o mar do poeta

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segunda-feira, dezembro 12

NÚCLEO MUSEOLÓGICO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA - MACAU


História

A história da Santa Casa da Misericórdia de Macau confunde-se com a do próprio território de Macau, outrora sob administração portuguesa, hoje Região Administrativa Especial da República Popular da China. Há que ter em conta que a "Confraria e Irmandade da Misericórdia de Macau", como era inicialmente apelidada, foi criada poucos anos depois da fundação de Macau, como entreposto português, de tal maneira que há uma interligação profunda entre as duas realidades.

Aliás, o fundador da Santa Casa, o bispo D. Belchior Carneiro, foi uma figura chave nos primórdios da história de Macau, estando a ele ligada a fundação, em 1583, do Senado, que foi a primeira instituição política local. Ou seja, a criação da Misericórdia precedeu a do próprio órgão de governo local, o que bem atesta quanto ela está ligada às próprias origens de Macau.

Durante a sua longa história, por várias vezes a Santa Casa da Misericórdia de Macau esteve directa ou indirectamente envolvida em importantes mudanças não só no campo da assistência médica e social, visando os mais desprotegidos, mas também em diversas outras áreas, incluindo as ligadas às finanças. Com efeito, contribuiu para a implementação de taxas organizadas sobre diversas actividades até então não reguladas, funcionou como banco, emprestando dinheiro, e promoveu uma lotaria muito popular, entre outras actividades.

O facto de Macau ter sido, durante séculos, exceptuando a segunda metade do século XX, um concorrido posto comercial, dotado de uma muito razoável estrutura de assistência social, deve-se, em grande parte, a esta Irmandade, que ao longo da sua história soube criar mecanismos e gerir sensibilidades políticas para, de forma extremamente bem conseguida, ir encontrando financiamento para as suas obras de caridade e, ao mesmo tempo, tornar-se uma referência social e até política no território.

Mas o centro das preocupações da instituição foi, desde sempre, manter de pé a sua rede de apoio social aos mais desfavorecidos, numa linha de acção fiel à cultura cristã do Reino de Portugal.

Em 1569, D. Belchior Carneiro, que havia chegado a Macau apenas um ano antes, criou a Santa Casa e começou a gerir a instituição sem hesitações: "Quando cheguei a este porto, dito do nome de Deus, havia cá poucas habitações de portugueses... Mal cheguei, abri um hospital, onde se admitem tanto cristãos como pagãos... Criei, também, uma Confraria da Misericórdia... para prover a todos os pobres e envergonhados e aos que precisem..." Estas palavras foram escritas por D. Belchior numa carta dirigida ao Padre Geral Jesuíta, em que anunciava oficialmente a fundação da Santa Casa.


                                   Foto do articulista

Elas testemunham bem a sua forma de estar à frente da Irmandade, que se evidenciou até ao ano de 1581, em que, por doença, renunciou a todos os cargos que administrava. Activo e atento à realidade local, D. Belchior Carneiro fundou quase em simultâneo um hospício, onde, testemunham relatos escritos e manifestações artísticas, muitas vezes assistia em pessoa os leprosos.

E com esta iniciativa, D. Belchior levou a Irmandade a deixar o seu primeiro grande marco na História de Macau. O hospício para lázaros, como na altura se chamava, foi o primeiro serviço de assistência social alguma vez constituído em Macau.

Obra da abnegada benevolência de D. Belchior, a Santa Casa de Misericórdia de Macau é, assim, a mais antiga instituição de solidariedade social da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), guiada pelos princípios da solidariedade cristã. Segundo estes, deve dar-se de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede, vestir os nús, dar abrigo aos pobres e aos peregrinos, curar os enfermos e enterrar os mortos.

Mas há que ter em conta que a criação da Misericórdia de Macau se insere num movimento mais global, nascido em Portugal em finais do século XV, com a fundação da Confraria da Misericórdia de Lisboa. Esta foi instituída por D. Leonor, então regente do trono de Portugal, no dia 15 de Agosto de 1498, e foi um dos marcos mais salientes da reforma da assistência que a rainha iniciou em 1485.

D. Belchior desapareceu deixando uma estrutura em pleno funcionamento, mas que se guiava por um texto regulamentar muito incipiente.

Hoje, a Santa Casa continua, naturalmente, a ser uma instituição de importância vital na comunidade portuguesa local. Os seus membros são todos portugueses e católicos e, na sua esmagadora maioria, naturais de Macau.

Desde o estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau que a Santa Casa adoptou uma série de medidas de fundo para se adaptar aos novos tempos. Entre estas, destacam-se a renovação total das suas instalações de serviço social, a criação de uma creche bilingue, de um centro de convívio e de um núcleo museológico.

A Santa Casa possui uma ampla gama de instalações de serviço social bem apetrechadas, tais como o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, a Creche da Santa Casa da Misericórdia e o Centro de Reabilitação de Cegos. Mas a assistência da Santa Casa aos idosos de Macau já data de há mais de cem anos. O antigo asilo, conhecido popularmente por Albergue das Velhotas e que outrora funcionou como casa de refúgio para mulheres sem lar, foi restaurado, respeitando a traça dos anos 20, e é hoje um dinâmico espaço cultural da Santa Casa.

O Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, que foi totalmente renovado e ampliado em 2001, oferece guarida aos cidadãos mais idosos em situação de necessidade. As novas instalações podem acomodar até 123 pessoas e são uma das melhores unidades locais para a terceira idade, tanto no que diz respeito às instalações como ao serviço.

A Creche da Santa Casa da Misericórdia, inaugurada em 2002, ministra um ensino infantil bilingue, em português e chinês, e veio aliviar a pressão que se fazia sentir na comunidade pela falta de creches em que se fale português. A creche tem capacidade para cem crianças, com idades compreendidas entre os três meses e os três anos.

O Centro de Reabilitação de Cegos, que já data da década de 60, foi durante muitos anos o único centro em Macau de apoio social a deficientes visuais. O Centro, renovado em 2003, organiza sobretudo eventos sociais para os invisuais e providencia formação, ensinando, por exemplo, a tricotar lã ou a entrançar rota.

Além de todos estes serviços, de carácter permanente, a Santa Casa também concede donativos em dinheiro, caso a caso, a indivíduos ou famílias com carências. Não há dúvida, pois, de que a Santa Casa soube acompanhar o evoluir dos tempos.

No entanto, a Santa Casa da Misericórdia de Macau não se resume, como é evidente, a uma simples organização de beneficência. Esta venerável instituição também se dedica a cultivar e a promover o rico património cultural e os valores católicos da comunidade portuguesa de Macau.


                                                            Foto do articulista

O Núcleo Museológico da Santa Casa, inaugurado em 2001, contém uma colecção de relíquias católicas de valor incalculável, com peças que datam do século XVI e que testemunham o percurso da cultura ocidental introduzida na China através de Macau. A maior parte das peças em exposição foram gentilmente cedidas pelos Irmãos da Santa Casa e o Núcleo Museológico tornou-se um dos locais turísticos mais procurados de Macau.

Hoje, a vetusta Santa Casa tem uma nova aparência, com o seu edifício restaurado e resplandecente e a Travessa da Misericórdia, que lhe fica adjacente, embelezada.

É aliás na Travessa da Misericórdia, junto à porta de entrada para o edifício-sede, que se situa outra das novas estruturas da Santa Casa, o Centro de Convívio, que está em funcionamento desde Janeiro de 2001.

                                                              Foto do articulista

Trata-se, como o nome indica, de um espaço de convívio frequentado não só por Irmãos e seus familiares e amigos, mas também por outras pessoas, incluindo elementos da comunidade chinesa. O Centro de Convívio proporciona um serviço de bar e de almoços.

Como membro activo da sociedade civil de Macau, a Santa Casa da Misericórdia serve agora os cidadãos da Região Administrativa Especial com espírito e vigor renovados, bem espelhados na restauração, muito apreciada, do seu edifício histórico situado em pleno Centro Histórico da Cidade, já incluído na Lista de Património Mundial da UNESCO.

História


                                                      Foto do articulista
O Núcleo Museológico, inaugurado em 14 de Dezembro de 2001, insere-se na vertente cultural da Missão da Santa Casa da Misericórdia de Macau e tem como objectivo divulgar a história de uma instituição multissecular que se interliga e confunde com as próprias origens de Macau, demonstrando o papel desempenhado pela Igreja Católica na aproximação das civilizações oriental e ocidental.





                                                             
 
O acervo é constituído principalmente por objectos de arte religiosa que serviam de suporte à actividade litúrgica, imagens e esculturas para exposição em altares, bem como outras peças acumuladas ao longo dos séculos com natural destaque para o manuscrito original do Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Macau datado de 1662.




A invulgar colecção de porcelana e de cerâmica chinesa, japonesa e europeia, exibindo o monograma da Companhia de Jesus, revela um misto artístico-religioso único e representativo da herança multicultural de Macau.















O Núcleo está instalado no edifício-sede da Santa Casa, ele próprio um importante elemento do Património Arquitectónico da Irmandade, e classificado como Património da Humanidade pela UNESCO em 2005.
O Núcleo regista cerca de 150 visitas diárias.




Missão

O Núcleo tem por missão prestar serviços de utilidade para a divulgação da história da Irmandade e de Macau.

Numa fase em que estamos a consolidar o apoio prestado pela Santa Casa da Misericórdia, constitui um firme objectivo desta Instituição contribuir para a investigação da singular história de Macau, pelo que esforços serão desenvolvidos no sentido de conservação de documentação histórica e a sua disponibilização em formato digital para consulta.

Para continuar a perservar séculos de uma história que pode "construir a memória do futuro", a Santa Casa da Misericórdia inaugurou uma nova galeria no seu Núcleo Museológico.

Quase dez anos depois da criação do núcleo a Santa Casa expande o espaço que perserva mais de quatro séculos da sua história em que a instituição foi um "pilar essencial" no "apoio aos mais desfavoritos"  e que espelha o "papel desempenhado pela Igreja Católica na aproximação  entre as civilizações oriental e ocidental.




















Algumas fotos dos artefactos existentes na nova ala do Núcleo Museológico.


 

TESOURO DE ARTE SACRA -IGREJA DE S. DOMINGOS - MACAU

A pedido do meu Estimado Confrade e Ilustre Professor JOÃO PAULO DE OLIVERA, que vive em sua amada cidade de Diadema-Brasil, o articulista se deslocou, hoje de manhã, à Igreja de S. Domingos,  (bem como ao Núcleo Museológico da Santa Casa da Misericórdia), onde foi visitar o Tesouro de Arte Sacra, para que meu Estimado Confrade possa apreciar algo que Macau ainda tem de bom e de religioso.

Embora viva em Macau já fez 47 anos, foi a primeira vez que visitei o Tesouro de Arte Sacra, na igreja sim, já tinha entrado várias vezes.




Igreja de São Domingos (Macau)

A Igreja de São Domingos, de nome completo "Igreja do Convento dos Dominicanos de Nossa Senhora do Rosário", foi fundada em 1587 por frades dominicanos espanhóis oriundos de México (uma antiga colónia espanhola). Hoje, esta igreja tem ligações com a Confraria de Nossa Senhora do Rosário. A população local chinesa chama-lhe de "Pan Cheong Miu" (Pagode de tábuas de madeira) porque, originalmente, este local de culto era construída em madeira.

Foi substituída pela actual construção de tijolo, no séc XVII. O primeiro jornal português de Macau e também o primeiro jornal da Historia moderna da China. "A Abelha da China", foi precisamente publicado nesta igreja, em 12 de Setembro de 1822.

Desde 1929, com a introdução do culto à Nossa Senhora de Fátima, anualmente, a 13 de Maio, sai desta igreja uma procissão (a "Procissão de Nossa Senhora de Fátima") que se dirije até à Ermida de Nossa Senhora da Penha. Foi através desta igreja que o culto de Nossa Senhora de Fátima se expandiu e popularizou em Shiu-Hing, Timor, Malaca e Singapura.



A fachada principal da Igreja é imponente, de cor amarelo claro e decorada por frisos delicados pintados a branco, colunas de inspiração coríntia e janelas pintadas a verde com persianas.

A igreja é composta por uma nave, uma capela-mor, uma torre sineira de três pisos e um coro-alto na entrada. O interior da Igreja está dividido em três secções por duas filas de colunas brancas de inspiração coríntia, ligadas por arcos. Existem galerias cravadas nas paredes da igreja.

No grande altar barroco, decorado em talha dourada, há uma estátua branca e creme da Virgem Maria e do Menino Jesus e há também pinturas de Cristo, de São Domingos (fundador dos dominicanos) e de Santa Catarina de Sena (uma das padroeiras da Diocese de Macau). A igreja tem uma boa colecção de santos esculpidos em marfim e madeira.

Resumidamente, esta igreja é um belo, imponente, elegante, solene e majestoso edifício de estilo barroco.

A igreja foi completamente restaurada e reaberta em 1997, com um novo Museu de Arte Sacra, instalado em três andares do renovado campanário e da torre sineira.



A Igreja de São Domingos é incluído na Lista dos monumentos históricos do "Centro Histórico de Macau", por sua vez incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO.





Ora é nas dependências da Igreja que se encontra hoje o Museu da Igreja de S. Domingos (Tesouro de Arte Sacra) aberto ao público desde 1997. Aquando da extinção das Ordens Religiosas em Portugal em 1834, o templo recebeu inúmeras obras de arte sacra que se encontram agora expostas neste Museu, o qual se estende pelo único lanço que resta do antigo claustro e por outras salas adjacentes à Igreja.

Inicie a sua visita pela Igreja que foi criteriosamente restaurada em 1994, a qual o fará penetrar um pouco no ambiente das missões católicas na China, e depois suba às salas do Museu para admirar o rico espólio de ourivesaria, de estatuária, alguns paramentos ricamente ornamentados, pinturas religiosas e objectos vários de culto. Muitas das peças em exposição são oriundas de Macau, mas há-as também de outras áreas da Ásia, nomeadamente da Índia. No seu conjunto são cerca de 300 exemplares de excelente qualidade entre os séc. XVII e séc. XIX.




A fim de reforçar a protecção dada aos artefactos religiosos da Diocese de Macau que integram o Tesouro de Arte Sacra da Igreja de São Domingos, bem como melhorar o espaço de exposição e as condições de conservação do espólio, o Instituto Cultural procedeu, desde finais de Dezembro do ano passado, a obras de melhoramento no interior do edifício onde se encontra exposto o referido Tesouro, tendo renovado o espaço museológico, introduzido iluminação e sistema de ar condicionado amigos do ambiente e de poupança de energia e actualizado o equipamento de protecção contra incêndios. Após a conclusão das obras, o Tesouro de Arte Sacra da Igreja de São Domingos é reaberto ao público a partir do dia 1 de Abril do corrente ano.


O Tesouro de Arte Sacra da Igreja de São Domingos encontra-se localizado na torre sineira de três pisos desta igreja. Fazem parte do seu espólio cerca de 300 artefactos religiosos da Diocese de Macau, através dos quais se pode ter uma ideia da história da disseminação da fé católica na Ásia.







































Algumas fotos dos 300 artefactos que o Tesouro de Arte Sacra possui.



Nesta igreja o meu filho mais novo fez a sagrada Crisma.





Gato herda 12 milhões de euros

Milionária italiana deixa fortuna a animal de estimação





'Tommasino’, um gato vadio adoptado por uma milionária italiana, é o terceiro animal mais rico do Mundo, desde que, há um mês, Maria Assunta, 94 anos, faleceu e lhe deixou em testamento a sua fortuna: 12 milhões de euros.

Segundo a lei italiana, o bichano não pode ser beneficiário directo da herança, revertendo esta a favor de uma associação de animais... O felino está rico, mas vai ter de partilhar!

Fonte - Correio da Manhã

domingo, dezembro 11

VISTAS DE ZHUHAI DO LADO DE MACAU





PORTAS DO CERCO - POSTO FRONTEIRIÇO DE MACAU-CHINA


POSTO FRONTEIRIÇO EM ZHUHAI

No mês de Outubro de  2011 entraram pelas Portas do Cerco 11 671.42

Zhuhai (chinês: 珠海; pinyin: Zhūhǎi; lit. "Mar de Pérola") é uma cidade chinesa com cerca de 1 milhão  560.229 de habitantes (dados de 2008), localizada na província de Guangdong, no Sul da China e faz fronteira com a Região Administrativa Especial de Macau a sul.

Zhuhai tem uma área total de 1.653 km2, incluindo 146 ilhas e uma linha de costa com 690 km de comprimento.

Zhuhai tornou-se uma cidade autónoma em 1979 e no ano seguinte tornou-se uma Zona Económica Especial.


A cidade é servida pelo Aeroporto Internacional de Zhuhai localizado no distrito municipal de Doumen.


 Em 1999, um mês antes da transição da soberania sobre Macau de Portugal para a China, foi inaugurada a Ponte Flor de Lótus para permitir escoar o trânsito entre Zhuhai e Macau.



Nesta foto pode ver-se os dois postos fronteiriços, o de cor vermelha é a de Zhuhai








Vistas parciais da moderna cidade de ZHUZAI, adjacente a Macau.

Cidade esta que o articulista conheceu como sendo uma pequenina aldeia, rodeada de imensos arrozais.

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Zhuhai became a city in 1979, a year before it was named as one of the first Special Economic Zones (SEZ). The neighboring city of Shenzhen became the first Special Economic Zones of the Special Economy Zone in 1978.

The implementation of this policy is logical as Zhuhai is located on the strategic position facing Macau, in the identical fashion by which Shenzhen faces Hong Kong. This enabled the Chinese Central Government to open another "window" in front of Macau.

Even though the city is situated at the southern end of the Pearl River Delta area, Zhuhai acts as one of the central cities in the Pearl River Delta according to the new general urban plan approved by the State Council.

The implementation of Special Economy Zone means that the city will grow as a powerful modern port city, science and education city, scenic and tourism city, and as a regional hub for transportation.

Zhuhai está geminada com:
Rio Branco, Brasil


Vitória, Brasil


Castelo Branco, Portugal


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RELAÇÕES DE PORTUGAL COM SIÃO



http://www.aquimaria.com/html/aboutth.html

A Minha Sexta-Feira Santa em Banguecoque



http://www.aquimaria.com/html/aboutth.html