10/04/2006 - Tailândia - o país dos sorrisos
Para fugir do inverno britânico que parecia não acabar mais, fui de férias para a Tailândia, no sudeste asiático.
O país é um paraíso para o turista. Tem belíssimas praias e ilhas na costa sul, parques nacionais e cachoeiras no norte, uma culinária saborosa, um povo amigável, é seguro e, como se isso tudo não fosse suficiente, é barato, principalmente para padrões europeus.
Apesar do idioma tailandês ser incompreensível e usar um alfabeto diferente, quase tudo é escrito também em inglês. Placas de trânsito, cardápios de restaurante, avisos, enfim, qualquer coisa relacionado ao turismo tem sua versão em inglês para o turista ocidental. A maioria dos tailandeses que trabalham com turismo falam um inglês básico. Não há dificuldade de comunicação. Qualquer problema, basta sorrir, como fazem os tailandeses a todo momento.
A Tailândia é chamada carinhosamente de país dos sorrisos por seu povo simpático e pacífico. A grande maioria da população é budista e cultiva valores de não violência. Em 3 semanas de viagem não vi violência alguma e nem sequer uma discussão ou uma briga de trânsito, que por sinal é caótico.
O resultado dessas condições tão favoráveis ao visitante estrangeiro é uma massa de 12 milhões de turistas por ano, 95% dos total de visitantes do sudeste asiático. Desde mochileiros procurando um bangalô baratinho na beira da praia até turistas de pacote procurando resorts luxuosos em praias mais desenvolvidas, a Tailândia oferece uma opção para todos os gostos.
Claro que isso tudo tem um preço. A super exploração do turismo deixa a desejar em cuidados ambientais. Em ilhas paradisíacas como Ko Phi Phi e Ko Tao pipocam construções desordenadas em todo lado sem planejamento ou controle. Em alguns lugares o esgoto corre a céu aberto.
Um pouco mais de controle e regulamentação ambiental faria a Tailândia um país ainda melhor para o turismo.
É interessante ver como a Tailândia preparou-se bem para receber o turista. Os preços são bons, não há violência, tudo é escrito em inglês, enfim, tudo é muito "tourist friendly".
Conversei com vários viajantes, principalmente mochileiros fazendo o trajeto do sudeste asiático que inclui Indonésia, Malásia, Laos, Vietnã e Cambodja. Invariavelmente me diziam que a Tailândia era o melhor lugar já visitado por eles nesta região do mundo. Outros países tinha belezas naturais semelhantes, porém não eram tranquilos como a Tailândia.
Uma curiosidade interessante, Tai signfica liberdade em tailandês. Tailândia signfica portanto a terra da liberdade. O nome é justo visto que o país nunca foi colônia de outro país, o que ocorrou com a maioria de seus vizinhos.
De volta em Jersey por apenas uma semana, já sinto saudades da terra da liberdade e dos sorrisos com suas ilhas, povo e culinária marcantes!
Um pouco mais de controle e regulamentação ambiental faria a Tailândia um país ainda melhor para o turismo.
É interessante ver como a Tailândia preparou-se bem para receber o turista. Os preços são bons, não há violência, tudo é escrito em inglês, enfim, tudo é muito "tourist friendly".
Conversei com vários viajantes, principalmente mochileiros fazendo o trajeto do sudeste asiático que inclui Indonésia, Malásia, Laos, Vietnã e Cambodja. Invariavelmente me diziam que a Tailândia era o melhor lugar já visitado por eles nesta região do mundo. Outros países tinha belezas naturais semelhantes, porém não eram tranquilos como a Tailândia.
Uma curiosidade interessante, Tai signfica liberdade em tailandês. Tailândia signfica portanto a terra da liberdade. O nome é justo visto que o país nunca foi colônia de outro país, o que ocorrou com a maioria de seus vizinhos.
De volta em Jersey por apenas uma semana, já sinto saudades da terra da liberdade e dos sorrisos com suas ilhas, povo e culinária marcantes!
Fonte ' Baguete
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Por vezes a verdadeira realidade não fácil de ser vista ou compreendida, só para quem está dentro dos assuntos ou vive no seu meio, se vai apercebendo no seu dia a dia os problemas reais de um país.
Esta a opinião do articulista.
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Porque é que isto não é a terra dos sorrisos?
Por Phochana Phichitsiri
The Nation
Publicado em 24 de setembro de 2009
Num programa de viagens ao estrangeiro passado recentemente na televisão, o apresentador, descreveu a Tailândia, em sua introdução, como uma terra de contrastes - ao invés de "Land of Smiles", (País dos Sorrisos) a que estamos mais familiarizados.
Ele falou sobre o contraste entre a pobreza e riqueza, ricos e pobres, o caos do tráfego e serenidade do Budismo - além da contrapartida do materialismo e do espiritismo.
Ele falou sobre o contraste entre a pobreza e riqueza, ricos e pobres, o caos do tráfego e serenidade do Budismo - além da contrapartida do materialismo e do espiritismo.
Na Tailândia existe uma enorme disparidade na distribuição da riqueza existindo milhões de pobres, como tal, é algo que o povo tailândes não se deve orgulhar, visto que esta grande lacuna é a raíz dos conflitos causados pelas divisões internas, entre os pobres das zonas rurais e os ricos das zonas urbanas.
Quando é que os estrangeiros tiveram a percepção do estado em que se encontra a Tailândia?
e tudo aquilo que mudou ao longos dos últimos anos?
O que os governos anteriores fizeram de errado que transformou a terra dos sorrisos para a terra de contrastes nos dias de hoje?
O que levou as pessoas a perderem as suas qualidades interiores, de ser razoáveis, hospitaleiras e pacíficas?
Fazendo uma retroespectiva dos últimos 50 anos, desde que os governos implantaram o Plano Económico de Desenvolvimento Social no ano de 1961, para promover o crescimento económico e manter a estabilidade política no país, nos primeiro cinco anos de actividade nada ou quase nada de produtivo resultou.
O governo continua executando esse plano, porém o povo está testemunhando cada vez mais disparidades, embora o padrão de vida para muitos pode ter ressuscitado, para outros, infelizmente, perderam muitas das suas qualidades morais.
Perderam'se os sorrisos nos rostos dos tailândeses, tornando numa nação sedenta de sangue, como se comprova pelo recente conflito sobre o Templo Preah Vihear.
Isso nos leva a outra questão candente hoje - temos escolhido o caminho errado? Devemos tomar a estrada menos percorrida e optar pela busca da felicidade espiritual, ao invés de continuar a viagem para promover o crescimento econômico como outras nações em todo o mundo faz? É hora de mudar a medição do sucesso do Produto Interno Bruto (PIB), a Felicidade Interna Bruta (FIB)?
Felicidade Nacional Bruta "tornou-se um chavão no mundo inteiro, graças ao colapso do capitalismo no Ocidente. Muitos ocidentais têm tentado escapar da armadilha que eles construíram, na verdade gurus espirituais com sua visão perspicaz previu o fim do capitalismo, muito antes de hoje.
O falecido Ajahn Buddhadasa do Wat (Mosteiro) Suan Mokkh, alertou há mais de 30 anos contra o desenvolvimento materialista, que é a semente do capitalismo, como ele previu que tomar essa direcção levaria a uma catástrofe mundial - o aquecimento global. O termo não foi uma palavra de ordem quando pregava contra o materialismo.
Sua Majestade o Rei Bhumibol Adulyadej veio com sua filosofia Economia Suficiência há várias décadas. Em 1974, o Rei fez seu discurso memorável sobre a filosofia suficiência que tocou o coração das pessoas "profundamente porque resistiu a uma série de crises econômicas nas últimas décadas.
Desde o Plano de Nono, (AD 2002 - 2006) o nesdb abraçou perspectivas do Rei suficiência, deslocando o foco do aumento da riqueza para preencher o fosso entre os ricos e os pobres. Importância é dada para a sustentabilidade. E o desenvolvimento não deve vir à custa do ambiente natural.
O governo Abhisit foi acusado pelo ex-primeiro Thaksin Shinawatra de copiar os médotos da sua administração, pois continua a dar esmolas populistas. O governo não tem sido capaz de desenvolver uma agenda política diferente para realmente grangear os corações do povo tailandês.
O que tem vindo a fazer é ressuscitar algumas medidas populistas - como a emissão de uma política para ajudar 100.000 pessoas com baixos rendimentos refinanciar uma estimativa 6 bilhões de Baths de dívidas para agiotas através de instituições financeiras estatais, dando 500 baths de subsídio mensal a idosos , além de uniformes escolares para todos os alunos.
Refinanciamento da dívida é uma boa medida, uma vez que pretende abordar a desigualdade, dando aos pobres o acesso aos fundos que lhes falta. Mas será que eles, efectivamente, conseguem resolver os problemas de raiz, especialmente se os devedores buscam fundos para comprar itens apenas para manter o contacto com a família Jones, ou para jogar?
Por que as pessoas se endividam é a primeira questão, o governo deve enfrentalas. Pode distribuir uniformes escolares resolver o problema da desigualdade na educação?
O ensino escolar na Tailândia é de 12 anos e é gratuito, é bem verdade, porém os filhos dos ricos têm acesso a escolas e colégios onde o ensino tem maior qualidade, mas cujas propinas não são acessíveis a todos visto cobrarem centenas de milhares de baths, esta mais uma das desigualdades patentes.
O governo certamente pode escapar ao constrangimento causado pelos comentários desdenhosos e dentro das suas disponibilidades vai aliviando as coisas, proporcionando a todos uma vida mais fácil.
Nem tudo é como se descreve nos dois artigos acima expostos, mas contêm muito de verdade.
Para quem, como o articulista, que conhece a Tailândia desde longa dada, e tem acompanhado as enormes mudanças, tem uma visão diferente da opinião dos dois articulistas, visto que o desenvolvimento economico tem sido a alma e a força do povo para o seu bem estar.
Bem sabe o articulista que esxiste igualmente muita miséria, muita desigualdade, mas isso acontece em todos os países do mundo até naqueles mais desenvolvidos.
A luta pelo poder não só se verifica na Tailândia, por vezes são praticados excessos que vêm aumentar as dificuldades do país e dar-lhe uma imagem negativa, mas isso são casos pontuais.
O povo tailandês continua firme na sua labuta diária, firme na sua fé e sempre com um sorriso nos lábios.
Apesar de todas as adversidades o povo tailândes vive feliz e bem à sua maneira, feliz consigo próprio e com uma enorme fé em Buda.