o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

sexta-feira, setembro 17

DEUSA ÍSIS





Ísis (em egípcio: Auset) foi uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores, artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.

Os primeiros registros escritos acerca de sua adoração surgem pouco depois de 2500 a.C., durante a V dinastia egípcia. A deusa Ísis, mãe de Horus, foi a primeira filha de Geb, o deus da Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto dia intercalar. Durante algum tempo Ísis e Hator ostentaram a mesma cobertura para a cabeça. Em mitos posteriores sobre Ísis, ela teve um irmão, Osíris, que veio a tornar-se seu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Horus. Ísis contribuiu para a ressurreição de Osiris quando ele foi assassinado por Seth. As suas habilidades mágicas devolveram a vida a Osíris após ela ter reunido as diferentes partes do corpo dele que tinham sido despedaçadas e espalhadas sobre a Terra por Seth.este mito veio a tornar-se muito importante nas crenças religiosas egípcias.

Ísis também foi conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem "todos os começos" surgiram, e foi a Senhora dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi revivido anualmente em rituais.

Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do paganismo na Era Cristã.




Origem do nome

Ísis alada (pintura mural, c. 1360 a.C.).A pronúncia do nome desta deidade é uma corruptela do mesmo na língua grega antiga onde se modificou o nome egípcio original pela adição de um "-s" no final devido às normas gramaticais do antigo grego.

O nome egípcio foi grafado como ỉs.t ou ȝs.t com o significado de '(Ela de o) Trono'. A sua pronúncia correta em antigo egípcio é incerta, entretanto, uma vez que o antigo sistema de escrita usualmente não previa as vogais. Com base em estudos recentes que nos oferecem aproximações com base em linguagens contemporâneas e na evidência da língua copta, a pronúncia reconstruida de seu nome é *ˈʔuː.sat (O nome de Osiris, "Usir" ou "Wsir" também se inicia com o glifo para trono ʔs ('-s').).

 O nome sobreviveu nos dialetos coptas como Ēse ou Ēsi, assim como em palavras compostas sobreviventes em nomes de pessoas posteriormente, como por exemplo 'Har-si-Ese', literalmente 'Hórus, filho de Ísis'.

Por conveniência, Egiptólogos arbitrariamente decidiram pronunciar o seu nome como 'ee-set'. Por vezes também podem dizer 'ee-sa' porque o 't' final em seu nome foi um sufixo feminino, que é sabido ter sido buscado à fala durante as últimas etapas da língua egípcia.

Literalmente, o seu nome significa "ela do trono". A sua cobertura original para a cabeça foi um trono. Como personificação do trono, ela foi uma representação importante do poder do faraó, assim como o faraó foi representado como seu filho, que se sentou no trono que ela forneceu. O seu culto foi popular em todas as partes do Egito, mas os santuários mais importantes eram em Guizé e em Behbeit El-Hagar, no Delta do Nilo, no Baixo Egito.



História

As origens do seu culto são incertas, mas acredita-se ser oriundo do delta do Nilo. Entretanto, ao contrário de outras divindades egípcias, não teve desse culto centralizado em nenhum ponto específico ao longo da história da sua adoração. Isto pode ser devido à ascensão tardia de seu culto.

 As primeiras referências a Ísis remontam à V dinastia egípcia, período em que são encontradas as primeiras inscrições literárias a seu respeito, embora o culto apenas venha a ter tido proeminência ao final da história do antigo Egipto, quando se iniciou a absorção dos cultos de muitas outras deusas com centros de culto firmemente estabelecidos. Isto ocorreu quando o culto de Osíris se destacou e ela teve um papel importante nessa crença. Eventualmente, o seu culto difundiu-se além das fronteiras do Egito.

Durante os séculos de formação do cristianismo, a religião de Ísis obteve conversos de todas as partes do Império Romano. Na própria península Itálica, a fé nesta deusa egípcia era uma força dominante. Em Pompéia, as evidências arqueológicas revelam que Ísis desempenhava um papel importante. Em Roma, templos e obeliscos foram erguidos em sua homenagem.

Na Grécia Antiga, os tradicionais centros de culto em Delos, Delfos e Elêusis foram retomados por seguidores de Ísis, e isto ocorreu no norte da Grécia e também em Atenas. Portos de Ísis podiam ser encontrados no mar Arábico e no mar Negro. As inscrições mostram que possuía seguidores na Gália, na Espanha, na Panónia, na Alemanha, na Arábia Saudita, na Ásia Menor, em Portugal, na Irlanda e muitos santuários mesmo na Grã-Bretanha.isis representa o amor ,a magia e os misterios da região.



Templos



Templo de Ísis, Filas.





Templo de Ísis, Roma.




Templo de Ísis, Pompéia.

A maioria das divindades egípcias surgiu pela primeira vez como cultos muito localizados e em toda a sua história mantiveram os seus centros locais de culto, com a maioria das capitais e cidades sendo amplamente conhecidas como lar dessas divindades. Ísis foi, em sua origem, uma divindade independente e popular estabelecida em tempos pré-dinásticos, anteriormente a 3100 a.C., em Sebennytos no delta do Nilo.

No Egipto, existiram três grandes templos em homenagem a Ísis:

em Behbeit el-Hagar, no delta do Nilo, atualmente em ruínas;

em Dendara, no Alto Egito, onde existe um santuário a Hathor parcialmente preservado;

em Filas.

Na ilha de Filas, no Alto Nilo, o culto a Ísis e Osíris persistiu até ao século VI, ou seja, muito tempo após a ascensão do Cristianismo e a subseqüente supressão do paganismo. O decreto de Teodósio (c. de 380) determinando a destruição de todos os templos pagãos, não foi aplicada em Filas até ao governo de Justiniano.

Essa tolerância foi devido a um antigo tratado celebrado entre os Blemyes-Nobadae e Diocleciano. Todos os anos, eles visitavam Elefantina e, em determinados períodos levavam a imagem de Ísis rio acima para a terra dos Blemyes para fins divinatórios, devolvendo-a em seguida. Justiniano enviou Narses para destruir os santuários, prender os sacerdotes e arrestar as imagens sagradas para Constantinopla. Filas foi o último dos antigos templos egípcios a ser fechado.

Eventualmente templos a Ísis começou a se difundir além das fronteiras do Egito. Em muitos locais, em especial em Biblos, o seu culto assumiu o lugar da deusa semita Astarte, aparentemente pela semelhança entre os seus nomes e atributos. À época do helenismo, devido aos seus atributos de protetora e mãe, assim como ao seu aspecto luxurioso, adquirido quando ela incorporou alguns dos aspectos de Hathor, ela tornou-se padroeira dos marinheiros, que difundiram o seu culto graças aos navios mercantes que circulavam no mar Mediterrâneo.

Através do mundo greco-romano, Ísis tornou-se um dos mais significativos mistérios, e muitos autores clássicos fazem referência, em suas obras, aos seus templos, cultos e rituais. Templos em sua homenagem foram erguidos na Grécia e em Roma, tendo sido colocado a descoberto um bem preservado exemplar em Pompéia.

Da mesma forma, a deusa árabe "Al-Ozza" ou "Al-Uzza" (em árabe, العُزّى - al ȝozza), cujo nome é semelhante ao de Ísis, acredita-se que seja uma manifestação sua. Isso, porém, é entendido apenas com base na semelhança entre os nomes.



 Sacerdócio

Existem 3 templos feitos para a adoração de isis. Pouca informação chegou até nós acerca dos antigos rituais egípcios. Entretanto é claro que os oficiantes de seus cultos foram sacerdotes e sacerdotisas ao longo de sua história. Até ao período greco-romano, muitos deles eram curadores e teriam exercido outros poderes especiais, incluindo a interpretação dos sonhos e a capacidade de controlar o tempo atmosférico, o que faziam através de tranças ou penteados nos cabelos. Esta última habilidade era conceituada, uma vez que os antigos egípcios consideravam que os nós tinham poderes mágicos.



Iconografia

 Associações

"tyet"

Por causa desta associação entre nós e poder mágico, um símbolo de Ísis foi o "tiet" ou tyet (com o significado de "bem-estar"/"vida"), também denominado como "Laço de Ísis", "Fivela de Ísis" ou "Sangue" de Ísis. Em muitos aspectos, o "tiet" se assemelha a uma cruz Ankh, exceto que os seus braços apontam para baixo e, quando usado como tal, parece representar a idéia de vida eterna ou ressurreição.

O significado de "Sangue de Ísis" é mais obscuro, mas o "tiet" muitas vezes foi usado como um amuleto funerário, confeccionado em madeira, pedra ou vidro, na cor vermelha, embora isso possa ser apenas uma simples descrição dos materiais utilizados.

A estrela Spica ("Alpha Virginis") e a constelação que modernamente corresponde aproximadamente à de Virgo, surge no firmamento acima do horizonte em uma época do ano associada à colheita de trigo e grãos e, desse modo, ficou associada a divindades da fertilidade, como Hathor. Ísis viria a ser associada a esses astros devido à posterior fusão de seus atributos com os de Hathor.

Ísis também assimilou atributos de Sopdet, personificação da estrela Sirius, uma vez que este astro, ascendendo no horizonte um pouco antes da cheia do rio Nilo, foi interpretado como uma fonte de fertilidade, como Hathor o havia sido também. Sopdet manteve um elemento de identidade distinto: uma vez que Sirius era visivelmente uma estrela, ou seja, não vivia no submundo, o que poderia ter conflitado com a representação de Ísis como esposa de Osíris, senhor do submundo.

Provavelmente devido à equiparação com as deusas Afrodite e Vênus, durante o período greco-romano, a rosa foi usada em seu culto. A procura de rosas por todo o império tornou a sua produção em uma importante indústria.



Representações



Ísis com os atributos de Hathor (pintura mural).Na arte, Ísis foi originalmente retratada como uma mulher com um vestido longo e coroada com o hieróglifo que significava "trono". Por vezes foi descrita como portadora de um lótus ("Nymphaea caerulea"), ou como um sicômoro ("Ficus sycomorus"). A faraó, Hatshepsut, foi retratada em seu túmulo sendo amamentada por um sicômoro que tinha um seio.

Após ter assimilado muitos dos papéis da deusa Hathor, a cobertura de cabeça de Ísis passa a ser a de Hathor: os cornos de uma vaca, com o disco solar inscrito entre eles. Às vezes, também foi representada como uma vaca, ou uma cabeça de vaca. Normalmente, porém, era retratada com o seu filho pequeno, Hórus (o faraó), com uma coroa e um abutre. Ocasionalmente, foi representada ou como um abutre pairando sobre o corpo de Osíris, ou com o Osíris morto em seu colo enquanto por artes mágicas o trazia de volta à vida.

Na maioria das vezes Ísis é retratada segurando apenas o símbolo Ankh com um pequeno grupo de acompanhantes, mas no período final de sua história, as imagens mostram-na, por vezes, com itens geralmente associados apenas a Hathor: o sistro sagrado e o colar símbolo de fertilidade "menat". No "The Book of Coming Forth By Day" Ísis está representada de pé sobre a proa da Barca Solar, com os braços estendidos.

A estrela "Sept" (Sirius) está associada a Ísis. O surgimento dela no firmamento significava o advento de um novo ano, e Ísis foi igualmente considerada a deusa do renascimento e da reencarnação, e como protetora dos mortos. O Livro dos Mortos descreve um ritual especial, para proteger os mortos, que permitia viajar em qualquer parte do mundo subterrâneo. A maior parte dos títulos de Ísis tem relação com o seu papel de deusa protetora dos mortos.



Mitologia

Quando visto como deificação da esposa do faraó em mitos tardios, o proeminente papel de Ísis foi como assistente do faraó morto. Desse modo, ela ganhou uma associação funerária, com o seu nome a aparecer mais de oitenta vezes nos chamados Textos das Pirâmides, afirmando-se que ela era a mãe das quatro divindades que protegiam os vasos canopos, nomeadamente a protetora da divindade do vaso do fígado, Imset.

Esta associação com a esposa do faraó também trouxe a ideia de que Ísis era considerada a esposa de Hórus (outrora visto como seu filho), que era protetor e, posteriormente, a deificação do faraó. À época do Médio Império, da XI dinastia egípcia até à XV dinastia egípcia, entre 2040 e 1640 a.C., à medida que os textos funerários começam a ser utilizados por maior número de membros da sociedade egípcia, além da família real, cresce também o seu papel de proteger os nobres e até mesmo os plebeus.

À época do Novo Império, a XVIII, a XIX e a XX dinastias, entre 1570 e 1070 a.C., Ísis adquiriu proeminência como a mãe e protetora do faraó. Durante este período, ela é descrita como amamentando o faraó e é frequentemente assim representada.

O papel do seu nome e de sua coroa-trono é incerto. Alguns dos primeiros egiptólogos acreditaram que ser a mãe-trono foi a primitiva função de Ísis, no entanto, uma corrente mais moderna afirma que aspectos desse papel vieram mais tarde, por associação. Em muitas tribos africanas, o trono é conhecido como "a mãe do rei", e esse conceito enquadra-se bem em ambas as teorias.



Irmã-esposa de Osíris

Possível representação de Ísis lamentando a perda de Osíris (terracota, XVIII dinastia egípcia, Museu do Louvre, Paris).

No Império Antigo, da III à VI dinastia egípcia, entre 2686 a.C. e 2134 a.C., os panteões das cidades egípcias variaram de região para região. Durante a V dinastia, Ísis pertenceu à Enéade da cidade de Heliópolis. Acreditava-se então que ela era filha de Nut e Geb, e irmã de Osíris, Néftis e Seth. As duas irmãs, Ísis e Néftis, muitas vezes eram representadas nos sarcófagos com grandes asas esticadas, como protetoras contra a maldade. Como deidade funerária, Ísis foi associada a Osíris, senhor do submundo (Duat), e foi considerada sua esposa.

A mitologia tardia (ultimamente em resultado da substituição de um outro deus do submundo, Anúbis, quando o culto de Osíris ganhou mais importância) fala-nos do nascimento de Anúbis. A narrativa descreve que, como Seth negava um filho a Néftis, esta então disfarçou-se como Ísis, muito mais atraente, para seduzi-lo.

O plano falhou, mas Osíris passou a achar Néftis muito atraente, pensando que ela era Ísis. Eles copularam, o que resultou no "nascimento" de Anúbis. Em outra narrativa, Néftis deliberadamente assumiu a forma de Ísis, a fim de enganar Osíris e assim obter dele a paternidade de seu filho. Com medo das represálias de Seth, Néftis persuadiu Ísis a adoptar Anubis, de modo a que a criança não viesse a ser descoberta e morta.


Essa narrativa explica tanto porque Anúbis é visto como uma divindade do submundo (uma vez que se torna filho de Osíris), quanto porque não poderia herdar a posição de Osíris (uma vez que não era um herdeiro legítimo), preservando posição de Osíris como Senhor do submundo. Deve ser lembrado, no entanto, que este novo mito foi apenas uma criação posterior do culto de Osíris que queria retratar Seth em um papel de maldade, como inimigo de Osíris.

Em outro mito de Osíris, Seth preparou um banquete para Osíris apresentando uma bela caixa e declarando que, quem coubesse perfeitamente nela, poderia ficar com ela como um presente. Ora, Seth havia medido Osíris enquanto este dormia, certificando-se assim que este era o único a caber perfeitamente na caixa. Após vários dos presentes terem tentado encaixar-se nela, chegou a vez de Osíris, que a preencheu perfeitamente.

Seth então fechou a tampa da caixa, transformando-a num caixão para Osíris. Em seguida, Seth afundou a caixa fechada com Osíris nas águas do rio Nilo, que a levaram para muito longe. Assim que soube do ocorrido, Ísis foi procurar a caixa, para Osíris pudesse ter um enterro apropriado. Foi encontrá-la na longínqua Biblos, cidade na costa da Fenícia, e trouxe-a de volta ao Egito, ocultando-a em um pântano. Entretanto, naquela noite Seth foi à caça, vindo a encontrar a caixa oculta.

Enfurecido, Seth retalhou o corpo de Osíris em catorze pedaços, e os espalhou por todo o Egito, para se certificar de Ísis jamais poderia encontrá-los e dar assim um enterro adequado a Osíris. garantir que nunca poderia encontrar Ísis Osíris novamente para um enterro apropriado,Ísis e Néftis, sua irmã, dedicaram-se então à busca dos pedaços, tendo conseguido encontrar apenas treze. Um peixe havia engolido o último, o pénis, que Ísis refez utilizando magia. Desse modo, com todas as partes reunidas do corpo morto de Osíris, ela pode conceber Hórus. O número de partes do corpo de Osíris é descrito de forma variável nas paredes de diversos templos, entre catorze e dezesseis e, ocasionalmente, em quarenta e duas, uma para cada nomo ou distrito.



Mãe de Hórus



Ísis amamentando Hórus (Museu do Louvre).



Ísis amamentando Hórus, com a cobertura de Háthor.


Através da fusão de seus atributos com os de Hathor, Ísis tornou-se a mãe de Hórus, mais do que sua esposa, e isto, quando as crenças acerca de Ra absorveram Atum em Atum-Ra, sendo ainda necessário ter-se em conta que Ísis integrou a Enéade, como a esposa de Osíris.

É necessário explicar, entretanto, como é que Osíris que (como Senhor da Morte) estava morto, pode ser considerado pai de Hórus, que não era considerado morto. Este conflito nas narrativas conduziu à evolução da ideia de que Osíris mecessitava de ser ressuscitado e posteriormente, à versão da Lenda de Osíris e Ísis de que o grego Plutarco, no século I, em "De Iside et Osiride", nos deixou a versão mais extensa atualmente conhecida

Um outro conjunto de mitos tardios detalha as aventuras de Ísis após o nascimento do filho póstumo de Osíris, Hórus. Foi dito que Ísis deu à luz Hórua e Khemmis, pensa-se, no delta do rio Nilo. Muitos perigos surgiram para Hórus após o seu nascimento e Ísis navegou com o pequeno Hórus para escapar da ira de Seth, o assassino de seu esposo. Em um instante, Ísis curou Hórus de uma picada mortal de escorpião, além de outros milagres com relação ao cippi, as placas de Hórus. Ísis protegeu e promoveu Hórus até que estivesse suficientemente grande e forte para encarar Seth e tornar-se, subsequentemente, faraó do Egipto.



 Assimilação de Mut

Mut, uma divindade primordial chamada "mãe"", foi originalmente um título para as águas primordiais do cosmos, a mãe de quem o universo surgiu. Quando o emparelhamento das divindades começou, Mut tornou-se uma consorte de Amon, a quem já tinha sido atribuída uma esposa completamente diferente. Após a autoridade de Tebas haver aumentado durante a XVIII dinastia egípcia e ter tornado Amon em um deus muito mais significativo, o seu culto diminuiu, e Amon foi assimilado a Ra.

Em consequência, a consorte de Amon, Mut, até então descrita como uma coruja mãe-adotiva que, nessa altura já tinha absorvido os atributos de outras deusas, outras deusas-se, também foi assimilada como esposa de Rá, Ísis-Hathor como "Mut-Ísis-Nekhbet". Na ocasião, a infertilidade de Mut foi levada em consideração, e assim, o nascimento de Hórus, que era demasiado importante para ser ignorado, necessitou ser explicado afirmando-se que Ísis ficou grávida por magia, quando ela se transformou em um papagaio e voou sobre o corpo morto de Osíris.

Mais tarde, os mitos tornaram-se bastante mais complexos. O consorte de Mut era Amon, que nessa época tinha se identificado com Min como "Amon-Min" (também conhecido pelo seu epíteto "Kamutef"). Desde que Mut tornou-se parte de Ísis, era natural tentar fazer Amon parte de Osíris, marido de Ísis, mas isso não era facilmente conciliável, uma vez que Amon-Min era um deus da fertilidade e Osíris era o deus dos mortos.

Consequentemente, eles permaneceram considerados em separado, e Ísis, por vezes, afirmou-se ser amante de Min. Posteriormente, em uma fase em que Amon-Min foi considerado um aspecto de Ra ("Amon-Ra"), ele também foi considerado um aspecto de Hórus, uma vez que Hórus foi identificado como Ra, e, portanto, filho de Ísis e, em raras ocasiões, afirmou-se ao contrário ser Min, evitando a confusão sobre o estatuto de Hórus como marido e filho de Ísis.



Atributos mágicos

De modo a ressuscitar Osíris com o fim de gerar um filho, Hórus, era necessário a Ísis "aprender" magia (que por muito tempo havia sido um atributo seu, antes do surgimento do culto a Ra), e então passou a afirmar-se que Ísis enganou Ra (Amon-Ra ou Atum-Ra), fazendo com que este fosse picado por uma cobra egípcia - para o que apenas ela possuía a cura -, para que este lhe dissesse o seu nome "secreto".

Os nomes das divindades eram secretos, de domínio apenas dos altos líderes religiosos, uma vez que esse conhecimento permitia invocar o poder da divindade. Que ele fosse usar o seu nome "secreto" para "sobreviver" implica que a serpente tivesse que ser uma divindade mais poderosa do que Ra. Ora, a mais antiga divindade conhecida no Egito foi Uadjit, a cobra egípcia, cujo culto nunca foi suplantado na antiga religião egípcia. Como uma divindade da mesma região, teria sido um recurso benevolente para Ísis.

O uso dos nomes secretos tornou-se um elemento central nas práticas mágicas egípcias do período tardio, e Ísis é invocada muitas vezes para que use "o verdadeiro nome de Rá" durante os rituais. Ao final do período histórico do antigo Egito, após a sua ocupação pelos gregos e pelos romanos, Ísis tornou-se a mais importante e poderosa divindade do panteão egípcio por causa de suas habilidades mágicas. A magia é um elemento central em toda a mitologia de Ísis, possivelmente mais do que para qualquer outra divindade egípcia.

Antes desta alteração tardia na natureza da religião antiga egípcia, a lei de Ma'at havia orientado as ações corretas para a maioria dos milhares de anos de religião egípcia, com pouca necessidade de magia. Thoth era o deus que recorria à magia quando era necessário.

A deusa que detinha o papel quadruplo de curadora, protetora dos vasos canopos, protetora do casamento, e senhora da magia anteriormente havia sido Serket. Ela então foi considerada como atributo de Ísis, pelo que não é de surpreender que Ísis tinha um papel central nos rituais e feitiços egípcios, nomeadamente os de proteção e cura.

Em muitos feitiços, essas atribuições são inteiramente fundidas, mesmo com as de Hórus, uma vez que invocações a Ísis supostamente envolvem automáticamente poderes de Hórus. Na história do Egito a imagem de um Hórus ferido tornou-se uma característica padrão de feitiços de Ísis de cura, em que geralmente se invocam os poderes curativos do leite de Ísis.



O mundo greco-romano



Uma sacerdotisa de Ísis (estátua romana, século II).

Após a conquista do Egito por Alexandre o Grande o culto de Ísis difundiu-se através do mundo greco-romano. No período helenístico Ísis adquiriu uma nova posição como deusa dominante no mundo mediterrânico.

A deusa protetora de Cleópatra era Ísis, e durante o seu reinado acreditou-se que ela era a reencarnação e incorporação da deusa da sabedoria.

Em Roma, Tácito registrou que após o assassinato de Júlio César, foi decretada a construção de um templo em honra de Ísis; Augusto suspendeu esta construção, e tentou trazer os Romanos de volta às antigas divindades, que eram estreitamente associadas à figura do Estado. Eventualmente o imperador Calígula abandonou os cuidados de Augusto em favor do que foi descrito como "cultos orientais", e foi em seu reinado que o festival de Ísis foi estabelecido em Roma. De acordo com Flávio Josefo, Calígula vestiu-se como uma mulher e tomou parte nos mistérios que instituiu.

Vespasiano, assim como Tito, praticaram incubação no Iseum romano. Domiciano fez erguer um outro Iseum juntamente com um Serapeum. Trajano foi representafo diante de Ísis e de Hórus, presenteando-os com oferendas votivas de vinho em um baixo-relevo em seu arco do triunfo. Adriano decorou a sua villa em Tibur com cenas Isíacas. Galério considerou-a sua protetora.

As perspectivas Romanas dos cultos eram sincréticas, vendo nas novas divindades meros aspectos locais dos que lhes eram familiares. Para muitos Romanos, a Ísis egípcia era um aspecto da Cibele Frígia, cujos ritos orgíacos estavam há muito implantados em Roma. De fato, ela foi conhecida como "Ísis dos Dez Mil Nomes".

Entre os nomes da Ísis Romana, "Rainha do Céu" destaca-se por sua longa e continua história. Heródoto identifica Ísis com as deusas da agricultura Deméter na mitologia grega e Ceres na romana.

No período tardio, Ísis também teve templos através da Europe, Britania, África e Ásia. Uma estátua de Ísis em alabastro, do século III encontrada em Ohrid, na República da Macedónia, está representada no anverso da nota de 10 dinares macedónios emitida em 1996.

O pré-nome masculino "Isidoro" (também "Isidro") significa em Língua grega antiga "Presente de Ísis" (semelhante a "Teodoro", "Presente de Deus"). O nome, comum à época romana, sobreviveu à supressão do culto a Ísis e permanece popular até aos nossos dias - sendo, entre outros, o nome de diversos santos cristãos.

Ísis na Literatura

Plutarco, um sábio da Grécia antiga, que viveu entre 46 a.C. e 120, é autor de "Ísis e Osíris", considerada uma das principais fontes sobre os mitos tardios sobre Ísis.Nela, acerca de Ísis, refere "ela é tanto sábia quanto amante da sabedoria; como o seu nome parece denotar que, mais do que qualquer outro, o saber e o conhecimento pertencem a ela." e que o santuário da deusa em Sais continha a inscrição "Eu sou tudo o que foi, é, e será, e meu véu nenhum mortal levantou até agora.".

Em Sais, no entanto, a padroeira do seu antigo culto foi Neith, deusa de que muitos traços tinham começado a ser atribuídos a Ísis durante a ocupação grega. Mais tarde, o escritor romano Apuleio, em O Asno de Ouro, dá-nos o seu entendimento acerca de Ísis no século II. O parágrafo abaixo é particularmente significativo:

"Você me vê aqui, Lúcio, em resposta à sua oração. Eu sou a natureza, Mãe universal, senhora de todos os elementos, filha primordial do tempo, soberana de todas as coisas espirituais, rainha dos mortos, também rainha dos imortais, a manifestação única de todos os deuses e deusas que são, o meu comando governa as alturas brilhantes dos Céus, a salutar brisa do mar. Embora eu seja adorada em muitos aspectos, conhecidos por nomes incontáveis� alguns me conhecem como Juno, alguns como Belona os egípcios que se destacam no aprendizado e culto antigo me chamam pelo meu verdadeiro nome Rainha Ísis."

 Paralelos com a Virgem Maria



Paralelos entre representações de Ísis/Hórus e Maria/Jesus:

a imagem à esquerda é um bronze egípcio do período Ptolemaico (hoje na Walters Art Gallery); à direita, "Nossa Senhora do Perpétuo Socorro", um conhecido ícone do século XVI (no Mosteiro de Santa Catarina, no Sinai).Alguns eruditos traçam paralelos entre a adoração de Ísis na época final do Império Romano e a adoração à Virgem Maria cristã.

Quando o cristianismo começou a ganhar popularidade, difundindo-se na Europa e em todas as partes do Império, os primitivos cristãos converteram um relicário da Ísis egípcia em um para Maria e de outros modos "deliberadamente tomaram imagens do mundo pagão".

Embora a Virgem Maria não seja idolatrada pelos cristãos (é venerada tanto pelos Católicos quanto pelos Ortodoxos), o seu papel, como figura de mãe compassiva, tem paralelos com a figura de Ísis. O historiador Will Durant observou que "os primitivos Cristãos por vezes fizeram os seus cultos diante de estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus, vendo nelas uma outra forma do nobre a antigo mito pelo qual a mulher (isto é, o princípio feminino) é a criadora de todas as coisas, tornando-se por fim, a "Mãe de Deus"". Hórus, sob este aspecto infantil, foi denominado Harpócrates pelos antigos Gregos.

Isto é fruto da exposição dos primitivos cristãos à arte egípcia. Uma pesquisa com "os vinte principais Egiptólogos", conduzida pelo Dr. W. Ward Gasque, um erudito cristão, revelou que todos os participantes reconheceram "que a imagem de Ísis com o bebê Hórus influiu influiu na iconografia cristã da Virgem e o Menino", mas que não houve nenhuma outra semelhança, como por exemplo, que Hórus tenha nascido de uma virgem, que tenha tido doze seguidores, ou outras.

A veneração a Maria na Igreja Ortodoxa e mesmo na tradição da Igreja Anglicana é frequentemente superestimada. As imagens tradicionais (ícones) de Maria ainda são populares na Igreja Ortodoxa nos dias de hoje.


DEUSA NÉFTIS




Néftis é uma divindade da mitologia egípcia. Representava as terras áridas e secas do deserto e a morte.

Ela ajudou Ísis a recolher os pedaços de Osíris quando Seth o destruiu.

O seu nome significa "Senhora da Casa" ou "Senhora do Castelo", entende-se como casa o lugar onde Hórus vive.

Iconografía

Por oposição a sua irmã, cujo culto era celebrado em diversos templos, Néftis não era venerada de forma isolada, privando-se assim de uma existência autônoma, facto que justificava a sua constante aparição ao lado de Ísis. A sua associação ao Culto dos Mortos aflorou do mito osírico, no decorrer do qual a sua presença é incontornável.

Representada como uma mulher com cabeça de cobra ou uma serpente com cabeça de mulher,uma cobra ou um escorpião com cabeça de mulher ou um simples escorpião.Na maioria das vezes era como uma mulher com asas e o seu nome em hieróglifo na cabeça.

Néftis e Ísis são incumbidas de velar pelo morto. Por conseguinte, Néftis era representada na cabeceira dos sarcófagos reais do Império Novo, enquanto que Ísis surgia aos pés dos sarcófagos, da mesma forma várias vezes eram evocadas em cenas de julgamentos dos mortos.

As duas deusas e irmãs são efígies do "barco que transportaria o defunto na sua derradeira viagem até o paraíso". Deste modo, e juntamente com Selkis e Neit, oferecem a sua proteção aos vasos canópicos, onde as vísceras do falecido eram conservadas.

Família

Quarta filha de Nut e Geb. Irmã de Osíris, Ísis e Seth. Néftis casou-se com Seth, seu irmão. Após uma briga com o marido, Néftis fantasiou-se de sua irmã, Ísis. Osíris, marido de Íris, teve relações com ela. Dessa união, nasceu Anúbis, deus dos embalsamadores.

Algumas versões contam que Néftis fora seduzida por Osíris.

Seth, com suposta inveja do irmão, destruiu Osíris, partindo seu corpo em pedaços.

Ressurreição de Osíris

Ísis e Néftis - que também não tolerava a conduta de Seth, embora este fosse seu marido - recuperaram todos os fragmentos do cadáver, à exceção do seu pênis, que fora comido por um peixe, mas que Ísis refez, com magia. Em seguida, Ísis organizou uma vigília fúnebre, na qual suspirou ao cadáver reconstituído do marido: “Eu sou a tua irmã bem amada.

 Não te afastes de mim, clamo por ti! Não ouves a minha voz? Venho ao teu encontro e, de ti, nada me separará!” Durante horas, Ísis e Néftis, com seus corpos purificados, inteiramente depiladas, com perucas perfumadas e bocas purificadas por natrão, pronunciaram encantamentos numa câmara funerária, impregnada por incenso.

DEUSA MUT





Mut é uma deusa do Antigo Egipto, esposa de Amon e mãe adotiva de Khonsu.

Mut era entendida como uma deusa bastante poderosa. De início era apenas uma deusa-falcão da cidade de Tebas. A partir da XVIII dinastia, quando o deus Amon se tornou popular, Mut passou a ser vista como sua esposa, tendo substituído a primeira mulher deste, a deusa Amaunet, como sua companheira.

Esta deusa era representada como uma simples mulher com um vestido vermelho ou azul usando a serpente (ureus) e a dupla coroa do Alto e Baixo Egito. Por vezes, era também representada com uma cabeça de leoa.

Possui uma sala no Templo de Karnak.

DEUSA NUT



Nut é uma deusa egípcia. Representava o céu e era significativamente invocada como a mãe dos deuses.

Culto

No túmulo de Tutankhamon foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: “Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas”.




Iconografia

É muitas vezes representada sob a forma de uma vaca, por alusão a uma metamorfose por que espontaneamente teria passado. Era representada por uma belíssima mulher, trazendo o disco solar orlando sua cabeça.

Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra.

Família

Filha de Tefnut e Shu, esposa de Geb, mãe de Osíris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth logo ficou evidente quando, ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.

DEUSA SEKHMET



Na mitologia egípcia Sekhmet, Sachmet, Sakhet, Secmet ou Sakhmet ("a poderosa") é a deusa da guerra e das doenças. O centro de seu culto era na cidade de Mênfis.

Muitas vezes é confundida com Bastet, embora tenha outra conotação neste caso (ampliar a descrição).

Sua imagem é uma mulher coberta por um véu e cabeça de leão. Muito temida no antigo Egíto, sendo ela o símbolo da punição de Rá.

Rá, o Deus-Sol enviou Sekhmet (um possível aspecto mau de Hathor) para destruir os humanos que conspiravam contra ele.

História

Possui força e coragem, e tem como missão proteger o deus Rá e o faraó.

Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com vinho, pela semelhança de sua cor com sangue, para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana.

E uma das formas da deusa Hathor, que abraçou o deus Rá, absorvendo sua força, e sob a aparência de uma leoa desceu à terra para destruir a humanidade.

A Lenda

Conta-se que Rá cansou-se dos pecados dos homens então criou a deusa para punir aqueles que deviam ser punidos. No entanto Sekhmet não teve controle, portanto matou a sangue frio homens de bem e suas famílias. Desesperados, os seguidores de Rá pediram ajuda ao deus, mas esse não pode ajudar.

Então, os egípcios tiveram a idéia de fazer uma bebida da cor do sangue e embebedaram a deusa. Sendo assim ela adormeceu e pode ser recolhida por Rá.

Poderes

Ela é a patrona dos médicos e traz a cura para os males que ela própria disseminou pelo mundo.

Culto

Venerada nos santuários de Mênfis como esposa de Ptah.

Iconografia

Representada por uma mulher com cabeça de leoa.

Família

Seu marido era Ptah (posteriormente Ptah-Seker) e com ele o filho Nefertem.

Signo

As pessoas nascidas sob o signo de Sekhmet são ousadas e corajosas. Adoram enfrentar novos desafios, mas pecam pela falta de obstinação. Aliás, é comum iniciarem algum projeto animadamente e o abandonarem justamente quando ele começa a dar frutos, ou seja, quando deixa de representar um risco e se torna previsível. Isso também se aplica aos relacionamentos: a paixão é sua grande busca.

Exuberantes, enérgicas, um tanto autoritárias, as pessoas de Sekhmet precisam aprender a arte da diplomacia e da tolerância. Também é importante que controlem a agressividade, pois essa característica pode assumir proporções extremas.

DEUSA TAUERET




Tueris, "A Grande",era a deusa da fertilidade e protetora das embarcações e das grávidas. Também foi uma deusa celeste, a "Misteriosa do horizonte" na mitologia egípcia.

Nomes egípcio: Taueret, Taurt, Ipy, Ipet, Apet, Opet, Reret. Nomes grego: Tueris, Toeris.

História

Ajudou a Horus en sua luta contra Seth.



Iconografia

Figura grávida, de pele negra, cabeça de hipopótamo ou de mulher, com chifres e disco solar, patas de leão, cauda de crocodilo e seios muito grandes. Também como uma porca.

Culto

Muito venerada em Karnak, Heliópolis, Abu Simbel e Gebel Silsileh.

Família

Era filha de Ré e a mão direita de Isis e Osíris.

DEUSA UADJIT





Uadjit é na antiga religião egípcia a deusa padroeira do Baixo Egito (o que correspondia à região do Delta do Nilo). O seu nome significa "A verde" (cor das serpentes) e "A da cor do papiro" (numa alusão à planta do papiro, que teria sido por ela criada e que era a planta heráldica do Baixo Egipto). O nome desta deusa pode também ser escrito como Uto ou Edjo.

Uadjit começou por ser uma deusa ligada à vegetação tendo se transformado numa deusa da realeza. Representava o Baixo Egipto sendo frequente surgir com a deusa correspondente do Alto Egipto, Nekhbet.

Esta deusa foi integrada na lenda de Osíris, na qual é ela quem toma conta do pequeno Hórus, escondido nos pântanos do Delta, o qual alimentou com o seu leite, enquanto Ísis procurava por Osíris.

Culto

O principal centro de culto da deusa era Per Uadjit ("morada de Uadjit"), localidade a que os Gregos deram o nome de Buto e que corresponde à moderna Tell el-Farain.

Iconografia

Era representada como mulher com cabeça de serpente e que tem na cabeça a coroa vermelha do Baixo Egipto (coroa decheret). Poderia também ser representada como uma mulher com cabeça de leoa, quando se pretendia aludir ao aspecto de defensora da realeza. Surgia igualmente como uma serpente alada ou como uma cobra enrolada dentro de um cesto de papiros.

DEUSA NEITH



Na mitologia egípcia, Neith (também denominada de Nit, Net e Neit) é a deusa da guerra e da caça, criadora de Deuses e homens, divindade funerária e deusa inventora.

Neith também chamada Tehenut, é uma antigua Deusa egípicia cujo culto provém do período pré-dinástico, na qual tinha forma de escaravelho, depois foi Deusa da guerra, da caça e Deusa inventora.

Em seu aspecto funerário, é a Deusa protetora dos mortos, quem inventou o tecido (se converte em patrona dos tecedores) que oferece tanto às vendas, quanto o sudário aos mortos.

 Iconografía

Mulher com coroa vermelha do Baixo Egito, com arco e duas flechas.Também foi representada como escaravelho, abelha, vaca, peixe, com cabeça de leoa, e as vezes dando de mamar a um crocodilo (Sobek).

Ex-administradores da PT recebem 1,8 MILHÕES



Relatório do primeiro semestre da operadora revela o valor da indemnização paga a Rui Pedro Soares e a Soares Carneiro

Rui Pedro Soares e Fernando Soares Carneiro, ex-administradores da Portugal Telecom (PT), que se demitiram na sequência do seu envolvimento no processo "Face Oculta", receberam quase sete vezes mais de indemnização do que Armando Vara, arguido do mesmo processo, quando renunciou ao cargo de vice-presidente do BCP.

De acordo com o relatório e contas da PT relativo ao primeiro semestre deste ano, a empresa pagou 1.797.544 euros aos dois administradores, que se demitiram dos cargos em Fevereiro, após publicação de transcrições das escutas do processo "Face Oculta" pelo semanário Sol, tendo como pano de fundo um plano de controlo dos media por parte do Governo.

Segundo o documento, os pagamentos são respeitantes a "remunerações até ao final dos respectivos mandatos e à compensação pelo pacto de não concorrên- cia pago a um dos administradores". Rui Pedro Soares renunciou ao cargo de administrador, mas continua como quadro da empresa, enquanto Fernando Soares Carneiro abandonou a operadora.

Recorde-se que Armando Vara, constituído arguido no processo "Face Oculta", que suspendeu em Novembro de 2009 as funções que desempenhava no BCP, renunciou ao cargo a 2 de Julho e recebeu 260 mil euros, a quantia correspondente à que lhe seria devida até ao termo do mandato, no final do ano.

No caso dos dois ex-administradores da PT, os mandatos eram válidos por mais dois anos. E, tal como foi noticiado em Fevereiro, quando os dois responsáveis renunciaram aos cargos, em 2008 cada administrador executivo da PT recebeu cerca de 1,5 milhões de euros. O que significa que, se cumprissem o mandato, iriam receber mais de cinco milhões de euros.

Na sequência da publicação pelo Sol de transcrições das escutas do processo "Face Oculta", Rui Pedro Soares interpôs uma providência cautelar contra o semanário dirigido por José António Saraiva com o objectivo de impedir a publicação de escutas em que o seu nome fosse referido. Providência cautelar que o jornal não acatou e, por isso mesmo, o ex-administrador da PT interpôs uma acção executiva contra a empresa proprietária do jornal - neste momento suspensa - o director e as jornalistas que assinaram os textos com as transcrições, Felícia Cabrita e Ana Paula Azevedo.

José António Saraiva reagiu ontem à Lusa sobre a deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social relativa a uma queixa apresentada por Joaquim Oliveira, indicando que o Sol violou os direitos de personalidade do presidente da Controlinveste. Para o director do semanário, essa decisão só pode ser entendida "numa linha de protecção do governo". Em causa estava também a publicação de excertos de transcrições de escutas telefónicas constantes do processo "Face Oculta".

Tags: Rui Pedro Soares, PT, face oculta, Portugal

Partilhar

767 Visualizações

23 Comentários
Comentar este Artigo

ULTIMOS COMENTÁRIOS

BANDALHOS SOCRÁTICOS. BARDAMERDA PARA ESTA PODRIDÃO DE PAÍS!



País de m****... Sócrates = pulha ...

alerta
POVO vamos para a rua gritar ...

luis
nao sao estes actos k aumentam ...

INCREDULO
COMO PODE HAVER TANTA INGNORANCIA? ...

zangado
CÁ ESTÃO AS VANMTAGENS DE PERTENCER ...

=============================================



Rui Pedro Soares entrou, discretamente, na Portugal Telecom, mas hoje faz manchete nas notícias por estar envolvido nas alegadas escutas do caso "Face Oculta" publicadas pelo jornal "Sol", a quem moveu uma providência cautelar para impedir a divulgação de mais escutas que o citassem.

Rui Pedro Soares entrou, discretamente, na Portugal Telecom, mas hoje faz manchete nas notícias por estar envolvido nas alegadas escutas do caso "Face Oculta" publicadas pelo jornal "Sol", a quem moveu uma providência cautelar para impedir a divulgação de mais escutas que o citassem.

É administrador executivo da "holding" Portugal Telecom desde 2006, ano em que Henrique Granadeiro assume a presidência executiva, acumulando com a não executiva. A nomeação foi, logo, interpretada como sendo uma escolha ligada ao Governo. Afinal, Rui Pedro Soares era do PS.

E depois de um primeiro mandato, foi novamente nomeado em 2009 para novo mandato de três anos, onde reforçou pelouros. Entre eles, a responsabilidade da PT ACS, que é a entidade que gere os cuidados de saúde.

Quando em 2006 entrou para a administração executiva da PT, Rui Pedro Soares ficou com as relações com as regiões autónomas e autarquias, com o marketing institucional, com o imobiliário e segurança. Em 2008, quando houve reorganização na estrutura administrativa da PT e Zeinal Bava assumiu a presidência executiva, Rui Pedro Soares saiu reforçado. Além de manter o imobiliário, a segurança, as relações com autarquias e os patrocínios institucionais, ficou com algumas outras áreas - participações financeiras como a CTM (macau), Timor Telecom e Archway (vendida nesta ocasião), ambiente e eficiência energética.

Já em 2009, acumula a estes pelouros (excepto a gestão da participação da CTM), a PT ACS.

Os contactos com os clubes de futebol, patrocinados pela PT, são da sua responsabilidade. Rui Pedro Soares é portista.

Rui Pedro Soares tem 36 anos. É do Porto, mas na adolescência rumou a Lisboa. Estudou no IPAM - Instituto Português de Administração de Marketing, tendo tirado uma formação no INSEAD em telecomunicações: estratégia e marketins.

No curriculum disponível no "site" da PT é referido que Rui Pedro Soares entrou na PT em 2001. Sabe-se que em 2005 era administrador executivo da PT Compras. Antes tinha sido assessor na PT Multimédia.

Antes da PT esteve no Grupo Banque Nationale de Paris/Paribas, onde integrou a Direcção de Marketing do Banco Cetelem. O que aconteceu entre 2000 e 2001. Chegou a esta função depois de ter sido assistente do gurpo socialista no Parlamento Europeu desde 1998.

Chegou a vereador, sem pelouro, na Câma de Lisboa, quando concorreu na lista de João Soares, a disputá-la com Santana Lopes e que este ganhou. Segundo a revista "Visão", Rui Pedro Soares ainda foi candidato à liderança da JS, mas, quase sem apoios, perdeu. Foi na JS que conheceu Paulo Penedos, o advogado que acabou por ser seu assessor jurídico na PT. E com quem manteve as conversas telefónicas, alvo de escutas e que motivaram todo este mediatismo.

Rui Pedro Soares e Paulo Penedos foram "apanhados", segundo as escutas do "Sol", a falarem sobre a compra da TVI pela PT, para alegadamente servir o propósito de controlar a comunicação social. Segundo o "Sol", é também na JS que conhece Marcos Perestrello (hoje secretário de Estado), que o leva para o grupo de apoio a José Sócrates. Trabalha no "site" da candidatura de Sócrates a secretário-geral do PS.

Além de administrador executivo da PT, Rui Pedro Soares participa noutras administrações por via da PT. Uma delas é a do Taguspark, onde é administrador não executivo, colega de Américo Thomatti, presidente executivo do Taguspark, também apanhada numa conversa com Paulo Penedos sobre o negócio da TVI.

As escutas levaram Rui Pedro Soares a avançar com uma providência cautelar contra o "Sol". E mantém-se incontactável.

Funcionários da PT exigem demissão de Soares Carneiro


Económico com Lusa

18/02/10 13:00

--------------------------------------------------------------------------------



Fernando Soares Carneiro, administrador executivo da PT.


Notícias Relacionadas

Trabalhadores contra saída do Estado da PT 17/02/10

Rui Pedro Soares sai da PT 17/02/10

Rui Pedro Soares demite-se após buscas na PT da Judiciária 18/02/10

A PT e os conteúdos 18/02/10

PT valoriza mais de 1% 18/02/10

BPI recomenda "comprar" acções da PT 18/02/10

Comissão de Trabalhadores da PT exige "toda a verdade" 22/02/10

Comunidade
Partilhe: .A posição da Comissão de Trabalhadores da PT é clara: ou se desmentem as últimas notícias ou Soares Carneiro não tem condições para desempenhar funções de administrador executivo na PT.

Fernando Soares Carneiro, "não tem outra alternativa que não seja apresentar a sua renúncia e, se não o fizer, então devem ser os accionistas que o indicaram para o Conselho de Administração a tomar essa decisão", disse o coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da Portugal Telecom, Francisco Gonçalves, à Lusa.

", adiantou o dirigente, acrescentando que a comissão está também a acompanhar o processo de "renúncia do administrador Rui Pedro Soares".
"Estamos a acompanhar com todo o interesse o que se está a passar sobre o eventual envolvimento de dois administradores da Portugal Telecom no alegado plano para controlar a comunicação social

"Continuamos a acompanhar este assunto com bastante preocupação. Achamos que é bastante positivo ter havido já um envolvimento da Comissão de Auditoria e se ter avançado para uma auditoria interna", disse à Lusa Francisco Gonçalves.

A Comissão de Trabalhadores da PT mantém aquilo que tinha dito: "A não serem desmentidas as notícias que vieram na comissão social, os administradores visados não têm outra alternativa que não seja a renúncia aos seus cargos".

"Não é só a renúncia que resolve a situação por si, embora seja um passo. Nós achamos que a PT deve dar uma explicação sobre aquilo que se passou", sublinhou Francisco Gonçalves

O dirigente sindical referiu, também, que a posição da Comissão de Trabalhadores se baseia no Código de Ética da PT, o qual foi recentemente alterado para reforçar o capítulo respeitante "a conflitos de interesses".

A violação do Código de Ética implica responsabilizações nos "termos das normas legais e regulamentares", salientou.

Rui Pedro Soares renunciou quarta-feira ao cargo de administrador da PT e, numa carta enviada ao conselho de administração da empresa, garantiu que nunca teve qualquer "comportamento indevido" e que não praticou actos "lesivos dos interesses" da empresa.

--------------------------------------------------------------------------------

Comentários (1)

Alentejano,
18/02/10 14:06

Passados tantos anos, ainda temos comissões de trabalhadores que mais não são "correias de transmissão" de uma certa "esquerda".

É por isso que cada vez menos representam os trabalhadores. Infelizmente, no nosso país, a leis dos representantes dos trabalhadores serve apenas para que alguns partidos tenham militantes profissionais pagos pelo erário público.

Quantos ordenados paga o Estado (todos nós) para servir o PCP? Só nos professores são umas largas dezenas.

Defendam os trabalhadores e não se metam no que não percebem (se é que percebem de alguma coisa) porque cada vez mais quem tem alguma formação não está disposto a ser testa de ferro dos partidos.

Envie o seu comentário

Disclaimer: "O Económico apela aos leitores para que utilizem este espaço para um debate sério e construtivo, dispensando-se, para o bem de todos, o insulto e a injúria gratuitos. Comentários inadequados devem ser denunciados e quando tiverem mais de oito denúncias serão eliminados automaticamente. O IP do leitor não será revelado mas ficará registado na base de dados".
==========================================

PT pagou 1,8 milhões pelas saídas de Soares Carneiro e Rui Pedro Soares


15 Setembro 2010
09:50

Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

A Portugal Telecom (PT) pagou 1.797.544 euros aos dois administradores executivos que cessaram funções em Março, "respeitante às remunerações até ao final dos respectivos mandatos e à compensação pelo pacto de não concorrência pago a um dos administradores", refere o grupo no relatório do primeiro semestre deste ano.

Rui Pedro Soares e Fernando Soares Carneiro, administradores, representantes do Estado na PT, anunciaram em Fevereiro ter renunciado aos cargos, na sequência das escutas no caso "Face Oculta" e do seu alegado envolvimento num plano do Governo para controlar a comunicação social.

Após a saída de Rui Pedro Soares, também Soares Carneiro abandonou a administração

da PT, com a qual assinou um acordo de confidencialidade e de não concorrência.

Esse pacto, pelo qual a operadora de telecomunicações compensou o seu ex-gestor,

foi avançado por si em Junho numa declaração escrita à Lusa, onde confirmou que colabora informalmente com o grupo Ongoing.

COMENTÁRIOS


7 Comentários
Para comentar esta noticia deverá ser membro registado no Jornal de Negócios. Se está registado no Jornal de Negócios faça login . Caso contrário poderá registar-se gratuitamente .

jamnf 15 Setembro 2010 - 13:06

Pagou pelas saídas???

Então estes dois "passarões" demitem-se e ainda são indemnizados ???!!! Esta agora!!??

Se eu me demitir, na empresa onde trabalho, não recebo absolutamente nada
!! Como é perfeitamente normal! Então eu venho-me embora porque quero e a empresa ainda tem que me pagar por isso ????!!!!

E isto passando por cima das razões que levaram estes "passarões" a demitirem-se! E essas razões são fortissimas! Ou melhor são fortissimas em qualquer outro País... aqui tudo é normal...

Ver comentário completo

Então estes dois "passarões" demitem-se e ainda são indemnizados ???!!! Esta agora!!??

Se eu me demitir, na empresa onde trabalho, não recebo absolutamente nada
!! Como é perfeitamente normal! Então eu venho-me embora porque quero e a empresa ainda tem que me pagar por isso ????!!!!

E isto passando por cima das razões que levaram estes "passarões" a demitirem-se! E essas razões são fortissimas! Ou melhor são fortissimas em qualquer outro País... aqui tudo é normal...

Ahhhh! com uma agravante é que estas "indemnizações" somos nós que pagamos!!!!!!!!! Mas, mais uma vez, tudo é normal...

Grandes carneiros que nós somos...

Caralf 15 Setembro 2010 - 12:50

ATENTADO À RESPONSABILIDADE DO ESTADO SOCIAL

Os factos que a notícia revela são um verdadeiro atentado ético, no domínio da responsabilidade social e de um Estado minimamentee Social.

Mas, mais preocupante que tal atentado é o que representam os valores pagos pela PT, se os compararmos com os salários do Presidente da República, PM, Ministros, DG e, de uma forma geral, os salários praticados na Administração Pública e no sector privado.

Caem por terra quaisquer argumentos sobre a responsabilidade inerente aos cargos ...

Ver comentário completo

Os factos que a notícia revela são um verdadeiro atentado ético, no domínio da responsabilidade social e de um Estado minimamentee Social.

Mas, mais preocupante que tal atentado é o que representam os valores pagos pela PT, se os compararmos com os salários do Presidente da República, PM, Ministros, DG e, de uma forma geral, os salários praticados na Administração Pública e no sector privado.

Caem por terra quaisquer argumentos sobre a responsabilidade inerente aos cargos, porque o nível salarial ultrapassa todo o bom senso (para não falar, também, nas situações polémicas que poderiam justificar o despedimento com justa causa).

É caso para perguntar, por outro lado: o mercado justifica salários tão elevados ? Mesmo que não estivessemos em crise, seria questionável tal nível de salários, face aos milhares de desempregados, muitos potencialmente com capacidade de exercerem cargos idênticos, porventura com maior eficácia (recordem-se as situações polémicas que presidiram à sua saída da PT).

Também não serve o argumento de que o Estado vai receber uma parte importante desses salários, em sede de IRS. A eficiência da utilização dos recursos, neste caso financeiros, põe em causa tal conclusão. Se houver dúvidas, atentemos na estrutura de consumo desses dirigentes, quanto ao valor acrescentado nacional, como mero indicador.

O que parece estar mal é o conceito de Estado Social e de distribuição do rendimento. Se é certo que os indefesos, os abandonados, os desempregados e outros têm direito à ajuda do Estado Social, não é menos certo que não deverá ser o nível de rentabilidade das empresas a determinar os salários dos seus orgãos sociais e dos seus directores, embora se concorde que devem influência os salários e os prémios, mas de uma forma racional.

Há algo de errado, que tem de ser revisto, com urgência. Os recursos pagos pelas grandes empresas (e, apesar de tudo. por muitas pequenas e médias empresas), aos seus principais dirigentes, não concorrem para a criação de riqueza, pelo menos no ponto de vista da eficiência. De resto, sabe-se bem como é que os prémios, salários e outros beneficios são fixados: pontuam os beneficios em causa própria e o bem conhecido "conflito de interesses".

Não nos move qualquer discordância com a existência do mercado regulamentado. O que nos move, sim, é uma saída para esta sociedade que, desde há umas décadas, não encontra um rumo minimmente equilibrado com os interesses gerais dessa mesma sociedade. É que, apesar de estarmos dem pleno século XXI, num País considerado desenvolvido, em muitos aspectos pautamo-nos mais como uma sociedade subdesenvolvida.

JP71 15 Setembro 2010 - 12:45

Roubalheira total

Este RPS personifica tudo o que de pior existe em Portugal, não tem qualquer currículo quer profissional quer académico (basta ver a ver a sua pseudo-licenciatura), em condições normais seria mais um a engrossar as listas de desemprego, esta indemnização certamente não será só para ele pois tem de distribuir por quem o colocou neste lugar.

Este RPS personifica tudo o que de pior existe em Portugal, não tem qualquer currículo quer profissional quer académico (basta ver a ver a sua pseudo-licenciatura), em condições normais seria mais um a engrossar as listas de desemprego, esta indemnização certamente não será só para ele pois tem de distribuir por quem o colocou neste lugar.

alexdgon 15 Setembro 2010 - 12:24

Este país é uma palhaçada absoluta

O RPS é o apogeu de tudo que está errado com este país e este governo, mesmo assim ainda sai generosamente compensado. Bela mensagem para os portugueses que ainda mantém qualquer ilusão que existe mérito nesta sociedade ou que vivemos em democracia.

O RPS é o apogeu de tudo que está errado com este país e este governo, mesmo assim ainda sai generosamente compensado. Bela mensagem para os portugueses que ainda mantém qualquer ilusão que existe mérito nesta sociedade ou que vivemos em democracia.

joaopires5 15 Setembro 2010 - 11:43

PAGOU A PT? PAGÁMOS NÓS OS UTENTES ESPOLIADOS...

PAGAMOS OS TELEFONEMAS MAIS CAROS DA EUROPA COM OS CUSTOS COM PESSOAL A METADE DA EUROPA....POR ISSO É QUE ESTA CORJA DA PT ANDA POR ESSE MUNDO FORA A EXPORTAR EMPREGOS

PAGAMOS OS TELEFONEMAS MAIS CAROS DA EUROPA COM OS CUSTOS COM PESSOAL A METADE DA EUROPA....POR ISSO É QUE ESTA CORJA DA PT ANDA POR ESSE MUNDO FORA A EXPORTAR EMPREGOS

danny1williams 15 Setembro 2010 - 10:23

Este país não cumpre regras...

se fosse um gajo normal (duvido muito que chegasse à Admnistração), ou se isto fosse na Alemanha ou EUA, saiam com um processo e sem indemnização, se calhar teriam eles que indemnizar por acções ilegais em nome da empresa, é cá... Quem paga as indemnizações e os salários da admnistração? É o "quase" monopolio dos clientes e os pseudo-accionistas privados... E no BCP ?

se fosse um gajo normal (duvido muito que chegasse à Admnistração), ou se isto fosse na Alemanha ou EUA, saiam com um processo e sem indemnização, se calhar teriam eles que indemnizar por acções ilegais em nome da empresa, é cá... Quem paga as indemnizações e os salários da admnistração? É o "quase" monopolio dos clientes e os pseudo-accionistas privados... E no BCP ?

cmor 15 Setembro 2010 - 10:08

E quanto lhes custou...

... em sede de IRS e à Empresa em sede de IRC tal indemnização? ah ... acordo de confidencialidade e de não concorrência!...

... em sede de IRS e à Empresa em sede de IRC tal indemnização? ah ... acordo de confidencialidade e de não concorrência!... PUB


Um país quase na falência e pode dar-se a este luxo, depois dizem, Portugal poderá ter de recorrer ao FMI.


Ex-ministros das Finanças dizem que intervenção externa será necessária para cobrir problemas da dívida pública

Portugal poderá ser obrigado a recorrer à ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) para resolver os problemas de financiamento externo. A convicção é de três ex-ministros das Finanças que, ouvidos pelo DN, dizem que o aumento dos juros e a descida da procura na emissão de bilhetes do tesouro (ver caixa) conduzirá "mais tarde ou mais cedo" a uma situação em que o Estado não conseguirá colocar dívida nos mercados. Eduardo Catroga, Medina Carreira e Miguel Beleza consideram que o facto de a última emissão de bilhetes do tesouro ter registado taxa média mais elevada de sempre é um "sinal" da possibilidade de este se tornar um cenário muito real para o País.

Para Medina Carreira, o que está a acontecer em termos de endividamento público "é uma tragédia". "Este recurso descontrolado ao endividamento externo vai fazer com que, a prazo, haja uma restrição ao financiamento por parte dos mercados. Os investidores vão, simplesmente, deixar de nos emprestar dinheiro", alertou o antigo ministro das Finanças, sublinhando que, "quando isto acontecer, não nos restará outra solução a não ser recorrer ao FMI para estancar o problema".

Visão semelhante tem Eduardo Catroga, para quem o modelo actual de financiamento do Estado, com recurso a sucessivas emissões de dívidas públicas, "é insustentável". Ao DN, o economista disse que "mais tarde ou mais cedo o FMI ou o EFSF [Fundo Europeu de Estabilidade Financeira] vão acabar por vir para Portugal para pôr ordem na situação", frisando que "o País não pode viver permanentemente do endividamento".


Referindo ao o de 14,2 mil milhões de euros da dívida líquida pública portuguesa entre Janeiro e Agosto (um valor muito próximo do limite de 17,4 mil milhões imposto pelo Orçamento do Estado), Catroga sublinhou que "este é um reflexo do que tem sido o descontrolo das contas públicas nos últimos anos". O antigo ministro defende que a intervenção do FMI em Portugal será inevitável "se o Estado não adaptar rapidamente a despesa às receitas normais".

Na opinião de Miguel Beleza, a intervenção do FMI ou do EFSF é, por enquanto, "um cenário pouco provável, mas que poderá tornar-se uma realidade se os problemas de endividamento externo se agravarem". "Resume-se tudo a convencer os credores de que nós somos uma dívida boa e não estamos a ser bem sucedidos nesse plano", frisou o ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, recordando que o aumento dos juros e a diminuição da procura nas emissões de dívida pública "são um sinal preocupante".

Contactado pelo DN, o Ministério das Finanças rejeitou a ideia de que Portugal esteja com problemas de financiamento e garantiu que o limite de emissão de dívida para 2010 "não foi nem será ultrapassado".

O gabinete de Teixeira dos Santos condenou o alarmismo gerado em torno do tema e acusou o PSD de ter responsabilidades no aumento dos juros nas emissões de dívida.

"As permanentes hesitações e ameaças da oposição quanto à viabilização do próximo orçamento têm efeitos prejudiciais graves na percepção dos investidores externos sobre a situação financeira do País e, igualmente, sobre o agravamento do custo da dívida pública", adiantou o Ministério das Finanças, numa nota enviada ao DN.

Na mesma nota, o gabinete de Teixeira dos Santos fez ainda questão de sublinhar que "a execução do programa de emissões de dívida pública segue como planeado, concentrando-se em emissões de médio e longo prazo (das quais estão já efectuadas cerca de 90%), o que evidencia a confiança dos investidores na dívida portuguesa".




PT, SUBMARINOS, BANDURS etc e tal, assim vai Portugal, corte-se no essencial, mas não nos luxos e nos projectos megalomanos.
 
 
 
 

ESTRELA DA MANHÃ



ESTRELA DA MANHÃ - CREMILDE CAMBETA





Olhando este céu

na noite escura dos tempos

que mais adensa...

brilha a Estrela que chegou

ao seu povo.

"A Estrela da manhã"

cheia de luz própria.

Resplandecente.

Anunciadora do Sol

que já desfere seus raios de justiça

ao mundo ímpio e entenebrecido

pelo pecado.



Estrela Única!...

Ela nos é revelada por si mesma:

Jesus glorificado o notificou.

Ele é a Estrela resplandecente.

Estrela da alva que já refulge

na vida daqueles que vivem

ao brilho de seu resplendor.

E porque veio... sejamos centelhas

direccionandas por sua luz radiosa às almas.

-Tocando-as.

-Despertando-as das trevas que as circundam.

-Trevas palpáveis.

- Paralisantes.

Mas eis o caminho que Deus em Jesus Cristo

abriu e chama, hoje... agora...

ecoando neste mundo, alienado d'Ele:

"Eu sou a luz do mundo, quem me segue

não andará em trevas mas terá a luz da vida".



Porquê indiferentes?...

É para todos vós.

Ouvi... atendei.

Em aceitar seguindo

está a vossa salvação.

O vosso perdão.



"A Estrela da manhã"

ao espancar a grande noite

de imensas trevas existentes...

Dá lugar ao Nosso Glorioso dia.

Prometido.

Assim:

Dardejando em fogo, na energia de si mesma

como Sol da Justiça virá.

O Sol da Justiça divina

que vai subindo mais

em seu tempo determinado...

até ao zénite.



Poema de Cremilde Cambeta, extraído de seu Livro JARDIM REGADO.

Em sua homenagem, e que sua alma esteja junto de Deus nos Reinos dos Céus.