Sem dúvida alguma Portugal é um país vinícola por natureza, porém a sua comercialização não é feita em moldes internacionais, tais como o fazem outros países, tais como a França, Itália, Chile, Espanha, Africa do Sul, Australia, Estados Unidos da America e a Roménia.
Vem isto a propósito de na Tailândia, país de imenso consumo de alcóol, e nas parteleiras dfos supermercados se poder encontrar vinhos dos países a que referi, é uma pena que Portugal, e seus exportadores não apostem neste imenso comércio.
Não é o articulista Enólogo, nem pensar nisso, bebe o seu copinho de vez enquando, em Macau, sim os vinhos portugueses enchem as parteleiras sos supermercados, e o articulista, como referi não Énologo algum nem sequer comerciante, foi sim empregado de balcão, onde se vendia igualmente algumas marcas de vinhos, me recordo do Camilo Alves e Sanguinhal, entre outros, conhece imensas marcas de vinhos portugueses e muitas delas são de alta qualidade.
A seguir irei referir os vinhos portugueses, suas qualidades e regiões, depois sim, abordarei o tema a que levou ao articulista escrever. Portugal vs Roménia em vinhos.
Vinhos portugueses
Os vinhos portugueses são o resultado de uma sucessão de tradições introduzidas em Portugal pelas diversas civilizações que aí se sucederam, como os fenícios, cartagineses, gregos e, acima de tudo os romanos.
A exportação dos vinhos portugueses iniciou-se para Roma durante o Império Romano. A exportaçoes modernas desenvolveram-se com o comércio para o Reino Unido, após a assinatura do Tratado de Methuen, também referido como Tratado dos Panos e Vinhos, assinado entre a Grã-Bretanha e Portugal, em 1703.
Portugal tem o mais antigo sistema de apelação do mundo, a região demarcada do Douro. Esta região, entre outras, como a dos vinhos Verdes, produzem alguns dos vinhos mais requintados, exclusivos e valorizados do mundo.
Portugal possui duas regiões produtoras de vinho protegidas pela UNESCO como património mundial: a Região Vinhateira do Alto Douro, onde se produz o conhecido generoso Vinho do Porto, e a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico.
A vastíssima quantidade de castas nativas (cerca de 285) permite produzir uma grande diversidade de vinhos com personalidades muito distintas. O guia The Oxford Companion to Wine descreve o país como um verdadeiro "tesouro de castas locais".
A qualidade e carácter único dos seus vinhos fazem de Portugal uma referência entre os principais países produtores, com um lugar destacado e em crescimento, entre os 10 principais produtores, com 4% do mercado mundial (2003). Considerado um produtor tradicional do Velho Mundo, 8% do continente é dedicado à cultura da vinha.
Denominações de origem
A Denominação de Origem designa vinhos cujas características e individualidade são indissociáveis de uma região determinada, sendo vinhos originários dessa região ou vinhos cujas características se devem essencial ou exclusivamente ao meio geográfico, incluindo os factores naturais e humanos.
Para beneficiar de uma Denominação de Origem, o processo de produção do vinho é rigorosamente controlado, desde a vinha até ao consumidor, cumprindo a selecção de castas autorizadas, os métodos de vinificação e as características organolépticas, cabendo às Comissões Vitivinícolas Regionais fazer esse controlo, garantindo a genuinidade dentro das suas regiões demarcadas(Lei nº. 8/85, de 4 de Junho).
Com a adesão de Portugal à Comunidade Europeia adoptou-se a nomenclatura comunitária, de classificação dos vinhos: VQPRD, Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada.
Esta designação reúne todos os vinhos classificados como DOC, Denominação de Origem Controlada e IPR, Indicação de Proveniência Regulamentada. Existe ainda uma nomenclatura própria para os vinhos licorosos e espumantes: VLQPRD - Vinho Licoroso de Qualidade Produzido em Região Determinada; VEQPRD - Vinho Espumante de Qualidade Produzido em Região Determinada; VFQPRD - Vinho Frisante de Qualidade Produzido em Região Determinada.
- DOC, Denominação de Origem Controlada: Designação atribuída a vinhos de qualidade produzidos em regiões geograficamente limitadas, que cumprem um conjunto de regras que definem as características dos solos, castas autorizadas, práticas de vinificação, teor alcoólico, tempo de estágio, etc. Todas as mais antigas regiões produtoras portuguesas usufruem deste deste estatuto.
- IPR, Indicação de Proveniência Regulamentada: Designa o vinho que embora gozando de características particulares, terá ainda de cumprir (num período mínimo de 5 anos) todas as regras estabelecidas para poder passar à classificação de DOC.
- Vinho de Mesa: Os vinhos que não se enquadram nas designações atrás referidas, seja pela combinação de castas, vinificação ou outras características, são considerados vinhos de mesa.
- Vinho Regional: Classificação dada a vinhos de mesa com indicação da região de origem. São vinhos produzidos na região específica cujo nome adoptam, elaborados com um mínimo de 85% de uvas provenientes da mesma região, de castas autorizadas (Decreto-Lei nº. 309/91, de 17 de Agosto).
Castas Portuguesas
- Em Portugal, como na Europa, são usadas numerosas castas de Vitis vinifera. A vastíssima quantidade de castas nativas (cerca de 285) permite produzir uma grande diversidade de vinhos com personalidades muito distintas. O guia The Oxford Companion to Wine descreve o país como um verdadeiro "tesouro de castas locais".
Algumas das castas tintas Portuguesas mais importantes são: Touriga Nacional, Baga, Castelão, Touriga Franca e Trincadeira (ou Tinta Amarela). Entre as castas brancas Portuguesas destacam-se: Alvarinho, Loureiro, Arinto, Encruzado, Bical e Fernão Pires. Tradicionalmente combinam-se diversas castas brancas.
Na sequência da devastação causada pela filoxera em finais do século XIX, passou a ser utilizada uma casta americana como porta-enxerto das castas portuguesas. Apesar de terem características próprias, há que considerar que a mesma casta de uva poderá produzir vinhos diferentes consoante as condições em que é cultivada.
Tem existido um debate em Portugal relativamente ao uso de castas estrangeiras. O debate contínua uma vez que muitos mercados estrangeiros parecem preferir castas que já conhecem como Cabernet Sauvignon em relação às castas Portuguesas, menos conhecidas.
Principais regiões vinícolas portuguesas
Minho
O Minho é a maior região vitícola portuguesa e situa-se no noroeste de Portugal, limitada a norte pelo Rio Minho e a oeste pelo Oceano Atlântico. Aí produzem-se vinhos de acidez e frescura características, das denominações de origem Vinho Verde DOC e Vinho Regional Minho.
O Minho é uma região de solos maioritariamente graníticos, rica em recursos hídricos, com um clima ameno e húmido de influência atlântica. A cultura da vinha tem no Minho remotas tradições e é possível seguir a sua história até à época romana.
A vinha é cultivada em socalcos, com vestígios de uma das mais antigas formas de condução da vinha: a "vinha de enforcado" ou "uveira", em que as videiras são plantadas junto a uma árvore e crescem apoiadas nos seus ramos. No entanto, a maioria das novas explorações opta por métodos modernos de condução da vinha.
Nesta região destacam-se as castas brancas, sendo as mais reconhecidas e utilizadas as: Alvarinho, Loureiro, Trajadura, Avesso, Azal e Arinto, aqui designada Pedernã.
Douro
O Douro é a mais antiga Região Demarcada do mundo, conhecida pela notável qualidade dos seus vinhos e pelo famoso Vinho do Porto, o vinho generoso que esteve na origem desta demarcação, ordenada em 1756 pelo Marquês de Pombal.
O Douro localiza-se no Nordeste de Portugal, rodeado pelas serras do Marão e de Montemuro. A maioria das plantações é feita em socalcos, talhados nas encostas dos vales ao longo do rio Douro e seus afluentes. Os solos são essencialmente de xisto embora, em algumas zonas, também graníticos.
Embora particularmente difíceis de trabalhar, estes solos são benéficos para a longevidade das vinhas e permitem mostos concentrados de açúcar e cor. A cultura da vinha na região remonta à ocupação romana, mas foi no século XVII que o Vinho do Porto teve grande expansão, originando o Tratado de Methwen entre Portugal e a Inglaterra, com vista à sua exportação.
As vinhas do Douro criam uma paisagem magnífica reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade desde 2001. Entre as diversas castas cultivadas destacam-se a Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Roriz.
Dão
A região do Dão situa-se na Beira Alta, no centro Norte de Portugal, protegida dos ventos pelas serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela. As vinhas situam-se entre os 400 e os 700 metros de altitude, em planaltos de solos xistosos e graníticos de pouca profundidade, onde abundam os pinhais, produzindo vinhos encorpados com elevada capacidade de envelhecimento em garrafa.
O clima de influência continental do Dão apresenta extremos, com Invernos frios e chuvosos e Verões quentes e secos. Inicialmente a vinha foi desenvolvida pelo clero, especialmente pelos monges de Cister. Em 1908, tornou-se na segunda região demarcada portuguesa.
Com a entrada de Portugal na CE, em 1986, as vinhas passaram por um processo de reestruturação, com novas técnicas vinícolas e escolha de castas apropriadas.
O Dão apresenta uma grande diversidade de castas, entre as quais as tintas Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz, e Encruzado, Bical, Cercial, Malvasia Fina e Verdelho nos brancos.
Bairrada
- A Bairrada estende-se na Beira Litoral, entre Águeda e Coimbra, até às dunas do litoral. A Bairrada tem um clima suave, temperado pela proximidade do Oceano Atlântico. Apesar da produção de vinho existir desde o século X, foi no século XIX que se transformou numa região produtora de vinhos de qualidade tintos, brancos e espumantes.
Nesta região de terras planas destacam-se dois tipos de solos que originam vinhos diversificados: os argilosos, cujo barro deu origem ao nome Bairrada, e os solos arenosos. A casta Baga é a variedade tinta dominante na região. Cultivada nos solos argilosos, origina vinhos carregados de cor e muito ricos em taninos, que lhes dão elevada longevidade.
Nas castas brancas, plantadas nos solos arenosos da região, destacam-se as castas Bical e Fernão Pires, na região denominada Maria Gomes, que origina vinhos brancos delicados e aromáticos. Os espumantes naturais da região são muito utilizados a acompanhar a cozinha local, como o tradicional Leitão da Bairrada.
Recentemente, foi permitido na região DOC da Bairrada plantar castas internacionais, como a Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot e Pinot Noir que partilham os terrenos com as castas nacionais.
Valpaços
A Região vinícula de Valpaços, situa-se em plena Terra Quente Transmontana.
Valpaços é um vinho de qualidade, produzido no Concelho de Valpaços, mas também em Mirandela. Os viticultores desta Região apostaram na reconversão das suas vinhas. As vinificações são feitas todas em cubas de aço inox e com controlo de temperatura, Os vinhos velhos são estagiados em barricas de madeira de carvalho novo.
Os vinhos da região de Valpaços são produzidos com castas regionais seleccionadas de qualidade superior. A conjugação da qualidade dessas castas com um micro-clima com características excepcionais para a produção de um vinho de superior resulta num vinho que por variadas vezes é premiado internacionalmente.
O clima quente na altura da maturação da uva determina a concentração de açucares na mesma e determina um teor alcoólico mais elevado nos vinhos produzidos a partir dessa uva.
Os vinho de região de Valpaços têm algumas semelhanças aos vinhos do Alentejo devido ao clima quente que possuem as duas regiões na altura da maturação da uva e distinguem-se dos vinhos da região demarcada do Douro porque nesta é realizada a selecção das uvas de melhor qualidade para fazer os vinhos Generosos enquanto que na região de Valpaços essa selecção não é realizada.
Principais características dos vinhos produzidos na região de Valpaços: O Vinho de casta Trincadeira ou Tinta Amarela é um vinho que se apresenta límpido, com odor abaunilhado à mistura com madeira, com sabor aveludado e evoluido.
Os vinhos Tintos são vinho muito encorpados, com muita cor, macios e faceis de beber. Os vinhos Brancos são vinhos que possuem uma acidez correcta, que são frescos, leves e com odor floral
Alentejo
O Alentejo é uma das maiores regiões vinícolas de Portugal, com cerca de 22.000 hectares, correspondendo a dez por cento do total de vinha de Portugal. Região quente e seca do sul, é dominada por extensas planícies de solos pobres. As muitas horas de sol e as temperaturas muito elevadas no Verão permitem a maturação perfeita das uvas, mas também exigem a rega da vinha.
A cultura da vinha na região remonta à presença romana, após a fundação de Beja, entre 31 e 27 a. C.. [3] A vinificação tradicional da região é herdeira dos processos Romanos, como a fermentação feita em grandes talhas de barro.
Nos anos 1980 o Alentejo foi palco de uma vasta modernização da produção vitivinícola, com inúmeros investimentos, novos produtores e cooperativas, resultando na demarcação oficial da região em 1988 e no reconhecimento internacional dos vinhos alentejanos.
Nos vinhos alentejanos pontuam as castas Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alicante Bouschet, resultando em tintos encorpados, ricos em taninos e aromas a frutos silvestres. As castas brancas são a Roupeiro, a Antão Vaz e a Arinto, resultando em vinhos brancos geralmente suaves, com aromas a frutos tropicais.
A Região está subdividida em oito sub-regiões nas quais se produzem vinhos DOC: Reguengos, Borba, Redondo, Vidigueira, Évora, Granja-Amareleja, Portalegre e Moura. Apresenta também uma elevada produção de Vinho Regional, que permite a inclusão de outras castas, como Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah ou Chardonnay.
Actualmente é a região com maior crescimento de Portugal. Entre Fevereiro de 2008 e Janeiro de 2009 os vinhos do Alentejo, com Denominação de Origem Controlada (DOC) e Vinho Regional Alentejano, atingiram uma quota de mercado de 44,30 por cento, em valor, e de 40 por cento, em volume.
Madeira
A Ilha da Madeira situada no Oceano Atlântico, a oeste da costa africana, ficou famosa pelo Vinho da Madeira, vinho generoso muito aromático mencionado por Shakespeare e que chegou a ser usado como perfume nas cortes europeias.
O arquipélago é de origem vulcânica e clima subtropical de temperaturas amenas, com baixas amplitudes térmicas e humidade atmosférica elevada. Embora não pareça o clima ideal para a vinicultura, a adaptação de castas mediterrânicas e a posição estratégica no Atlântico contribuíram para criar aqui um dos mais famosos vinhos do mundo.
A produção de vinho na Madeira remonta à época do descobrimento da ilha, em 1419. As primeiras castas como a Malvasia chegaram à ilha por ordem do Infante D. Henrique, importadas de Cândia, capital de Creta. Mais tarde foram introduzidas outras como a Tinta Negra Mole, a Sercial, a Boal e a Verdelho.
A produção de vinho foi estimulada pela necessidade de abastecer os navios nas rotas Atlânticas entre a Europa, o Novo Mundo e a Índia. Transportados em navios, os barris ficavam sujeitos a grandes variações de temperatura, pelo que os vinhos eram fortificados para resistir à viagem, verificando-se que o vinho resultava mais aromático.
Assim nasceu o processo de vinificação por "estufagem" em "canteiro", em que o vinho é aquecido, e que dá aos vinhos da Madeira uma longevidade pouco comum, permanecendo inalterados longos anosd após o engarrafamento ou a abertura.
A Denominação de Origem Madeira é constituída por cerca de 450 hectares de vinha, de castas tintas e brancas, plantadas nas encostas de origem vulcânica. A casta Tinta Mole é a mais plantada, contudo também existem castas mais raras como a Sercial, a Boal, a Malvasia e Verdelho que conferem quatro níveis de doçura ao vinho (doce, meio doce, meio seco e seco).
Bucelas
Bucelas é uma pequena região a norte de Lisboa, no concelho de Loures, que produz um dos vinhos brancos mais históricos de Portugal. Foi elevada a Região Demarcada em 1911 e é uma Denominação de Origem Controlada (DOC).
Foi no século XVIII que o vinho de Bucelas se tornou conhecido internacionalmente. Durante as invasões Francesas o Duque de Wellington, comandante das tropas anglo-portuguesas contra os exércitos napoleónicos, ofereceu-o a Jorge III introduzindo-o na corte Inglesa, onde o seu consumo se tornou um hábito. Inicialmente foi conhecido pelo nome de "Charneco", e mais tarde pelo nome de Lisbon Hock (vinho branco de Lisboa).
As vinhas instalam-se em "caeiras", no vale do rio Trancão, em solos derivados de margas e calcários duros. Com um clima bastante frio no inverno e temperado no verão, a casta dominante é a Arinto, com uma presença mínima de 75%, seguida da Sercial e Rabo de Ovelha. Os vinhos brancos de Bucelas são secos, leves e quando envelhecidos ganham tom dourado e aromas complexos. Produzem-se também espumantes com aromas frutados, de excelente qualidade.
Colares
- Pequena região vinícola em redor da vila de Colares, entre a serra de Sintra e o Atlântico.
- É conhecida pelos vinhos tintos encorpados, de cor densa e ricos taninos, nascidos junto ao mar, entre dunas de areia e paliçadas de cana. Colares foi região demarcada em 1908, mas a origem dos seus vinhos remonta a 1255, quando D. Afonso III aí fez plantar videiras vindas de França.
Carcavelos
- Carcavelos é a mais pequena região vinícola portuguesa e situa-se em torno da freguesia de Carcavelos, nos concelhos de Cascais e de Oeiras. A região tem a classificação DOC, Denominação de Origem Controlada. Com uma tradição vinícola que remonta ao Marquês de Pombal, que aí possuía vinhas, a região distingue-se pelo vinho licoroso, cor de topázio, com sabores e aromas amendoados,[9] adquirindo um perfume acentuado com o envelhecimento.
Setúbal
A península de Setúbal, que usufrui de um clima misto sub-tropical e mediterrânico, influenciado pela proximidade do mar e dos rios Tejo e Sado, e da Serra da Arrábida tem uma tradição vinícola que remonta ao intenso comércio romano da região.
É conhecida pelos vinhos generosos Moscatel de Setúbal, produzidos de castas moscatel, por vinhos tintos de cor intensa e aroma cheio onde se destaca a casta Periquita e por vinhos brancos elegantes, elaborados com predominância da casta Fernão Pires, que exibem um aroma frutado. A região, que reúne as DOC Stéubal e Palmela foi demarcada em 1907/1908.
Algarve
Exportação
Os vinhos têm sido uma das mais destacadas exportações portuguesas. O país é o sétimo maior exportador mundial, em valor.
|
|
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
Vinhos Romenos
HISTÓRIA
A Romênia tem uma longa história vinícola atrás de si: as vinhas da orla do mar Negro foram plantadas há 3 mil anos pelos gregos; os saxões depois introduziram as variedades germânicas na Transilvânia. Foi preciso que uma epidemia de filoxera dizimasse a maior parte das plantas no fim do século XIX para que as cepas fossem substituídas em grande parte por outras de origem francesa (Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot e Sauvignon Blanc).
Foram conservadas, no entanto, algumas variedades nativas, das quais as mais conhecidas são a Tamaiioasa Romaneasca, a Feteasca Alba, a Feteasca Regala (branca) e a Feteasca Neagra (tinta). Com cerca de 260 mil hectares de vinhedos, a Romênia ocupa uma boa posição entre os países produtores de vinho - muito à frente de seus vizinhos nos Bálcãs -, e o vinhedo constitui parte importante da economia rural.
A maioria dos vinhos romenos é consumida no próprio país, o que limita as possibilidades de exportação. Os vinhedos se distribuem em oito regiões, que por sua vez se subdividem em cinqüenta denominações. O sistema de denominações é inspirado no modelo francês, enquanto o princípio de classificação copia o modelo alemão, motivo pelo qual os vinhos são classificados em função de seu teor alcoólico potencial e da data da colheita.
A classificação mais baixa corresponde à do vinho de mesa sem origem específica, que possui entre 8,5% e 10,5% vol. Seguem-se os vinhos regionais, ainda sem origem precisa, que têm entre 10,5% e 11,5% vol. No alto da escala encontram-se os vinhos de denominação, com teor alcoólico mínimo de 11,6% vol. Não se pratica a chaptalização.
Embora ela não seja proibida, qualquer pedido de autorização se perde nos meandros da burocracia. Além disso, o açúcar é um bem escasso e caro no país, e por esse mesmo motivo a maioria das vinhas romenas jamais viu sequer a sombra de um produto químico capaz de tratar a podridão e outras doenças.
Como todas as atividades na Romênia, a indústria vinícola passou por uma fase de transição.
A terra foi restituída a seus antigos donos à medida que se desmantelavam as enormes fazendas do Estado, assim como as cooperativas, os únicos centros com capacidade para produzir e engarrafar o vinho corretamente.
A terra foi restituída a seus antigos donos à medida que se desmantelavam as enormes fazendas do Estado, assim como as cooperativas, os únicos centros com capacidade para produzir e engarrafar o vinho corretamente.
O equipamento dos produtores pode variar desde os mais rudimentares até os de tecnologia mais recente, pois em alguns deles se fizeram grandes investimentos. Apesar de tudo, há um potencial real para a produção de vinhos de qualidade na Romênia.
Os melhores vinhos, que não tardarão a ser descobertos pelos apreciadores, provêm de quatro regiões principais: Timave (Transilvânia), Cotnari, Dealul Maré e Murfatlar.
Os melhores vinhos, que não tardarão a ser descobertos pelos apreciadores, provêm de quatro regiões principais: Timave (Transilvânia), Cotnari, Dealul Maré e Murfatlar.
Como país setentrional dos Bálcãs, a Romênia tem o clima mais frio e por isso privilegia os vinhos brancos.
Em todas as regiões, excetuadas as do extremo sul, as uvas amadurecem com dificuldade, salvo nos anos particularmente quentes. Investidores dinamarqueses e ingleses mostram interesse por certas adegas, enquanto a GT2, um organismo alemão de cooperação técnica, presta assessoria aos produtores romenos. A Carl Reh Winnery, por sua vez, plantou 200 hectares de vinhas.
A cultura do vinho na Roménia já existe há quase 6.000 anos e remonta aos primeiros habitantes da história. Argumenta-se a ser uma das mais antigas de toda a Europa.
Diz a lenda que o deus do vinho Tharacian nasceu ao norte do delta do Danúbio. Quando os romanos ocuparam essa área foi muitas vezes referido como Feliz Dacia (Dacia Felix) por causa da riqueza que a terra prevista para o cultivo do vinho.
Devido à sua localização, solo e clima a Roménia atraiu países como a França, Alemanha e Itália a investir em vinhedos desde a 19C. Por essa razão poderemos ver uma variedade de cipós diferentes, como Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc.
A Roménia tem quatro principais regiões produtoras de vinho. Descubra os vinhos dos deuses.
Murfatlar
Murfatlar é a região vitivinícola mais importante do litoral romeno. vinhos de colheita tardia são uma especialidade aqui, e os níveis de açúcar de uva pode ser muito alto. As castas de Merlot e Cabernet Sauvignon são plantadas em encostas viradas a norte, num esforço para prolongar a maturação.
Dealul Mare
A região vinícola de Mare Dealul é conhecida por seus vinhos tintos produzidos das castas Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot e um número de variedades locais. Alguns vinhos brancos são feitos, incluindo alguns vinhos de colheita tardia.
Cotnari
No século passado, os vinhos de Cotnari, claros, com gosto de mel, adquiriram certa reputação que não deixa de lembrar o Tokay húngaro.
O Cotnari provém das cepas Grasa, Feteasca Alba, Tamaiiosa Romaneasca e Francusa. A Grasa é uma variedade muito rica, sujeita à podridão nobre. A Feteasca traz a finesse, a Tamaiioasa Romaneasca, um perfume de incenso, e a Francusa, uma nota ácida para um vinho que poderia ser excessivamente doce.
Cada cepa é vinificada separadamente e depois misturada, na proporção de 30% de Grasa, 30% de Feteasca Alba, 20% de Tamaiioasa e 20% de Francusa.
Grandes tonéis de carvalho são utilizados para a fermentação e a maturação do vinho durante alguns anos antes do engarrafamento. O Cotnari envelhece bem.
Tarnave
O Târnave (também chamado Tîrnave) região do vinho está situado a norte de Sibiu, cercado pelas Montanhas dos Cárpatos. É um dos mais importantes e antigas na Roménia, sendo citado por Herodot cerca de 600 aC .
Esta região tem um clima frio, devido à sua altitude (cerca de 300 metros sobre o nível de ver) e alta umidade fornecida pela proximidade dos rios Pequeno e Grande Târnava.
Devido ao frio que faz sentir na região, seus vinhos brancos saem frutados e com uma acidez muito boa.
==================================================================
Depois das explicações e nformações dadas sobre ~Portugal e a Roménia e suas regiões vinícolas, agora começa o assunto que levou ao articulista escrever sobre este tema.
O articulista conhece a Tailândia vai para 42 anos, por volta dos anos 80 havia dois ou três supermercados que comercializavam vinhos do Dão, por essa altura trabalha na Embaixada de Portugal, em Bangkok, o meu amigo José Martins, que muito fez para lançar os vinhos portugueses no mercado tailandes, porém, após a sua saída da embaixada, os responsáveis nada fizeram, e nos dias de hoje, encontrar vinhos portugueses na Tailândia, é como encontrar uma agulha num palheiro, embora as Caves Aliança, já tenham algumas marcas no mercado, mas pouco ou nada divulgadas, e neste momento um português radicado em França está tendo contactos para a comercialização dos vinhos portugueses na Tailândia, oxalá tenha sucesso.
O representante comercial da embaixada nada tem feito, nesse sentido.
No dia 17 o articulista saiu com sua família para jantar, num restaurante seu conhecido, o APICHART, sito Kaset-Navamin, Bangkok, bem perto de sua casa.
A comida escolhida se proporcionava a beber um tinto à maneira, ora havendo naquele restaurante duas marcas de vinho tinto, de origem Romena, o articulista escolheu uma que lhe pareceu ser a melhor, o preço era o mesmo, 750 baths = à volta de 17 euros, garrafa de 750 ml.
Nunca em sua vida o articulista tinha provado vinho da Roménia, mas a escolha. única possível, saiu maravilhosamente bem.
Como se pode ler o rótulo trazia a seguintes informações:
Região - Dealut Mare - Sub-Carpathian Moutaine
Cor - Encarnado intenso
Aroma - Frutado delicado
Sabor - Suave, que permanece na boca por longo tempo, encorpado
Idade - Conservado em barris de carvalho pelo período de 2 a 4 anos e em garrafa pelo periodo de 6 a 12 meses.
Graduação 12º graus.
Digo sinceramente que nunca tinha bebido um vinho tão saboroso, e ao longos demais de 50 anos, centenas foram as marcas de vinho tinto, de diversos países que já teve o prazer de beber, mas este Romeno lhe ficou no goto, óptimo vinho.
Diz a lenda que o deus do vinho Tharacian nasceu ao norte do delta do Danúbio. Quando os romanos ocuparam essa área foi muitas vezes referido como Feliz Dacia (Dacia Felix) por causa da riqueza que a terra prevista para o cultivo do vinho.
Devido à sua localização, solo e clima a Roménia atraiu países como a França, Alemanha e Itália a investir em vinhedos desde a 19C. Por essa razão poderemos ver uma variedade de cipós diferentes, como Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc.
A Roménia tem quatro principais regiões produtoras de vinho. Descubra os vinhos dos deuses.
Murfatlar
Murfatlar é a região vitivinícola mais importante do litoral romeno. vinhos de colheita tardia são uma especialidade aqui, e os níveis de açúcar de uva pode ser muito alto. As castas de Merlot e Cabernet Sauvignon são plantadas em encostas viradas a norte, num esforço para prolongar a maturação.
Dealul Mare
A região vinícola de Mare Dealul é conhecida por seus vinhos tintos produzidos das castas Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot e um número de variedades locais. Alguns vinhos brancos são feitos, incluindo alguns vinhos de colheita tardia.
Cotnari
No século passado, os vinhos de Cotnari, claros, com gosto de mel, adquiriram certa reputação que não deixa de lembrar o Tokay húngaro.
O Cotnari provém das cepas Grasa, Feteasca Alba, Tamaiiosa Romaneasca e Francusa. A Grasa é uma variedade muito rica, sujeita à podridão nobre. A Feteasca traz a finesse, a Tamaiioasa Romaneasca, um perfume de incenso, e a Francusa, uma nota ácida para um vinho que poderia ser excessivamente doce.
Cada cepa é vinificada separadamente e depois misturada, na proporção de 30% de Grasa, 30% de Feteasca Alba, 20% de Tamaiioasa e 20% de Francusa.
Grandes tonéis de carvalho são utilizados para a fermentação e a maturação do vinho durante alguns anos antes do engarrafamento. O Cotnari envelhece bem.
Tarnave
O Târnave (também chamado Tîrnave) região do vinho está situado a norte de Sibiu, cercado pelas Montanhas dos Cárpatos. É um dos mais importantes e antigas na Roménia, sendo citado por Herodot cerca de 600 aC .
Esta região tem um clima frio, devido à sua altitude (cerca de 300 metros sobre o nível de ver) e alta umidade fornecida pela proximidade dos rios Pequeno e Grande Târnava.
Devido ao frio que faz sentir na região, seus vinhos brancos saem frutados e com uma acidez muito boa.
==================================================================
Depois das explicações e nformações dadas sobre ~Portugal e a Roménia e suas regiões vinícolas, agora começa o assunto que levou ao articulista escrever sobre este tema.
O articulista conhece a Tailândia vai para 42 anos, por volta dos anos 80 havia dois ou três supermercados que comercializavam vinhos do Dão, por essa altura trabalha na Embaixada de Portugal, em Bangkok, o meu amigo José Martins, que muito fez para lançar os vinhos portugueses no mercado tailandes, porém, após a sua saída da embaixada, os responsáveis nada fizeram, e nos dias de hoje, encontrar vinhos portugueses na Tailândia, é como encontrar uma agulha num palheiro, embora as Caves Aliança, já tenham algumas marcas no mercado, mas pouco ou nada divulgadas, e neste momento um português radicado em França está tendo contactos para a comercialização dos vinhos portugueses na Tailândia, oxalá tenha sucesso.
O representante comercial da embaixada nada tem feito, nesse sentido.
No dia 17 o articulista saiu com sua família para jantar, num restaurante seu conhecido, o APICHART, sito Kaset-Navamin, Bangkok, bem perto de sua casa.
A comida escolhida se proporcionava a beber um tinto à maneira, ora havendo naquele restaurante duas marcas de vinho tinto, de origem Romena, o articulista escolheu uma que lhe pareceu ser a melhor, o preço era o mesmo, 750 baths = à volta de 17 euros, garrafa de 750 ml.
Nunca em sua vida o articulista tinha provado vinho da Roménia, mas a escolha. única possível, saiu maravilhosamente bem.
Foi este o vinho escolhido, colheita de 2006, uma delícia
Como se pode ler o rótulo trazia a seguintes informações:
Região - Dealut Mare - Sub-Carpathian Moutaine
Cor - Encarnado intenso
Aroma - Frutado delicado
Sabor - Suave, que permanece na boca por longo tempo, encorpado
Idade - Conservado em barris de carvalho pelo período de 2 a 4 anos e em garrafa pelo periodo de 6 a 12 meses.
Graduação 12º graus.
Digo sinceramente que nunca tinha bebido um vinho tão saboroso, e ao longos demais de 50 anos, centenas foram as marcas de vinho tinto, de diversos países que já teve o prazer de beber, mas este Romeno lhe ficou no goto, óptimo vinho.