRIO.

Feliz Aniversário




BAZAR DE ANIVERSÁRIO DA CARITAS DE MACAU






Desde o dia de ontem, 6 de Novembro de 2009, que está decorrendo o Bazar de Caridade organizado plea Caritas de Macau, que este ano festeja o seu 40o. Aniversário, o mesmo desenrola-se junto ao Lago Nam Van, defronte da moradia do articulista.

Inicialmente o bazar ficaria assim composto por estas modernas tendas, super coloridas, mas, na noite seguinte a terem sido colocadas, veio uma forte rabanada de vento que as desfez, causando um prejuízo avaliado em 100 mil patacas.
Porém, a organização ainda foi a rempo de repor as coisas e dar inicio ao bazar na tarde de ontem.


Muitas são as escolas, departamentos do governo e associações de caridade que se associaram a este evento, e tem estado bem concorrido.


O articulista não podia deixar de estar presente e lá foi dar uma miradela e tentar a sorte na barraquinha do Lion, tenho ganho um leãozinho!...


Muitas pessoas que se encontram nos asilos ali estiveram presentes, acompanhados por madres, as viaturas da Cruz Vermelha deram uma óptima ajuda no transporte dessas pessoas, muitos em cadeiras de rodas, também não perderam a oportunidade de ir ver o bazar.

Este senhor nesta cadeira de rodas, electricas, andava bem e rápido, achei até rápido demais e me veio a lembrança o meu afilhado, que possue uma de alta gama e que deverá antigir boa velocidade.

                       Do Bazar pode ver-se perfeitamente a moradia do signatário.



 E da moradia do signatário também se pode ver perfeitamente o Bazar, tal como as imagens o revelam.




Esta noite irão actuar dois conjuntos musicais e então o local se tornará pequeno para tanta gente, e também para os meus ouvidos!...


OS LEÕES DO BAZAR