o mar do poeta

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terça-feira, setembro 21

Dia Mundial da Doença de Alzheimer

21 de Setembro: Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer

Assinala-se hoje o Dia Mundial da Pessoa com Alzheimer 


A doença afecta mais de 90 mil portugueses. A assinalar a data a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer relembra a necessidade de criar um Plano Nacional Para as Demências.



Alzheimer Portugal pede Plano Nacional para as Demências




A associação ALZHEIMER PORTUGAL assinala o Dia Mundial das Pessoas com Doença de Alzheimer, celebrado a 21 de Setembro, sob o tema “Demência. É tempo de agir!” e relembra a urgência da criação e desenvolvimento de um Plano Nacional para as Demências.

A associação apela a que as entidades competentes desenvolvam um plano nacional que vise a implementação de medidas que permitam a melhoria da qualidade de vida das pessoas com demência e seus cuidadores, que promova a investigação e que impulsione a criação de um enquadramento legal adequado sobre direitos, cuidados, intervenção e investigação.

Para a ALZHEIMER PORTUGAL é uma prioridade nacional o reconhecimento da doença de Alzheimer e de outras demências.

De acordo com Maria Zincke dos Reis, Presidente da ALZHEIMER PORTUGAL, “é imperativo que seja criado e implementado um plano nacional, com a finalidade de dar resposta adequada a pessoas com demência, seus familiares e cuidadores.

Essa resposta só será possível através da melhoria e acessecibilidade a intervenções farmacológicas e não farmacológicas, a apoios sociais, a serviços e a equipamentos adequados; através da promoção da prevenção e diagnóstico e da recolha de dados epidemiológicos, bem como, da sensibilização e reflexão para a solução de questões éticas e jurídicas.”

Neste sentido, a associação reforça as suas prioridades e objectivos através de uma campanha nacional, para a percepção dos primeiros sinais e sintomas da doença e combate ao estigma associado à demência, e através de um debate nacional, destinado a envolver pessoas com demência, cuidadores, profissionais e decisores políticos.

A ALZHEIMER PORTUGAL assinala este dia com diversas actividades por todo o país, organizadas pelas delegações e núcleo da associação. Entre as várias actividades organizadas, são de salientar a presença em congressos, palestras, sessões de esclarecimento de dúvidas, passeios, lanches e um jantar de angariação de fundos.

Fonte - Rostos On Line



O mal de Alzheimer, ou doença de Alzheimer ou simplesmente Alzheimer é a forma mais comum de demência. Esta doença degenerativa, até o momento incurável e terminal, foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. Esta doença afecta geralmente pessoas acima dos 65 anos, embora seu diagnóstico seja possível também em pessoas mais novas.

Em 2006, o número de portadores de Alzheimer diagnosticados era de cerca de 15 milhões de pessoas no mundo inteiro.


Cada paciente de Alzheimer sofre a doença de forma única, mas existem pontos em comum, por exemplo, o sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de estresse. Quando a suspeita recai sobre o Mal de Alzheimer, o paciente é submetido a uma série de testes cognitivos.



Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas como confusão, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade. As suas funções motoras começam a perder-se e o paciente acaba por morrer.

Antes de se tornar totalmente aparente o Mal de Alzheimer vai-se desenvolvendo por um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticado durante anos. Menos de três por cento dos diagnosticados vivem mais de 40 anos depois do diagnóstico.

Em 2009, cientistas do Reino Unido e França anunciaram a descoberta de três genes [clusterina (ou CLU), PICALM e CR1] que poderiam reduzir em até 20% seus índices de incidência na população.

Sintomas

A evolução da doença está dividida em quatro fases.

Primeira fase dos sintomas

Os primeiros sintomas são muitas vezes falsamente relacionados com o envelhecimento ou com o stresse. Alguns testes neuropsicológicos podem revelar muitas deficiências cognitivas até oito anos antes de se poder diagnosticar o Mal de Alzheimer por inteiro.

O sintoma primário mais notável é a perda de memória a curto prazo (dificuldade em lembrar factos aprendidos recentemente); o paciente perde a capacidade de dar atenção a algo, perde a flexibilidade no pensamento e o pensamento abstrato; pode começar a perder a sua memória semântica.

Nessa fase pode ainda ser notada apatia, como um sintoma bastante comum. É também notada uma certa desorientação de tempo e espaço. A pessoa não sabe em que ano está, em que mês, em que dia.

Segunda fase (demência inicial)

Uma pequena parte dos pacientes apresenta dificuldades na linguagem, com as funções principais, percepção (agnosia), ou na execução de movimentos (apraxia), mais marcantes do que a perda de memória. A memória do paciente não é afetada toda da mesma maneira. As memórias mais antigas, a memória semântica e a memória implícita (memória de como fazer as coisas) não são tão afectadas como a memória a curto prazo.

Os problemas de linguagem implicam normalmente a diminuição do vocabulário e a maior dificuldade na fala, que levam a um empobrecimento geral da linguagem. Nessa fase, o paciente ainda consegue comunicar ideias básicas. O paciente pode parecer desleixado ao efetuar certas tarefas motoras simples (escrever, vestir-se, etc.), devido a dificuldades de coordenação.

Terceira fase

A degeneração progressiva dificulta a independência. A dificuldade na fala torna-se evidente devido à impossibilidade de se lembrar de vocabulário. Progressivamente, o paciente vai perdendo a capacidade de ler e de escrever e deixa de conseguir fazer as mais simples tarefas diárias.

Durante essa fase, os problemas de memória pioram e o paciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos.

A memória de longo prazo vai-se perdendo e alterações de comportamento vão-se agravando. As manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência à caridade. Aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvem ilusões e outros sintomas relacionados. Incontinência urinária pode aparecer.

Quarta fase (terminal)

Durante a última fase do Mal de Alzheimer, o paciente está completamente dependente das pessoas que tomam conta dele. A linguagem está agora reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, acabando, eventualmente, em perda da fala. Apesar da perda da linguagem verbal, os pacientes podem compreender e responder com sinais emocionais. No entanto, a agressividade ainda pode estar presente, e a apatia extrema e o cansaço são resultados bastante comuns.



Os pacientes vão acabar por não conseguir desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda. A sua massa muscular e a sua mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama; perdem a capacidade de comer sozinhos. Por fim, vem a morte, que normalmente não é causada pelo Mal de Alzheimer, mas por outro fator externo (pneumonia, por exemplo).

Histopatologia

A base histopatológica da doença foi descrita pela primeira vez pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1909, que verificou a existência juntamente com placas senis (hoje identificadas como agregados de proteína beta-amilóide), de emaranhados neurofibrilares (hoje associados a mutações e consequente hiperfosforilação da proteína tau, no interior dos microtúbulos do citoesqueleto dos neurónios).

Estes dois achados patológicos, num doente com severas perturbações neurocognitivas, e na ausência de evidência de compromisso ou lesão intra-vascular, permitiram a Alois Alzheimer caracterizar este quadro clínico como distinto de outras patologias orgânicas do cérebro, vindo Emil Kraepelin a dar o nome de Alzheimer à doença por ele estudada pela primeira vez, combinando os resultados histológicos com a descrição clínica.

 Fisiopatologia

Caracteriza-se clinicamente pela perda progressiva da memória. O cérebro de um paciente com a doença de Alzheimer, quando visto em necrópsia, apresenta uma atrofia generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo, mas também em regiões parieto-occipitais e frontais.

A perda de memória causa a estes pacientes um grande desconforto em sua fase inicial e intermediária. Já na fase adiantada não apresentam mais condições de perceber-se doentes, por falha da auto-crítica. Não se trata de uma simples falha na memória, mas sim de uma progressiva incapacidade para o trabalho e convívio social, devido a dificuldades para reconhecer pessoas próximas e objetos.

Mudanças de domicílio são mal recebidas, pois tornam os sintomas mais agudos. Um paciente com doença de Alzheimer pergunta a mesma coisa centenas de vezes, mostrando sua incapacidade de fixar algo novo. Palavras são esquecidas, frases são truncadas, muitas permanecendo sem finalização.

Evolução

A evolução da piora é em torno de 5 a 15% da cognição (consciência de si próprio e dos outros) por ano de doença, com um período em média de oito anos de seu início e seu último estágio. Com a progressão da doença passa a não reconhecer mais os familiares ou até mesmo a não realizar tarefas simples de higiene e vestir roupas.

No estágio final necessita de ajuda para tudo. Os sintomas depressivos são comuns, com instabilidade emocional e choros. Delírios e outros sintomas de psicose são frequentes, embora difíceis de avaliar nas fases finais da doença, devido à total perda de noção de lugar e de tempo e da deterioração geral.

Em geral a doença instala-se em pessoas com mais de 65 anos, mas existem pacientes com início aos quarenta anos, e relatos raros de início na infância, de provável cunho genético. Podem aparecer vários casos numa mesma família, e também pode acontecer casos únicos, sem nenhum outro parente afetado, ditos esporádicos.

Prevenção

Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde. As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.

Todos os estudos de medidas para prevenir ou atrasar os efeitos do Alzheimer são frequentemente infrutíferos. Hoje em dia, não parecem existir provas para acreditar que qualquer medida de prevenção é definitivamente bem sucedida contra o Alzheimer.

No entanto, estudos indicam relações entre factores alteráveis como dietas, risco cardiovascular, uso de produtos farmacêuticos ou atividades intelectuais e a probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer da população. Mas só mais pesquisa, incluídos testes clínicos, revelarão se, de facto, esses factores podem ajudar a prevenir o Alzheimer.

A inclusão de fruta e vegetais, pão, trigo e outros cereais, azeite, peixe, e vinho tinto, podem reduzir o risco de Alzheimer. Algumas vitaminas como a B12, B3, C ou a B9 foram relacionadas em estudos ao menor risco de Alzheimer, embora outros estudos indiquem que essas não têm nenhum efeito significativo no início ou desenvolvimento da doença e podem ter efeitos secundários. Algumas especiarias como a curcumina e o açafrão mostraram sucesso na prevenção da degeneração cerebral em ratos de laboratório.

O risco cardiovascular, derivado de colesterol alto, hipertensão, diabetes e o tabaco, está associado com maior risco de desenvolvimento da doença, e as estatinas (fármacos para fazer descer o colesterol) não tiveram sucesso em prevenir ou melhorar as condições do paciente durante o desenvolvimento da doença.

No entanto, o uso a longo prazo de anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) está também associado à menor probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer em alguns indivíduos. Já não se acredita que outros tratamentos farmacêuticos, como substituição de hormonas femininas, previnam a doença. Em 2007, estudo aprofundado concluiu que havia provas inconsistentes e pouco convincentes de que o ginkgo tenha algum efeito positivo em reduzir a probabilidade de ocorrência do Mal de Alzheimer.

Atividades intelectuais como ler (ao contrário), escrever com a mão esquerda, disputar jogos de tabuleiro (xadrez, damas, etc.), completar palavras cruzadas, tocar instrumentos musicais, ou socialização regular também podem atrasar o início ou a gravidade do Alzheimer.

Outros estudos mostraram que muita exposição a campos magnéticos e trabalho com metais, especialmente alumínio, aumenta o risco de Alzheimer. A credibilidade de alguns desses estudos tem sido posta em causa até porque outros estudos não encontraram a mínima relação entre as questões ambientais e o desenvolvimento de Alzheimer.

Atitudes simples do dia a dia podem reduzir as chances de desenvolver a doença. Uma delas é reduzir ao máximo o contato de alimentos com o alumínio. Ele está presente em panelas que armazenam as sobras do almoço para o jantar, ou vice-versa.

Ao ficarem na geladeira, por exemplo, aos poucos a panela solta pequenas partículas de alúminio que contaminam o alimento, dê preferência por armazenar as sobras em recipientes de plástico, e volte para a panela somente quando for aquecer.

Evite também o uso excessivo de papel alumínio para embrulhar os alimentos, sobretudo em lanche para as crianças. Dê preferência por potes de plástico, que além de conservar melhor o alimento sem amassá-lo, evita o gasto com o papel e ajuda a natureza na hora de reciclar, reduzindo o lixo produzido.

Muitas vezes não é possível discernir todas as fases da doença. Pois um paciente que ainda está na primeira fase já pode apresentar dificuldades de locomoção por exemplo, e outro paciente que já se encontra em fase terminal ainda fala com fluencia (embora sejam frases sem sentido nenhum e até mesmo xingamentos).

Tratamento

O tratamento visa a confortar o paciente e retardar o máximo possível a evolução da doença. Algumas drogas são úteis no início da doença, e sua dose deve ser personalizada. São os inibidores da acetil-colinesterase, medicações que inibem a enzima responsável pela degradação da acetilcolina produzida e liberada por alguns neurônios no cérebro (como os do núcleo basal de Meynert).

A deficiência de acetilcolina é considerada epifenômeno da doença de Alzheimer, mas não é o único evento bioquímico/fisiopatológico que ocorre. Mais recentemente, um grupo de medicações conhecido por inibidores dos receptores do tipo NMDA (N-Metil-D-Aspartato) do glutamato entrou no mercado brasileiro, já existindo no europeu há mais de uma década.

A memantina é tal droga, e sua ação dá-se pela inibição da ligação do glutamato, neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central a seus receptores. O glutamato é responsável por reações de excitotoxicidade com liberação de radicais livres e lesão tecidual e neuronal. Há uma máxima na medicina que diz que uma doença pode ser intratável, mas o paciente não.

Recentemente, um estudo conseguiu desenvolver um meio de reverter alguns sintomas do Mal de Alzheimer em questão de minutos.



Fonte - Enciclopédia livre

DIA INTERNACIONAL DA PAZ




Dia Internacional da Paz é celebrado em 21 de Setembro, foi foi declarado pela ONU em 30 de Novembro de 1981.


Em 21 de Setembro de 2006, por ocasião do Dia Internacional da Paz, Kofi Annan afirmou: Há vinte e cinco anos, a Assembleia Geral [da ONU] proclamou o Dia Internacional da Paz como um dia de cessar-fogo e de não violência em todo o mundo.

Desde então a ONU tem celebrado este dia, cuja finalidade não é apenas que as pessoas pensem na paz, mas sim que façam também algo a favor da paz.



Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbações ou agitação. Derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações, e dentro delas, é o objetivo assumido de muitas organizações, designadamente a ONU.

No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de ira, desconfiança e de um modo geral todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si próprio e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo) e um objetivo de vida. A paz é mundialmente representada pelo pombo e pela bandeira branca.

Tipos de paz

• Paz Eterna paz - conceito elaborado pelo filósofo Immanuel Kant, inspirado nos ideais da Revolução Francesa. Designa um estado de paz mundial, obtido através de uma "república" única, capaz de representar as aspirações naturalmente pacíficas de todos os povos e indivíduos. Como o próprio filósofo esclarece, o termo é derivado de uma piada, onde a inscrição "Paz Eterna" é usada como legenda na ilustração de um túmulo.

• Paz pela Lei - lema da Organização do Tratado do Atlântico Norte, baseia-se na idéia de Kant e sugere que a paz deva ser obtida através de legislação em assuntos internacionais, capaz de regulamentar as relações diplomáticas, os conflitos de interesse, etc.

• Paz pela força - obtida quando um indivíduo, instituição ou Estado é fortalecido de tal forma, que toda tentativa de subversão do status quo é desestimulada. Em inglês original, peace through strength.

• Paz de terror - ocorre quando nações são capazes de causar destruição total umas às outras através de artefatos bélicos poderosos (bombas atômicas, por exemplo). A posse de tais arsenais desestimula as agressões mútuas. Conceito sugerido pelo estudioso Raymond Aron em seu livro "Peace and War Among Nations".



A Paz

Não sei por que os homens agem assim
queimando florestas,
destruindo animais matando uns aos outros,
numa guerra sem fim esquecendo a bondade,
a verdade e a PAZ.

Tememos as ruas, as praças, a noite
não saímos de casa, porque,
o medo, a violência nos traz.
Tememos os inimigos da vida,

com seus negros acoites pois,
eles, esqueceram a bondade,
a verdade e a PAZ.

Não sei o motivo das guerras,
das mortes, dos abandonos,
dos conflitos, da violência contra as crianças.
É preciso desarmar os espíritos
e refletir sobre o que somos.
É preciso cuidar dos pequenos,
pois neles estão a nossa esperança.

Paremos, então, um minuto
Pensemos na mensagem deixada por Cristo
a mim e a vocês, aquela que diz:
“amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”.

de Adriano da Silva

Maceió - AL




Em tempo de paz convém ao homem serenidade e humildade; mas quando estoura a guerra deve agir como um tigre!


William Shakespeare

segunda-feira, setembro 20

DIA DO GAUCHO



O todo o povo brasileiro, especialmente, hoje, ao povo GAUCHO, os meus sinceros parabéns pela passagem desta data vestida.



Gaúcho é uma denominação dada às pessoas ligadas à atividade pecuária em regiões de ocorrência de campos naturais do Vale do Rio da Prata, entre os quais o bioma denominado pampa, descendente mestiço de espanhóis, indígenas, portugueses e africanos.

As peculiares características do seu modo de vida pastoril teriam forjado uma cultura própria, derivada do amálgama da cultura ibérica e indígena, adaptada ao trabalho executado nas propriedades denominadas estâncias. É assim conhecido no Brasil, enquanto que em países de língua espanhola, como Argentina e Uruguai é chamado de gaucho.

O termo também é correntemente usado como gentílico para denominar os habitantes do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Além disso, serve para denominar um tipo folclórico e um conjunto de tradições codificado e difundido por um movimento cultural agrupado em agremiações, criadas com esse fim e conhecidas como CTGs.

Origem



 
Um estudo genético realizado pela FAPESP revelou que os gaúchos, assim como a maioria dos brasileiros, são descendentes de uma mistura de europeus, índios e africanos, mas com algumas peculiaridades. O estudo apontou que os ancestrais europeus dos gaúchos eram principalmente espanhóis, e não portugueses. Isto porque a região foi por muito tempo disputada entre Portugal e Espanha, e só foi transferida da Espanha para o Brasil em 1750.

O estudo também revelou um alto grau de ancestralidade indígena nos gaúchos pelo lado materno (52% de linhagens ameríndians), maior do que dos brasileiros em geral. O estudo também detectou 11% de linhagens africanas pelo lado materno.

Desta forma, os gaúchos são fruto sobretudo da miscigenação entre homens ibéricos, principalmente espanhóis, com mulheres indígenas e, em menor medida, com africanas.

Etimologia

O termo originou-se no Uruguai em 1780 em um documento de Montevideu "que el expresado Díaz no consentirá en dicha estancia que se abriguen ningunos contrabandistas, bagamundos u ociosos que aqui se conocen por Gauchos." (8 de agosto de 1780). Guanches ou Guanchos gentílico dos habitantes das Ilhas Canarias na fundacao de Montevideu. Gaúcho foi o Guancho fugido de Montevideu.

Quando o Rei da Espanha mandou casais de agricultores das ilhas Canárias povoarem a recém-fundada Montevidéu, eles transplantaram a palavra pela qual identificavam os habitantes autóctones das ilhas: guanches, ou guanchos.

Foi esta a origem da palavra gaúcho, com pequena distorção de pronúncia: guanches ou guanchos. Existem várias teorias conflitantes sobre a origem do termo "gaúcho". O vocábulo pode ter derivado do quíchua (idioma ameríndio andino) ou de árabe "chaucho" (um tipo de chicote para controlar manadas de animais).

Além disso, abundam hipóteses sobre o assunto. O primeiro registro de seu uso se deu por volta de 1816, durante a independência da Argentina, com o qual se denominavam os índios nômades de pele escura, os gaúchos ou "charruas" (dai o chá - chimarrão, infusão de erva-mate verde seca e moída, tomada com água quente em cuia de cabaça ou porongo, sorvida por uma bomba de bambu ou metal), cavaleiros que domavam e cavalgavam "em pelo" os animais selvagens desgarrados das estâncias espanholas, que procriavam nos pampas argentinos.

Segundo Barbosa Lessa, em seu livro Rodeio dos Ventos, publicado pela Editora Mercado Aberto, 2a edição, o primeiro registro da palavra se deu em 1787, quando o matemático português Dr. José de Saldanha participava da comissão demarcadora de limites Brasil-Uruguai. Em uma nota de rodapé do seu relatório de trabalho, o luso teria anotado a expressão usada pelos da terra para referir-se àqueles índios cavaleiros.

História

O termo originou-se no Uruguai em 1780 em um documento de Montevideu "que el expresado Díaz no consentirá en dicha estancia que se abriguen ningunos contrabandistas, bagamundos u ociosos que aqui se conocen por Gauchos." (8 de agosto de 1780). Guanches ou Guanchos gentílico dos habitantes das Ilhas Canarias na fundacao de Montevideu.

Gaúcho foi o Guancho fugido de Montevideu. Quando o Rei da Espanha mandou casais de agricultores das ilhas Canárias povoarem a recém-fundada Montevidéu, eles transplantaram a palavra pela qual identificavam os habitantes autóctones das ilhas: guanches, ou guanchos.

Foi esta a origem da palavra gaúcho, com pequena distorção de pronúncia: guanches ou guanchos. Próximo ao Río Cebollatí no Uruguai, foi formada uma espécie de republiquinha fortificada gaúcha de contrabandistas canarios como uma forma de defesa das tropas de Portugal e Espanha. . m Rocha e toda a área da Lagoa Mirim e Bagé (agora no Brasil), onde os gaúchos são nascidos.

Os Gaúchos (fugidos) da fronteira Portugal - Espanha nao eram guanchos, eles eram Gaúchos descrição de pessoas de hábitos nômades, ciganos, moradores em barracas ou tendas, brancos pobres, de miscigenação moura, vinda da Espanha - fugidos que viraram índios ou índios aculturados pelas missões que não possuíam terras e vendiam sua força de trabalho a criadores de gado nas regiões de ocorrência de campos naturais do vale da Lagoa Mirim, entre os quais o pampa, planície do vale do Rio da Prata e com pequena ocorrência no oeste do estado do Rio Grande do Sul, limitada, a oeste, pela cordilheira dos Andes.

O gentílico "gaúcho" foi aplicado aos habitantes da Província do Rio Grande do Sul na época do Império Brasileiro por motivos políticos, para identificá-los como beligerantes até o final da Guerra Farroupilha, sendo adotado posteriormente pelos próprios habitantes por ocasião da pacificação de Caxias, quando incorporou muitos soldados gaúchos ao Exército ao final do Confronto, sendo Osório um gaúcho que participou da Guerra do Paraguai e é patrono da arma de Cavalaria do Exército Brasileiro, quando valores culturais tomaram outro significado patriótico, os cavaleiros mouros se notabilizaram na Guerra ou Confronto com o Paraguai.

Também importante para adoção dessa imagem mítica para representação do Estado do Rio Grande do Sul é a influência do nativismo argentino, que no final do século XIX expressa a construção de um mito fundador da cultura da região.

Na Argentina, o poema épico Martín Fierro, de José Hernández escrita em Santana do Livramento R.S. a patria gaúcha onde ele aprende a palavra Gaúcha do uruguaio Lussich (livro deo treis Gaúchos Orientales) e dos próprios riograndeses, exemplifica a utilização do elemento gaúcho como o símbolo da tradição nacional da Argentina e Uruguaia, em contradição com a opressão simbolizada pela europeização.

Martín Fierro, o herói do poema, é um "gaúcho" recrutado a força pelo exército argentino, abandona seu posto e se torna um fugitivo caçado.

Os gaúchos apreciam mostrar-se como grandes cavaleiros e o cavalo do gaúcho, especialmente o cavalo crioulo, "era tudo o que ele possuía neste mundo". Durante as guerras do século XIX, que ocorreram na região, atualmente conhecida como Cone Sul, as cavalarias de todos os países eram compostas quase que inteiramente por gaúchos.

Música



 
Gaúchos dançando uma dança típica do folclore gaúcho

Existem vários ritmos que fazem parte da folclore riograndense, mas a maioria deles são variações de danças de salão centro-européias populares no século XIX. Esses ritmos, derivados da valsa, do xote, da polca e da mazurca, foram adaptados como vaneira, vaneirão, chamamé, milonga, rancheira, xote, polonaise e chimarrita, entre outras.

O único ritmo riograndense é o bugio, criado pelo gaiteiro Wenceslau da Silva Gomes, o Neneca Gomes, em 1928, na região de São Francisco de Assis. Inspirado no ronco dos bugios, macacos que habitam as matas do Sul da América, o ritmo foi banido por ser considerado obsceno, mas foi mantido em São Francisco de Paula, onde hoje se realiza um festival "nativista" conhecido como "O Ronco do Bugio".

A partir de 1970, com a criação da Califórnia da Canção Nativa em Uruguaiana, começaram a surgir os festivais, que serviram de incentivo para músicos e compositores lançarem novos estilos, popularmente chamados de "música nativista". Essa música é formada por ritmos pré-existentes, especialmente a milonga e o chamamé, porém com canções mais elaboradas e com letras quase sempre dedicadas ao Rio Grande do Sul.

No Rio Grande do Sul também existe um ritmo chamado Tchê music, que incorpora ritmos tradicionalistas com influências do Maxixe nordestino. Também é comum neste estado, entre os descendentes de alemães, a Música folclórica alemã, em festivais como a Oktoberfest de Igrejinha

Vestimenta ou Indumentária



Trajes típicos de prenda e peão, em desfile na Semana Farroupilha, Porto Alegre.

Os gaúchos usam as roupas originárias da Alemanha e da Itália nos dias de hoje, e a bombacha e saia ficaram no passado, sendo que hoje menos de 10 % da população gaúcha ainda usa este tipo de roupa, por ter ocorrido uma grande banalisação das roupas gaúchas, as pessoas criaram novas tradições.

A bombacha é muito utilizada nas regiões da campanha e dos campos de cima da serra.

Palavras e expressões regionalistas : - o falar gaúcho

O modo de falar do Rio Grande do Sul, a exemplo do de outras partes do Brasil, possui expressões próprias diferenciadas da linguagem padrão, algumas próprias de outros países do Prata ou da cultura urbana do Estado, não necessariamente fazendo parte da cultura original dos camponeses originalmente denominados "gaúchos". Porém, vale lembrar a forte influência do sotaque espanhol.




Pelos campos verdejantes,

Neste céu sempre azul,
O gaúcho a cada instante,
Percorre os campos do sul.

No pingo bem arreado,
Vai troteando nas coxilhas,
Em busca de todo o gado,
E dos cavalos a tropilha.

Na carreta vagarosa,
Outro gaúcho assobiando,
Uma modinha chorosa,
Pensando na gauchinha

Poeta da Gaucha Amiga
 MARIA ROSAURA PRESTES AMARO



O REI SOCUMBIU NA LUZ

Paulo Sérgio:


"Fomos ingénuos nos golos sofridos"

Paulo Sérgio considerou o triunfo do Benfica "justo." Para o treinador do Sporting, a vitória encarnada deve-se à "maior eficácia" na hora de atirar à baliza. "O Sporting fez um bom jogo. Tivemos atitude, postura, mas faltou-nos personalidade para controlar e trabalhar a bola. Tivemos três ou quatro ocasiões de golo, tal como o Benfica, mas não as aproveitámos, e o Benfica sim".

domingo, setembro 19

SARDINHADA NA TAILÂNDIA

http://maquiavelencias.blogspot.com/2010/09/imagem-do-lado-direito-garanto-que-o.html

As deusas nas diferentes culturas e religiões

Deusa ou deidade feminina pode ser entendida como o aspecto feminino da divindade, em contraste, algumas vezes complementar, com o aspecto masculino, ou deus, integrando um panteão que inclui ambos os gêneros. Em alguns casos, a deusa mescla-se ao gênero masculino, constituindo um dos aspectos de uma deidade hermafrodita. As representações de gênero variam, transformam-se no tempo e no espaço nas várias culturas.


Aspectos dos conceitos de deusa e de deus

Como o conceito de monoteísmo e politeísmo são relativistas, os conceitos de deus e deusa correm o risco de ser culturalmente mal entendidos, devendo-se atentar para os contextos de patriarcado e matriarcado ao qual se relacionam.

O conceito de deusa é defendido por modernas matriarcas e panteístas como uma versão feminina de ou analógica a deus, isto é, o deus abraâmico), que no feminismo e em outros círculos é entendido como fundamental no conceito patriarcal de domínio — à exclusão de conceitos femininos.

A relação feminino-masculino é às vezes fundamental no monismo ("Um-ísmo"), de preferência, do que através de um conceito definitivo e rígido de monoteísmo versus politeísmo, onde a deusa e deus são vistos como os gêneros de uma mônada transcendental. No paganismo sempre existiram deusas-Mães e deuses Corníferos vivendo em panteões próprios a culturas, povos e épocas.





Estátua de Ceres, deusa romana da agricultura

 Transformações simbólicas

Passagem do matriarcado ao patriarcado

É interessante notar a mudança que sofrem os mitos de deidades femininas ao longo deste processo, pois, após a derrocada do matriarcado e a descoberta do ferro, todos os valores femininos foram também caindo, sendo demonizados, absorvendo estereótipos depreciativos criado por seus opositores, em decorrência de interesses e novos engendramentos econômicos.

O culto das deusas acha-se basicamente associado a três aspectos: psicológico, geo-físico e econômico. O aspecto psicológico engloba a veneração dos antigos pela geração materna (A Grande Mãe). O aspecto geo-físico está ligado à veneração pela natureza (estrelas etc.)

O aspecto econômico está ligado à produção material no matriarcado, sistema em que a mulher sustentava toda a gens com a plantação, sendo associada à agricultura, plantio, colheita e abundância.

Nos artigos seguintes se irão abordar vários temas sobre reeligiões e deusas.

MITOLOGIAA GREGA



Mitologia grega é o estudo dos conjuntos de narrativas relacionadas aos mitos dos gregos antigos, de seus significados e da relação entre eles e os povos — consideradas, com o advento do cristianismo, como meras ficções alegóricas.

Para muitos estudiosos modernos, entender os mitos gregos é o mesmo que lançar luz sobre a compreensão da sociedade grega antiga e seu comportamento, bem como suas práticas ritualísticas. O mito grego explica as origens do mundo e os pormenores das vidas e aventuras de uma ampla variedade de deuses, deusas, heróis, heroínas e outras criaturas mitológicas.

Ao longo dos tempos, esses mitos foram expressos através de uma extensa coleção de narrativas que constituem a literatura grega e também na representação de outras artes, como a pintura da Grécia Antiga e a pintura vermelha em cerâmica grega. Inicialmente divulgados em tradição oral-poética, hoje esses mitos são tratados apenas como parte da literatura grega.

Essa literatura abrange as mais conhecidas fontes literárias da Grécia Antiga: os poemas épicos Ilíada e Odisséia (ambos atribuídos a Homero e que focam sobre os acontecimentos em torno da Guerra de Tróia, destacando a influência de deuses e de outros seres), e também a Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, ambos produzidos por Hesíodo.

Os mitos também estão preservados nos Hinos homéricos, em fragmentos de poemas do Ciclo Épico, na poesia lírica, no âmbito dos trabalhos das tragédias do século V a.C., nos escritos de poetas e eruditos do Período Helenístico e em outros documentos de poetas do Império Romano, como Plutarco e Pausanias.

A principal fonte para a pesquisa de detalhes sobre a mitologia grega são as evidências arqueológicas que descobrem e descobriram decorações e outros artefatos, como desenhos geométricos em cerâmica, datados do século VIII a.C., que retratam cenas do ciclo troiano e das aventuras de Hércules. Sucedendo os períodos Arcaico, Clássico e Helenístico, Homero e várias outras personalidades aparecem para completar as provas dessas existências literárias.

A mitologia grega tem exercido uma grande influência na cultura, nas artes e na literatura da civilização ocidental e permanece como parte da herança e da linguagem do Ocidente.

Poetas e artistas desde os tempos antigos até o presente têm se inspirado na mitologia grega e descoberto que os temas mitológicos lhes legam significado e relevância em seu contemporâneo. Seu patrimônio também influi na ciência, como no caso dos nomes dados aos planetas do Sistema Solar e em estudos teóricos, acadêmicos, psicanalíticos, antropológicos e muitos outros.



Dioniso e sátiros. Interior de um vaso com figuras vermelhas, 480 a.C.


 
Afrodite e Adônis. Cerâmica grega antiga, 410 a.C.Índice

Termo e compreensão

Num contexto acadêmico, a palavra "mito" significa basicamente qualquer narrativa sacra e tradicional, seja verdadeira ou falsa. O sufixo "-logia", derivado do radical grego "logo",representa um campo de estudo sobre um assunto em particular. Com a junção de ambos os termos, "mitologia grega" seria, basicamente, o estudo dos mitos gregos, ou seja, os que fazem parte da cultura da Grécia.

Embora seja essa a convenção, os mitos gregos possuem uma abrangência de significado e valor complexa demais e que depende muito de cada cultura e tradição. Costumam ser compreendidas como narrativas falsas ou fantasiosas, literatura clássica, mas também arquétipos presentes no inconsciente coletivo, como prefere Carl Gustav Jung, embora também sejam vistos como histórias que servem como guia de comportamento, para Malinowski, ou ainda narrativas sagradas, onde existe o culto dos seres, ou, finalmente, narrativas voltadas à linguagem, à expressão, ou mesmo à conceitos e categorias como acreditava Lévi-Strauss.


Mito e sociedade



As dafnefórias (1876), oléo sobre tela de Frederic Leighton:

a dafnefória era um festival dedicado a Apolo celebrado pelos gregos a cada nove anos, em Tebas, Beócia. A mitologia grega era assunto principal nas aprendizagens das crianças da Grécia Antiga, como meio de orientá-las no entendimento de fenômenos naturais e em outros acontecimentos que ocorriam sem o intermédio dos homens. Os gregos antigos não contavam com meios modernos de calcular o tempo ou fazer previsões, de modo que os poetas atribuíam a cada fenômeno natural uma criatura ou um deus diferente.

Foi justamente quando inventaram o calendário e começaram a entender estados térmicos, como o sol e a chuva, que os mitos declinaram. Os poetas atribuíam esses estados térmicos, como também as relações e as características humanas, aos deuses e a outras histórias lendárias, e elas serviram durante um bom tempo como cultos ritualísticos na sociedade da Grécia antiga.



Mulher ajoelhada diante de um altar. Pintura vermelha em cerâmica, ca. 510-500 a.C. Antigo Museu Ágora de Atenas.

Além das crianças serem educadas através dos mitos, as famílias aristocráticas da Grécia, assim como os reis, e também profissionais, como os médicos, possuíam a tradição de se ligarem genealogicamente a antepassados míticos, geralmente divinos, ou até mesmo heróicos.

Os comerciantes também cultuavam deuses, como Hermes, sempre em tentativa de deixá-lo satisfeito e assim conseguir bons resultados em suas vendas.

Além de serem habituados aos sacrifícios de animais e às orações, os gregos antigos adotavam um deus particular ou um grupo deles para sua cidade, e os cidadãos construíam templos e o(s) venerava(m). Essas cidades não possuíam qualquer organização religiosa oficial, mas honravam os deuses em lugares determinados, como Apolo exclusivamente em Delfos.

Muitos festivais religiosos eram realizados na Grécia antiga. Alguns eram especificadamente dedicados a uma deidade particular ou cidade-estado. A Lupercalia, por exemplo, era comemorada na Arcadia e dedicada à pastoral Pã.

Existiam também os jogos que eram realizados anualmente em locais diferentes, e que culminaram nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, realizados a quatro anos e dedicados a Zeus.

Os gregos, frequentemente, encontravam desígnios dos deuses em muitas características da natureza. Os adivinhos, por exemplo, acreditavam haver mensagens divinas contidas no vôo das aves e nos sonhos.

Nas cidades, os oráculos — locais sagrados — eram usados por um sacerdote que, tomado por êxtase ou loucura divina, servia de intermédio entre o diálogo de um fiel e seu deus de adoração.

Nas primeiras eras em que a recente filosofia vivia ao lado da tradicional mitologia, para o povo grego a sabedoria plena e completa pertencia aos deuses, mas os homens poderiam desejá-la e amá-la, tornando-se filósofos (philo= amizade, amor fraterno, respeito; sophia= sabedoria).

Mito e religião



Cena de sacrifício grego em pintura vermelha em cerâmica do século 5 a.C.. Museu Arqueológico de Espanha.

É preciso haver um esclarecimento acerca da diferença entre mito e religião.

 Hoje, todas as mitologias de todos os povos são entendidas como um conjunto de crenças enraizadas em relatos modernamente tidos como fictícios e imaginados pelos poetas, enquanto a religião propõe-se a criar rituais ou práticas com a finalidade de estabelecer vínculos com a espiritualidade. "Mitologia" é um termo indiscutivelmente técnico e moderno e nunca utilizado pelos próprios gregos ou romanos.

Seus cultos compreendiam uma religião politeísta da qual os especialistas de hoje agrupam no que se chama "mitologia grega", analisando as narrativas poéticas como legados da literatura antiga, ao passo que os próprios gregos, sobretudo antes da fama da filosofia, acreditavam serem reais.

Pode-se dizer que "mito" é todo o conjunto que nós compreendemos hoje o que em suas épocas os gregos chamavam "religião".

Concepção de um templo grego, onde se reverenciavam os deuses: muitas dessas obras arquitetônicas da Grécia ainda estão preservadas no território do país.Para ficar mais claro, podemos dizer que os textos sacros dos gregos são o que chamamos agora de mitologia ou literatura da Grécia antiga.

A Teogonia e Os Trabalhos e os Dias de Hesíodo, a Ilíada e a Odisséia de Homero e as Odes de Píndaro estão entre as obras que os gregos consideravam sacros.

Estes são os principais textos que foram considerados inspirados pelos deuses e geralmente incluem no prólogo uma invocação às Musas para que elas auxiliem o trabalho do poeta.

Os gregos faziam cultos os deuses do Olimpo, realizados em templos comuns ou em altares e, também, culto aos heróis históricos, realizados em suas respectivas tumbas. Dedicados a um deus ou a um herói, os templos, decorados com esculturas (de deuses ou heróis) em relevo entre o teto e o topo das colunas, eram constituídos de pedras nobres como o mármore, usadas no alto da acrópole.

Os antigos teatros gregos, também, eram construídos para determinada figura mitológica, deuses ou heróis, como o teatro de Dioniso no Santuário de Apolo em Delfos.

Além da religião ter sido praticada através de festivais, nela se acreditava que os deuses interferiam diretamente nos assuntos humanos e que era necessário acalmá-los por meio de sacrifícios.

Estes rituais de sacrifício desempenharam um papel importante na formação da relação entre o homem e o divino. Um dos conceitos mais importantes quanto à moral para os gregos era o medo de cometer húbris (arrogância), o que constitui muitas coisas, do estupro à profanação de um cadáver.

Classificação

A gama de personagens, seres e ambientes que formam a Mitologia grega podem ser separados em três partes, sendo a última um apêndice para a literatura mitológica, de onde conseguimos grande parte das informações sobre os mitos:

1. Raças, divindades, criaturas; personagens em geral, que abrange os Ventos, Centauros, Ctónicos, Ciclopes, Dragões, Erínias, Gigantes, Górgonas, Hecatônquiros, Harpia, Musas, Moiras, Mortais, Ninfas, Deuses olímpicos, Deuses primordiais, Sátiros e Titãs.

1 a. Aqui também são incluídos os heróis Héracles, Aquiles, Odisseu, Jasão, Argonautas, Perseu, Édipo, Teseu e Triptolemos.

2. Lugares, que abrange os ambientes em que essas figuras, na imaginação dos gregos, viveram suas aventuras, que são Delfos, Delos, Olímpia, Hades (reino), Atlântida, Olimpo, Tróia, e Temiscira.

3. Literatura mitológica clássica, inclui o estudo da literatura antiga grega, que contou com nomes como Homero, que incluía em sua narrativa a crença de deuses.

DEUSAS GREGAS


Afrodite


Ariadne

Deméter

Ártemis

Atena

Aurora (mitologia)

Cárites

Deméter

Diké

Dríades

Enio

Eos

Erínias

Eris

Eurídice

Eurínome

Hebe

Hécate

Hemera

Hera

Ino

Io

Íris

Leto

Mnemosine

Moiras

Musas

Niké

Ninfas







RELIGIÃO - CALDEUS - ASSÍRIOS

Povos

A Mesopotâmia foi uma região por onde passavam muitos povos nômades oriundos de diversas regiões. A terra fértil fez com que alguns desses povos aí se estabelecessem. Do convívio entre muitas dessas culturas floresceram as sociedades mesopotâmicas.

Os povos que ocuparam a mesopotâmia foram os sumérios, os acádios, os amoritas ou antigos babilônios, os assírios, os elamitas e os caldeus ou novos babilônios. Como raramente esses Estados atingiam grandes dimensões territoriais, conclui-se que apesar da identificação econômica, social e cultural entre essas civilizações, nunca houve um Estado mesopotâmico.

Sumérios e Acadianos (antes de 2000 a.C.)



Venerador mesopotâmico de 2.750-2.600 a.C.

Os sumérios foram provavelmente os primeiros a habitar o sul da Mesopotâmia. A região foi ocupada em 5000 a.C. pelo povo sumério, que ali construiu as primeiras cidades de que a humanidade tem conhecimento, como Ur, Uruk e Lagash.

As cidades foram erguidas sobre colinas e fortificadas para que pudessem ser defendidas da invasão de outros povos que buscavam um melhor lugar para viver. Sua organização política era semelhante a uma confederação de cidades-Estado, governadas por um chefe religioso e militar que eram denominados patesi.

Como a maioria dos povos antigos, os sumérios eram politeístas. Porém os deuses serviam mais para resolver problemas terrenos do que solucionar os problemas que fazem parte após a morte.

Cada cidade sumérica tinha seu Deus "comandante". Na visão dos sumérios, os deuses tinham comportamentos parecidos com o das pessoas, praticavam o bem e o mal, e eram muito mais temidos do que amados.

Os Sumérios são conhecidos pelo desenvolvimento da escrita cuneiforme (assim chamada porque o registro era feito em placas de argila com auxílio de estilete que imprimia traços com forma de cunha) e desde o quarto milênio a.C., possuiam um complexo e completo sistema de controle da água dos rios

Realizavam obras de irrigação, barragens e diques, utilizavam também técnicas de metalurgia do bronze. Sua organização social influenciou muitos povos que os sucederam na região.

Após um período de domínio dos reis elamitas (viviam no sudoeste do atual Irã), os sumerianos voltaram a gozar de independência.

Grupo de nômades, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar nos territórios ao norte das regiões sumerianas. Conhecidos como acadianos, dominaram as cidades-estados da Suméria por volta de 2550 a.C. Por volta de 2400 a.C., conseguiram impor a sua hegemonia sob as cidades-Estado sumerianas. Já em 2330 a.C., o rei acadiano Sargão I promoveu a unificação da porção centro-sul da Mesopotâmia.

O período de ascensão do império acadiano foi relativamente curto, pois diversas tentativas de invasão militar enfraqueceram seriamente sua unidade política e territorial.

Em 2180 a.C., os gutis – originários das montanhas da Armênia – empreenderam uma grande ofensiva contra várias cidades mesopotâmicas. Somente a cidade de Ur conseguiu reagir contra os gutis e impor sua dominação. Entretanto, por volta de 2000 a.C., os povos elamitas deram fim à supremacia acadiana.

Amoritas (2000 a.C.-1750 a.C.)

No início do segundo milênio a.C., a região da Mesopotâmia constitui-se em um grande e unificado império que tinha como centro administrativo a cidade da Babilônia, situada nas margens do rio Eufrates.

Os amoritas, povos semitas proveniente da Arábia, edificaram o Primeiro Império Babilônico. Este povo é conhecido também como "antigos babilônicos", o que os diferencia dos caldeus, fundadores do Segundo Império Babilônico, denominados neobabilônicos.

O soberano que mais se destacou foi Hamurabi (1728 a 1686), elaborando leis que ficaram conhecidas como Código de Hamurabi, que tinha como base um código sumeriano " Ur-nammu". O " Código de Hamurabi". O caratér das leis que constituíam o Código de Hamurabi era bastante severo - a pena era equivalente à falta cometida.

Se um filho agredisse um pai, teria as mãos decepadas. Caso um médico perdesse seu paciente, responderia pelos seus erros, tendo também as mãos decepadas. Dessa forma,pode-se dizer que as leis deste governantes se baseavam no príncipio do olho por olho, dente por dente.

Apresenta uma série de penas para delitos domésticos, comerciais, ligados à propriedade, à herança, à escravidão e a falsas acusações, sempre baseadas na Lei de Talião ("Olho por olho, dente por dente"). Após sua morte, a Mesopotâmia foi abalada por sucessivas invasões, até a chegada dos assírios.

Desenvolveram um preciso relógio de sol.

Assírios (1300 a.C.-612 a.C.)



Um shedu, Assíria, calcário, do século 8 a.C., Museu do Louvre.

De origem semita, os assírios viviam do pastoreio e habitavam as margens do rio Tigre. A partir do final do segundo milênio a.C., passaram a se organizar como sociedade altamente militar e expansionista.

Realizaram diversas conquistas e expandiram seu domínio para além da própria Mesopotâmia, chegando ao Egito. O centro administrativo do império assírio era Nínive, onde foi feita a biblioteca real de Assurbanípal, com mais de 22 mil placas de argila.

O exército assírio era um dos mais notáveis da Antigüidade, fato que proporcionou aos assírios o poder de conquistar diversos territórios. A cada território o exército aumentava ainda mais por causa do alistamento obrigatório que esses implementaram. Alguns historiadores acreditam que os assírios pudessem colocar até 100 mil soldados em campo.

Mesmo com o exército, o império não conseguiu se sustentar, em grande parte pelo fato de que a maioria da população do império não gostava do regime militar e muitas vezes cruel, ao qual estavam submissas. Um dos reis que mais se destacou foi Assurbanípal.

Caldeus (612 a.C.-539 a.C.)

Povo de origem semita que se estabeleceu na Baixa Mesopotâmia no início do primeiro milênio a.C., os caldeus foram os principais responsáveis pela derrota dos assírios (pois, junto com os medos, saquearam Nínive) e pela organização do novo império babilônico.

Nabucodonosor foi o soberano mais conhecido dos caldeus. Famoso pela construção dos Jardins Suspensos da Babilônia e da Torre de Babel, governou por quase sessenta anos e após sua morte os persas dominaram o novo império babilônico. O Império dos caldeus durou apenas 73 anos,pois foi incorporado ao [Império Persa].

Economia e sociedade



O mercado de caycxmsamento da Babilônia, no Royal Holloway College.

Em linhas gerais pode-se dizer que a forma de produção predominante na Mesopotâmia baseou-se na propriedade coletiva das terras administrada pelos templos e palácios. Os indivíduos só usufruíam da terra enquanto membros dessas comunidades. Acredita-se que quase todos os meios de produção estavam sobre o controle do déspota, personificação do Estado, e dos templos.

O templo era o centro que recebia toda a produção, distribuindo-a de acordo com as necessidades, além de proprietário de boa parte das terras: é o que se denomina cidade-templo.

Estudos recentes mostram que, além do setor da economia dos templos e do palácio, havia um setor privado que participava, também, da economia da cidade-estado.

Administradas por uma corporação de sacerdotes, as terras, que teoricamente eram dos deuses, eram entregues aos camponeses. Cada família recebia um lote de terra e devia entregar ao templo uma parte da colheita como pagamento pelo uso útil da terra. Já as propriedades particulares eram cultivadas por assalariados ou arrendatários.

Entre os sumerianos havia a escravidão, porém o número de escravos era relativamente pequeno.

Em contraste com as cheias regulares e benéficas do Nilo, o fluxo das águas dos rios Tigre e Eufrates, ao subir à Leste pelos Montes Tauro, é irregular e imprevisível, produzindo condições de seca em um ano e inundações violentas e destrutivas em outro.

Para manter algum tipo de controle, fazia-se necessário a construção de açudes e canais, além de complexa organização. A construção dessas estruturas também era dirigida pelo Estado. O controle dos rios exigia numerosíssima mão-de-obra, que o governo recrutava, organizava e controlava. As principais atividades econômicas da Mesopotâmia eram:

A Agricultura. Era base da Economia. A economia da Baixa Mesopotâmia, em meados do terceiro milênio a.C., baseava-se na agricultura de irrigação. Cultivavam trigo, cevada, linho, gergelim (sésamo, de onde extraiam o azeite para alimentação e iluminação), árvores frutíferas, raízes e legumes. Os instrumentos de trabalho eram rudimentares, em geral de pedra, madeira e barro.

O bronze foi introduzido na segunda metade do terceiro milênio a.C., porem, a verdadeira revolução ocorreu com a sua utilização, isto já no final do segundo milênio antes da Era Cristã. Usavam o arado semeador, a grade e carros de roda;

A Criação de Animais. A criação de carneiros, burros, bois, gansos e patos era bastante desenvolvida;

O Comércio. Os comerciantes eram funcionários a serviço dos templos e do palácio. Apesar disso, podiam fazer negócios por conta própria. A situação geográfica e a pobreza de matérias primas favoreceram os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores iam vender seus produtos e buscar o marfim da Índia, a madeira do Líbano, o cobre de Chipre e o estanho de Cáucaso.

Exportavam tecidos de linho, lã e tapetes, além de pedras preciosas e perfumes. As transações comerciais eram feitas na base de troca, criando um padrão de troca inicialmente representado pela cevada e depois pelos metais que circulavam sobre as mais diversas formas, sem jamais atingir, no entanto, a forma de moeda.

A existência de um comércio muito intenso deu origem a uma organização economia sólida, que realizava operações como empréstimos a juros, corretagem e sociedades em negócios.

Usavam recibos, escrituras e cartas de crédito. O comércio foi uma figura importante na sociedade mesopotâmica, e o fortalecimento do grupo mercantil provocou mudanças significativas, que acabaram por influenciar na desagregação da forma de produção templário-palaciana dominante na Mesopotâmia.

As principais ciências estudadas foram:

A Astronomia. Entre os babilônicos, foi a principal ciência. Notáveis eram os conhecimentos dos sacerdotes no campo da astronomia, muito ligada e mesmo subordinada a astrologia. As torres dos templos serviam de observatórios astronômicos. Conheciam as diferenças entre os planetas e as estrelas e sabiam prever eclipses lunares e solares.

Dividiram o ano em meses, os meses em semanas, as semanas em sete dias, os dias em doze horas, as horas em sessenta minutos e os minutos em sessenta segundos. Os elementos da astronomia elaborada pelos mesopotâmicos serviram de base à astronomia dos gregos, dos árabes e deram origem à astronomia dos europeus;

A Matemática. Entre os caldeus, alcançou grande progresso. As necessidades do dia-a dia levaram a um certo desenvolvimento da matemática.Os mesopotâmicos usavam um sistema matemático sexagesimal (baseado no número 60).

Eles conheciam os resultados das multiplicações e divisões, raízes quadradas e raíz cúbica e equações do segundo grau. Os matemáticos indicavam os passos a serem seguidos nessas operações, através da multiplicação dos exemplos.

Jamais divulgaram as formulas dessas operações, o que tornaria as repetições dos exemplos desnecessárias. Também dividiram o círculo em 360 graus, elaboraram tábuas correspondentes às tábuas dos logarítimos atuais e inventaram medidas de comprimento, superfície e capacidade de peso;

A Medicina. Os progressos da medicina foram grandes (catalogação das plantas medicinais, por exemplo). Assim como o direito e a matemática, a medicina estava ligada a adivinhação. Contudo, a medicina não era confundida com a simples magia.

Os médicos da Mesopotâmia, cuja profissão era bastante considerada, não acreditavam que todos os males tinham origem sobrenatural, já que utilizavam medicamentos à base de plantas e faziam tratamentos cirúrgicos. Geralmente, o medico trabalhava junto com um exorcista, para expulsar os demônios, e recorria aos adivinhos, para diagnosticar os males.

Cultura

Escrita



Escrita cuneiforme gravada numa escultura do século XXII a.C. (Museu do Louvre, Paris).

A linguagem escrita é resultado da necessidade humana de garantir a comunicação e o desenvolvimento da técnica.A escrita cuneiforme, grande realização sumeriana, usada pelos sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades de contabilização dos templos. Era uma escrita ideográfica, na qual o objeto representado expressava uma idéia.

Os sumérios - e, mais tarde os babilônicos e os assírios, que falavam acadiano - fizeram uso extensivo da escrita cuneiforme. Mais tarde, os sacerdotes e escribas começaram a utilizar uma escrita convencional, que não tinha nenhuma relação com o objeto representado.

As convenções eram conhecidas por eles, os encarregados da linguagem culta, e procuravam representar os sons da fala humana, isto é, cada sinal representava um som. Surgia assim a escrita fonética, que pelo menos no segundo milênio a.C., já era utilizado nos registros de contabilidade, rituais mágicos e textos religiosos. Quem decifrou a escrita cuneiforme foi Henry C. Rawlinson.

A chave dessa façanha ele obteve nas inscrições da Rocha de Behistun, na qual estava gravada uma gigantesca mensagem de 20 metros de comprimento por 7 de altura. A mensagem fora talhada na pedra pelo rei Dario, e Rawlinson identificou três tipos diferentes de escrita (antigo persa, elamita e acádio - também chamado de assírio ou babilônico). O alemão Georg Friederich Grotefend e o francês Jules Oppent também se destacaram nos estudos da escrita sumeriana.

 Literatura

Era pobre. A que foi encontrada é uma literatura a serviço do poder do Estado, da religião e dos negócios. Há, crônicas sobre os feitos dos governantes e dos deuses, hinos, fábulas, versos, além de anotações de comerciantes.

Tudo isso encontra-se registrado em tábuas de argila, em escritas cuneiforme, assim denominada porque seus caracteres têm forma de cunha. Destacam-se apenas o Mito da Criação e a Epopéia de Guilgamesh - aventura de amor e coragem desse herói deus, cujo objetivo era conhecer o amor da imortalidade.

Direito



Uma inscrição do Código de Hamurabi.

O Código de Hamurabi, até pouco tempo o primeiro código de leis que se tinha notícia, é uma compilação de leis sumerianas mescladas com tradições semitas. Ele apresenta uma diversidade de procedimentos jurídicos e determinação de penas para uma vasta gama de crimes.

Contém 282 leis, abrangendo praticamente todos os aspectos da vida babilônica, passando pelo comércio, propriedade, herança, direitos da mulher, família, adultério, falsas acusações e escravidão. Suas principais características são: Pena ou Lei de Talião, isto é, “olho por olho, dente por dente” (o castigo do criminoso deveria ser exatamente proporcional ao crime por ele cometido), desigualdade perante a lei (as punições variavam de acordo com a posição social da vitima e do infrator), divisão da sociedade em classes (os homens livres, os escravos e um grupo intermediário pouco conhecido – os mushkhinum) e igualdade de filiação na distribuição da herança.

O Código de Hamurábi reflete a preocupação em disciplinar a vida econômica (controle dos preços, organização dos artesãos, etc.) e garantir o regime de propriedade privada da terra. Os textos jurídicos mesopotâmicos invocavam os deuses da justiça, os mesmos da adivinhação, que decretavam as leis e presidiam os julgamentos.

Anterior ao Código de Hamurábi, tem-se o Código de Ur-Nammu, descoberto em 1952 pelo assiriólogo e professor Samuel Noah Kromer.

Artes



O Grande Zigurate de Ur, um zigurate de 4100 anos, perto de Nassíria, no Iraque.

A Arquitetura. A mais desenvolvida das artes , porém não era tão notável quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a pedra na região;.

O zigurate, torre piramidial, de base retangular, composto de vários pisos superpostos, formadas por sucessivos andares, cada um menor que o anterior. Construção característica das cidades-estados sumerianos. Nas construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário, como um local de observações astrônomicas.

As muralhas construidas por Nabucodonosor eram tão largas, que sobre elas realizavam-se corridas de carros.

Mais famosas foi as portas, cada uma dedicada a uma divindades e ornamentadas com grandes figuras em relevo. O caminho das procissões e a porta azul de Ishatar(deusa do amor e da fertilidade) eram decorados com figuras em cerâmicas esmaltada. A porta encontra-se no Museu de Berlim, mas suas cores desaparecem.

Escultura e a pintura. Tanto a escultura quanto a pintura eram fundamentalmente decorativas. A escultura era pobre, representada pelo baixo relevo. Destacava-se a estatuária assíria, gigantesca e original. Os relevos do palácio de Assurbanipal são obras de artistas excepcionais. A pintura mural existia em função da arquitetura.

Um dos raros testemunhos da pintura mesopotâmica foi encontrados no Pálacio de Mari, descoberto entre 1933 e 1955. Embora as tintas utilizadas fossem extremamente vulneráveis ao tempo, nos poucos fragmentos que restaram é possível perceber o seu brilho e vivacidade. Seus artistas possuíam uma técnica talvez superior à que lhes era permitido demonstrar.

 "Leis da frontalidade"

Como era preciso colocar figuras tridimensionais, em uma superficíe bidimensional, a imagem sofria um rígido processo de distorção: onde a cabeça, pernas e pés eram representados de perfil e o busto de frente.

Música e dança

A música na Mesopotâmia, principalmente entre os babilônicos, estava ligada à religião.

Quando os fiéis estavam reunidos, cantavam hinos em louvor dos deuses, com acompanhamento de música. Esses hinos começavam muitas vezes, pelas expressões: " Glória, louvor tal deus; quero cantar os louvores de tal deus", seguindo a enumeração de suas qualidades, de socorro que dele pode esperar o fiel.

Nas cerimônias de penitência, os hinos eram de lamentação: "aí de nós", exclamavam eles, relembrando os sofrimentos de tal ou qual deus ou apiedando-se das desditas que desabam sobre a cidade.

Instrumentos sem dúvida de sons surdos, acompanhavam essa recitação e no corpo desses salmos, vê-se o texto interromper-se e as onomatopéias "ua", "ui", "ua", sucederem-se em toda uma linha. A massa dos fiéis devia interromper a recitação e não retomá-la senão quando todos, em coro tivessem gemido bastante.

A procissão, finalmente, muitas vezes acompanhava as cerimônias religiosas e mesmo as cerimônias civis. Sobre um baixo-relevo assírio do British Museum que representa a tomada da cidade de Madaktu em Elam, a população sai da cidade e se apresenta diante do vencedor, precedida de música, enquanto as mulheres do cortejo batem palmas à oriental para compassar a marcha.

O canto também tinha ligações com a magia.

Há cantos a favor ou contra um nascimento feliz, cantos de amor, de ódio, de guerra, cantos de caça, de evocação dos mortos, cantos para favorecer, entre os viajantes, o estado de transe.

A dança, que é o gesto, o acto reforçado, se apóia em magia sobre leis da semelhança. Ela é mímica, aplica-se a todas as coisas:- há danças para fazer chover, para guerra, de caça, de amor etc.

Danças rituais têm sido representadas em monumentos da Ásia Ocidental, Suméria. Em Thecheme-Ali, perto de Teerã; em Tepe-Sialk, perto de Kashan; em Tepe-Mussian, região de Susa, cacos arcaicos reproduzem filas de mulheres nuas, dando-se as mãos, cabelos ao vento, executando uma dança. Em cilindros-sinetes vêem-se danças no curso dos festins sagrados (tumbas reais de Ur).



Religião



Lista de deuses em língua suméria a partir da Escrita cuneiforme no século XXIV a.C.Os deuses, extremamente numerosos, eram representados à imagem e semelhança dos seres humanos.

O sol, a lua, os rios, outros elementos da natureza e entidades sobrenaturais, também eram cultuados. Embora cada cidade possuísse seu próprio deus, havia entre os sumérios algumas divindades aceitas por todos.

Na Mesopotâmia, os deuses representavam o bem e o mal, tanto que adotavam castigos contra quem não cumpria com as obrigações.

O centro da civilização sumeriana era o templo, a casa dos deuses que governava a cidade, além de centro da acumulação de riqueza. Ao redor do templo desenvolvia-se a atividade comercial. O patesi representava o deus e combinava poderes políticos e religiosos.

Apenas ao sacerdote era permitida a entrada no templo e dele era a total responsabilidade de cuidar da adoração aos deuses e fazer com que atendessem as necessidades da comunidade.

Os sacerdotes do templo estavam livres dos trabalhos nos campos, dirigiriam os trabalhos de construção de canais de irrigação, reservatórios e diques.

O deus através dos sacerdotes emprestava aos camponeses animais, sementes, arados e arrendava os campos. Ao pagar o “empréstimo”, o devedor acrescentava a ele uma “oferenda” de agradecimento.

Com a necessidade de controlar os bens doados aos deuses e prestar contas da administração das riquezas do templo iniciou-se o sistema de contagem e a escrita cuneiforme.

Como exemplo do poder dos deuses em Lagash, o campo era repartido nas posses de aproximadamente 20 divindades, uma destas, Baú, possui cerca de 3250 hectares, das quais três quartos atribuídos, um em lotes, as famílias singulares, um quarto cultivado por assalariados, por arrendatários (que pagam um sétimo ou um oitavo do produto) ou pelo trabalho gratuito dos outros camponeses.

Em seu templo trabalham 21 padeiros auxiliados por 27 escravas, 25 cervejeiros com 6 escravos, 4 mulheres encarregadas do preparo da lã, fiandeiras, tecelãs, um ferreiro, alem dos funcionários, dos escribas e dos sacerdotes.

A concepção de uma vida além-túmulo era confusa. Acreditavam que os mortos iam para junto de Nergal, o deus que guardava um reino de onde não se poderia voltar.

DEUSA AMATERASU



Amaterasu (天照) Também conhecida como Ama-Terasu-Oho-Mi-Kami (天照大神). Deusa do sol, divindade japonesa que vela sobre os homens e os enche de benefícios.

Nasceu do olho esquerdo de Izanagi e domina o panteão xintoista, em que figura um certo número de personificações das forças naturais. É representada empunhando um disco solar.

"Amaterasu vivia em uma gruta, em companhia de suas criadas, que lhes teciam cotidianamente um quimono da cor do tempo. Todos os dias de manhã, ela saía para iluminar a Terra.

Até o dia em que seu irmão, Susanoo, deus do Oceano jogou um cavalo esfolado nos teares das criadas tecelãs. Assustadas, elas se atropelaram, e uma delas morreu, com seu sexo furado por sua própria laçadeira.

A deusa Amaterasu não apreciou a brincadeira: não gostava de cavalo cru. Zangada, recolheu-se em sua gruta e a luz desapareceu. E o pânico foi semeado até no céu, onde viviam os deuses e as deusas, que como os humanos, também não enxergavam nada. Eles se reuniram e bolaram uma estratagema.

Pediram a Uzume, a mais engraçada das deusas, que os distraísse diante da gruta fechada em que Amaterasu estava amuada. Uzume não usou de meios termos: levantando a saia, pôs-se a dançar provocantemente, exibindo suas partes íntimas com caretas irresistíveis. Estava tão divertida que os deuses desataram na gargalhada...

Curiosa, Amaterasu não aguentou: entreabriu a pedra que fechava a gruta, e os deuses lhe estenderam um espelho onde ela viu uma mulher esplêndida. Surpresa, ela se adiantou. Então os deuses agarraram-na e Amaterasu saiu para sempre de sua gruta. O mundo estava salvo."