o mar do poeta

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domingo, janeiro 30

BANANA FRUTO

 

Na Tailândia existem mais de 40 variedades de bananas. 

 


Folheto da Feira de Agricultura

O articulista, hoje, passou o dia visitando a Feira Agricola na Universidade Kaset, onde uma vez mais pode ver uma variedade imensa de bananas.






 

 










Fotos tiradas pelo articulista

Banana

Banana é uma pseudobaga da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule da família Musaceae (género Musa - além do género Ensete, que produz as chamadas "falsas bananas"). Banana é o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, após arroz, trigo e milho. São cultivadas em 130 países. Originárias do sudeste da Ásia, são actualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta. Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades de cultivo, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que são consumidas cozinhadas (assadas, cozidas ou fritas), constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais. A maioria das bananas para exportação é do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15% da produção mundial seja para exportação, sendo os Estados Unidos da América e a União Europeia as principais potências importadoras.
As bananas formam-se em cachos na parte superior dos "pseudocaules" que nascem de um verdadeiro caule subterrâneo (rizoma ou cormo) cuja longevidade chega a 15 anos ou mais. Depois da maturação e colheita do cacho de bananas, o pseudocaule morre (ou é cortado), dando origem, posteriormente, a um novo pseudocaule.

As pseudobagas formam-se em conjuntos (clusters) com até cerca de vinte bananas (cada conjunto é uma "penca"). Os cachos de bananas, pendentes na extremidade do falso caule da bananeira, podem ter 5 a 20 pencas e podem pesar de 30 a 50 kg.

Cada banana pesa, em média, 125g, com uma composição de 75% de água e 25% de matéria seca. Bananas são fonte apreciável de vitamina A, vitamina C, fibras e potássio.

Ainda que as espécies selvagens apresentem numerosas sementes, grandes e duras, quase todas as variedades de banana utilizadas na alimentação humana não têm sementes, como frutos partenocárpicos que são, exceção feita à especie Musa balbisiana, comercializada no mercado indonésio, excepcionalmente com sementes.

Devido ao elevado teor de potássio em sua composição, as bananas são levemente radioativas[1][2], mais do que a maioria dos outros frutos. Isso se deve à presença do isótopo radioativo potássio-40 (40K), regularmente distribuído no potássio ocorrente na natureza, apesar de que o isótopo comum, potássio-39 (39K), seja não-radioativo. Por esta razão, os ambientalistas em energia nuclear, por vezes, costumam referir-se à "dose equivalente em banana" de radiação para apoiar seus argumentos durante debates em congressos e encontros sobre a matéria. Embora a radioatividade da banana seja muito leve, todavia, grandes carregamentos da fruta em navios podem ser suficientes para disparar detetores ou sensores de radiação em determinadas circunstâncias.
Características

Generalidades


Cacho de bananas verdes ainda na bananeira, a exibir o umbigo da banana.

É de cor verde, quando imatura, chegando a amarela ou vermelha, quando madura. Seu formato é alongado, podendo, contudo, variar muito na sua forma a depender das variedades de cultivo. Essa variação também acontece com a polpa, que pode ser mole ou dura, ou ainda com incrustações meio duras, bem como de sabor mais doce ou mais acre. Assim como o abacaxi, a banana também é fruto partenocárpico, pois pode formar-se sem fecundação prévia. É por isso que não possui sementes. Depois de cortada, a banana escurece-se muito rapidamente, devido à oxidação (pela presença da vitamina C) em contato com o ar.

A espécie Musa balbisiana, comercializada no mercado indonésio contém, excepcionalmente, sementes, e é considerada uma das espécies ancestrais das actuais variedades híbridas das bananas geralmente consumidas.

Umbigo da banana

Do cacho da banana ainda imaturo (ou verde, como se usa dizer), da sua parte inferior sai um como que pendão, um extremo proeminente que se destaca das pencas e exibe uma coloração e uma consistência diferenciadas: é o chamado umbigo [do cacho] da banana, ou apenas umbigo da banana, que, cozido e preparado com outros ingredientes, é comestível de requintado sabor e alto valor nutricional. "Do cacho da banana sai um pendão.

No final deste, há um cone roxo. Seu miolo é comestível e é conhecido pelos pobres como umbigo de banana. Já os ricos, gente chique, costumam chamá-lo de coração de bananeira [ou coração de banana]".

Várias receitas culinárias usam o umbigo da banana: cozido com bacalhau, ou carne moída, ou linguiça de porco defumada; temperado e refogado simples; entre outras.

A tradição popular reporta ainda outros usos para o umbigo da banana. Alguns preparados caseiros com fins medicinais, como xaropes, são considerados eficazes.

Para ser utilizado como comestível (ou em preparações medicinais caseiras), o umbigo da banana precisa ser cortado, na posição certa (não muito próximo das pencas, apenas o bastante para se retirar o cone arroxeado do cacho ainda imaturo ou verde, o que favorece, pelo fluxo forçado da seiva, o amadurecimento do próprio cacho. Do cacho já maduro, não mais se aproveita o umbigo da banana, que terá escurecido e perdido o viço e uso culinário ou medicinal, aproveitando-se apenas como adubo.

Casca da banana

Apesar de parecer não utilizável, a casca da banana contém vários nutrientes, açúcares naturais como a glicose e sacarose e minerais. Com isso, pode ser aproveitada no consumo alimentício, proporcionando baixo custo sem deixar para trás o bom paladar. São diversos os exemplos pelos quais se pode aproveitá-la, como o brigadeiro de casca de banana, o bolo de casca de banana, a farinha, o bife empanado de casca de banana e vários outros.

Valor nutricional

Valor nutritivo de 100 gramas de banana prata (valores apenas referenciais):

História

O cultivo de bananas pelo Homem teve início no sudeste da Ásia. Existem ainda muitas espécies de banana selvagem na Nova Guiné, na Malásia, Indonésia e Filipinas. Indícios arqueológicos e paleoambientais recentemente revelados em Kuk Swamp na província das Terras Altas Ocidentais da Nova Guiné sugerem que esta actividade remonta pelo menos até 5000 a.C., ou mesmo até 8000 a.C.. Tais dados tornam esse local o berço do cultivo de bananas. É provável, contudo, que outras espécies de banana selvagem tenham sido objecto de cultivo posteriormente, noutros locais do sudeste asiático.

A banana é mencionada em documentos escritos, pela primeira vez na história, em textos budistas de cerca de 600 a.C.. Sabe-se que Alexandre, o Grande comeu bananas nos vales da Índia em 327 a.C.. Só se encontram, porém, plantações organizadas de banana a partir do século III d.C. na China.

Em 650, os conquistadores Islâmicos levaram-na para a Palestina. Foram, provavelmente, os mercadores árabes que a divulgaram por grande parte de África, provavelmente até à Gâmbia. A palavra banana teve origem na África Ocidental e, adoptada pelos portugueses e espanhóis, veio a ser usada, por exemplo, na língua inglesa.

Nos séculos XV e XVI, colonizadores portugueses começaram a plantação sistemática de bananais nas ilhas atlânticas, no Brasil e na costa ocidental africana. Mas elas permaneceram desconhecidas, por muito tempo, da maior parte da população européia. Por isso, Júlio Verne, na obra "A volta ao mundo em oitenta dias" (1872), descreve-a detalhadamente, pois sabe que grande parte dos seus leitores a desconhece.

Algumas fontes referem que já existiam espécies nativas de bananeira na América pré-colombiana, que se designaria como pacoba, mas, em termos gerais, não é dado crédito a tal informação.

Variedades e usos

Como alimento

Há quatro tipos principais de variedades de banana: a banana-prata; a banana-maçã (pequena e arredondada), a banana-caturra (também conhecida como banana-d'água ou Cavendish) e a banana-da-terra.

Entre as bananas de mesa, contam-se as variedades maçã, ouro, prata e nanica (anã, baé, caturra, ou Dwarf Cavendish). Esta última deve o seu nome ao porte da bananeira sendo, na verdade, uma banana de grande dimensão. Outras variedades incluem a banana das Canárias, a banana da Madeira, a Gros Michael, a Latacan, a Nanican e a Grande Anã. A variedade Cambuta, como é designada em Cabo Verde, é resistente em climas mais frios, sendo a mais utilizada em zonas subtropicais e temperadas/quentes. A variedade Valery, introduzida pelos portugueses em São Tomé, em 1965 e depois em Angola, foi responsável por um surto na produção de bananas nesse país até 1974.

A banana, enquanto verde, é constituída essencialmente por água e amido, e, por isso, seu sabor é adstringente. Contudo, por essa mesma razão, pode ser utilizada como fonte de hidratos de carbono em vários pratos. Pode ser produzida farinha a partir de bananas verdes.

À medida que vão amadurecendo, o amido transforma-se em açúcares mais simples, como a glicose e a sacarose, que lhe dão o sabor doce.

Além de consumida fresca, a banana é utilizada para diversos fins. Em sobremesas de colher, citam-se o Banana split, ou mesmo as bananadas, feitas com banana-anã ou com banana-prata. Banana é também ingrediente indispensável na conhecida salada de frutas (ainda que oxide facilmente), podendo, também, ser utilizada na confecção de sangria. Mas a banana-pão é muito utilizada para outros fins culinários, como na confecção de banana chips — espécie de aperitivo feito com rodelas de banana desidratada ou frita, ou como acompanhamento de diversos pratos tradicionais. As bananas anã e prata são frequentemente servidas cruas, misturadas com arroz e feijão ou com outros acompanhamentos. Em alguns locais do Brasil, como em Antonina e cercanias, serve-se banana-terra cozida acompanhando o prato típico da região — o barreado — bem como na forma de "bala de banana".

No Rio de Janeiro e em Pernambuco, o cozido é composto por carnes, tubérculos e legumes, além de banana-da-terra e banana-nanica. No sul de Minas Gerais é famoso o virado de banana-nanica, que conta também com farinha de milho e queijo mineiro. No litoral norte de São Paulo, o prato principal da culinária caiçara chama-se "azul-marinho" e é constituído por postas de peixe cozidas com banana-nanica verde sem casca, acompanhadas de um pirão feito com o caldo do peixe, banana cozida amassada e farinha de mandioca. Esta comunidades também produzem, tradicionalmente, aguardente de banana.

Banana é também matéria-prima para a fabricação de outras bebidas, como a cerveja de banana. Esta bebida alcóolica é importante para a renda de países como a República Democrática do Congo.


Banana chips.

A banana-da-terra e a banana-figo são utilizadas fritas, tal como a banana-anã, que deve, contudo, ser preparada à milanesa — isto é, passada por ovo batido e, depois, por farinha de trigo e farinha de rosca antes de ser frita, caso contrário, desmancha-se durante a fritura. A banana-anã é ainda utilizada para assar.
A banana-maçã é indicada para problemas intestinais, ao aumentar facilmente o volume da massa fecal, ainda que possa causar aparente obstipação.

A produção de sumo a partir de banana é dificultada pelo facto de se produzir apenas polpa quando o fruto é esmagado. Assim, não é possível obter "verdadeiro" sumo de banana, ainda que a sua polpa possa ser misturada ao sumo de outros frutos. Existem, contudo, sumos fermentados feitos a partir da polpa. Esta pode ainda ser utilizada na confecção de diversas compotas (especialmente com banana-figo e banana-anã).

Existem relatos de que seria usada, esmagada com mel, como remédio contra a icterícia em determinadas regiões asiáticas (onde o rizoma da bananeira é utilizado para o mesmo fim).Apesar de parecer não utilizável, a casca da banana contém vários nutrientes, açúcares naturais como a glicose e sacarose e minerais. Com isso, pode ser aproveitada no consumo alimentício, proporcionando baixo custo sem deixar para trás o bom paladar.

É ainda muito utilizada na alimentação de animais. É proverbial seu uso na alimentação dos macacos. Salienta-se, porém, que a banana jamais deve ser utilizada como única fonte de alimentação de macacos, pois contém pouco cálcio e muito fósforo, causando desequilíbrio alimentar bastante comum, que prejudica a formação e a manutenção da estrutura óssea dos animais.

Fonte de fibras

A bananeira tem sido uma fonte de fibra para tecidos de alta qualidade. No Japão, o cultivo de banana para vestuário e uso doméstico remonta pelo menos ao século 13. No sistema japonês, folhas e brotos são cortados a partir da planta periodicamente para garantir a suavidade. Brotos colhidos são cozidos em primeiro em soda cáustica para preparar fibras para fazer fios têxteis.

Esses brotos de banana produzem fibras de diferentes graus de maciez, produzindo fios e tecidos com diferentes qualidades para usos específicos. Por exemplo, as fibras ultraperiféricas da brotos são mais rudes, sendo adequados para toalhas de mesa, enquanto as fibras mais suaves da parte interna são desejáveis para quimonos e hakamas. Este tradicional processo japonês de fazer roupas requer muitos passos, todos feitos à mão.

No sistema nepalês, ao contrário, o tronco é colhido e pequenos pedaços são submetidos a um processo de amaciamento, extração de fibras mecânicas, branqueamento e secagem. A seguir, enviam-se as fibras para o Vale de Katmandu, para uso em tapetes de seda com textura semelhante. Esses tapetes de fibra de bananeira são tecidos a mão pelos tradicionais métodos mepaleses e suas vendas são certificadas.

Transporte e comercialização


Transporte de bananas

Apesar de o consumo das bananas ser prático e simples, o seu transporte, contudo, é delicado e requer cuidados especiais — amadurece rapidamente quando retirada de seu cacho e amassa com facilidade por ter uma casca não muito resistente. Além disso, como é uma fruta muito aromática, transfere o seu odor para objetos que com ela entrem em contato. A maior parte da produção para o mercado interno é constituída por bananas verdes para cozinhar ou bananas-pão - as variedades utilizadas como fruta são facilmente danificadas durante o seu transporte, mesmo quando transportadas apenas no seu país de origem.

As variedades comerciais de sobremesa mais consumidas nas regiões temperadas (espécies Musa acuminata ou o gênero híbrido Musa X paradisiaca) são importadas em larga escala dos trópicos. São muito populares também devido ao facto de constituírem uma fruta não sazonal, que pode ser consumida fresca durante todo o ano.

No comércio global, a variedade de cultivo de maior importância económica é, de longe, a chamada banana banana-cavendish (banana-caturra, em cultura lusófona), que superou em popularidade, na década de 1950 a variedade Gros Michel, depois de esta ter sido dizimada pelo mal-do-panamá, um fungo que atacava as raízes das bananeiras.


Despencamento de bananas sendo praticado por mulheres, no Belize (América Central).

Tal como acontece com outros tipos de fruta, é comum que o mercado internacional seja monopolizado por pouco mais de uma variedade. Isso não se deve, contudo, ao sabor, mas às facilidades de transporte e de duração em armazenamento: de facto, as variedades mais comercializadas raramente são mais saborosas que outras menos cultivadas por razões económicas.

As infrutescências (cachos) são colhidas quando estão plenamente desenvolvidas, se se destinarem ao mercado interno. Se forem para exportação, são colhidas ainda verdes e com cerca de 3/4 do tamanho que poderiam atingir, amadurecendo em armazéns destinados para esse efeito no país onde serão consumidas.

O momento da colheita exige grandes cuidados de modo a não machucar as bananas que perdem atractividade e qualidade se apresentarem manchas provocadas pelos choques. Os cachos são, então, despencados, ou seja, separados nas pencas que os constituem, rejeitando-se as pencas das extremidades (cerca de 25% da produção), por serem mais sujeitas aos choques durante o seu transporte, bem como pela sua forma e tamanho pouco adequado para a comercialização e para um eficaz acondicionamento.

Esses excedentes podem ser utilizados pela indústria transformadora de alimentos, na produção de "purés", polpas para a confecção de sumos (fermentados ou não) ou na alimentação de animais.

Em muitos casos, os excedentes são, simplesmente, deitados fora. As pencas são postas, então, em repouso para que exsudem a seiva em excesso, sendo depois lavadas e mergulhadas numa solução fungicida que evitará o apodrecimento a partir dos cortes.

As pencas podem ainda ser cortadas em grupos (clusters) mais pequenos, de modo a aumentar a quantidade de fruta embalada por unidade de volume, geralmente em caixas de cartão que podem ser envolvidas por sacos de polietileno e que são embarcadas, salvo raras excepções, nos chamados "barcos fruteiros". Para retardar o amadurecimento, é necessário renovar o ar no local de transporte, para retirar o etileno, hormona produzida pelas bananas e que acelera a sua maturação.


Para induzir o amadurecimento das bananas, o ambiente do armazém pode ser preenchido com etileno. Contudo, se o fruto for comercializado verde, permitindo a maturação mais lenta, o sabor tornar-se-á mais agradável, e a polpa, mais firme, ainda que a casca possa ficar manchada de amarelo escura ou castanho.

O sabor e a textura são, assim, afectados pela temperatura em que amadurecem. No transporte, elas são expostas a uma temperatura de cerca de 12 °C e a uma humidade relativa próxima da saturação. Em temperaturas mais baixas, contudo, a maturação é definitivamente inibida e as frutas tornam-se cinzentas.

Safras e épocas

O plantio da banana é feita por mudas, a colheita ocorre do 10º ao 18º mês, dependendo do clima, variedade, fertilidade do solo, estado de sanidade da planta e tratos culturais.

Produção e comércio

10 maiores produtores - 2005
(milhões de toneladas)
 Índia16.8
Brasil6.7
 China6.4
Equador5.9
Filipinas5.8
Indonésia4.5
Costa Rica2.2
 México2.0
 Tailândia2.0
 Colômbia1.6
Burundi1.6
Total Mundial72.5
Fonte:
FAO
As bananas constituem o alimento básico de milhões de pessoas em vários países em via de desenvolvimento. Em determinados países tropicais a banana verde (não madura) é largamente utilizada da mesma forma que as batatas em outros países, podendo ser fritas, cozidas, assadas, guisadas, etc. De facto, as bananas, assim utilizadas são semelhantes à batata, não apenas no sabor e na textura, como a nível de composição nutricional e calórica.

Em 2005, a Índia liderou a produção mundial de bananas, representando cerca de 23% da produtividade mundial - sendo que a maioria se destina ao consumo interno. Os quatro países que mais exportam, contudo, são o Equador, a Costa Rica, as Filipinas, e a Colômbia, que somam cerca de dois terços das exportações mundiais, exportando cada um mais de um milhão de toneladas. De acordo com as estatísticas da FAO, só o Equador é responsável por mais de 30% das exportações globais.

A maioria dos produtores, por todo o mundo praticam, contudo, uma agricultura de baixa escala e de subsistência - consumo próprio e venda e mercados locais. Já que as bananas são uma fruta não sazonal, estão disponíveis durante todo o ano, pelo que podem ser utilizadas durante as estações mais susceptíveis de escassez alimentar - alturas em que o produto de uma colheita já foi consumido enquanto que o produto da seguinte ainda não está disponível. É por esta razão que o cultivo de banana tem uma importância fulcral em qualquer sistema sustentado de luta contra a fome.

Nos últimos anos, a competição a nível de preços por parte dos supermercados tem diminuído ainda mais as já baixas margens de lucro da maioria dos produtores de banana. As principais empresas do ramo, como Chiquita, Del Monte, Dole e Fyffes têm as suas próprias plantações no Equador, na Colômbia, na Costa Rica e Honduras. Tais plantações exigem grande e intensivo investimento de capital e de know how — tornando os proprietários das grandes e lucrativas plantações extremamente influentes em nível económico e político nos seus países, em detrimento dos pequenos produtores. Isso justifica o facto de elas estarem disponíveis como artigo de "comércio justo" em alguns países.


Bananas à venda num mercado, na Ilha de Reunião.

O comércio global de bananas tem uma longa história que começou com a fundação da United Fruit Company (hoje, Chiquita), no final do século XIX. Durante a maior parte do século XX, as bananas e o café dominaram por completo a economia de exportação da América Central. Na década de 1930, constituíam mais de 75% das exportações da região, nos anos 60 ainda as preenchiam em 67%.

O termo "República das Bananas" tornou-se vulgar, então, para designar a generalidade dos países da América Central, ainda que, sob o aspecto estritamente económico (sem conotação necessariamente depreciativa) apenas Costa Rica, Honduras, e Panamá assim possam ser designados, já que a sua economia é, de longe, dominada pelo comércio da banana.

Muitos países da União Europeia importam, tradicionalmente, muitas das bananas que consomem, das suas antigas colónias das Caraíbas, garantindo-lhes preços acima dos praticados no comércio global. Desde 2005, tais acordos estão em vias de serem revogados, devido à pressão de grupos económicos poderosos, a maioria dos quais com sede nos Estados Unidos da América. Tal alteração no comércio iria beneficiar os países produtores da América Central, onde várias empresas norte-americanas têm interesses estabelecidos.

Aspectos culturais


Macaco comendo uma banana.


Uma das situações cómicas mais copiadas e parodizadas ao longo da história do cinema, desde o cinema mudo, consiste em mostrar as personagens a escorregar em cascas de banana. O estereótipo do macaco a comer bananas também é largamente explorado em filmes, animações e histórias em quadrinhos, tendo servido também para manifestações de cariz racista. De fato, por exemplo, há registo de pessoas que atiraram bananas a desportistas afro-americanos. A associação aos macacos justifica também o seu uso em jogos como as versões em 3D do Donkey Kong (Nintendo) e do Super Monkey Ball (Sega).

A banana também é frequentemente relacionada com a America Latina, a exemplo de Carmen Miranda e das canções Yes, nós temos bananas e Chiquita Bacana, ambas de Braguinha e Alberto Ribeiro. Em outras ocasiões (como no filme Bananas, de Woody Allen), o nome refere-se à expressão República das Bananas, que designa um país, geralmente do Caribe ou da América Central, onde há governos ditatoriais, instáveis, corruptos e com forte influência estrangeira.

Na China, o termo banana é usado no calão para designar qualquer pessoa de origem asiática que age como um ocidental (amarelos por fora, brancos por dentro). No Brasil, um gesto considerado obsceno e de mau gosto, denominado "dar uma banana", consiste em apoiar o braço ou a mão na dobra do outro braço, mantendo erguido e de punho fechado o antebraço que ficou livre.

Crendices e mitos

Um boato muito divulgado assegura que a casca seca de banana contém uma substância (na verdade, fictícia) designada como "bananadina", que seria alucinogénica quando fumada. Ao contrário de muitos boatos, a origem deste pode ser traçada. Terá tido origem num artigo do jornal "alternativo" Berkeley Barb em Março de 1967, e que foi posteriormente divulgada por William Powell (autor), que acreditou na sua veracidade, incluindo-a no seu The Anarchist Cookbook em 1970.

A canção de sucesso de Donovan, "Mellow Yellow", ao referir-se a uma "banana eléctrica", terá servido de inspiração aos jornalistas do Berkeley Barb que pretendiam, satiricamente, que o governo proibisse a comercialização de bananas. De facto, Donovan referia-se apenas a um vibrador. Contudo, é o próprio autor da canção a referir que o rumor deve ter tido origem no cantor popular Country Joe McDonald que o começou em San Francisco, uma semana antes da publicação da canção de Donovan. O boato voltou a circular na década de 1980, quando o grupo de punk satírico, The Dead Milkmen voltou a referir numa canção os supostos efeitos do acto de fumar casca seca de banana. O boato levou, mesmo a Food and Drug Administration (FDA) a investigar o caso.

De facto, as bananas contêm triptofano que, quando ingerido, aumenta os níveis orgânicos de serotonina (o mesmo efeito da fluoxetina). Tal acção pode originar algumas alterações a nível psicológico (Leathwood and Pollet, 1982), incluindo redução de estados depressivos (Sainio et al., 1996).

Do mesmo modo, Xiao et al. (1998) referem que comer duas bananas por dia, durante três dias, aumenta o nível de serotonina no sangue em 16%. Contudo, não há qualquer menção na literatura científica que o triptofano tenha efeitos alucinogénicos; tem sido usado, pelo contrário, para controlar alucinações em pacientes com distúbios mentais (Sainio et al., 1996). Duvida-se também que fumar fosse um método eficaz de administração da substância.

Fonte - Enciclopédia livre

sábado, janeiro 29

29 de JANEIRO de 1886 - Karl Benz


Karl Friedrich Benz (Karlsruhe, 25 de novembro de 1844 — Ladenburg, 4 de abril de 1929) foi um engenheiro de automóveis alemão.
É o inventor (com Gottlieb Daimler) do automóvel movido a gasolina como o conhecemos hoje. Em 29 de Janeiro de 1886, registou esta patente (DRP 37435) e em Julho apresentou o primeiro automóvel.

E com esta invenção do senhor Benz, o mundo começou a ser ainda mais poluído, mas de tanto poluído que anda o mundo, os construtores de automóveis, já estudam a forma de os fazer mover a baterias, amigas do ambiente.

O NOVO PC - EMACHINES - All-in One Desktop EZ1711

O articulista, nestes dois últimos dias, tem ausente da escrita em seu blog, o motivo se prendeu, em ter comprado um novo computador, um emachines EZ1711, All in-One Desktop, que embora a loja tenha dito que o mesmo tinha o Windows em inglês, depois de ter chegado a casa, verificou, que o mesmo tinha sim, o windows em tailandês, pelo que, a tarde de ontem, foi passada a formatizar todo o computador, tendo igualmente, formatado o teclado em português.
O preço até foi acessível, 14 944,00 Baths, o que dá, aproximadamente 364 Euros.
Agora já com tudo em ordem, cá está de novo o articulista, mas muito ainda tem que aprender, com estas novas tecnologias.
O Pc está equipado com o Windows 7, e vai levar ainda algum tempo, até que fique familiarizado com os nossos programas.

Lá diz o ditado, burro já não aprende, mas o articulista, na sua calma habitual, vai conseguido realizar os seus desejos, não deixando que as coisas lhe passem ao lado.

quarta-feira, janeiro 26

SAIBA COMO NASCEU PORTUGAL







Houve, no actual território de Portugal, ao longo do processo de reconquista, dois Condados Portucalenses ou Condados de Portucale distintos: um primeiro, fundado por Vímara Peres após a presúria de Portucale (Porto) em 868 e incorporado no reino da Galiza em 1071, após a morte do conde Nuno Mendes (e que embora gozando de certa autonomia, constituiu sempre uma dependência do reino das Astúrias/Leão/Galiza), sendo sensivelmente equivalente ao actual Entre-Douro-e-Minho). Um segundo, constituído c. 1095 em feudo do rei Afonso VI de Leão e Castela e oferecido a Henrique de Borgonha, um burguinhão que veio auxiliá-lo na Reconquista de terras aos Mouros, tendo também recebido a mão de sua filha Teresa de Leão. Este último condado era muito maior em extensão, já que abarcava também os territórios do antigo condado de Coimbra, suprimido em 1091, partes de Trás-os-Montes e ainda do Sul da Galiza (mormente da diocese de Tui). De notar que Condado é um termo genérico para designar o Território Portucalense, já que os seus chefes eram alternativamente intitulados Comite (conde), Dux (duque) ou Princeps (Príncipe).

Por uma questão de comodidade, aludir-se-á ao longo deste artigo ao primeiro condado portucalense como Condado de Portucale, e ao segundo como Condado Portucalense, dado serem essas as expressões mais consagradas

História

O nome do condado vem do topónimo Portucale, com o qual desde o século IX se designava uma cidade situada perto da foz do Douro, designada de Portus Cale, "Porto de Cale", que se julga ser um nome híbrido formado por um termo latino (Portus, "porto") e outro grego (καλός, transl. kalós, "belo"), donde qualquer coisa como "Porto Belo"; Outra explicação é de que o nome deriva dos povos de cultura castreja que habitariam a área de Cale nos tempos pré-romanos - os Callaeci. Uma explicação alternativa é a de que o nome deriva da deusa venerada pela tribo e que poderia historicamente relacionar-se com a palavra Cailleach (definida como "deusa ancestral"), na Irlanda, numa invasão celta proveniente da Galécia e que teria nesses primórdios invadido a actual Irlanda.

Uma outra teoria afirma que a palavra cale ou cala, seria celta e significava "porto", uma "enseada" ou "abrigo", e implicava a existência de um porto celta mais antigo. Ainda outra teoria propõe que Cale deriva de Caladunum.

Data assim desse período a expressão terra portucalense ou província portucalense para designar um território distinto que era limitado ao norte pela terra bracarense, e ao sul pelo rio Vouga, e tinha por centro e cabeça a povoação de Portucale.

No século I a.C. as "Histórias de Salústio" referem uma "Cales civitas" localizada na Gallaecia; Cale teria também sido conquistada por Perpena; no século IV, no "Itinerário de Antonino", fala-se de uma povoação chamada de Cale ou Calem; no século V, Idácio de Chaves escreve sobre um "Portucale castrum".

Portucale

Embora a existência da povoação na foz do Douro durante o período romano se encontre confirmada, o mesmo não acontece para a sua localização exacta; o Paroquial Suévico de São Martinho de Dume, estudado pelo cônego Pierre David após a sua identificação pelo também cônego Avelino de Jesus da Costa, um dos nomes mais importantes da diplomática portugues refere-se, séculos depois, a um povoado que designava como Portucale Castrum Antiquum, na margem esquerda, e outro, o Portucale Castrum Novum, na direita.

Quando do domínio dos Suevos, Portucale foi palco de vários acontecimentos, contando-se entre eles o aprisionamento de Requiário durante a invasão de Teodorico (457), a revolta do seu governador Agiulfo, que pretendia ser aclamado rei e foi executado, e a última batalha (585) de Andeca, último rei suevo, vencido por Leovigildo.

Quando da invasão muçulmana da península Ibérica, Portucale era já, desde a segunda metade do século VI, a sede da diocese Portucalense, situada na província da Galécia, e tendo por metropolita o bispo de Braga. Após a invasão, a diocese não sobreviveu, tendo sido apenas restaurada após a reconquista do Porto, em 868.

Condado de Portucale

Condado portucalense carte-1070-fr.png

A reocupação e possível reconstrução ou fortificação de Portucale verificou-se após a presúria de Vímara Peres, em 868, vivendo, a partir de então, um próspero período da sua história: daí partiu toda a acção de reorganização, bem sucedida, e nalguns casos de repovoamento, para além dos limites da antiga diocese nela sediada, quer ao norte do rio Ave, quer ao sul do rio Douro.

Por esta altura, o território designava-se já de Terra Portugalense. Pouco a pouco são alargadas as fronteiras do território que, neste sentido, confinava com outros territórios (Braga, Lamego, Viseu, Terras da Feira e Coimbra).

A reconquista permitiu também a restauração diocesana, tendo os bispos de Portucale sido instalados numa pequena povoação chamada Magneto (a qual os especialistas fazem corresponder com a actual Meinedo, no concelho de Lousada).

Apenas dez anos decorridos sobre a reconquista definitiva de Portucale tivesse sido tomada a cidade de Coimbra e erigida em condado independente às mãos de Hermenegildo Guterres; a sua posição de charneira entre os mundos cristão e muçulmano permitiu uma vivência de maior paz no Entre-Douro-e-Minho. As campanhas do Almançor, em finais do século X, porém, fizeram recuar a linha de fronteira de novo até ao Douro.

Na segunda metade do século XI, reconstituiu-se ao sul o condado de Coimbra (que incluía não só a cidade do Mondego, como ainda as terras de Lamego, Viseu e Feira), sendo entregue ao conde (ou alvazil, segundo outros documentos coevos) Sesnando Davides, um moçárabe valido do rei Fernando I de Leão e Castela, que conquistara definitivamente a cidade em 1064 (este condado viria mais tarde a ser incorporado no Portucalense).

Paulo Merêa refere a existência de documentos comprovadamente encontrados na província de Ourense, na Galiza, nos quais surge a referência expressa a terras situadas em Portugal, ou seja, ao sul do rio Lima, e que então pertenciam, e vieram ainda a pertencer durante algum tempo, no âmbito da organização eclesiástica de Tui, repovoada durante o reinado de Ordonho I.

O repovoamento da Terra Portugalense ocorreria no tempo de Afonso Magno, sob o governo de Vímara Peres e seus descendentes.

Condes de Portucale: a casa de Vímara Peres

Foram condes da casa de Vímara Peres (nem sempre em linha recta, mas recorrendo às vezes à sucessão congnática):

#NomeInício do governoFim do governoNotas
1Vímara PeresVimaraperes.jpg868873
2Lucídio Vimaranes873 ?Filho de Vímara Peres.
3Onega Lucides
(com Diogo Fernandes)
 ?antes de 924Filha de Lucídio Vimaranes. Governa conjuntamente com o esposo, Diogo Fernandes.
4Mumadona Dias
(com Mendo I Gonçalves)
Guimarães Mumadona Dias.jpg924950Filha de Onega Lucides e Diogo Fernandes. Governa conjuntamente com o esposo, Mendo I Gonçalves.
5Gonçalo I Mendes950999Filho de Mumadona Dias e Mendo I. Em 997 intitula-se magnus dux portucalensium.
6Mendo II Gonçalves9991008Filho (ou neto?) de Gonçalo I Mendes.
7Alvito Nunes10081015
8Ilduara Mendes
(com Nuno I Alvites)
10151028Filha de Mendo II Gonçalves. Governa conjuntamente com o esposo, Nuno I Alvites, filho de Alvito Nunes.
9Mendo III Nunes10281050
10Nuno II Mendes10501065Último conde da família de Vímara Peres; derrotado pelo rei Garcia da Galiza na batalha de Pedroso.



Em 1065, o Condade de Portucale e a Galiza fizeram parte do território atribuído por Fernando I para o seu filho mais novo Garcia II, que se tornou o primeiro monarca a usar o título de "Rei de Portugal". No entanto, ele lutava por controlar os seus nobres irascíveis. Com a sua vitória em 1071, na Batalha de Pedroso, onde derrota Nuno II Mendes, o Condado de Portucale é extinto.

Mais tarde, em 1071, os seus irmãos Afonso VI e Sancho II tomaram o reino da Galiza (incluindo Portugal), expulsando Garcia. Na primavera seguinte, Sancho, por sua vez, expulsou Afonso, juntando Galiza (incluindo Portugal) a Castela e Leão. Sancho apareceu como rei num documento português de 1072. Com o assassinato de Sancho, mais tarde, no mesmo ano, D. Afonso VI sucedeu à coroa, seduzido Garcia para voltar e aprisionou-o, solidificando a posição de Portugal como parte integrante do maior reino unificado.

Condado Portucalense


Evolução das fronteiras dos territórios na Peninsula Ibérica ao longo da reconquista, 790-1300.

Não se deve confundir o Condado Portucalense — concessão dos dois territórios de Coimbra e de Portucale ao conde D. Henrique — com o condado de Portucale, que começou a existir desde a presúria de Vímara Peres, prolongada pelos seus descendentes — embora nem sempre segundo uma linhagem perfeita — até à morte do último conde, na batalha de Pedroso, em 1071, que tentava conseguir maior autonomia face a Garcia II da Galiza, que governava o Reino da Galiza e Portugal de seu pai, Fernando Magno.

Porém, a atrofia do condado de Coimbra, criado em 878, mas suprimido com a conquista da cidade por Almançor no final do século X, permitiu a supremacia nortenha, que nem mesmo a reconstituição de uma autoridade equivalente à do conde — em benefício de Sesnando Davides, em 1064, e prolongada até à sua morte, em 1092 — pôde impedir.

Entretanto, a ambição de Afonso VI de Leão e Castela reconstituiu novamente a unidade dos Estados paternos e, quando Garcia acabou por morrer, depois de preso, em 1091, os territórios na sua posse passaram para as mãos de Raimundo de Borgonha, casado com D. Urraca.

A esta altura, o vigor das investidas Almorávidas recomendava a distribuição dos poderes militares, para melhor reforçar o território: um comando na zona central, entregue ao próprio rei Afonso VI, outro, não oficial, exercido por El Cid em Valência, e o terceiro a ocidente, entregue a Raimundo; este último não conseguiu defender eficazmente a linha do Tejo — tendo já perdido Lisboa, que fora cedida aos Leoneses pelo rei taifa de Badajoz, juntamente com Santarém, que estava também prestes a cair nas mãos dos Almorávidas — e essa será uma das razões que atribuem alguns historiadores modernos à decisão tomada por Afonso VI de reforçar ainda mais a defesa militar ocidental, dividindo em duas a zona atribuída inicialmente a Raimundo, entregando a mais exposta a Henrique de Borgonha.

O conde D. Henrique, apoiado pelos interesses políticos clunicenses, introduz-se ambiciosamente na política do Reino, conquistando poder junto das cortes. Vendo-se na condição de subordinados ao rei, os condes ou governadores tinham amplos poderes administrativos, judiciais e militares, e o seu pensamento orientava-se, naturalmente, para a aquisição de uma completa autonomia quando, no caso português, as condições lhe eram propícias.

A fim de aumentar a população e valorizar o seu território, D. Henrique deu foral e fez vila (fundou uma povoação nova) em várias terras, entre elas Guimarães, na qual fez vila de burgueses, atraindo ali, com várias regalias, muitos francos seus compatriotas.

Em Guimarães fixou D. Henrique a sua habitação, em paços próprios, dentro do castelo que ali fora edificado no século anterior. Falecido o conde D. Henrique (1112), passa a viúva deste D. Teresa, a governar o condado durante a menoridade do seu filho Afonso Henriques.

D. Teresa começa (1121) a intitular-se «Rainha», mas os conflitos com o alto clero e sobretudo a intimidade com Fernão Peres, fidalgo galego a quem entregara o governo dos distritos do Porto e Coimbra, trouxeram-lhe a revolta dos Portucalenses e do próprio filho, sistematicamente afastados, por estranhos, da gerência dos negócios públicos.

Aos catorze anos de idade (1125), o jovem Afonso Henriques arma-se a si próprio cavaleiro – segundo o costume dos reis – tornando-se assim guerreiro independente. Em 1128, trava-se a Batalha de São Mamede (Guimarães) entre os partidários do infante Afonso e os de sua mãe. Esta é vencida, D. Afonso Henriques toma conta do condado e dele vai fazer o reino de Portugal.

Lutando contra os cristãos de Leão e Castela e os muçulmanos, Afonso Henriques conseguiu uma importante vitória contra os Mouros na Batalha de Ourique, em 1139, e declarou a independência. Nascia, pois, em 1139, o reino de Portugal e sua primeira dinastia, com o rei Afonso I de Borgonha (Afonso Henriques).

Condes Portucalenses: Casa de Borgonha

#NomeInício do governoFim do governoCognome(s)Notas
1D. RaimundoRaymond of Burgundy.jpg10931096
2D. HenriqueHenry, Count of Portugal.jpg10961112Pai de D. Afonso Henriques.
3D. TeresaTheresa of Portugal (1080-1130) mini.jpg11121128Regente na menoridade do filho (r. 1112 - 1128), com o título de regina («rainha»). Mãe de D. Afonso Henriques.
4D. Afonso HenriquesAfonsoI-P.jpg112827 de Julho de 1139O Conquistador
O Fundador
O Grande
Conde de Portucale e depois primeiro Rei de Portugal

 Fonte - Enciclopédia livre

Não contentes com o tinha Portugal se expandiu formando um imenso Império.

Império Português 

O Império Português foi o primeiro e o mais duradouro dos Impérios coloniais (1415-1999) da Era dos Descobrimentos. Com o culminar da Reconquista cristã da Península Ibérica, Portugal ocupou-se da sua expansão territorial por território africano.

Com a tomada de Ceuta em 1415 e a descoberta das ilhas da Madeira (1418) e Açores (1432), que basicamente, tratavam-se de territórios de colonização e exploração agropecuária, atestada que era a sua pobreza mineral, Portugal marcava assim o início da sua expansão territorial.

Conquistam-se mais praças a partir de 1458 em Marrocos que servem como pontos de apoio logístico e material às navegações portuguesas ou mesmo como entrave ao corso e pirataria dos mouros. Estabelecendo em Arguim uma feitoria comercial, com guarnição militar, fundam os portugueses uma nova plataforma de acção e comércio em plena área de navegação, sondando e obtendo as riquezas necessárias para o financiamento e continuidade da gesta marítima.

Grandes navegadores como Diogo Cão e Bartolomeu Dias explorariam a costa africana. Mais tarde, Vasco da Gama aproveitaria os traçados marítimos para estabelecer uma rota marítima para a Índia, enquanto outros navegadores importantes como Fernão de Magalhães, Pedro Fernandes de Queirós e Luís Vaz de Torres exploravam o Oceano Pacífico ao serviço do Império Espanhol - recorde-se que o trono português esteve sob domínio dos Habsburgos entre 1580 e 1640. Pouco depois de Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, em 1500, descobria o Brasil.

As embarcações portuguesas sulcam agora o Oceano Índico, descobrindo novas terras, conquistando pontos-chave do comércio regional, estendendo-se o domínio de Ormuz, no Golfo Pérsico, ou Quíloa, na África Oriental, até Malaca, Ceilão, Insulíndia, Molucas, alcançando mais tarde a China e o Japão, para além de expedições e viagens no interior asiático e africano e além da descoberta da Austrália.

Construiu-se uma rede de feitorias, entrepostos, e fortalezas, captando riquezas e irradiando a cultura portuguesa e a religião católica, num esforço de criação de uma unidade civilizacional de cariz português, quer através da missionação quer da miscigenação, e até pela força das armas. Do Índico e Extremo Oriente vieram as especiarias, os metais preciosos, os tesouros artísticos, as porcelanas, sedas e madeiras, entre outros produtos para venda na Europa.

O século XVI foi o "século de ouro" para Portugal. Neste século, Portugal tornou-se numa das maiores potências da Europa. Da economia e do conhecimento científico e geográfico até à gastronomia e até à literatura de Portugal floresceram muito.

Foi nesta altura que o poeta Luís Vaz Camões escreveu a sua famosa epopeia "Os Lusíadas", uma epopeia que tenta imortalizar os feitos gloriosos, corajosos e heróicos do povo marinheiro português (tenta tornar o povo português num herói que até os deuses têm de os ajudar e temer e até os monstros têm de se inclinar e desaparecer-se do caminho dos portugueses), exaltando os marinheiros, os guerreiros e os Reis portugueses que contribuíram para dilatar o Império (Português) e a Fé (Católica).

No século XVIII, as ambições coloniais de Portugal centraram-se no Brasil e nalguns entrepostos em África e na Ásia. O Brasil, a princípio abandonado, rapidamente se tornou - com o declínio comercial no Oriente, à mercê de novas potências europeias (Inglaterra e Holanda) e após a derrota da Armada Invencível espanhola -, a "jóia" do Império Português até ao século XIX. Pau-brasil, açúcar, ouro, diamantes, cacau e tabaco alimentaram os cofres do erário nacional durante três séculos.

Com a declaração de independência do Brasil, Portugal acentuava a sua expansão territorial para o interior de África para manter-se a par com as outras potências europeias. A sua independência, porém, criou uma imensa onda de choque emocional e material no país: a perda do maior baluarte do império, símbolo do orgulho nacional, ameaçava mesmo a integridade política de Portugal, segundo alguns, pois tratava-se da base económica e de grandeza universal.

A manutenção dos territórios na Índia, de Macau e de outros pontos-chave do antigo domínio colonial português na Ásia, cada vez mais diluído, era outro ponto de honra nacional. Mas o desígnio era África nomeadamente Angola e Moçambique, para além do imenso e rico território que as separava.

Guarnições militares, missões católicas, formas e instituições de governo colonial foram transplantadas para África, assegurando a presença efectiva portuguesa de forma a afastar outros concorrentes. Apesar das dificuldades económico-financeiras, climáticas, demográficas e do isolamento, conseguiu-se ampliar alguns aglomerados urbanos e construir outros, já no interior, apoiando plantações ou zonas de mineração.

A expansão colonial africana parou com o Ultimato britânico de 1890. A Grã-Bretanha pretende criar um grande Império, conquistando e submetendo muitos territórios, principalmente em África. Muitas vezes, a Grã-Bretanha, a maior potência do Mundo no séc. XIX, afasta os seus concorrentes menos poderosos e pequenos (no caso de Portugal) com ultimatos, ameaças, pressões económicas e inclusivamente com alguns conflitos militares.

Após a Segunda Guerra Mundial, e contrariamente à vontade do regime político em vigor na altura, que entretanto designara os territórios além-mar como províncias ultramarinas (em 1951) - também porque as circunstâncias políticas condenavam o colonialismo - Portugal iniciou um processo forçado de descolonização de África, acabando os territórios africanos por serem desanexados.

O Estado da Índia já teria sido perdido para a União Indiana e Timor-Leste invadido pela Indonésia à altura da Revolução dos Cravos, processo revolucionário que ditou o fim do Estado Novo e do colonialismo português.

Em 1999 Portugal entregaria Macau à República Popular da China, o seu último território ultramarino (após a Revolução dos Cravos, Macau passou a ser designada por "Território Chinês sob Administração Portuguesa" ou simplesmente "Território de Macau"). Com esta entrega, foi ditado o fim do Império Português.

Regiões autónomas de Portugal

O arquipélago dos Açores e da Madeira, em 1976, tornaram-se regiões autónomas de Portugal. Estes arquipélagos são os dois únicos "territórios ultramarinos" portugueses que ainda hoje pertence a Portugal. O processo de colonização destes arquipélagos começou já nos inícios do séc. XV e, por consequência, a maioria absoluta da população destas 2 regiões é de etnia portuguesa.
 
Territórios do Império Português

Acra (1557-1578)

Açores - colónia (1427-1766); capitania-geral (1766-1831); antigo distrito além-mar (1831-1976). Região autónoma desde 1976.

Angola - colónia (1575-1589); colónia real (1589-1951); província ultramarina (1951-1971); estado (1971-1975). Tornou-se independente em 1975.
Arguim - Feitoria, foi ocupada pelos Holandeses (1455-1639).
Bahrein (1521-1602)
Bandar Abbas (Irão) (1506-1615)
Brasil - possessão conhecida como Ilha de Vera Cruz, mais tarde Terra de Santa Cruz (1500-1530); Colónia (1530- 1714); Vice-Reino (1714-1815); Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), tornou-se independente em 1822.
Cabinda - protectorado (1883-1887); distrito do Congo (Português) (1887-1921); intendência subordinada a Maquela (1921-1922); dependência como distrito do Zaire (Português) (1922-1930); Independência do Zaire e Cabinda (1930-1932); intendência de Angola (1932-1934); dependência de Angola (1934-1945); restaurada como distrito (1946-1975). Controlada pela Frente Nacional para a Libertação de Angola como parte da Angola tornada independente em 1975 não reconhecida por Portugal nem Angola.
Cabo Verde - colonização (1462-1495); domínio das colónias reais (1495-1587); colónia real (1587-1951); província ultramarina (1951-1974); república autónoma (1974-1975). Independência em 1975.
Ceilão - colónia (1597-1658). Os holandeses apoderaram-se do seu controlo em 1656, Jaffna usurpada em 1658.
Cisplatina - Ocupada por Portugal em 1808, Capitania do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 1817, aderiu como província ao Império do Brasil em 1822 e tornou-se independente em 1827 com o nome de Uruguai.
Costa do Ouro Portuguesa -  (1482-1642), cedida à Costa do Ouro Holandesa em 1642
Fernando Pó e Ano Bom - colónias (1474-1778). Cedidas a Espanha em 1778.
Guiana Francesa - ocupação (1809-1817). Restituída a França em 1817.
Guiné Portuguesa (actual Guiné-Bissau) - colónia (1879-1951); província ultramarina (1951-1974). Independência unilateral declarada em 1973, reconhecida por Portugal em 1974.
Cacheu - capitania (1640-1879). União com Bissau em 1879.
Bissau - colonização sob Cacheu (1687-1696); capitania (1696-1707); abandonada (1707-1753); colónia separada de Cabo Verde (1753-1879). União com Cacheu em 1879.
Índia Portuguesa - província ultramarina (1946-1962). Anexada à Índia em 1962 e reconhecida por Portugal em 1974.
Baçaim - possessão (1535-1739)
Bombaim (também chamada de "Mumbai") - possessão (1534-1661)
Cananor - possessão (1502-1663)
Calecute - posto fortificado (1512-1525)
Cochim (1500-1663)
Chaul (1521-1740)
Chittagong (1528-1666)
Cranganor (1536-1662)
Damão - aquisição em 1559. União com a província ultramarina em 1946.
Diu - aquisição em 1535. União com a província ultramarina em 1946.
Dadrá e Nagar Haveli - aquisições em 1779. Ocupadas pela Índia em 1954.
Goa - colónia (1510-1946). Tornou-se parte de província ultramarina em 1946.
Hughli (1579-1632)
Coulão (1502-1661)
Masulipatão (1598-1610)
Mangalore (1568-1659)
Nagapattinam (1507-1657)
Paliacate (1518-1619)
Salsette (1534-1737)
São Tomé de Meliapore - colonização (1523-1662; 1687-1749)
Surate (1540-1612)
Thoothukudi (1548-1658)
Indonésia (enclaves) Possessões portuguesas entre os séculos XVI-XIX.
Bante - Feitoria portuguesa (Século XVI-XVIII)
Flores - Possessão portuguesa (século XVI-XIX)
Macassar - Feitoria portuguesa (Século XVI-XVII)
Laquedivas (1498-1545)
Liampo (1533-1545)
Macau - colonização (1554-1557), território cedido subordinado a Goa (1557-1844); província ultramarina (1844-1883); província ultramarina conjunta com Timor-Leste em relação a Goa (1883-1951); província ultramarina (1951-1975); território chinês sob administração portuguesa (1975-1999). Restituída à República Popular da China como região administrativa especial em 1999.
Península de Macau - ocupação e colonização em 1554
Coloane - ocupação em 1864
Taipa - ocupação em 1851
Ilha Verde - incorporada em 1890
Ilhas Lapa, Dom João e Montanha - ocupação (1938-1941). Tomada de novo ao Japão e restituída à China.
Madeira - possessão (1418-1420); colónia (1420-1580); colónia real (1580-1834); distrito (1834-1976). Declarada região autónoma em 1976.
Malaca - conquistada (1511-1641); perdida para os holandeses.
Maldivas - ocupação (1518-1573)
Marrocos (enclaves):
Ceuta - possessão (1415-1668). Foi cedida à Espanha em 1668.
Aguz (1506-1525)
Alcácer-Ceguer/El Qsar es Seghir (1458-1550)
Arzila (1471-1550; 1577-1589). Restituída a Marrocos em 1589.
Azamor (1513-1541). Cidade restituída a Marrocos em 1541.
Essaouira (antigamente chamava-se "Mogador") (1506-1525)
Mazagão/El Jadida (1485-1550); possessão (1506-1769). Incorporação em Marrocos em 1769.
Safim (1488-1541)
Santa Cruz do Cabo de Gué/Agadir (1505-1541)
Tanger (1471-1662). Cedida à Inglaterra em 1662.
Mascate (Omã) - possessão portuguesa subordinada ao Vice-Reino de Goa (1500-1690).
Melinde - Feitoria portuguesa (1500-1630).
Moçambique - possessão (1498-1501); subordinada a Goa (1501-1569); capitania-geral (1569-1609); colónia subordinada a Goa (1609-1752); colónia (1752-1951); província ultramarina (1951-1971); estado (1971-1974); governo de transição integrando representantes de Portugal e da Frelimo (1974-1975). Independência em 1975.
Molucas
Amboina - colonização (1576-1605)
Ternate - colonização (1522-1575)
Tidore - colónia (1578-1605). Pilhada pelos holandeses em 1605.
Mombaça (Quénia) - ocupação (1593-1638); colónia subordinada a Goa (1638-1698; 1728-1729). Sob a soberania do Omã desde 1729.
Nagasaki (1571-1639). Perdida aos holandeses.
Nova Colónia do Sacramento - colónia (1680; 1683-1705; 1715-1777). Cedida à Espanha em 1777.
Ormuz - possessão subordinada a Goa (1515-1622). Incorporada no Império Persa em 1622.
Forte de Queixome - construído na ilha de Qeshm, no Estreito de Ormuz (1621-1622)
Forte de Nossa Senhora da Conceição de Ormuz - ilha de Gerun, no Estreito de Ormuz (1615-1622)
Quíloa - possessão (1502-1661)
São João Baptista de Ajudá - forte subordinado ao Brasil (1721-1730); subordinada a São Tomé e Príncipe (1865-1869). Anexado a Daomé em 1961.
São Jorge da Mina (1482-1637). Ocupação holandesa em 1637.
São Tomé e Príncipe - colónia real (1753-1951); província ultramarina (1951-1971); administração local (1971-1975). Independência em 1975. União com a Ilha do Príncipe em 1753.
São Tomé - possessão (1470-1485); colónia (1485-1522); colónia real (1522-1641); administração durante a ocupação holandesa (1641-1648). Ocupação francesa em 1648.
Ilha do Príncipe - colónia (1500-1573). União com São Tomé em 1753.
Socotorá - possessão (1506-1511). Tornou-se parte do Sultanado Mahri de Qishn e Suqutra.
Timor-Leste - colónia subordinada à Índia Portuguesa (1642-1844); subordinada a Macau (1844-1896); colónia separada (1896-1951); província ultramarina (1951-1975); república e proclamada independência unilateral, anexada à Indonésia (1975-1999), reconhecimento da ONU como território português. Administração da ONU de 1999 até à Independência em 2002.
Tanganica (Actual Tanzânia) - Estabelecimentos portugueses criados no litoral (1500-1630).



Antigos territórios e colónias do Império Português

(1415-1999)


África do  Norte: 

Aguz (1506-1525)
Alcácer-Ceguer (1458-1550)
Arzila (1471-1550, 1577-1589)
Azamor (1513-1541)
Ceuta (1415-1640)
Mazagão (1485-1550, 1506-1769)
Mogador (1506-1525)
Safim (1488-1541)
Agadir (1505-1769)
Tânger (1471-1662)



 África Sub-sariana:

Acra (1557-1578)
Angola (1575-1975)
Ano Bom (1474-1778)
Arguim (1455-1633)
Cabinda (1883-1975)
Cabo Verde (1642-1975)
São Jorge da Mina (1482-1637)
Fernando Pó (1478-1778)
Costa do Ouro Portuguesa (1482-1642)
Guiné Portuguesa (1879-1974)
Melinde (1500-1630)
Mombaça (1593-1698, 1728-1729)
Moçambique (1501-1975)
Quíloa (1505-1512)
Fortaleza de São João Baptista de Ajudá (1680-1961)
São Tomé e Príncipe (1753-1975)
Socotorá (1506-1511)
Zanzibar (1503-1698)
Ziguinchor (1645-1888)

 Ásia Ocidental:

Bahrain (1521-1602)
Ormuz (1515-1622)
Mascate (1515-1650)
Bandar Abbas (1506-1615)


Subcontinente Indiano:

Ceilão (1518-1658)
 Laquedivas (1498-1545)
 Maldivas (1518-1521, 1558-1573)

 Índia Portuguesa:

Baçaim (1535-1739), Bombaim (Mumbai) (1534- 1661), Calecute (1512-1525), Cananor (1502-1663), Chaul (1521-1740), Chittagong (1528-1666), Cochim (1500-1663), Cranganor (1536-1662), Dadrá e Nagar-Aveli (1779-1954), Damão (1559-1962), Diu (1535-1962), Goa (1510-1962), Hughli (1579-1632), Nagapattinam (1507-1657), Paliacate (1518-1619), Coulão (1502-1661), Salsette (1534-1737), Masulipatão (1598-1610), Mangalore (1568-1659), Surate (1540-1612), Thoothukudi (1548-1658), São Tomé de Meliapore (1523-1662; 1687-1749)

              
Ásia Oriental:

Bante (séc. XVI-XVIII)
Flores (século XVI-XIX)
Macau (1557-1999)
Macassar (1512-1665)
Malaca (1511-1641)
Molucas (Amboina 1576-1605, Ternate 1522-1575, Tidore 1578-1650) Nagasaki (1571-1639)
Timor-Leste (1642-1975)

 América do Sul: 

Brasil (1500-1822)
Cisplatina (1808-1822)
Guiana Francesa (1809-1817)
Nova Colónia do Sacramento (1680-1777)

 Madeira e Açores:

Estes dois arquipélagos, localizados no Atlântico Norte, foram colonizados pelos portugueses no início do século XV e fizeram parte do Império Português até 1976, quando se tornaram regiões autónomas de Portugal; no entanto, já desde o século XIX que eram encaradas como um prolongamento da metrópole europeia (as chamadas Ilhas Adjacentes) e não colónias.

O estatuto especial dos arquipélagos (região autónoma) continuou até hoje, sem grandes alterações.

Fonte-Luso Africa

Nos dias de hoje estamos confinados à Europa, pobres e arruinados.





É somente o que nos resta do vasto Império.