o mar do poeta

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domingo, abril 24

O MAR DO POETA PASSOU A BANHAR O CAZAQUISTÃO

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O MAR DO POETA entrou pelo rio Ural e foi banhar  o CAZAQUISTÃO, passando este a ser o 164º país a ser banhado pelas letras do Mar do poeta, com 248 518 leitores, nvegando em calmas águas, novos países serão banhados, não muitos mais, visto que no mundo só existirem, oficialmente, 191 países..


O Cazaquistão (em cazaque Қазақстан, transl. Qazaqstan) é um país fundamentalmente asiático, embora também inclua uma região relativamente pequena que, geograficamente, pertencente à Europa: a área entre o rio Ural e a fronteira russa, que é o ponto mais oriental de todo o continente europeu.
Esta característica faz do Cazaquistão uma nação transcontinental. Limita-se a norte e oeste com a Rússia, a leste com a China, a sul com o Quirguistão, o Uzbequistão e Turcomenistão e a oeste com o mar Cáspio.
O Cazaquistão foi um dos países que se tornaram independentes com a dissolução da União Soviética, tendo se declarado independente em 16 de dezembro de 1991.
O Cazaquistão tem sido habitado desde a Idade da Pedra: o clima e o terreno da região são apropriados para povos nômades que praticam o pastoralismo. Historiadores acreditam que os humanos domesticaram o cavalo pela primeira vez nas vastas estepes da região.
Embora cidades antigas como Taraz (Aulie-Ata) e Hazrat-e Turkestan tenham servido por muito tempo como importantes paradas ao longo da Rota da Seda, que ligava o Ocidente ao Oriente, uma consolidação política do território só foi iniciada com a invasão mongol do início do século XIII.

Sob o Império Mongol foram estabelecidos distritos administrativos, que foram, por fim, reunidos sob o emergente Canato Cazaque.
Durante este período a vida tradicional nomádica e uma economia baseada na criação de animais continuou a dominar a estepe.

No século XV uma identidade distintamente cazaque começou a emergir entre as tribos turcomanas da região, um processo que se consolidou com a aparição, na metade do século XVI, do idioma cazaque, bem como de uma cultura própria.
Ainda assim, o território foi o foco de crescentes disputas entre os emires cazaques nativos e os povos de origem persa do sul.

No início do século XVII, o Canato Cazaque lutava contra o impacto de rivalidades tribais, que acabaram por dividir efetivamente a população em três hordas (jüz), chamadas de "Grande", "Média" e "Pequena" Hordas.
A falta de união política, estas rivalidades tribais e a diminuição da importância das rotas comerciais terrestres entre o Ocidente e o Oriente enfraqueceram consideravelmente o Canato Cazaque.


ALMOÇO DE DOMINGO DE PÁSCOA EM BANGKOK


 



O Domingo de Páscoa, este ano, 2011, foi passado no gigantesco centro comercial Fashion Island, em Bangkok.

Fashion Island (Tailândia)
 Fashion Island Localização estrada Ramindra, Khan Na Yao District, Bangkok
Data de inauguração junho 1995
Siam Developer Development Co. Varejo, Ltd.
N º de lojas e serviços 300
Área total 350 mil
Estacionamento 5500
Localidade Bangkok
Fashion Island é um shopping center localizado na Ramintra Road, no distrito de Khan Na Yao periferia de Bangkok, na Tailândia. Alguns dlos centros comerciais são

Robinson Department Store
BigC
Major Cineplex
Home Pro
Mundo do esporte
O shopping também dispõe de um parque de diversões com um monorail circulando ao redor do shopping. É 1,4 km de comprimento e tem quatro estações.

Muito havia para ver e comprar, centenas de milhares de pessoas por lá andavam , o articulista, conhecia o local, pois centenas de vezes passou bem perto do local, mas só hoje foi conhecer este super e enorme centro comercial, no qual possui três super mercados e milhares de lojas e restaurantes.
Chegamos eram horas de almoço, percorremos vários andares quando demos com o restaurante escolhido o Sizzler



O bar do restaurante onde os clientes se podem servir à vontade de sopas, vegetais, saladas, queijo, frutos secos, frutas e musses.



Tivemos que aguardar vez, como sempre, mas depois o articulista não se fez rogado e escolheu este farto prato, após ter ingerido algumas entradas.

Como se pode ver na foto um belo bife de vaca, uma salsicha, batatas fritas e salada, uma maravilha


A filha mais velha do articulista e a comida que escolheu

A filha do meio ficou-se por este enorme prato de entrecosto

A filha mais nova escolheu um bife de porco

A esposa do articulista, igualmente encheu bem a pança com este forte prato, para não falar nas entradas, sopa e as frutas.



Depois, já com a pança cheia, foi tempo de ir beber uma bica noutro local igualmente conhecido e ao gosto do articulista, depois, bem, depois foi percorrer algumas artérias do imenso complexo, fazer algumas compras, entre elas uma MiniStation Lite de 1.0 TB ,


Antes de regressarmos a casa, e depois de ter a pança cheia, normal foi ter o articulista de usar a casa de banho, super moderna, mas desta vez, e como o diz o ditado, Gato de escaldado de água fria tem medo, e digo isto pela simples razão, uma vez num hotel em Penang, as casas de banho estavam equipadas com o mesmo material, marca Toshiba, e o articulista ao levantar-se da sanira para sacar papel higiénico tomou um banho, do repuxo que saiu da sanita, hoje usou é certo a casa da banho mas não carregou em botão algum, deixou isso a cargo da encarregada do local, que por ali andava,





Estes modernismos, por vezes nos deixa embaraçados!...
Eram 18.30 horas quando saímos do complexo de regresso a casa, assim passou o articulista  o Domingo de Ramos em Bangkok.

Uma catana com 61 cm não é arma proibida para o tribunal - Portugal - DN



Uma catana com 61 cm não é arma proibida para o tribunal - Portugal - DN


CADA CABEÇA SUA SENTENÇA - E assim vai a justiça em Portugal.

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Legislação
A compra, utilização e detenção de facas e derivados em Portugal está patente na actual lei 05 de 2006, em vigor desde Agosto de 2006. Aqui tentamos esclarecer o utilizador sobre as implicações ligadas a esta problemática.
Este documento foi elaborado com base na interpretação do próprio documento da Lei e de documentação complementar fornecida em actuais cursos de aptidão para a concessão de alvará de armeiro em 2008.
Resumo Breve
Lâminas com menos de 10 cm não são consideradas (à partida) armas.
Facas de borboleta, boxers, facas de arremesso, estiletes e estrelas de lanças são armas proíbidas.
Facas dissimuladas de outros objectos (por exemplo um telemóvel, um sapato) são armas proíbidas.
Lâminas sem afectação a caça, actividades desportivas, coleccionismo e outros contextos são armas proíbidas.
A detenção de facas está intimamente ligada com o contexto de utilização e com eventuais licenças (ou filiações) que comprovem o propósito dessa mesma posse.
Interpretação da Lei Vigente
A Lei 05/2006 veio, entre outras coisas, diferenciar as armas em termos de perigosidade, atribuindo cada arma a uma classe diferente de A a G, sendo a classe A a mais perigosa. Esta classe é também denominada de classe das “armas proibidas” onde se encaixam todas as armas de guerra.

Diz assim o Art. 1º da Lei 05/2006:
(…) l) «Arma Branca» todo o objecto ou instrumento portátil dotado de uma lâmina ou outra superfície cortante ou perfurante de comprimento igual ou superior a 10 cm ou com parte corto-contundente, bem como destinado a lançar lâminas, flechas ou virotões, independentemente das suas dimensões.
Também diz o Art. 3º:
São armas, munições e acessórios de classe A:
(…)
d) As armas brancas ou de fogo dissimuladas sob a forma de outro objecto
e) As facas de abertura automática, estiletes, facas de borboleta, facas de arremesso, estrelas de lançar e boxers.
f) As armas brancas sem afectação ao exercício de quaisquer práticas venatórias, comerciais, agrícolas, industriais, florestais, domésticas ou desportivas, ou que pelo seu valor histórico ou artístico não sejam objecto de colecção. (…)
Diz também no Art. 86º referente à Detenção de Arma Proíbida:
1 - Quem, sem se encontrar autorizado, fora das condições legais ou em contrário das prescrições da autoridade competente, detiver, transportar, importar, guardar, comprar, adquirir a qualquer título ou por qualquer meio ou obtiver por fabrico, transformação, importação ou exportação, usar ou trouxer consigo:
(…)
d) Arma de Classe E, arma branca dissimulada sob a forma de outro objecto, faca de abertura automática, estilete, faca de borboleta, faca de arremesso, estrela de lançar e boxers (…)
Assim, é possível determinar que:
Tudo o que tem lâmina inferior a 10 cm não é considerado arma e não está abrangido por esta lei, exepto se for usado como tal (tem que existir delito pois o objecto em si não chega) tanto é assim que para vender facas não é necessário qualquer tipo de alvará.
Também é expressamente proibida a venda e detenção de facas de abertura automática (vulgo ponto-em-mola), estiletes, facas de borboleta, facas de arremesso, estrelas de lançar e boxers.
Também são proibidas as facas que não estão ligadas a uma das seguintes práticas: venatórias (caça), comerciais, agrícolas, industriais, florestais, domésticas ou desportivas. Todas as facas justificadas com este propósito são, em nosso entender, classificadas como ferramenta ou instrumento e não uma arma até ser usado como tal.
Não conseguir encaixar qualquer dos artigos expostos na loja on-line Navalhas.com num dos parâmetros mencionados é difícil pois existem inúmeros hipóteses para justificar a detenção de uma peça de cutelaria. O problema reside na forma como o comprador irá usar/deter este equipamento.
Se a faca tiver um simbolismo histórico ou artístico, poderá ser considerada alvo de colecção e assim, não se enquadrará na classe das armas proibidas.
Os machados, por exemplo, contam com parte corto-contundente e são á partida classificados como arma branca. Contudo, se usados com justificação (que não necessita de ser escrita ou provada, basta haver contexto de uso) são de utilização permitida. O mesmo se passa com as catanas ou machetes.
Desta forma somos levados a crer que tudo tem a ver com o contexto tal como uma faca de cozinha de lâmina longa não é considerado uma arma até ser usada como tal. Isto quer dizer que se uma pessoa andar com uma faca numa montaria ou caçada terá perfeita justificação se detiver licença de caça.
Se tem armas em casa para coleccionar, deverá ostentar uma licença de coleccionador (ser coleccionado federado). Se precisamos de uma faca para um determinado desporto, devemos ter justificação que a faca é de facto para uso desportivo (ser federado, associado…).
Andar um uma faca debaixo do banco do carro ou mantê-la no tornozelo enquanto se passeia na rua é considerado crime pois nesse contexto estamos perante uma situação de utilização de arma proibida pois o fim a que se destina é o de defesa ou de ataque.
Disposições Finais
Os autores do ArmaBranca.com não se responsabilizam pela actualização precisa deste documento nem por erradas interpretações. O conteúdo aqui presente é resultado de uma interpretação que poderá estar sujeita a erros ou pequenos desvidos mesmo não havendo intenção para tal existência. A sua leitura não dispensa a consulta de um legislador ou advogado em casos de dúvidas sensíveis. Este texto poderá conter erros tipográficos e poderá ser alterado sem aviso prévio.
Sobre a matéria legal nunca é demais reflectir sobre ela e focar determinados aspectos que, infelizmente, não fazem parte do conhecimento geral. A título de exemplo devo dizer que é extremamente frequente, no nosso habitual processo de apoio ao cliente ou futuro cliente, deparamo-nos com questões como “vendem facas de ponto em mola?” ou “têm facas equilibradas?”.
Como está já discutido no artigo que aborda a Legislação sobre Facas, existe uma série de artigos que são, independentemente do comprimento da lâmina, consideradas armas proíbidas. A razão pela qual é simples: todos estes engenhos, mediante as suas peculiares características, não têm de forma assumida uma segunda utilização para além da própria agressão.

Para clarificar as dúvidas, segue então a lista pormenorizada das armas brancas automáticamente excluídas pelo Estado Português como ferramenta de venda ou utilização livre/condicionada:

Armas brancas dissimuladas sob a forma de outro objecto

São todos aqueles dispositivos munidos de uma lâmina que (e aqui aplica-se o bom senso) não se assemelham com uma faca, mascarando-se de objectos do quotidiano (um telemóvel, uma caneta ou uma bengala, por exemplo). Aqui também poderão figurar as canetas de defesa (como é exemplo a Cold Steel Shark - embora seja discutível).

Facas de Abertura Automática

As facas com sistema automático de abertura vulgo Ponto-em-mola, são proíbidas seja com sistema de abertura lateral ou frontal. Hoje em dia este conceito é um pouco retrógrado uma vez que muitas facas manuais são extremamente rápidas de serem abertas graças aos vários sistemas de alavanca e abertura assistida. Contudo, a lei é clara e é para ser cumprida. Além do mais esta faca pode ocultar totalmente a lâmina uma vez fechada, o que é uma das razões que torna este tipo de facas de venda ilegal.

! Actualização Importante: Segundo a legislação à data, as facas de abertura automática são permitidas desde que tenham lâmina de comprimento inferior ou igual a 10 cm. Contudo esta situação está prestes a ser alterada, resultando da proíbição total destas facas, na recente revisão à lei das armas, aprovada em Março de 2009 e que entrará em vigor, possivelmente, dentro em breve.

Estiletes

Aqui a lei é um pouco ambígua pois o conceito de estilete é muito vasto. Há quem considere como estilete um bisturi ou um X-Acto (e recentemente não ouvi falar de rusgas da PSP a Hospitais nem ao Staples) mas se formos ao cerne da palavra (e ao que o legislador quis dizer) poderemos extraír que o estilete é uma lâmina fina, longa e que não tem outra utilidade senão espetar. Mas, mais uma vez é tudo discutível, serão as bandarilhas dos toureiros estiletes ou um estilete é algo mais pequeno?

Facas de Borboleta

Estas são bem conhecidas. Caracterizam-se pelo facto de terem o cabo/punho dividido em duas partes que com movimento rápido rodam sobre dois eixos revelando uma lâmina (geralmente de duplo fio) com menor ou igual comprimento que os mesmos. Muito famosas nos anos 50 mas são hoje proíbidas em muitos países pelas mesmas razões da ponto-em-mola: lâmina oculta e rapidez de abertura.

Facas de Arremesso

São as ditas facas equilibradas usadas pelos fakirs no circo. É discutível se estas facas não poderiam ver a excepção à proíbição mediante justificação desportiva - afinal pouco difere da actividade de arco e flecha, e com o declínio das actividades circences bem que dava uma ajuda à arte. Estas facas têm um aspecto muito peculiar sendo que são geralmente desprovidas de cabo, resumindo-se a peças de metal afiado feito especificamente para ser atirado e espetado num alvo à distância. Podem contar com contra-pesos ajustáveis para calibrar o arremesso.

Estrelas de Lançar

Um derivado das facas de arremesso mas com uma forma muito mais peculiar. De origem oriental e imortalizadas no nosso imaginário pelos filmes de ninjas. São pedaços de metal recortados de forma circular com dentes ou saliências cortadas no disco de forma angularmente regular. São usadas para atirar e têm como único propósito de concepção o assassinato silencioso. São, portanto, proíbidas.

Boxers

Estas peças já fogem um pouco do domínio das facas sendo que se apresentam como um auxiliar da porrada. São geralmente feitos em metal e destinam-se a aumentar o poder de um murro, protegendo o agressor e prejudicando considerávelmente o alvo. Vulgarmente designados como “soqueiras”. Como não têm qualquer outra utilização são armas (brancas) proíbidas.
E assim fica concluída a lista para que todos possamos compreender melhor os limites que a legislação Portuguesa impõe à compra, venda e detenção (seja para que fim for) de facas e canivetes.

Fonte - Armas brancas

terça-feira, abril 19

VINHOS - PORTUGAL vs ROMÉNIA

 

 


Sem dúvida alguma Portugal é um país vinícola por natureza, porém a sua comercialização não é feita em moldes internacionais, tais como o fazem outros países, tais como a França, Itália, Chile, Espanha, Africa do Sul, Australia, Estados Unidos da America e a Roménia.

Vem isto a propósito de na Tailândia, país de imenso consumo de alcóol, e nas parteleiras dfos supermercados se poder encontrar vinhos dos países a que referi, é uma pena que Portugal, e seus exportadores não apostem neste imenso comércio.

Não é o articulista Enólogo, nem pensar nisso, bebe o seu copinho de vez enquando, em Macau, sim os vinhos portugueses enchem as parteleiras sos supermercados, e o articulista, como referi não Énologo algum nem sequer comerciante, foi sim empregado de balcão, onde se vendia igualmente algumas marcas de vinhos, me recordo do Camilo Alves e Sanguinhal, entre outros, conhece imensas marcas de vinhos portugueses e muitas delas são de alta qualidade.
A seguir irei referir os vinhos portugueses, suas qualidades e regiões, depois sim, abordarei o tema a que levou ao articulista escrever. Portugal vs Roménia em vinhos.

Vinhos portugueses


As vinhas tradicionais do Douro são feitas em socalcos, ao longo do rio Douro e afluentes, criando uma paisagem reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade

Os vinhos portugueses são o resultado de uma sucessão de tradições introduzidas em Portugal pelas diversas civilizações que aí se sucederam, como os fenícios, cartagineses, gregos e, acima de tudo os romanos.

A exportação dos vinhos portugueses iniciou-se para Roma durante o Império Romano. A exportaçoes modernas desenvolveram-se com o comércio para o Reino Unido, após a assinatura do Tratado de Methuen, também referido como Tratado dos Panos e Vinhos, assinado entre a Grã-Bretanha e Portugal, em 1703.

Portugal tem o mais antigo sistema de apelação do mundo, a região demarcada do Douro. Esta região, entre outras, como a dos vinhos Verdes, produzem alguns dos vinhos mais requintados, exclusivos e valorizados do mundo.

Portugal possui duas regiões produtoras de vinho protegidas pela UNESCO como património mundial: a Região Vinhateira do Alto Douro, onde se produz o conhecido generoso Vinho do Porto, e a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico.

A vastíssima quantidade de castas nativas (cerca de 285) permite produzir uma grande diversidade de vinhos com personalidades muito distintas. O guia The Oxford Companion to Wine descreve o país como um verdadeiro "tesouro de castas locais".

A qualidade e carácter único dos seus vinhos fazem de Portugal uma referência entre os principais países produtores, com um lugar destacado e em crescimento, entre os 10 principais produtores, com 4% do mercado mundial (2003). Considerado um produtor tradicional do Velho Mundo, 8% do continente é dedicado à cultura da vinha.

 

Denominações de origem


A Denominação de Origem designa vinhos cujas características e individualidade são indissociáveis de uma região determinada, sendo vinhos originários dessa região ou vinhos cujas características se devem essencial ou exclusivamente ao meio geográfico, incluindo os factores naturais e humanos.

Para beneficiar de uma Denominação de Origem, o processo de produção do vinho é rigorosamente controlado, desde a vinha até ao consumidor, cumprindo a selecção de castas autorizadas, os métodos de vinificação e as características organolépticas, cabendo às Comissões Vitivinícolas Regionais fazer esse controlo, garantindo a genuinidade dentro das suas regiões demarcadas(Lei nº. 8/85, de 4 de Junho).

Com a adesão de Portugal à Comunidade Europeia adoptou-se a nomenclatura comunitária, de classificação dos vinhos: VQPRD, Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada.

Esta designação reúne todos os vinhos classificados como DOC, Denominação de Origem Controlada e IPR, Indicação de Proveniência Regulamentada. Existe ainda uma nomenclatura própria para os vinhos licorosos e espumantes: VLQPRD - Vinho Licoroso de Qualidade Produzido em Região Determinada; VEQPRD - Vinho Espumante de Qualidade Produzido em Região Determinada; VFQPRD - Vinho Frisante de Qualidade Produzido em Região Determinada.
  • DOC, Denominação de Origem Controlada: Designação atribuída a vinhos de qualidade produzidos em regiões geograficamente limitadas, que cumprem um conjunto de regras que definem as características dos solos, castas autorizadas, práticas de vinificação, teor alcoólico, tempo de estágio, etc. Todas as mais antigas regiões produtoras portuguesas usufruem deste deste estatuto.

  • IPR, Indicação de Proveniência Regulamentada: Designa o vinho que embora gozando de características particulares, terá ainda de cumprir (num período mínimo de 5 anos) todas as regras estabelecidas para poder passar à classificação de DOC.
  • Vinho de Mesa: Os vinhos que não se enquadram nas designações atrás referidas, seja pela combinação de castas, vinificação ou outras características, são considerados vinhos de mesa.
  • Vinho Regional: Classificação dada a vinhos de mesa com indicação da região de origem. São vinhos produzidos na região específica cujo nome adoptam, elaborados com um mínimo de 85% de uvas provenientes da mesma região, de castas autorizadas (Decreto-Lei nº. 309/91, de 17 de Agosto).

Castas Portuguesas


Cacho de Alvarinho, casta característica do Vinho Verde
Em Portugal, como na Europa, são usadas numerosas castas de Vitis vinifera. A vastíssima quantidade de castas nativas (cerca de 285) permite produzir uma grande diversidade de vinhos com personalidades muito distintas. O guia The Oxford Companion to Wine descreve o país como um verdadeiro "tesouro de castas locais".

Algumas das castas tintas Portuguesas mais importantes são: Touriga Nacional, Baga, Castelão, Touriga Franca e Trincadeira (ou Tinta Amarela). Entre as castas brancas Portuguesas destacam-se: Alvarinho, Loureiro, Arinto, Encruzado, Bical e Fernão Pires. Tradicionalmente combinam-se diversas castas brancas.

Na sequência da devastação causada pela filoxera em finais do século XIX, passou a ser utilizada uma casta americana como porta-enxerto das castas portuguesas. Apesar de terem características próprias, há que considerar que a mesma casta de uva poderá produzir vinhos diferentes consoante as condições em que é cultivada.

Tem existido um debate em Portugal relativamente ao uso de castas estrangeiras. O debate contínua uma vez que muitos mercados estrangeiros parecem preferir castas que já conhecem como Cabernet Sauvignon em relação às castas Portuguesas, menos conhecidas.

Principais regiões vinícolas portuguesas

Minho


Vinhedo na região do Rio Minho

O Minho é a maior região vitícola portuguesa e situa-se no noroeste de Portugal, limitada a norte pelo Rio Minho e a oeste pelo Oceano Atlântico. Aí produzem-se vinhos de acidez e frescura características, das denominações de origem Vinho Verde DOC e Vinho Regional Minho.

O Minho é uma região de solos maioritariamente graníticos, rica em recursos hídricos, com um clima ameno e húmido de influência atlântica. A cultura da vinha tem no Minho remotas tradições e é possível seguir a sua história até à época romana.

A vinha é cultivada em socalcos, com vestígios de uma das mais antigas formas de condução da vinha: a "vinha de enforcado" ou "uveira", em que as videiras são plantadas junto a uma árvore e crescem apoiadas nos seus ramos. No entanto, a maioria das novas explorações opta por métodos modernos de condução da vinha.

Nesta região destacam-se as castas brancas, sendo as mais reconhecidas e utilizadas as: Alvarinho, Loureiro, Trajadura, Avesso, Azal e Arinto, aqui designada Pedernã.

Douro


Barcos rabelo, meio de transporte tradicional dos Vinhos do Porto no rio Douro.

O Douro é a mais antiga Região Demarcada do mundo, conhecida pela notável qualidade dos seus vinhos e pelo famoso Vinho do Porto, o vinho generoso que esteve na origem desta demarcação, ordenada em 1756 pelo Marquês de Pombal.

O Douro localiza-se no Nordeste de Portugal, rodeado pelas serras do Marão e de Montemuro. A maioria das plantações é feita em socalcos, talhados nas encostas dos vales ao longo do rio Douro e seus afluentes. Os solos são essencialmente de xisto embora, em algumas zonas, também graníticos.

Embora particularmente difíceis de trabalhar, estes solos são benéficos para a longevidade das vinhas e permitem mostos concentrados de açúcar e cor. A cultura da vinha na região remonta à ocupação romana, mas foi no século XVII que o Vinho do Porto teve grande expansão, originando o Tratado de Methwen entre Portugal e a Inglaterra, com vista à sua exportação.

As vinhas do Douro criam uma paisagem magnífica reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade desde 2001. Entre as diversas castas cultivadas destacam-se a Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Roriz.

Dão

A região do Dão situa-se na Beira Alta, no centro Norte de Portugal, protegida dos ventos pelas serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela. As vinhas situam-se entre os 400 e os 700 metros de altitude, em planaltos de solos xistosos e graníticos de pouca profundidade, onde abundam os pinhais, produzindo vinhos encorpados com elevada capacidade de envelhecimento em garrafa.

O clima de influência continental do Dão apresenta extremos, com Invernos frios e chuvosos e Verões quentes e secos. Inicialmente a vinha foi desenvolvida pelo clero, especialmente pelos monges de Cister. Em 1908, tornou-se na segunda região demarcada portuguesa.

Com a entrada de Portugal na CE, em 1986, as vinhas passaram por um processo de reestruturação, com novas técnicas vinícolas e escolha de castas apropriadas.

O Dão apresenta uma grande diversidade de castas, entre as quais as tintas Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz, e Encruzado, Bical, Cercial, Malvasia Fina e Verdelho nos brancos.

Bairrada

A Bairrada estende-se na Beira Litoral, entre Águeda e Coimbra, até às dunas do litoral. A Bairrada tem um clima suave, temperado pela proximidade do Oceano Atlântico. Apesar da produção de vinho existir desde o século X, foi no século XIX que se transformou numa região produtora de vinhos de qualidade tintos, brancos e espumantes.

Nesta região de terras planas destacam-se dois tipos de solos que originam vinhos diversificados: os argilosos, cujo barro deu origem ao nome Bairrada, e os solos arenosos. A casta Baga é a variedade tinta dominante na região. Cultivada nos solos argilosos, origina vinhos carregados de cor e muito ricos em taninos, que lhes dão elevada longevidade.

Nas castas brancas, plantadas nos solos arenosos da região, destacam-se as castas Bical e Fernão Pires, na região denominada Maria Gomes, que origina vinhos brancos delicados e aromáticos. Os espumantes naturais da região são muito utilizados a acompanhar a cozinha local, como o tradicional Leitão da Bairrada.

Recentemente, foi permitido na região DOC da Bairrada plantar castas internacionais, como a Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot e Pinot Noir que partilham os terrenos com as castas nacionais.

Valpaços

A Região vinícula de Valpaços, situa-se em plena Terra Quente Transmontana.

Valpaços é um vinho de qualidade, produzido no Concelho de Valpaços, mas também em Mirandela. Os viticultores desta Região apostaram na reconversão das suas vinhas. As vinificações são feitas todas em cubas de aço inox e com controlo de temperatura, Os vinhos velhos são estagiados em barricas de madeira de carvalho novo.

Os vinhos da região de Valpaços são produzidos com castas regionais seleccionadas de qualidade superior. A conjugação da qualidade dessas castas com um micro-clima com características excepcionais para a produção de um vinho de superior resulta num vinho que por variadas vezes é premiado internacionalmente.

O clima quente na altura da maturação da uva determina a concentração de açucares na mesma e determina um teor alcoólico mais elevado nos vinhos produzidos a partir dessa uva.

Os vinho de região de Valpaços têm algumas semelhanças aos vinhos do Alentejo devido ao clima quente que possuem as duas regiões na altura da maturação da uva e distinguem-se dos vinhos da região demarcada do Douro porque nesta é realizada a selecção das uvas de melhor qualidade para fazer os vinhos Generosos enquanto que na região de Valpaços essa selecção não é realizada.

Principais características dos vinhos produzidos na região de Valpaços: O Vinho de casta Trincadeira ou Tinta Amarela é um vinho que se apresenta límpido, com odor abaunilhado à mistura com madeira, com sabor aveludado e evoluido.

Os vinhos Tintos são vinho muito encorpados, com muita cor, macios e faceis de beber. Os vinhos Brancos são vinhos que possuem uma acidez correcta, que são frescos, leves e com odor floral

Alentejo

O Alentejo é uma das maiores regiões vinícolas de Portugal, com cerca de 22.000 hectares, correspondendo a dez por cento do total de vinha de Portugal. Região quente e seca do sul, é dominada por extensas planícies de solos pobres. As muitas horas de sol e as temperaturas muito elevadas no Verão permitem a maturação perfeita das uvas, mas também exigem a rega da vinha.

A cultura da vinha na região remonta à presença romana, após a fundação de Beja, entre 31 e 27 a. C.. [3] A vinificação tradicional da região é herdeira dos processos Romanos, como a fermentação feita em grandes talhas de barro.

Nos anos 1980 o Alentejo foi palco de uma vasta modernização da produção vitivinícola, com inúmeros investimentos, novos produtores e cooperativas, resultando na demarcação oficial da região em 1988 e no reconhecimento internacional dos vinhos alentejanos.

Nos vinhos alentejanos pontuam as castas Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alicante Bouschet, resultando em tintos encorpados, ricos em taninos e aromas a frutos silvestres. As castas brancas são a Roupeiro, a Antão Vaz e a Arinto, resultando em vinhos brancos geralmente suaves, com aromas a frutos tropicais.

A Região está subdividida em oito sub-regiões nas quais se produzem vinhos DOC: Reguengos, Borba, Redondo, Vidigueira, Évora, Granja-Amareleja, Portalegre e Moura. Apresenta também uma elevada produção de Vinho Regional, que permite a inclusão de outras castas, como Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah ou Chardonnay.

Actualmente é a região com maior crescimento de Portugal. Entre Fevereiro de 2008 e Janeiro de 2009 os vinhos do Alentejo, com Denominação de Origem Controlada (DOC) e Vinho Regional Alentejano, atingiram uma quota de mercado de 44,30 por cento, em valor, e de 40 por cento, em volume.

Madeira


Vinha entre outras culturas próximo de Santana, Madeira

A Ilha da Madeira situada no Oceano Atlântico, a oeste da costa africana, ficou famosa pelo Vinho da Madeira, vinho generoso muito aromático mencionado por Shakespeare e que chegou a ser usado como perfume nas cortes europeias.

O arquipélago é de origem vulcânica e clima subtropical de temperaturas amenas, com baixas amplitudes térmicas e humidade atmosférica elevada. Embora não pareça o clima ideal para a vinicultura, a adaptação de castas mediterrânicas e a posição estratégica no Atlântico contribuíram para criar aqui um dos mais famosos vinhos do mundo.

A produção de vinho na Madeira remonta à época do descobrimento da ilha, em 1419. As primeiras castas como a Malvasia chegaram à ilha por ordem do Infante D. Henrique, importadas de Cândia, capital de Creta. Mais tarde foram introduzidas outras como a Tinta Negra Mole, a Sercial, a Boal e a Verdelho.

A produção de vinho foi estimulada pela necessidade de abastecer os navios nas rotas Atlânticas entre a Europa, o Novo Mundo e a Índia. Transportados em navios, os barris ficavam sujeitos a grandes variações de temperatura, pelo que os vinhos eram fortificados para resistir à viagem, verificando-se que o vinho resultava mais aromático.

Assim nasceu o processo de vinificação por "estufagem" em "canteiro", em que o vinho é aquecido, e que dá aos vinhos da Madeira uma longevidade pouco comum, permanecendo inalterados longos anosd após o engarrafamento ou a abertura.

A Denominação de Origem Madeira é constituída por cerca de 450 hectares de vinha, de castas tintas e brancas, plantadas nas encostas de origem vulcânica. A casta Tinta Mole é a mais plantada, contudo também existem castas mais raras como a Sercial, a Boal, a Malvasia e Verdelho que conferem quatro níveis de doçura ao vinho (doce, meio doce, meio seco e seco).

Bucelas


Vinha em Bucelas, próximo de Lisboa, região de vinhos brancos históricos, onde domina a casta Arinto

Bucelas é uma pequena região a norte de Lisboa, no concelho de Loures, que produz um dos vinhos brancos mais históricos de Portugal. Foi elevada a Região Demarcada em 1911 e é uma Denominação de Origem Controlada (DOC).

Foi no século XVIII que o vinho de Bucelas se tornou conhecido internacionalmente. Durante as invasões Francesas o Duque de Wellington, comandante das tropas anglo-portuguesas contra os exércitos napoleónicos, ofereceu-o a Jorge III introduzindo-o na corte Inglesa, onde o seu consumo se tornou um hábito. Inicialmente foi conhecido pelo nome de "Charneco", e mais tarde pelo nome de Lisbon Hock (vinho branco de Lisboa).

As vinhas instalam-se em "caeiras", no vale do rio Trancão, em solos derivados de margas e calcários duros. Com um clima bastante frio no inverno e temperado no verão, a casta dominante é a Arinto, com uma presença mínima de 75%, seguida da Sercial e Rabo de Ovelha. Os vinhos brancos de Bucelas são secos, leves e quando envelhecidos ganham tom dourado e aromas complexos. Produzem-se também espumantes com aromas frutados, de excelente qualidade.

Colares

Pequena região vinícola em redor da vila de Colares, entre a serra de Sintra e o Atlântico.
É conhecida pelos vinhos tintos encorpados, de cor densa e ricos taninos, nascidos junto ao mar, entre dunas de areia e paliçadas de cana. Colares foi região demarcada em 1908, mas a origem dos seus vinhos remonta a 1255, quando D. Afonso III aí fez plantar videiras vindas de França.

As suas características únicas são principalmente o facto da vinha ser instalada em "chão de areia", com as videiras plantadas directamente na areia, sem recurso a porta-enxertos: os solos arenosos conseguiram manter afastada a filoxera, por isso certas vinhas de Colares, não enxertadas, estão entre as mais antigas de Portugal.  A casta tinta tradicional da região é a Ramisco, com representação mínima de 80% nos vinhos DOC da região, assim como a Malvasia, nas castas brancas.

Carcavelos

Carcavelos é a mais pequena região vinícola portuguesa e situa-se em torno da freguesia de Carcavelos, nos concelhos de Cascais e de Oeiras. A região tem a classificação DOC, Denominação de Origem Controlada. Com uma tradição vinícola que remonta ao Marquês de Pombal, que aí possuía vinhas, a região distingue-se pelo vinho licoroso, cor de topázio, com sabores e aromas amendoados,[9] adquirindo um perfume acentuado com o envelhecimento.

Setúbal

A península de Setúbal, que usufrui de um clima misto sub-tropical e mediterrânico, influenciado pela proximidade do mar e dos rios Tejo e Sado, e da Serra da Arrábida tem uma tradição vinícola que remonta ao intenso comércio romano da região.

É conhecida pelos vinhos generosos Moscatel de Setúbal, produzidos de castas moscatel, por vinhos tintos de cor intensa e aroma cheio onde se destaca a casta Periquita e por vinhos brancos elegantes, elaborados com predominância da casta Fernão Pires, que exibem um aroma frutado. A região, que reúne as DOC Stéubal e Palmela foi demarcada em 1907/1908.

Algarve

Exportação

Os vinhos têm sido uma das mais destacadas exportações portuguesas. O país é o sétimo maior exportador mundial, em valor.
Top 10 dos países exportadores em 2005
PosiçãoPaís1000 toneladas
1Itália Italia1,552.10
2França França1,367.86
3Espanha Espanha1,364.75
4Austrália Austrália695.51
5Chile Chile422.42
6África do Sul África do Sul349.28
7Estados Unidos E.U.A.345.92
8Alemanha Alemanha284.50
9Moldávia Moldova254.18
10Portugal Portugal251.47
Predefinição:Total mundial7,929.85
2005 Mercado de exportações
PosiçãoPaísPercentagem do mercado
(% valores em US$)
1França França34.01%
2Itália Itália18.03%
3Austrália Austrália10.24%
4Espanha Espanha9.18%
5Chile Chile4.13%
6Alemanha Alemanha3.25%
7Portugal Portugal3.17%
8Estados Unidos E.U.A.3.00%
9África do Sul África do Sul2.90%
10Nova Zelândia Nova Zelândia1.61%

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Vinhos Romenos


HISTÓRIA

A Romênia tem uma longa história vinícola atrás de si: as vinhas da orla do mar Negro foram plantadas há 3 mil anos pelos gregos; os saxões depois introduziram as variedades germânicas na Transilvânia. Foi preciso que uma epidemia de filoxera dizimasse a maior parte das plantas no fim do século XIX para que as cepas fossem substituídas em grande parte por outras de origem francesa (Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot e Sauvignon Blanc).

Foram conservadas, no entanto, algumas variedades nativas, das quais as mais conhecidas são a Tamaiioasa Romaneasca, a Feteasca Alba, a Feteasca Regala (branca) e a Feteasca Neagra (tinta). Com cerca de 260 mil hectares de vinhedos, a Romênia ocupa uma boa posição entre os países produtores de vinho - muito à frente de seus vizinhos nos Bálcãs -, e o vinhedo constitui parte importante da economia rural.

A maioria dos vinhos romenos é consumida no próprio país, o que limita as possibilidades de exportação. Os vinhedos se distribuem em oito regiões, que por sua vez se subdividem em cinqüenta denominações. O sistema de denominações é inspirado no modelo francês, enquanto o princípio de classificação copia o modelo alemão, motivo pelo qual os vinhos são classificados em função de seu teor alcoólico potencial e da data da colheita.

A classificação mais baixa corresponde à do vinho de mesa sem origem específica, que possui entre 8,5% e 10,5% vol. Seguem-se os vinhos regionais, ainda sem origem precisa, que têm entre 10,5% e 11,5% vol. No alto da escala encontram-se os vinhos de denominação, com teor alcoólico mínimo de 11,6% vol. Não se pratica a chaptalização.

Embora ela não seja proibida, qualquer pedido de autorização se perde nos meandros da burocracia. Além disso, o açúcar é um bem escasso e caro no país, e por esse mes­mo motivo a maioria das vinhas ro­menas jamais viu sequer a sombra de um produto químico capaz de tratar a podridão e outras doenças.

Como todas as atividades na Romênia, a indústria vinícola passou por uma fase de transição.

A terra foi restituída a seus antigos donos à medida que se desmantelavam as enormes fa­zendas do Estado, assim como as cooperativas, os únicos centros com capacidade para produzir e engarrafar o vinho corretamente.

O equipamento dos produtores pode variar desde os mais rudimentares até os de tecnologia mais recente, pois em alguns deles se fizeram grandes investimentos. Apesar de tudo, há um potencial real para a produção de vinhos de qualidade na Romênia.

Os melhores vinhos, que não tardarão a ser descobertos pelos apreciadores, provêm de quatro regiões principais: Timave (Transilvânia), Cotnari, Dealul Maré e Murfatlar.

Como país setentrional dos Bálcãs, a Romênia tem o clima mais frio e por isso privilegia os vinhos brancos.

Em todas as regiões, excetuadas as do extremo sul, as uvas amadurecem com dificuldade, salvo nos anos particularmente quentes. Investidores dinamarqueses e ingleses mostram interesse por certas adegas, enquanto a GT2, um organismo alemão de cooperação técnica, presta assessoria aos produtores romenos. A Carl Reh Winnery, por sua vez, plantou 200 hectares de vinhas.

As regiões e os estilos de vinho


A cultura do vinho na Roménia já existe há quase 6.000 anos e remonta aos primeiros habitantes da história. Argumenta-se a ser uma das mais antigas de toda a Europa.

Diz a lenda que o deus do vinho Tharacian nasceu ao norte do delta do Danúbio. Quando os romanos ocuparam essa área foi muitas vezes referido como Feliz Dacia (Dacia Felix) por causa da riqueza que a terra prevista para o cultivo do vinho.


Devido à sua localização, solo e clima a Roménia atraiu países como a França, Alemanha e Itália a investir em vinhedos desde a 19C. Por essa razão poderemos ver  uma variedade de cipós diferentes, como Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc.

A Roménia tem quatro principais regiões produtoras de vinho. Descubra os vinhos dos deuses.

Murfatlar 

Murfatlar é a região vitivinícola mais importante do litoral romeno. vinhos de colheita tardia são uma especialidade aqui, e os níveis de açúcar de uva pode ser muito alto. As castas de  Merlot e Cabernet Sauvignon  são plantadas em encostas viradas a norte, num esforço para prolongar a maturação.

Dealul  Mare

A região vinícola de  Mare Dealul é conhecida por seus vinhos tintos produzidos das castas  Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot e um número de variedades locais. Alguns vinhos brancos são feitos, incluindo alguns vinhos de colheita tardia.

Cotnari


No século passado, os vinhos de Cotnari, claros, com gosto de mel, adquiriram certa reputação que não deixa de lembrar o Tokay húngaro.

O Cotnari provém das cepas Grasa, Feteasca Alba, Tamaiiosa Romaneasca e Francusa. A Grasa é uma variedade muito rica, sujeita à podridão nobre. A Feteasca traz a finesse, a Tamaiioasa Romaneasca, um perfume de incenso, e a Francusa, uma nota ácida para um vinho que poderia ser excessivamente doce.

Cada cepa é vinificada separadamente e depois misturada, na proporção de 30% de Grasa, 30% de Feteasca Alba, 20% de Tamaiioasa e 20% de Francusa.

Grandes tonéis de carvalho são utilizados para a fermentação e a maturação do vinho durante alguns anos antes do engarrafamento. O Cotnari envelhece bem.

Tarnave

O Târnave (também chamado Tîrnave) região do vinho está situado a norte de Sibiu, cercado pelas Montanhas dos Cárpatos. É um dos mais importantes e antigas na Roménia, sendo citado por Herodot cerca de 600 aC .

Esta região tem um clima frio, devido à sua altitude (cerca de 300 metros sobre o nível de ver) e alta umidade fornecida pela proximidade dos rios Pequeno e Grande Târnava.

Devido ao frio que faz sentir na região, seus vinhos brancos saem frutados e com uma acidez muito boa.

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Depois das explicações e nformações dadas sobre ~Portugal e a Roménia e suas regiões vinícolas, agora começa o assunto que levou ao articulista escrever sobre este tema.

O articulista conhece a Tailândia vai para 42 anos, por volta dos anos 80 havia dois ou três supermercados que comercializavam vinhos do Dão, por essa altura trabalha na Embaixada de Portugal, em Bangkok, o meu amigo José Martins, que muito fez para lançar os vinhos portugueses no mercado tailandes, porém, após a sua saída da embaixada, os responsáveis nada fizeram, e nos dias de hoje, encontrar vinhos portugueses na Tailândia, é como encontrar uma agulha num palheiro, embora as Caves Aliança, já tenham algumas marcas no mercado, mas pouco ou nada divulgadas, e neste momento um português radicado em França está tendo contactos para a comercialização dos vinhos portugueses na Tailândia, oxalá tenha sucesso.

O representante comercial da embaixada nada tem feito, nesse sentido.

No dia 17 o articulista saiu com sua família para jantar, num restaurante seu conhecido, o APICHART, sito Kaset-Navamin, Bangkok, bem perto de sua casa.
A comida escolhida se proporcionava a beber um tinto à maneira, ora havendo naquele restaurante duas marcas de vinho tinto, de origem Romena, o articulista escolheu uma que lhe pareceu ser a melhor, o preço era o mesmo, 750 baths = à volta de 17 euros, garrafa de 750 ml.

Nunca em sua vida o articulista tinha provado vinho da Roménia, mas a escolha. única possível, saiu maravilhosamente bem.


Foi este o vinho escolhido, colheita de 2006, uma delícia



Como se pode ler o rótulo trazia a seguintes informações:

Região - Dealut Mare - Sub-Carpathian Moutaine

Cor - Encarnado intenso

Aroma - Frutado delicado

Sabor - Suave, que permanece na boca por longo tempo, encorpado

Idade - Conservado em barris de carvalho pelo período de 2 a 4 anos e em garrafa pelo periodo de 6 a 12 meses.

Graduação 12º graus.

Digo sinceramente que nunca tinha bebido um vinho tão saboroso, e ao longos demais de 50 anos, centenas foram  as marcas de vinho tinto, de diversos países que já teve o prazer de beber, mas este Romeno lhe ficou no goto, óptimo vinho.