o mar do poeta

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quarta-feira, abril 28

CASA CAMBETA - ÉVORA



A mãe e uma cunhada do articulista inspecionando as obras do prédio



O prédio já construído.



A varanda principal da vivenda




Parte do interior da varanda.


O articulista enviou de Macau um contentor de 45 pés com todo o recheio de sua casa, isto no ano de 1993, pois tencionava fixar residência em Portugal, mais própriamente em Évora sua cidade natal.

Para tal comprou esta vivenda bi-familar, uma viatura e uma quinta nos arredores de Évora, quinta essa que acabou por vender a sua irmã.

Sendo a esposa do articulista de origem chinesa, e como os filhos não pretenderam fixarem-se em Portugal, e igualmente por as coisas em Macau se terem passado calmamente e o articulista e sua esposa não se adaptarem a Portugal, resolveram todos os seus bens e regressar a Macau, onde reside, desde 1964.

Portugal é belo e lindo país, porém tem burocracia a mais, Évora embora seja a capital da provícnia do Alto Alentejo, é uma cidade sem vivacidade, onde os serviços trabalham com lentindão, onde a maioria dos restaurantes estão fechados durante o verão, onde os transportes públicos eram péssimos, enfim, um conhuto de factores, que, para quem está já habituado a locais como Macau, onde tudo se tem à mão e onde a vida é bem mais fácil, Évora nos decepcinou e como tal, Macau é a nossa casa.











CASA CAMBETA - ESCRITÓRIO

A sala que era usada pelo articulista como escritório, estava repelta de motivos náuticos.
Quadros de navios, uma bóia de uma navio que comandou, vários ecudetes, não faltando uma espingarda.

Um dos armários repletos de livros, com algumas réplicas de bicicletas, bem originais.


A maravilhosa e super prática secretaria, em pau rosa com ornamentos em ouro.




Um aparelho de rádio a poltrona e na parede as condecorações e louvores e algumas fotos do articulista




Um outro armário recheado de livros





Ainda mais um armário recheados de livros, o articulista tinha uma biblioteca bem recheada.
Todo o recheio da casa foi vendido no ano de 2003, e a vivenda em si no ano de 2004.




CASA CAMBETA - SALA DE ESTAR


A sala de estar, embora fosse grande, parecia pequena, com todo o recheio que possuia, nesta foto pode ver-se o sofá, biombo, bar, e mesinha, todos os móveis eram de madeira pau rosa com embutidos em madre perola.



O enorme armário da sala onde para além da televisão tinha ao lado um conjunto de aparelhagem sonora


Um armário, igualmente de madeira pau rosa, no qual se encontravam os 3 deuses chines FOK, LOK, SAU.


Noutro armário, este em vrdro, tinha estas belas imagens de deuses e santos budistas.





E num dos cantos da sala ficava este enorme jarrão com mais de 1,5 metros de altura.

A sala de jantar dava para a enorme varanda e para as escadarias para os sotões.




CASA CAMBETA - QUARTO










Este era o único quarto apetrechado na parte principal da casa, havia mais dois quartos, até espaçosos nos sotões.
Este tinha boas dimensões, a janela dava para a Rua Rafael Bordalo Pinheiro, local acolhedor, sem muitos móveis, possuia um armário roupeiro em pau rosa, bem grande que ia até ao tecto, uma arca de canfora, a priemira coisa que o articulista comprou em Macau em 1965, para além da tv e do rádio, tinhamos todo o conforto.

CASA CAMBETA - ÁTRIO


No átrio da casa era este o único móvel lá existente, que era composto por uma mesa em meia lua, de madeira pau rosa com embutidos de madre pérola.
O átrio era o cento da casa, que dava para escadas de acesso, para as csas de banho, sala de estar, sala de jantar e cozinha, era espaçoso e muito fresco.

CASA CAMBETA - SALA DE JANTAR











A sala de jantar era composta, como se pode ver pelas fotos acima representadas, por uma mesa e oito cadeiras, um armário de duas frentes, um armário de parede, e uma armário baixo, toda essa mobília era de pau rosa com desenhos de madre perola embutdos.



CASA CAMBETA - COZINHA


Todos os móveis e os electrodomésticos foram levados de Macau para Portugal. A cozinha era bem espaçosa, onde se podia colocar uma mesa de jantar, tinha igualmente uma arrecadação.




Dois aspectos da cozinha, a casa Cambeta, era uma vivenda Bi-familiar, T-4, com aproveitamento dos sotãos, que tinham dois quartos mais uma dispensa para arrumos, possuindo três varandas e um belo quintal.

É pena não ter encontrado as fotos para que se pudesse ter uma ideia das dimensões da mesma.

CASA CAMBETA - GARAGE


A casa que o articulista tinha no Bairro do Granito em Évora.

A viatura, um Nissan Micra SLX


A garagem de sua casa



A garagem





Algumas das árvores que tinha no seu quintal, pesseguiros, ameixieiras, limoreiros, laranjeiras e muitas flores.




Uma mesa em marmore com respectivos bancos, onde pela fresquinha era o abrigo do articulista, em cima da mesa ,pode ver-se uma enorme abóbora que foi criada em seu quintal.




sábado, abril 24

VÔO NX 881







O articulista farto das aldabrices da Air Asia, escolheu, uma vez mais a Air Macau para efectuar a viagem de regresso a Macau, o preço das passagens até ficou em conta, comparado com os preços praticados pela Air Ásia, porém o horário de vôo da Air Macau não é dos melhores mas paciência.
O vôo NX 881, utilizando um Air Bus A 319 estava previsto sair de Bangkok pelas 21.50 horas e chegar a Macau pelas 01.30 horas do dia 25, mas, esta manhã, ao fazer a reconfirmação do vôo ficou o articulista a saber que o mesmo sairia de Bangkok, pelas 22.50 horas e está prevista a chegada a Macau às 02.00 horas, isto sem aviso prévio, desta forma se pode ficar a saber como as coisas andam com a Air Macau.

Já agora faço votos para que a viagem decorra o melhor possível.

As únicas companhias aéreas que efectuam vôos entre Macau e Bangkok são a Air Asia, companhia de baixo custo e Air Macau, o articulista prefer a Air Macau pois tem outras condições e não entra na espectulação de preços nem de excessos de bagagens, só o horário esse ém pouco incoveniente, mas paciência.

Depois informarei como decorreu a viagem.
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Apos a vigem realizada, ca estou de novo para relatar como tudo aconteceu:
Como o vôo tinha sido alterado para as 22.50 horas, o articulista chegou ao aeroporto eram das 20.30 horas, o que dava tempo, mais que suficiente, para fazer o Chek-in e as outras formalidades de apraxe.
Os balcões da Air Macau não apresentavam algo movimento e o chek-In foi feito muito rapidamente, nas placas indicativas cosntava que o vôo NX 881 se efectuaria às 22.50 horas, tudo bem. Como se pode ver no bording pass injdica que a porta de embarque era a F2 e a hora de entrada era às 21,50 horas.
Eram 21.15 horas quando o articulista passou pelos Servi;os de Migração e depois se sujeitou à tal revista das bagagens de mão e corporais.
Ai, as coisas tinham mudado e o articulista foi obrigado a tirar o relógio, óculos, o blusão que envergava e ate o cinto das calças.
Ao passar pela pora electrónica sou o sinal de alarme, sendo informado por um funcionario para recusar, tirar os sapatos e passar de novo pela porta, e a ordem foi cumprida.
Mas, algo aconteceu que3 mais parece uma andedota, o articulista ontem vestia umas calças com a medida de cintura 36, contra o que é habitual, pois usa o número 34, ao passar de novo pela porta electrónica, e não tendo cinto, as calças com estavam largas, cairam tendo ficado o articulista em cuecas, o que causou uma risada geral, mas tudo bem.
Após esta burocracia, lá seguiu o articulista para a zona F, fartou-se de andar, mas antes até parou num Duty Shop onde comprou uma tira de cigarros pelo valor de 500 baths, na cidade essa mesma tira custa 831 baths.
Nas calmas lá foi seguindo e não vendo sinalização alguma da zona F, continuou e foi então que fui a sinalização da zona G, lá teve voltar para trás até encontrar a dita zona, que está mal assinalada.
Seriam umas 21.40 horas, quando viu uma senhora, funcionária da Air Macau com uma placa indicando o vôo, dirigindo-me a essa senhora lhe mostrei o meu bording pass, nesse preciso momento, através de autofalante chamavam pelo meu nome, dizendo que era a chamada final, e que me descolasse com a máxima urgência para a porta de embarque.
Para lá me dirigei e de seguida embarquei, e me fui sentar o lugar que me estava destinado, volvidos mais uns minutos entrou mais outro passageiro e foram fechadas as portas do avião.
Pelas 22.15 horas o avião já se fazia à pista para levantar vôo.
Bem, coisas da Air Macau, já habituais onde a falta de informação é uma cosntante, felizmente que consegui embarcar!...
Durante a viagem foi fornecida uma refeição ligeira, tendo o articulista escolhido uma massa com carne de porco, que estava uma porcaria, ficando/se o articulista somente pela fruta e por meia lata de cerveja.
O vôo decorreu tranquilo, sem turbulência alguma, e estava prevista a chegada a Macau pelas 02.oo horas, mas eram 01.30 horas quando o Air Bus A 319 aterrou no aeroporto de Macau, a aterragem até foi suave, depois sim o avião tremeu por todos os lados o que causou algum pânico entre os passageiros, ate parecia que se iria partir todo o interior do avião, mas felizmente isso não aocnteceu.
Eram poucos os passageiros e na sua maioria de origem tailândesa.
Este caso de o avião estremecer todo apos a aterragem ja aconteceu noutros vôos da Air Macau e com tipos de aviões diferente, por várias vezes aconteceu com os aparelhos A-321, e não sei qual a razão para o facto.
Depois de desembarcar, os passageiros seguiram num autocarro até ao terminal, a passagem pelos serviços de migração foi rápida pois era o articulista o único possuidor de cartão de residente no território e havia um bacão próprio.
As bagagens essas sairam quase de imediato, e o articulista então saiu do aeroporto, mas antes ainda tentou telefonar, mas os poucos telefones publicos que havia estavam avariados, usando o telefone portátil entrou em contacto com sua esposa, eram para ai 01.40horas, o meu filho mais velho fica a caminho para me receber e admirado ficou por ter chegado antes da hora prevista.
Ali aguardei a sua chegada, eram 02.10 horas quando rumamos para casa.
Felizmente a viagem decorreu sem incidentes de maior, fora estas pequenas anomalias que a Air Macau deverá de corrigir, para dar uma outra imagem da compnahia e de Macau.

sexta-feira, abril 23

FAMÍLIA CAMBETA EM MACAU


A família Cambeta em Macau reunida no dia dos anitos da Lurdes Rosalina
O articulista, seu filho mais velho, Luis, e a nétinha Cláudia Gabriela

O articulista e seu filho mais novo, Vicente, e a nétinha Lurdes Rosalina


O avô e sua nétinha Lurdes Rosalina, um amor.





O articulista com sua nétinha Cláudia Gabriela outro amor de sua vida.



O mais recente nétinho, MÁXIMO VICENTE a ser visitado pela irmanita.





O mais recente membro da família Cambeta que veio reforçar a terceira geração de Cambetas na Ásia.





terça-feira, abril 20

PAPA GREGORIO IX

Como evitar o envenenamento espiritual de toda a sociedade sem consentir em injustiças contra os inocentes ou contra os próprios hereges?
Como conduzir a nau em rumo seguro, entre a indiferença desesperadora de muitos Bispos ou sua susceptibilidade à política local, e de outro lado a impetuosidade das massas populares ou dos agentes imperiais?
O grande Papa (Gregório IX) certamente considerou profundamente este problema. Como Pai da Cristandade, não desejava a morte, mas a correção de seus filhos transviados.
Gregório teve entre suas preocupações uma feliz inspiração: por que não se servir das novas ordens mendicantes?
Até mesmo Lea (historiador contrário à Inquisição) lhes reconheceu a utilidade:
“O estabelecimento destas Ordens parece uma intervenção providencial para proporcionar à Igreja de Cristo aquilo que com grande urgência necessitava.
À medida que foi se tornando patente a necessidade de tribunais especiais e permanentes, todas as razões favoreciam que elas estivessem acima das invejas e inimizades locais que podem induzir ao prejuízo do inocente, e acima dos favoritismos que podem conspirar a favor da impunidade do culpado. Se, além dessa ausência de partidarismos locais, os juizes eram homens especialmente adestrados para a descoberta e conversão dos hereges; se tinham renunciado ao mundo por votos irrevogáveis; se não precisavam de bens materiais e eram surdos aos apelos de prazer, parecia que estavam oferecidas todas as garantias possíveis de que suas importantes obrigações seriam cumpridas dentro da mais estrita justiça. E que, enquanto a pureza da Fé era protegida, não haveria desnecessariamente opressões, crueldades ou perseguições ditadas por interesses particulares ou por vinganças pessoais”.
Como Lea supõe, Gregório provavelmente não tinha a intenção de estabelecer um tribunal permanente. Legislou para fazer frente a uma necessidade urgente, e os dominicanos, com seus profundos conhecimentos de teologia, pareciam estar perfeitamente aptos para auxiliar os Bispos.

Naturalmente, isso não seria do agrado de todos. Havia Prelados muito melindrosos em matéria de intervenções exteriores, mesmo de Roma. Levando isso em conta, Gregório escreveu uma diplomática carta aos Bispos do sul da França explicando a situação:
“Vendo-vos envolvidos no torvelinho de inquietações e apenas podendo respirar sob a pressão de sombrias preocupações, cremos oportuno dividir vossa carga para ser levada mais facilmente.
Portanto, resolvemos enviar frades pregadores (dominicanos) contra os hereges da França e províncias adjacentes, e vos suplicamos, advertimos e exortamos a que os recebais amavelmente e os trateis bem, dando-lhes favor, conselho e ajuda para que possam cumprir seu mandato”.
Desse modo foram enviados os dominicanos, e em menor proporção os franciscanos, aos lugares onde mais abundavam os hereges. Alguns foram para a Alemanha, mas até 1367 nenhum tribunal sério e permanente ali se estabeleceu.
Alberico, um dominicano, foi enviado para a Lombardia com o título de “Inquisitor hereticae pravitatis” (Inquisidor contra a perfídia dos hereges). Um de seus sucessores morreu nas mãos das hordas. Outro, São Pedro de Verona, também dominicano, filho de pais maniqueus e fundador da Inquisição de Florença, foi assassinado pelos hereges na estrada de Como a Milão, em 1252.
Ser inquisidor era perigoso, pois os hereges freqüentemente possuíam influências, poder, fanatismo e desespero.
Nenhum jovem dominicano aspirava, por prazer, tirar os hereges de suas tocas. Tal era o caso especial do sul da França, onde os cátaros que sobreviveram à Cruzada, lutaram longa e tenazmente contra os novos tribunais monásticos.
Alguns hereges saquearam um convento dominicano em 1234. Oito anos depois o inquisidor Arnaud e vários frades pregadores foram assassinados. Então, os dominicanos rogaram ao Papa (Inocência IV) que os dispensasse de sua missão. A isto se recusou o Pontífice. Uma força armada de católicos destruiu a resistência dos cátaros, tomando de assalto Montségur, onde se tinham refugiado os assassinos dos dominicanos, e queimou sem julgamento prévio 200 hereges, como os levitas de Moisés mataram os idólatras.
Depois deste fato, a Inquisição foi aceita pelas autoridades seculares. Gregório IX enviou inquisidores à Espanha em 1238. Um deles foi envenenado pelos hereges.

Nas instruções a seus emissários o Papa estabeleceu a diferença entre a Inquisição medieval e as investigações dos Bispos e anteriores tentativas de tratar do problema da heresia. Os monges deveriam ir às cidades onde havia a infecção herética e proclamar publicamente que todos os que fossem culpados de delitos contra a Fé deveriam se apresentar e abjurar de seus erros.
Os que assim o fizessem, seriam perdoados. Deveria ser empreendida uma pesquisa. Se duas testemunhas afirmassem que um indivíduo era herege, deveria ser julgado. Naturalmente, os monges atuariam sempre em colaboração com o Bispo, e com seu prévio consentimento. Nada se indicava então sobre o uso da tortura; não foi utilizada a não ser vinte anos mais tarde.




Aparentemente, Gregório não tinha a intenção de fundar uma instituição nova. Apenas utilizava as Ordens religiosas para ajudar os Bispos no cumprimento de uma obrigação que sempre tiveram. O Bispo Donais, profundo conhecedor de documentos originais da primeira Inquisição, é de opinião de que (o Papa Gregório IX) também tentava se antecipar às intromissões de Frederico II, o qual já começara a queimar seus inimigos políticos sob o pretexto de defender a Fé.
Gregório estabeleceu que fossem teólogos peritos, e não políticos ou soldados, aqueles que julgassem os que eram católicos verdadeiros e os que não o eram. Uma vez decidido este ponto, a Igreja ficava livre de reconciliar ou excomungar o herege, e (neste último caso) se o Estado o considerasse perigoso, poderia aplicar-lhe a pena costumeira por alta traição.
Como Moisés na Antiguidade, Gregório desejou proteger do erro os filhos de Deus. Como Moisés, ordenou que se fizesse com toda diligência uma investigação ou inquisição, e exigiu ao menos o depoimento de duas testemunhas. Insistiu, como Moisés, para que os crimes contra Deus não ficassem impunes. Até aqui o paralelo é exato, mas não vai além.
Moisés, sob a antiga Revelação, e em tempos primitivos, não cuidou em distinguir o penitente do empedernido, o enganado do enganador: o culpado era lapidado até à morte. O desejo principal de Gregório era atrair novamente os hereges transviados à graça de Deus. Somente caso insistisse em continuar sendo inimigo de Deus (e inimigo, portanto, da sociedade) deveria ser expulso da igreja, e abandonado à parcimoniosa misericórdia do Estado.
Foi preciso tempo e não pouco esforço para conseguir o funcionamento da nova organização de modo a se realizarem os desejos do Papa.
Hoje está reconhecido que os Juizes (da Inquisição) eram muito superiores a seus contemporâneos dos tribunais seculares.
Fonte: William Thomas Walsh, “Personajes de la Inquisición”, Espasa-Calpe, S.A., Madrid, 1948, pp. 71 a 74.
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Como se pode deduzir a Igreja Católica sempre teve um papel importante na sociedade, um papel que não foi aquele que Deus quis que assim fosse.
Criminalidades, guerras santas, dois papados, tudo isto só vem provar a ganância desses senhores, para poderem usuferir da luxuria, do poder, e do quer.
A igreja de Roma e todo o seu pontificado não seguem os ensinamentos de Cristo, mas sim lhes dão outra intrepertação, e fazem concilíos para lançarem leis a seu modo.
Pedro, Paulo e Simão, segundo se sabe foram disciplos de Jesus Cristo e eram casados, porém os padres o não podem ser, mas vão aproveitando das mulheres dos outros e praticando pedófilia, assim vai a igreja moderna.
Por tudo isto existem várias igrejas que não concordam com as regras do Papa, os Judeus, os Ordodoxos e os Prostestantes, de que lado está a razão, só Deus o sabe.
Jesus Cristo entrou humidelmnte em Jesusalém montado num burro, hoje, o Papa viagem de avião e usa o seu Papa mobil com receio de ser abatido.
Jesus Cristo não vivia de luxos e como tal não o poderia ostentar, mas os sacerdotes católicos sim, aneis enormes em ouro maciço, crucifixos em ouro e pedras preciosas, vivem em vivendas luxuosas com todo o conforto, enfim!...
Muitos de nós somos católicos não porque assim o desejasse-mos, mas por imposição das leis vigentes e pela nossa família.

segunda-feira, abril 19

LISBOA 19 DE ABRIL DE 1506 - MASSACRE DOS JUDEUS

No Massacre de Lisboa de 1506 - também conhecido como Progrom de Lisboa ou Matança da Páscoa de 1506 - uma multidão movida pelo fanatismo religioso perseguiu, violou, torturou e matou centenas de pessoas, acusadas de serem judias. Isto sucedeu antes do início da Inquisição e nove anos depois da conversão forçada dos judeus em Portugal, em 1497, durante o reinado de D. Manuel I.


Antecedentes

Cerca de 93 mil judeus se refugiaram em Portugal nos anos que se seguiram à sua expulsão de Espanha, pelos reis católicos, em 1492. D. Manuel I se mostrara mais tolerante para com a comunidade judaica, mas, sob a pressão de Espanha, também em Portugal, a partir de 1497, os judeus foram forçados a converter-se.

O massacre

A historiografia situa o início da matança no Mosteiro de São Domingos (Santa Justa), no dia 19 de abril de 1506, um domingo, quando os fiéis rezavam pelo fim da seca e da peste que tomavam Portugal, e alguém jurou ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado — fenômeno que, para os católicos presentes, só poderia ser interpretado como uma mensagem de misericórdia do Messias - um milagre.

Um cristão-novo que também participava da missa tentou explicar que a luz era apenas o reflexo do sol, mas foi calado pela multidão, que o espancou até a morte.

A partir daí, os judeus da cidade que anteriormente já eram vistos com desconfiança tornaram-se o bode expiatório da seca, da fome e da peste: três dias de massacre se sucederam, incitados por frades dominicanos que prometiam absolvição dos pecados dos últimos 100 dias para quem matasse os "hereges",e que juntaram um grupo de mais de quinhentas pessoas incluindo marinheiros da Holanda, da Zelândia e de outras terras com as suas promessas.

A corte encontrava-se em Abrantes - onde se instalara para fugir à peste - quando o massacre começou. D. Manuel I tinha-se posto a caminho de Beja, para visitar a mãe. Terá sido avisado dos acontecimentos em Avis, logo mandando magistrados para tentar pôr fim ao banho de sangue. Entretanto, mesmo as poucas autoridades presentes foram postas em causa e, em alguns casos, obrigadas a fugir.

Como consequência, homens, mulheres e crianças foram torturados, massacrados, violados e queimados em fogueiras improvisadas no Rossio. Os judeus foram acusados entre outros "males", de deicídio e de serem a causa da profunda seca e da peste que assolava o país. A matança durou três dias - de 19 a 21 de Abril, na Semana Santa de 1506 - e só acabou quando foi morto um cristão-novo que era escudeiro do rei, João Rodrigues Mascarenhas, e as tropas reais afinal chegaram para restaurar a ordem.

Consequências

D. Manuel I penalizou os envolvidos, confiscando-lhes os bens, e os dominicanos instigadores foram condenados à morte. Há também indícios de que o Convento de São Domingos (da Baixa) teria sido fechado durante oito anos.

No seguimento do massacre, do clima de crescente anti-semitismo em Portugal e do estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício — que entrou em funcionamento em 1540, perdurando até 1821 — muitas famílias judaicas fugiram ou foram expulsas do país, tendo como destino principal os Países Baixos e secundariamente, França, Turquia e Brasil, entre outros.

Mesmo expulsos da Península Ibérica, os judeus só podiam deixar Portugal mediante o pagamento de "resgate" à Coroa. No processo de emigração, os judeus abandonavam suas propriedades ou as vendiam por preços irrisórios e viajavam apenas com a bagagem que conseguissem carregar.

O massacre na historiografia


Damião de Góis in «Chronica do Felicissimo Rey D. Emanuel da Gloriosa Memória»:

No mosteiro de São Domingos da dita cidade estava uma capela a que chamava de Jesus, e nela um crucifixo, em que foi então visto um sinal, a que davam cor de milagre, com quanto os que na igreja se acharam julgavam ser o contrário dos quais um cristão-novo disse que lhe parecia uma candeia acesa que estava posta no lado da imagem de Jesus, o que ouvindo alguns homens baixos o tiraram pelos cabelos de arrasto para fora da igreja, e o mataram, e queimaram logo o corpo no Rossio.
Ao qual alvoroço acudiu muito povo, a quem um frade fez uma pregação convocando-os contra os cristãos-novos, após o que saíram dois frades do mosteiro, com um crucifixo nas mãos bradando, heresia, heresia, o que imprimiu tanto em muita gente estrangeira, popular, marinheiros de naus, que então vieram da Holanda, Zelândia, e outras partes, ali homens da terra, da mesma condição, e pouca qualidade, que juntos mais de quinhentos, começaram a matar todos os cristãos-novos que achavam pelas ruas, …tirando-os delas de arrasto pelas ruas, com seus filhos, mulheres, e filhas, os lançavam de mistura vivos e mortos nas fogueiras, sem nenhuma piedade, e era tamanha a crueza que até nos meninos, e nas crianças que estavam no berço a executavam, tomando-os pelas pernas fendendo-os em pedaços, e esborrachando-os de arremesso nas paredes. …tornaram terça-feira este danados homens a prosseguir a sua crueza, mas não tanto quanto nos outros dias porque já não achavam quem matar, pois todos os cristãos-novos que escaparam desta tamanha fúria, serem postos a salvo por pessoas honradas, e piedosas que nisto trabalharam tudo o que neles foi.




Monumento em Lisboa em homenagem aos Judeus mortos no massacre de 1506.
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O Massacre de 1506 ficou como que apagado da memória colectiva, um pedaço de história esquecida que não está nos livros de História, caiu no esquecimento e são poucos os historiadores que lhe fazem referência. O horror e a violência foram descritos e reproduzidos por Damião de Góis, Alexandre Herculano, Oliveira Martins, Garcia de Resende, Salomon Ibn Verga e Samuel Usque.
Fonte - enciclopédia livre.
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Que moral terão os portugueses em condenarem massacres em outros países, se eles, os católicos, a inquisição foram e continuam a ser os maiores criminosos, mas com a Santa Sé, tudo bem o Papa é bento e continua a ablorver e a esconder os crimes de pedófilia e não que os membros da igreja cometem, afinal que religião é esta?