o mar do poeta

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quinta-feira, março 3

PETRÓLEO SUA HISTÓRIA E SEUS INTERESSES

 

Petróleo


Extração de petróleo em Okemah, Oklahoma, Estados Unidos 1922.

Petróleo (do latim petroleum, petrus = pedra e oleum = óleo, do grego πετρέλαιον [petrélaion], "óleo da pedra", do grego antigo πέτρα [petra], pedra + έλαιον [elaion] óleo de oliva, qualquer substância oleosa, no sentido de óleo bruto), é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho).

Trata-se de uma combinação complexa de hidrocarbonetos, composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, podendo conter também quantidades pequenas de nitrogênio, oxigênio, compostos de enxofre e íons metálicos, principalmente de níquel e vanádio.

Esta categoria inclui petróleos leves, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de alcatrão. Materiais hidrocarbonatados que requerem grandes alterações químicas para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a refinação do petróleo, tais como óleos de Xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e combustíveis líquidos de hulha, não se incluem nesta definição.

O petróleo é um recurso natural abundante, porém sua pesquisa envolve elevados custos e complexidade de estudos. É também atualmente a principal fonte de energia, servindo também como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos.

Já foi causa de muitas guerras e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio.

Além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação.

 

Origem

A hipótese mais aceita leva em conta que, com o aumento da temperatura, as moléculas do querogênio começariam a ser quebradas, gerando compostos orgânicos líquidos e gasosos, num processo denominado catagênese.

Para se ter uma acumulação de petróleo seria necessário que, após o processo de geração (cozinha de geração) e expulsão, ocorresse a migração do óleo e/ou gás através das camadas de rochas adjacentes e porosas, até encontrar uma rocha selante e uma estrutura geológica que detenha seu caminho, sobre a qual ocorrerá a acumulação do óleo e/ou gás em uma rocha porosa chamada rocha reservatório.

É de aceitação para a maioria dos geólogos e geoquímicos, que ele se forme a partir de substâncias orgânicas procedentes da superfície terrestre (detritos orgânicos), mas esta não é a única teoria sobre a sua formação.

Uma outra hipótese, datada do século XIX, defende que o petróleo teve uma origem inorgânica, a partir dos depósitos de carbono que possivelmente foram formados com a formação da Terra.

Resumindo, há inúmeras teorias sobre o surgimento do petróleo, porém a mais aceita é que ele surgiu através de restos orgânicos de animais e vegetais depositados no fundo de lagos e mares, sofrendo transformações químicas ao longo de milhões de anos. Substância inflamável, possui estado físico oleoso e com densidade menor do que a água. Sua composição química é uma combinação de moléculas de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos).

História da indústria petrolífera

Antiguidade

Registros históricos da utilização do petróleo remontam a 4000 a.C. devido a exsudações e afloramentos freqüentes no Oriente Médio. Os povos da Mesopotâmia, do Egito, da Pérsia e da Judéia já utilizavam o betume para pavimentação de estradas, calafetação de grandes construções, aquecimento e iluminação de casas, bem como lubrificantes e até laxativo.

Os chineses já perfuravam poços, usando hastes de bambu, no mínimo em 347 BCE. No início da era cristã, os árabes davam ao petróleo fins bélicos e de iluminação. O petróleo de Baku, no Azerbaijão, já era produzido em escala comercial, para os padrões da época, quando Marco Polo viajou pelo norte da Pérsia, em 1271.

Origens da indústria petrolífera


Instalação petrolífera.

A moderna indústria petrolífera data de meados do século XIX. Em 1850, James Young, na Escócia, descobriu que o petróleo podia ser extraído do carvão e xisto betuminoso, e criou processos de refinação.

O primeiro poço moderno foi perfurado em Bibiheybət (Bibi-Heybat), próximo a Baku, no Azerbaijão, no ano de 1846.

O Azerbaijão foi o maior produtor de petróleo no século XIX e no final do século XIX sua produção era de mais da metade da produção mundial.

O primeiro poço comercial da Romênia foi perfurado em 1857.

O primeiro poço nas Américas foi perfurado no Canadá, em 1858. Em agosto de 1859 o norte-americano Edwin Laurentine Drake perfurou o primeiro poço nos Estados Unidos para a procura do petróleo (a uma profundidade de 21 metros), no estado da Pensilvânia.

O poço revelou-se produtor e a data passou a ser considerada, pelos norte-americanos, a do nascimento da moderna indústria petrolífera. A produção de óleo cru nos Estados Unidos, de dois mil barris em 1859, aumentou para aproximadamente três milhões em 1863, e para dez milhões de barris em 1874.

O Oriente Médio

A história da exploração petrolífera no Oriente Médio nasceu da rivalidade entre a Grã-Bretanha e o Império Russo.

O barão Paul Julius Reuter (fundador da Reuters) negociara acordos com a Pérsia desde 1872, renovados em 1889, que previam a exploração de petróleo, de maneira a neutralizar os interesses russos na região. Uma vez que o regime czarista temia a aproximação britânica da sua fronteira sul, as suas pressões diplomáticas levaram à anulação destes acordos.


Depósito petrolífero.

Sem desistência britânica, as negociações com Teerã foram retomadas por William Knox d'Arcy. Uma vez que o Xá necessitava de recursos financeiros, acabou sendo assinado um novo contrato, em 28 de maio de 1901.

Pelos seus termos, mediante o pagamento de 20 mil libras esterlinas líquidas à vista, idêntico montante em ações e uma percentagem de 16% sobre os eventuais lucros, era garantida a concessão da exploração por 60 anos, sobre dois terços do território do país. Para explorá-la, d'Arcy contratou o engenheiro George Reynolds, que priorizou uma região entre a Pérsia (atual Irã) e a Mesopotâmia (atual Iraque), a cerca de 500 quilômetros do golfo Pérsico.

A primeira perfuração iniciou-se em 1902, sob temperaturas de até 50° Celsius à sombra, numa área desértica e inóspita, habitada por tribos nómadas hostis. Finalmente em abril de 1904, uma das perfurações começou a produzir, demonstrando, mesmo em quantidade insuficiente, a existência de petróleo na região.

Os problemas postos à empreitada eram agora financeiros, uma vez que a estimativa inicial de investimento para a perfuração de dois poços havia sido de cerca de 10 mil libras, e em quatro anos de trabalho, d'Arcy já havia investido 200 mil. Necessitando de capital, d'Arcy negociou com a Burmah Oil Company, de Glasgow, a quem cedeu parte das suas ações. De comum acordo foi escolhida uma nova zona de prospecção: a chamada "planície do óleo", a sudoeste de Teerã, perto do Chatt al-Arab.

Novamente os gastos mostraram-se pesados: foi necessário abrir uma estrada e o transporte de 40 toneladas de equipamentos e materiais para que se começasse a perfurar, em Janeiro de 1908. Insatisfeita com a falta de resultados, em 14 de Maio, a Burmah Oil determinou que Reynolds abandonasse as perfurações. Em 26 de Maio, entretanto, o petróleo jorrou em Masjed Soleiman. De acordo com a lenda, Reynolds enviou um telegrama à empresa: "Ver Salmo 104, versículo 15, terceiro parágrafo".

Para custear os pesados investimentos necessários à exploração, transporte e refino do produto, a Burmah Oil fundou em 1909 a Anglo-Persian Oil Company (atual BP), cujas ações dispararam. Foi construído um oleoduto de 225 quilômetros e instalada uma refinaria em Abadã, próximo à fronteira com o Iraque. Entretanto, as dificuldades financeiras retornaram em 1912, quando a companhia esgotou o seu capital de giro. Impunha-se uma fusão com a sua rival, a anglo-holandesa Royal Dutch Shell que, à época dominava o mercado.

Entretanto, para o governo britânico à época, o controle sobre o fornecimento de petróleo era estratégico, inclusive porque os programas navais de seu Almirantado, para 1912, 1913 e 1914, estabelecidos para confrontar o Império Alemão, dependiam da construção de navios movidos a óleo, e não mais a carvão.

Ao mesmo tempo, no Iraque, a Turkish Petroleum Company, fundada em 1912 por iniciativa da Royal Dutch Shell e do Deutsche Bank (cada um com 50% das ações), em colaboração com o armênio Calouste Gulbenkian manifestava interesse no negócio.

Nesse cenário, alguns dias antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial, o jovem parlamentar Winston Churchill colocou em votação na Câmara dos Comuns a proposta de nacionalização da Anglo-Persian, através da qual o governo britânico adquiria 50% das ações da companhia pelo montante de 2,2 milhões de libras.

Em seguida, os britânicos envidaram esforços para obter a fusão da Turkish com a Anglo-Persian. Ainda em 1914, o novo consórcio passou a ser controlado em 50% pelos ingleses, ficando a Shell e o Deutsche Bank com 25% cada um; 5% dos lucros eram destinados a Gulbenkian, que passou a ser conhecido desde então como o "Senhor 5%".

Com a Primeira Guerra Mundial em progresso, a cooperação anglo-germânica para a exploração petrolífera era anulada. Com a rendição alemã e o desmembramento do Império Otomano, as potências vencedoras passaram a controlar o mercado na região.

O primeiro-ministro britânico Lloyd George e o presidente do Conselho francês Alexandre Millerand firmaram o acordo de San Remo, através do qual o instrumento do desenvolvimento petrolífero ficou sendo a Turkish Petroleum Company; os franceses receberam a parte alemã da companhia, que havia sido sequestrada pelos britânicos durante a guerra. Em troca, os franceses renunciaram a suas pretensões territoriais sobre Mossul (no norte do Iraque).

A Grã-Bretanha, por sua vez, declarou que qualquer companhia privada que explorasse jazidas de petróleo ficaria sob o seu controle.

O acordo de San Remo representou um duro golpe para os Estados Unidos da América, que, diante da hegemonia britânica passaram a demonstrar preocupação com o seu abastecimento. Um acordo entre ambas as nações só foi firmado em 1925.

Enquanto isso, Faiçal I do Iraque confirmou oficialmente a concessão celebrada em 1912, permitindo o início da prospecção em seu país. Finalmente, a 15 de outubro de 1927, às 3 horas da manhã, perto de Kirkuk, ecoou um imenso estrondo, sucedido por um jorro de petróleo, de 15 metros acima da torre. Para explorá-lo, foi assinado um contrato, em 31 de julho de 1928, no hotel das Termas de Ostrende, nos Países Baixos.

 Pelos seus termos, estabelecia-se a Iraq Petroleum Company (em substituição à Turkish Petroleum Company) cujo capital foi repartido entre a britânica Anglo-Persian (23,75%), a Companhia Francesa de Petróleos (23,75%), um cartel estadunidense (Gulf, Texaco, Exxon, Mobil, com 23,75%) e os 5% de Gulbenkian. Reunidos, os representantes dessas companhias traçaram uma linha vermelha em torno do território do antigo Império Otomano, onde apenas a Pérsia e o Kuwait foram excluídos. No interior dessa zona, todas as operações petrolíferas deveriam ser desenvolvidas em colaboração entre elas, e apenas entre elas.

De acordo com os relatórios dos geólogos à época, a Arábia parecia "desprovida de qualquer perspectiva de petróleo" e a prospecção ali deveria "ser classificada na categoria do puro jogo". Entretanto, o fato do petróleo ocorrer em abundância na Pérsia e no Iraque indicava que o mesmo podia ocorrer na Arábia, levando a que o neo-zelandês Frank Holmes, com experiência na África do Sul e em Aden, no Iemen, se estabelecesse na pequena ilha de Bahrein. Holmes obteve do xeque local uma concessão para a prospecção de petróleo, em 1925.

Em 1926, com seus recursos esgotados, Holmes propôs vender a sua concessão aos britânicos, mas foi rechaçado, uma vez que, mesmo duvidando da presença de óleo na região, percebiam-no como um intruso. Holmes então dirigiu-se a Nova York e propôs a venda da sua concessão aos estadunidenses, adquirida pela Gulf Oil em 1927.

Essa companhia, entretanto tornou-se parte da Iraq Petroleum Company em 1928. Como esta era signatária do acordo da Linha Vermelha, tornava-se impossível para a Gulf operar sozinha no Bahrein. Desse modo, revendeu as suas ações à Standard Oil of California (SOCAL, ex-Standard Oil Company), que havia ratificado o acordo.

Essa operação irritou os britânicos, que não admitiam que os estadunidenses se instalassem no Oriente Médio. Sob a égide britânica, os xeques não podiam agir por conta própria. Uma cláusula de nacionalidade britânica era exigida para explorar o petróleo.

Para contornar o impedimento, a SOCAL estabeleceu uma filial no Canadá, um território britânico. Um ano mais tarde, convencidos de que não havia petróleo em Bahrein, os britânicos acabaram concordando. As perfurações iniciaram-se, desse modo, em 1931. Em 31 de maio de 1932, uma jazida era descoberta, vindo a inverter o equilíbrio regional e mundial, e criando uma situação que dura até aos dias de hoje.

Na Arábia Saudita, em maio de 1933, o rei Ibn Saud, concedeu à SOCAL o direito de exploração do petróleo de seu país por 60 anos, mediante um pagamento de 35 mil peças de ouro. O articulador do mesmo foi Saint John Philby, antigo funcionário britânico do Império das Índias, transformado em conselheiro de Ibn Saud.

Derrotados na Arábia Saudita, os britânicos associaram-se aos estadunidenses, um ano e meio mais tarde, em partes iguais, no Kuwait, a última zona de prospecção. As seis primeiras perfurações foram infrutíferas até que, em 1938, vastas reservas foram descobertas no Kuwait e na Arábia.

O pós-segunda guerra e a criação da OPEP


Plataforma marinha de extração do petróleo.

Após a Segunda Guerra Mundial, o movimento pela descolonização foi seguido pelo direito das nações disporem livremente dos próprios recursos naturais. Nesse contexto, os países do Golfo Pérsico passaram a manifestar o desejo de libertar-se das companhias petrolíferas ocidentais. Assim, em 1948, com o apoio dos Estados Unidos enquanto superpotência, obtiveram o fim do "acordo da Linha Vermelha".

Empresas recém-chegadas, como a estadunidense Getty Oil Company, ofereceram melhores condições à Arábia Saudita, obrigando as companhias petrolíferas, determinadas a manter as suas posições, a conceder a este país, em 1950, uma fatia dos lucros da exploração petrolífera na base de 50/50. Essa concessão foi estendida ao Bahrein e, posteriormente, ao Kuwait e ao Iraque.

Como as multinacionais anglo-americanas (as "sete irmãs"), conservassem o controle dos preços e dos volumes de produção, 1950 foi também o ano da primeira tentativa de contestação. No Irã, o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh nacionalizou as jazidas do país.

Os britânicos, prejudicados, organizaram um bloco militar em favor das exportações. Durante quatro anos os iranianos resistiram até que, em 1954, os estadunidenses eliminaram Mossadegh, assumiram o controle do petróleo iraniano e, de passagem, afastaram os ingleses.

Em 1960, a Arábia Saudita, o Kuwait, o Irã, o Iraque e a Venezuela criaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) permitindo que, pela primeira vez na História, os países produtores de petróleo se unissem contra as "sete irmãs".

Ainda demoraria uma década, entretanto, para que a correlação de forças entre países consumidores e países produtores fosse alterada. Isso aconteceu quando, devido a um acidente que danificou o oleoduto entre a Arábia Saudita e o mar Mediterrâneo, levou a uma diminuição da oferta de 5 mil barris/dia no mercado. Como consequência, os preços do petróleo subiram, e a OPEP deu-se conta de seu poder.

As nacionalizações voltaram à ordem do dia nos países árabes: em 1972, o Iraque recuperou o controle da sua indústria petrolífera, nacionalizando-a em 1975. Sem desejar ser reduzidas a meros compradores de petróleo, as companhias ocidentais introduziram uma nova figura jurídica para manter o seu "status": os "contratos de partilha da produção". Por eles, passaram a se associar à produção local do petróleo e a comercializar por sua própria conta uma parte da produção da jazida.

A Guerra do Yom Kipur (1973), provocou o primeiro choque petrolífero mundial. A OPEP elevou o preço do barril em 70% e limitou a sua produção. No ano seguinte (1974), o Kuwait e o Qatar assumiram o controle (em até 60%) das companhias que atuavam em seu território. A Arábia Saudita fez o mesmo antes de nacionalizar completamente a Arabian-American Oil Company (ARAMCO) em 1976.

Esses fatos levaram a que os países produtores passassem a controlar o mercado, tendo as companhias perdido a capacidade de ditar os preços do crude. Elas conservam, e mantém até hoje, ainda, a primazia sobre o refinamento, o transporte e a comercialização do óleo e derivados. Se em 1940, o Oriente Médio produzia 5% do petróleo mundial, em 1973, à época do choque petrolífero, atingia 36,9%.

O petróleo no Brasil


Poço de petróleo em Paraguaçu Paulista.

No Brasil, a primeira sondagem foi realizada no município de Bofete no estado de São Paulo, entre 1892 e 1896, por iniciativa Eugênio Ferreira de Camargo. Foi responsável pela primeira perfuração, até à profundidade de 488 metros, que teve como resultado apenas água sulfurosa.

Em 1932 foi instalada a primeira refinaria de petróleo do país, a Refinaria Rio-grandense de Petróleo, em Uruguaiana, a qual utilizava petróleo importado do Chile, entre outros países.

Foi somente no ano de 1939 que foi descoberto óleo em Lobato (Salvador), no estado da Bahia.

Desde os anos 1930 o tema do petróleo foi amplamento discutido no Brasil, polarizado entre os que defendiam o monopólio da União e os que defendiam a participação da iniciativa privada na exploração petrolífera. Entretanto, naquele período, o país ainda dependia das empresas privadas multinancionais para todas as etapas da exploração petrolífera, desde a extração, refino até a distribuição de combustíveis.


Mossoró, segunda maior cidade do estado do Rio Grande do Norte e o maior produtor de petróleo em terra do Brasil.

Após a Segunda Guerra Mundial iniciou-se no país um grande movimento em prol da nacionalização da produção petrolífera. Naquela época o Brasil era um grande importador de petróleo e as reservas brasileiras eram pequenas, quase insignificantes. Mesmo assim diversos movimentos sociais e setores organizados da sociedade civil mobilizaram a campanha "O petróleo é nosso!", que resultou na criação da Petrobrás em 1953, no segundo Governo de Getúlio Vargas.

A Lei 2.004 de 3 de outubro de 1953 também garantia ao Estado o monopólio da extração de petróleo do subsolo, que foi incorporado como artigo da Constituição de 1967 (Carta Política de 1967) através da Emenda nº 1, de 1969. O monopólio da União foi eliminado em 1995, com a EC 9/1995 que modificou o Art. 177 da Constituição Federal.

Após a crise petrolífera de 1973, a Petrobrás modificou sua estratégia de exploração petrolífera, que até então priorizava parcerias internacionais e a exploração de campos mais rentáveis no exterior. Entretanto, naquela época o Brasil importava 90% do petróleo que consumia e o novo patamar de preços tornou mais interessante explorar petróleo nas áreas de maior custo do país, e a Petrobrás passou a procurar petróleo em alto mar. Em 1974 a Petrobrás descobre indícios petróleo na Bacia de Campos, confirmados com a perfuração do primeiro poço em 1976.

Desde então esta região da Bacia de Campos tornou-se a principal região petrolífera do país, chegando a responder por mais de 2/3 do consumo nacional até o início dos anos 1990, e ultrapassando 90% da produção petrolífera nacional nos anos 2000.

Em 2007 a Petrobrás anunciou a descoberta de petróleo na camada denominada Pré-sal, que posteriormente verificou-se ser um grande campo petrolífero, estendendo-se ao longo de 800 km na costa brasileira, do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina, abaixo de espessa camada de sal (rocha salina) e englobando as bacias sedimentares do Espírito Santo, de Campos e de Santos. O primeiro óleo do pré-sal foi extraído em 2008 e alguns poços como Tupi estão em fase de teste, devendo iniciar a produção comercial em 2010.

Geologia


Esquema de uma bomba para extração de petróleo.

O petróleo está associado a grandes estruturas que comunicam a crosta e o manto da terra, sobretudo nos limites entre placas tectônicas.

O petróleo e gás natural são encontrados tanto em terra quanto no mar, principalmente nas bacias sedimentares (onde se encontram meios mais porosos - reservatórios), mas também em rochas do embasamento cristalino. Os hidrocarbonetos, portanto, ocupam espaços porosos nas rochas, sejam eles entre grãos ou fraturas. São efetuados estudos das potencialidades das estruturas acumuladoras (armadilhas ou trapas), principalmente através de sísmica que é o principal método geofísico para a pesquisa dos hidrocarbonetos.

Durante a perfuração de um poço, as rochas atravessadas são descritas, pesquisando-se a ocorrência de indícios de hidrocarbonetos. Logo após a perfuração são investigadas as propriedades radioativas, elétricas, magnéticas e elásticas das rochas da parede do poço através de ferramentas especiais (perfilagem) as quais permitem ler as propriedades físicas das rochas, identificar e avaliar a ocorrência de hidrocarbonetos.

Fonte - Enciclopédia livre


No dia 3 de Março de 1938 – É descoberto petróleo na Arábia Saudita

COLÉGIO MILITAR - 3 de Março de 1813

Colégio Militar (Portugal)

 
 
Alunos do Colégio Militar, em uniforme de gala

O Colégio Militar é uma Escola Pública, dependente do Ministério da Defesa Nacional e à responsabilidade do Exército, funcionando em regime de internato e de semi-internato.
 

Missão

O Colégio Militar ministra os cursos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e o Ensino Secundário, destinados a filhos de militares e civis, em regime de internato.

Proporciona aos alunos uma educação, promovendo o desenvolvimento de competências diversificadas, que facilite o seu ingresso no Ensino Superior e os prepare social e profissionalmente para a vida, de acordo com os seguintes princípios:

- Cumprir os objectivos e os conteúdos programáticos fixados pelo Ministério da Educação;

- Criar hábitos de trabalho e de estudo de modo a desenvolver nos alunos competências alargadas, que lhes permitam assumir uma atitude crítica, criativa e inovadora enquanto factores estruturantes de uma cidadania responsável;

- Facultar orientação moral defendendo o respeito pela diversidade cultural e religiosa de cada um;
- Promover, de acordo com a autonomia do CM, a oferta de actividades de complemento curricular culturais e físicas.

Brasão de Armas

  • Descrição Heráldica
-Escudo de verde, um zimbório sustendo uma Cruz de Cristo ambos de prata, acompanhado em chefe de duas lucernas de ouro acesas de vermelho perfilado de ouro, a da dextra voltada;

-Elmo Militar, de prata, forrado de vermelho, a três quartos para a dextra;


-Correia de vermelho perfilada de ouro;

-Paquife e virol de verde e de prata;

-Timbre: um leão rompante saínte de ouro, segurando na garra dianteira dextra uma espada em pala e, na sinistra, um livro aberto do mesmo;

-Condecorações: circundando o escudo o colar de Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito;

-Divisa: num listel de branco, ondulado, sotoposto ao escudo, em letras de negro, maiúsculas, de estilo elzevir «UM POR TODOS, TODOS POR UM»;

-Grito de Guerra: num listel de prata, ondulado, sobreposto ao timbre, em letras negras, maiúsculas, de estilo elzevir «ZACATRAZ».
  • Simbologia e Alusão das Peças
-ZIMBÓRIO representa o edifício principal das instalações do Colégio, monumentalmente definido pelos claustros, como base e por aquele como remate condigno da cobertura da Capela.

-É ainda como cúpula, remate de obra educativa portuguesa com a sua CRUZ de CRISTO plena de simbolismo de fé e de patriótico portuguesismo.

-É, por último, um dos símbolos de um antigo arrabalde de Lisboa, conhecido pela Luz, onde o Colégio Militar se instalou desde 1813, o que deu origem à designação popular e prestigiosa de "Meninos da Luz" para referenciar os seus Alunos.

-As LUCERNAS são o símbolo da luz do espírito, da fé viva e da forçada sabedoria, alicerces da juventude em formação educativa.

-A figura do LEÃO justifica a raiz histórica do Colégio, que nasceu por iniciativa de um Oficial do Exército e desde logo foi tutelado oficialmente pelo Exército e pelo Rei ao passar a chamar-se Real Colégio Militar (1813). Também expressa uma ligação, de finalidade oficial, à Academia Militar.

-O simbolismo da força do leão é reforçado também pelo LIVRO e pela ESPADA que empunha na vertical, como preocupação que o saber e a ética militar são dois factores cimeiros e importantes na formação de Alunos do Colégio Militar.

- A divisa "UM POR TODOS, TODOS POR UM" representa sinteticamente a tradicional camaradagem e solidariedade que une os Alunos do Colégio. Significa também uma maneira profundamente humana, cristã e portuguesa de "estar na vida", como modo de "Servir" a Pátria e a Humanidade.

-"ZACATRAZ" é o grito ou sinal da presença do Colégio Militar, através dos seus Alunos ou Antigos Alunos é a expressão unívoca dos mesmos; é evocação laudatória e ritmada da unidade entre o passado, o presente e o futuro, ligados pela tradição educativa do Colégio e testemunhado na vida e na História do País dos dois últimos séculos pelos cidadãos que nele foram educados.
  • Os Esmaltes Significam
- OURO: a natureza do ideal que presidiu à fundação do Colégio, para educar uma juventude em sabedoria, em fortaleza de ânimo e fidelidade à Pátria;
- PRATA: a riqueza que encerra no seu interior, uma juventude plena de esperança e de pureza de ideais;
- VERMELHO: o valor dinâmico da força de uma juventude bem formada na evolução da sociedade em que se integra;
- VERDE: a esperança na juventude em educação e também dela própria no futuro.

Cerimónias/Tradições

Como instituição militar de ensino, o Colégio Militar abriga cerimónias tradicionais, umas oficiais, outras de índole interna. As mais importantes são:
Cerimónias
  • Abertura Solene:
Geralmente realizada nos primeiros meses do ano lectivo, nela está integrada a tradição do Abraço ao "Batalhãozinho". É nessa cerimónia que ocorre a abertura oficial do ano lectivo.
  • Armar Cavaleiro:
Na noite de 30 de Novembro para 1 de Dezembro de 1640, D. Filipa de Vilhena armou cavaleiros os seus dois filhos, dando-lhes as espadas do pai e do avô. Na formatura do Batalhão Colegial, nos Claustros, os alunos finalistas armam os "ratas" (novos alunos) cavaleiros, com os saberes, dizendo-lhes "Armo-te cavaleiro para que, com este sabre, sejas sempre vencedor e nunca vencido."
  • 3 de Março:
Entre os Alunos do Colégio Militar esta é uma cerimónia marcante, que dura dois dias. No primeiro (geralmente ao sábado), há a cerimónia nos Claustros do Colégio, e, no segundo, o desfile na Avenida da Liberdade. O dia 3 de Março de 1803 foi a data da fundação do Real Colégio Militar.
Tradições
  • O "ZACATRAZ":
É o grito ou sinal da presença do Colégio Militar, através dos seus Alunos ou Antigos Alunos é a expressão unívoca dos mesmos; é evocação laudatória e ritmada da unidade entre o passado, o presente e o futuro, ligados pela tradição educativa do Colégio e testemunhado na vida e na História do País dos dois últimos séculos pelos cidadãos que nele foram educados.
  • O "Ramalho":
Esta tradição é uma forma típica e característica dos alunos do Colégio Militar se congratularem quer por motivos de aniversário quer por motivos festivos.
  • O "Pê-Gê":
Esta expressão é dita em coro, normalmente no refeitório, mas também em qualquer outro local quando oportuno, por todos os presentes, sempre que se parta um copo, um prato ou qualquer outra peça do género. O significado desta tradição leva-nos a algum tempo atrás quando a seguir ao aluno assinar a "nota de quebra" o empregado que a tinha trazido a carimbava com um carimbo onde se podia ler "PG" que significava "pago".
  • O Abraço ao "Batalhãozinho":
Realiza-se nos Claustros, em Formatura de Batalhão. O Aluno Comandante de Batalhão dá as boas vindas, em nome de todos os outros alunos, através de um abraço ao mais pequenino dos "ratas", o qual fica então simbolicamente conhecido como "Batalhãozinho".
  • O 1º de Dezembro ou "o enterro do Miguel":
Esta cerimónia visa retratar, de forma satírica, o episódio histórico da Restauração da Independência a 1 de Dezembro de 1640. Após a "luta" nos Claustros, entre os alunos do 12º ano (portugueses) e os do 11º ano (espanhois), atira-se da varanda do piso superior, um boneco feito pelos alunos por almofadas e papel higiénico, que personifica o traidor da nação, Miguel Vasconcelos, o qual é seguidamente enterrado em cortejo.
  • A noite das pinturas:
Durante esta noite, os Alunos mais velhos procuram pintar as caras dos mais novos, sem que eles acordem, devendo ser interrompida se algum deles acordar, pois deixa de ter interesse por se ter perdido a surpresa de na manhã seguinte se rirem das caras dos camaradas, sem saber que eles próprios estão igualmente pintados.
  • O enterro do cábula ou o "spell e king":
No último dia do ano lectivo, os alunos finalistas e os alunos semi-finalistas, fazem um cortejo cantando o "spell e king". O cortejo destes alunos visa efectuarem uma passagem de romagem aos locais mais significativos do Colégio,terminando quando se acende uma fogueira onde se queimam as cábulas e cadernos não necessários. Esta tradição, marcando o final do ano, serve para que os finalistas possam ver o que de bom e de mau se passou ao longo do ano e passar aos futuros finalistas o que aprenderam ao longo da sua vida colegial.
  • Selar da Barretina:
Esta cerimónia é realizada com o de "amolecer" a Barretina dos novos alunos para que estes se sintam mais confortáveis durante as cerimónias.

 

História

O Colégio Militar tem origem no Colégio da Feitoria criado em 1803 pelo Coronel António Teixeira Rebelo, comandante do Regimento de Artilharia da Corte sito no Forte da Feitoria, em Oeiras, com o objectivo de educar os filhos dos oficiais daquele regimento. Em 1813, o colégio passa a ter existência oficial, adoptando a designação de Real Colégio Militar. Não se conhecendo documentação definitiva sobre os primórdios do colégio, foi estabelecido, já nos anos 1940 do Séc. XX, o dia 3 de Março de 1803 como a data oficial da sua fundação.

O Real Colégio Militar foi transferido em 1814 do Forte da Feitoria para o edificio onde antes funcionara o hospital Nossa Senhora dos Prazeres, fundado em 1618 pela infanta D. Maria, filha de D. Manuel, no sítio da Luz, em Lisboa. Entre 1835 e 1859, a sede do colégio mudou várias vezes de local (Rilhafoles-Lisboa e Mafra), voltando naquele ano para a Luz, onde ainda hoje se mantém. Desde essa época que os alunos do Colégio Militar recebem o epíteto de "Meninos da Luz".

Com a implantação da República, em 1910 o colégio perdeu o título de "Real" passando a ser simplesmente Colégio Militar.

Fardamento

 
Barretina do Colégio Militar

Os Alunos do Colégio Militar envergam um uniforme de gala de cor de pinhão (acastanhada), adoptado em 1837 com base na cor tradicional dos uniformes dos Batalhões de Caçadores portugueses, e posteriormente modificado em 1870 e 1912. Do uniforme de gala destaca-se a barretina, adoptada em 1866 com base no modelo então corrente no Exército Português, que se tornou o principal símbolo do Colégio Militar.

A partir do início do ano lectivo de 2009-2010, os alunos contam com um fardamento para uso interno e desportivo desenhado pela estilista nacional Maria Gambina. O uniforme de gala mantém-se o tradicional.

Condecorações

O Estandarte Nacional do Batalhão de Alunos do Colégio Militar é o mais condecorado das forças armadas portuguesas.
Durante toda a sua história muitos foram os louvores e homenagens recebidos, mercê do valor demonstrado por muitos dos seus antigos alunos, nos mais variados aspectos da vida portuguesa, da inegável qualidade do ensino ministrado e do público reconhecimento do cumprimento da sua missão.

Ostenta as seguintes insígnias (ordenadas por ano de atribuição):
Nacionais ou militares
Às 15 horas do dia 3 de Março de 1921, no Largo da Luz, o Ministro da Guerra, Major Dr. Álvaro de Castro, antigo aluno, apõe as insígnias de Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito no Estandarte do Batalhão de Alunos do Colégio Militar, cuja Guarda de Honra era feita por alunos sob o comando dos Generais Alberto da Silveira e Gomes da Costa. Era director do Colégio o General Bernardo Faria, e Comandante do Batalhão Colegial o aluno n.º. 356, Paulo Emílio de Brito Aranha. Falou sobre o significado da cerimónia o Professor Major Cristóvão Aires, também antigo aluno.
Breve descrição histórica
A Ordem Militar da Torre e Espada tem origem na ordem de cavalaria fundada em 1808, no Rio de Janeiro, pelo Príncipe-Regente D. João, para comemorar a chegada ao Brasil da Família Real, tendo-se destinado inicialmente, a galardoar os oficiais da Esquadra da Marinha de Guerra Britânica que asseguraram protecção na viagem da Família Real e da Corte para Brasil. Por não serem católicos, aqueles súbditos britânicos não podiam ser agraciados coma qualquer das antigas ordens militares portuguesas e, daí a criação da nova ordem de cavalaria que cedo, porém, começou também a ser conferida a altos dignitários da corte joanina no Brasil.
Às 15 horas do dia 8 de Outubro de 1931, por decreto de 5 de Outubro do mesmo ano, na parada do Colégio Militar, o Presidente da República, General António Óscar Fragoso Carmona, antigo aluno, coloca as insígnias da Grã-Cruz da Ordem de Instrução Pública no Estandarte do Batalhão Colegial, estando presentes o presidente do Ministério, General Domingos de Oliveira, e os Ministros da Guerra, General Namorado de Aguiar, da Marinha, Almirante Magalhães Correia, da Instrução, Dr. Cordeiro Ramos, e do Interior, Coronel Lopes Mateus, além de muitos ex-alunos. Agradeceu o Director do Colégio, General Júlio Ernesto de Morais Sarmento. Era Comandante do Batalhão Colegial o aluno n.º. 44, Afonso de Chaby Rosa.
Breve descrição histórica
A Ordem da Instrução Pública e a Ordem de Mérito provêm do desdobramento, ocorrido aquando a Reforma das Ordens de 1929, da Ordem da de Instrução e Benemerência, instituída em Abril de 1927, em Ordem da Benemerência e Ordem de Instrução Pública. A Ordem da Instrução Pública tem o intuito de galardoar altos serviços prestados à causa da educação e do ensino.
Às 16 horas do dia 3 de Março de 1953, por decreto de 2 de Março e por ocasião do seu 150.º aniversário, no Estádio Colegial, o presidente da República, General Francisco Higino Craveiro Lopes, antigo aluno, impõe as insígnias da Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo no Estandarte do Batalhão de Alunos, cuja Guarda de Honra era feita por alunos, sob o comando do Coronel Luís Patacho, estando presente, além de outras altas entidades, o Ministro do Exército, General Abranches Ferrão, e o subsecretário, Coronel Sá Viana Rebelo. Agradeceu a Condecoração o Director do Colégio, General Cotta Morais. Era Comandante do Batalhão Colegial o aluno n.º. 25, Ricardo Simões Baião Horta.
Breve descrição histórica
A Ordem Militar de Cristo é concedida por destacados serviços prestados ao País no exercício das funções dos cargos que exprimam a actividade dos órgãos de soberania ou na Administração Pública, em geral, e na magistratura e diplomacia, em particular, e que mereçam ser especialmente distinguidos.

A Ordem Militar de Cristo tem origem na antiga Ordem Militar de N. Senhor Jesus Cristo, fundada em 14 de Março de 1319, a pedido d'el-rei D. Diniz, por bula do papa João XXII - Ad ea ex-quibus, para suceder no reino de Portugal à extinta Ordem dos Templários. Tal ocorreu também no reino de Valência, pertencente à coroa de Aragão, com a criação em 1317, do Ordem de Montesa que herdou os bens do Templo e dos Hospitalários situados naquele reino.
Às 9 horas do dia 19 de Setembro de 1959, na Praça Tomás Coelho, no Colégio Militar do Rio de Janeiro, o Chefe do Estado-Maior do Exército Brasileiro, General Lima Brayner, coloca as insígnias da Ordem de Mérito Militar do Brasil no Estandarte da Batalhão Colegial, cuja Guarda de Honra era feita pelo Batalhão de alunos do Colégio Militar do Rio de Janeiro, estiveram presentes na cerimónia o comandante do mesmo colégio, General Augusto Maggessi, e corpo docente; o director-geral do ensino, General Oliveira Sucupira; o nosso adido militar, Coronel Pereira Conceição, e o Director do nosso Colégio, Brigadeiro Pereira de Castro, com os oficiais e alunos que constituíam a missão ao Colégio Militar do Rio de Janeiro.
Breve descrição histórica
A Ordem de Mérito Militar do Brasil é destinada a atestar o mérito de oficiais e instituições brasileiras ou estrangeiras que grandes serviços tenham prestado às Forças Armadas Brasileiras.
Às 15 horas do dia 3 de Março de 1978, nos Claustros do Colégio, o Presidente da República, General António Ramalho Eanes, coloca as insígnias da Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada no Estandarte do Batalhão Colegial, estando presentes o Chefe do Estado-Maior do exército, General Rocha Vieira, os Chefes dos Estados Maiores dos outros ramos das Forças Armadas e Ministros da educação e Cultura e das Obras Públicas, e os Chefes dos Estados-Maiores do Exército, general Vasco da Rocha Vieira, da Marinha e da Força Aérea, Conselheiros da Revolução, delegações dos Colégios Militares de França e da Roménia, além de muitos ex-alunos. Agradeceu o Director do Colégio, Brigadeiro Joaquim Lopes Cavalheiro, antigo aluno. Era Comandante do Batalhão o aluno n.º. 69, Diogo Jorge Ventura Oliveira e Carmo.
Breve descrição histórica
A Ordem Militar de Sant'Iago da Espada tem por fim distinguir o mérito literário, científico e artístico.
A Ordem tem a sua origem na Ordem Militar de Santiago fundada em 1170, por Fernando II, rei de Leão (1157-1188), em Cáceres, no reino de Castela. Confirmada pelo Papa Alexandre III (1159-1181), em 1175, teve os estatutos aprovados pelo Papa Inocêncio III, no IV Concílio de Latrão, em 1215. A Ordem seguiu a regra de Sto. Agostinho, tendo tido por sede, Uclés no reino de Castela.

A sua introdução em Portugal está documentada em data próxima do ano de 1172, tendo desempenhado parte activa e de relevo na Reconquista. Até à sua autonomização de Castela, no século XIII, a ordem, em Portugal, constituía a comenda-mor de Portugal. O reconhecimento papal da autonomia do ramo português da ordem ocorreu em 1288, pela bula -Pastoralis officii , do papa Nicolau IV.

E, assim, permaneceu de facto, pese embora os sucessivos protestos de Castela, até que em 1452, o papa Nicolau V, pela bula Ex apostolice sedis, reconhecia definitivamente a autonomia da Ordem em Portugal., no «mestrado» do Infante D. Fernando, duque de Viseu e de Beja.
Às 11 horas do dia 7 de Março de 1981, nos claustros do Colégio e perante a formatura do Batalhão Colegial, o Ministro da Educação e Ciência, Professor Doutor Vítor Pereira Crespo, entregou ao aluno Comandante do Batalhão, n.º. 325, João Miguel Costa Taveira, a Medalha de Honra de Mérito Desportivo, estavam presentes o Chefe do Estado-Maior do Exército, General Amadeu Garcia dos Santos, o Ministro da Qualidade de Vida, o Secretário de Estado dos Desportos, bem como outras altas individualidades civis e militares Foram recebidos pelo Director Interino do Colégio, Coronel de Infantaria José Simões de Faria.

Às 10.30 horas do dia 3 de Março de 1982, nos claustros do Colégio, o Embaixador do Brasil, Doutor Dário Moreira de Castro Alves, impõe as insígnias de Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil no Estandarte do Colégio Militar, perante a formatura do Batalhão Colegial comandada pelo aluno n.º. 641, Jorge Manuel Noronha da Silveira Alves Caetano.

Presidiu a este acto o Chefe de Estado-Maior do Exército, General Amadeu Garcia dos Santos e estavam presentes representantes dos Chefes dos Estados-Maiores da Armada e da Força Aérea, bem como outras altas individualidades civis e militares. Foram recebidos pelo Director do Colégio, Coronel de Engenharia Fernando Edgard Collet-Meygret de Mendonça Perry da Câmara.
No dia 3 de Março de 1990, por ocasião das comemorações do 187º aniversário da fundação do Colégio Militar, o Estandarte do Colégio Militar foi agraciado com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos. O Brigadeiro Director de então, António Máximo Calixto e Silva, agradeceu em nome do batalhão colegial comandado pelo aluno n.º 379, Rui Pedro Azevedo da Silva.
Às 12 horas do dia 19 de Novembro de 1998, nos claustros do Colégio Militar da Luz, o embaixador do Brasil em Portugal, impõe as insígnias da Medalha do Pacificador do Brasil no Estandarte do Batalhão Colegial, pelos assinalados serviços ao Exército Brasileiro e pelo assíduo desenvolvendo de relações de amizade e de cooperação com este. O então director da instituição, Brigadeiro Joaquim Manuel Martins Cavaleiro, agradeceu a medalha em nome do Batalhão Colegial comandado pelo aluno n.º 87, Nuno Miguel Taipa Leandro Domingues.
Breve descrição histórica
A Medalha do Pacificador, é uma das mais expressivas condecorações do exército brasileiro, foi mandada cunhar pela Portaria n.º 345 de 15 de Agosto de 1953, como evocação às homenagens prestadas a Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, por ocasião do sesquicentenário do seu nascimento. O Governo da República, em 1954, autoriza o uso dessa condecoração nos uniformes militares.

A partir de 1955 transforma-se em honraria a ser conferida a militares e civis brasileiros ou estrangeiros que tivessem prestado assinalados serviços ao Exército, elevando o prestígio da Instituição ou desenvolvendo as relações de amizade entre o Exército Brasileiro e os de outras nações.

Em 1962, foi adicionada à condecoração uma nova honraria a "Medalha do Pacificador com Palma", para premiar militares brasileiros que, em tempo de paz, se houvessem distinguido por actos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com risco de morte.
Às 12 horas do dia 11 de Outubro de 1999, na Parada do Colégio Militar, o Embaixador do Brasil em Portugal, impõe as insígnias da Medalha Marechal Trompowsky do Brasil, no Estandarte do Batalhão de Alunos do Colégio Militar, cuja cerimónia incorporava igualmente um pelotão brasileiro. Era director do Colégio o Major General José António de Deus Alves, e Comandante do Batalhão Colegial o aluno n.º. 58, Ricardo Jorge Ferreira Monteiro.
Breve descrição histórica
A Medalha Marechal Trompowsky foi criada por Dec. 33245, de 8 de Julho de 1953, e, destina-se a ser conferida a membros do Magistério (Instrução Pública) e a instituições ou personalidades que prestaram ou venham prestar relevantes serviços ao Magistério do Exército Brasileiro.
Locais ou particulares
  • 1967 — Medalha de Ouro da Vila de Oeiras
No dia 4 de Abril de 1967, no claustro do Colégio Militar, o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras entregou ao Colégio Militar a Medalha de Ouro da Vila de Oeiras. Na cerimónia efectuada, foram recordados para além dos 164 anos do Colégio Militar, a forma como contribuiu para o desenvolvimento cultural da vila, onde desde a sua fundação se prestou ao serviço dela funcionando como um das primeiras instituições de ensino da zona.

Era então Comandante do Batalhão Colegial, o aluno n.º. 552, João Sanches de Miranda Mourão. honra foi agradecida pelo Director do Colégio da altura, General Luís Valentim Deslandes.

A Medalha de Ouro da Vila de Oeiras por bons serviços prestados ao Concelho foi atribuída por proposta do Vereador Senhor João Guimarães dos Santos Mattos, que em reunião ordinária dos membros da referida Câmara, apresentou a seguinte proposta:
"Aniversário do Colégio Militar Existe no País um estabelecimento de ensino que tem formado homens dos mais notáveis na nossa vida pública, militar e civil.

 É uma escola a quem todo o país muito deve e à qual o Concelho de Oeiras deve estar especialmente ligado por laços de muito orgulho e desmedido reconhecimento. Refiro-me ao Colégio Militar que faz no próximo dia três de Março cento e sessenta e quatro anos, foi fundado pelo Coronel Teixeira Rebelo, na Feitoria em Oeiras.

Atendendo a tais circunstâncias e razões; atendendo a que o Colégio Militar mantém ainda hoje instalações na Feitoria, proponho: - Que seja conferida ao Colégio Militar a Medalha de Ouro de Bons Serviços do Concelho. Mais proponho que a Câmara delegue a entrega de tal distinção na pessoa do antigo aluno número cento e vinte e três daquele estabelecimento de ensino e actual Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, o Senhor Arquitecto António Bernardo da Costa Cabral de Macedo, que há precisamente cinquenta anos ali foi admitido.

Proponho ainda que esta deliberação seja aprovada em minuta de forma a poder ser comunicada ao actual Director do Colégio militar naquela data festiva.- Deliberou a Câmara aprovar a presente proposta nos precisos termos."
  • 1985 — Medalha de Honra da Cidade de Lisboa
No dia 6 de Dezembro de 1985, nos claustros do Colégio Militar, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa entregou ao Colégio Militar a Medalha de Honra da Cidade de Lisboa. Na cerimónia efectuada, foram recordados os 182 anos do Colégio ao serviço da Cidade e da Nação. Era então Comandante do Batalhão Colegial, o aluno n.º. 281, Joaquim Diogo Simões Pereira. A medalha foi agradecida pelo Director do Colégio, General José Fernando Valles de Figueiredo Valente.

A medalha foi imposta sob proposta do Vereador do Pelouro da Cultura, Comandante Pinto Machado, antigo Aluno deste Colégio e consta a sua atribuição no Diário Municipal n.º 14 590 de 11 de Março de 1985 e publicado na Ordem de Serviço do Colégio Militar de 6 de Novembro de 1985.
  • 2003 — Medalha da Cruz Vermelha de Benemerência
  • 2005 — Medalha de Honra da Freguesia de Carnide
  • 2008 — Colar de Honra de Mérito Desportivo
  • 2008 — Troféu Olimpico do Comité Olimpico Português
(fonte:

Actualidade

Em 2010 estudam no Colégio Militar 376 alunos do ensino básico e secundário e 76 professores.

Para este ano havia 115 vagas mas só apareceram 94 candidatos a novos alunos. Acabaram por entrar 56. Foi a primeira vez em 207 anos de existência que teve mais vagas do que alunos

Fonte - Enciclopédia livre

O articulista, por seus familiares não serem militares, ficou impossibilitado de poder frequentar o Colégio Militar, como tal nunca foi Pupilo do Exército, ou M

enino da Luz, tendo frequentado somente o CISMI, Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria, sito em Tavira e não na Luz.

 

quarta-feira, março 2

ALMOÇO NO BECCOFINO - BANGKOK





O Restaurante Beccofino, fica situado  na 146 Sukhumvit 55 Thong Lo soi 4 - Bangkok

                                  Broccoli soup with bread croutons and sun dried tomatoes

                           Japanese tuna carpaccio with marinated vegetables and lemon dressing


                                 Grilled beef tenderloin with spinach and rosemary sauce

                                     Chocolate tower with mascarpone and coffe mousse

                                                               Coffee or tea


Os amigos, mais uma vez reunidos, neste óptimo restaurante italiano, cujo afintriáo foi o nosso Ilustre Confrade, Eng. Rui Belo.





O Ilustre Engenheiro e Amigo Rui Belo, com um quadro de marinharia, ofertado pelo articulista, reforçando, desta forma, os laços de amizade.

O amigo Helder, pai do amigo Marcos do Vale, ilustre motar, que em terras de França labuta, e que adora o seu hobby de motar, como tal, leva da Tailândia, uma réplica da sua Honda de 1 800 cc.


O casal amigo Manuel Campos, a quem o mar muito lhe diz, e sendo o dia do aniversário de ambos, o articulista lhes ofertou este belo barco de pesca.

A malta amiga, confertanizando numa sala ao lado do resturante, numa zona onde é permitido fumar, e é desta forma que os portugueses, amigos, residentes em Bangkok, celebram com amizade a sua presença em terras de Sua Magestade, sem ser necessário lançar algum livro de tratados, pois a nossa amizade é só por si um Tratado Verdadeiro.


Noutro canto do recinto a rapaziada e seus filhos


A esposa e filho do Amigo Manuel Campos, a esposa do articulista e duas de suas filhas.

O casal amigo, Manuel Campos, ambos aniversariantes neste primeiro dia de Março.
O bolo esse não foi comido no restaurante, deixando para os aniversariantes, o comer em sua casa, acompanhado talvez por um Dom Périgon  bem à maneira.
Que este belo dia, se repita por muitos e belos anos.




Um almoço de amizade e confaternização,
onde se reuniu esta pequena portuguesa comunidade,
que o Estimado Eng. e Amigo Rui Belo foi anfitrião
convivendo e comendo com toda a naturalidade

Foram momentos bem passados
onde os desencontros se encontraram
esquecendo momentos mal interpretados
e todos nós se abraçaram

A amizade continua, nesta bela e linda cidade
são portugueses com uma velha cultura
cheia de estimo e amizade
que hà muitos anos perdura.

António Cambeta




VERDADEIRA AMIZADE
COSTUMA-SE DIZER QUE NINGUÉM PODE ESCOLHER
A FAMÍLIA EM QUE NASCE.
MAS É POSSIVEL SELECIONAR OS AMIGOS ,
QUE SÃO COMO A EXTENSÃO DA VIDA.
A AMIZADE, UM DOS SENTIMENTOS MAIS NOBRES
QUE EXISTEM, NASCE DE FORMA ESPONTÂNEA,
PURA E SE VAI DESENVOLVENDO ATÉ CHEGAR À MATURIDADE.
CARACTERIZA-SE POR UMA AFINIDADE
MUITO GRANDE COM ALGUÉM,
BASEADA NO AMOR, NO CARINHO,
NA TERNURA,
NO RESPEITO
NA COMPREENSÃO,
NA TROCA E NA AJUDA.
É UM SENTIMENTO MUITO SINCERO,
QUE NÃO DEPENDE DA IDADE,
DE DINHEIRO
OU DE POSIÇÃO SOCIAL.
O AMIGO É UM DOM PRECIOSO,
QUEM ENCONTRA UM AMIGO,
CERTAMENTE ENCONTROU UM TESOURO.
A AMIZADE É UM SENTIMENTO LIMPO,
VERDADEIRO E PROFUNDO.
MAIS QUE UM IRMÃO,
O AMIGO É A OPORTUNIDADE
QUE DEUS NOS DEU
PARA ENCONTRAR A SUA METADE.
COM ELE, A PESSOA PODE-SE REVELAR
VERDADEIRAMENTE, DIZER NÃO, SEM MEDO DE FERIR,
SIM, SEM MEDO DE BALUJAR,
E AS VERDADES, SEM MEDO DE OFENDER.
ISSO PORQUE SE ACREDITA NA AMIZADE,
POR ELA SER INSENTA DE PAIXÃO.
NUM RELACIONAMENTO ASSIM
NÃO EXISTE A INVEJA,
ORGULHO OU RANCOR.
A VERDADEIRA AMIZADE É ETERNA,
COMO O AMOR .



 
Bom Antonio...
...
Aqui é 10h: 30min da manhã de 02/03, hoje nem precisarei almoçar, rsrsrsrsrssrsrs, já degustei toda a comida apresentada nas fotos e estou bem alimentado.
Fotos bem tiradas, adorei o quadro com os nós de marinheiro e o barco em miniatura.
Grato pela gentileza do envio das imagens e por conhecer um pouco dos lugares e hábitos de onde reside.
Abraço
CeGaToSi

terça-feira, março 1

Scientiae thesaurus mirabilis - 1 de MARÇO de 1290



A Universidade de Coimbra remonta ao século XIII, precisamente a 1 de Março de 1290, quando foi assinado em Leiria, por D. Dinis, o documento Scientiae thesaurus mirabilis, que institui a própria Universidade e pede ao Papa a confirmação.

A bula do Papa Nicolau IV, datada de 9 de Agosto de 1290, reconheceu o Estudo Geral, com as faculdades de Artes, Direito Canónico, Direito Civil e Medicina. O curso de Teologia foi reservada aos conventos dominicanos e franciscanos. A Universidade foi instalada em Coimbra, no Paço Real da Alcáçova, em 1308. Em 1338 voltou para Lisboa, onde permaneceu até 1354, ano em que regressou para Coimbra. Ficou nesta cidade até 1377 e voltou de novo para Lisboa neste ano. Até 1537 permaneceu em Lisboa, data em que foi transferida definitivamente para Coimbra, por ordem de D. João III. A Universidade recebeu os seus primeiros estatutos em 1309, com o nome Charta magna privilegiorum.

Os segundos estatutos foram escritos no ano de 1431 reinado de D. João I, com disposições sobre a frequência, exames, graus, propinas e ainda sobre o traje académico. Já no reinado de D. Manuel I, em 1503, a Universidade recebeu os seus terceiros estatutos, desta vez com considerações sobre o reitor, disciplinas, salários dos mestres, provas académicas e cerimónia do acto solene de doutoramento.

Desde o reinado de D. Manuel I que todos os reis de Portugal passaram a ter o título de Protectores da Universidade, podendo nomear os professores e emitir estatutos.
Universidade de Coimbra:
  • Fundação: 1290
  • Tipo de instituição: Pública
  • Total de Estudantes: 22 000
  • Estudantes de Licenciatura: 18228
  • Estudantes de Pós-Graduação e Mestrados: 551 + 1102
  • Reitor: Magnífico Fernando Jorge Rama Seabra Santos
  • Vice-reitores: Os magníficos Dr. António José Avelãs Nunes, Dra. Cristina Maria Silva Robalo Cordeiro, Dr. António Manuel de Oliveira Gomes Martins e Dr. João Carlos Marques
  • Página oficial: http://www.uc.pt/
O poder real, bastante mais centralizado a partir de D. João II, criava uma dependência da Universidade em relação ao Estado e à Política, pelo que a preponderância dos Estudos Jurídicos se estabeleceu em Portugal. A 27 de Dezembro de 1559, Baltazar de Faria fez a entrega dos Quartos Estatutos, nos quais se determinou que o reitor fosse eleito pelo Claustro, disposição nem sempre cumprida pelo poder régio. Nesse mesmo ano, a 1 de Novembro, tinha sido solenemente aberta a Universidade de Évora, entregue aos Jesuítas.
Em 1836 dá-se a fusão da Faculdade de Cânones e de Leis na Faculdade de Direito, e que veio a contribuir fortemente para a construção do novo aparelho legal liberalista. Em 1911, a Universidade recebe novos estatutos com o objectivo de criar uma certa autonomia administrativa e financeira e criava também um sistema de bolsas para fazer aumentar o número de alunos no ensino superior. Foi criada a Faculdade de Letras, que herdou as instalações da extinta Faculdade de Teologia, enquanto as Faculdades de Matemática e de Filosofia, criadas na Reforma Pombalina, foram convertidas na Faculdade de Ciências. Com o 25 de Abril de 1974, inicia-se um novo período da vida portuguesa e universitária, que foi alvo de várias reformas para acompanhar a nova dinâmico política. Em 1989 são publicados os estatutos que estão actualmente em vigor.

Durante os seus mais de sete séculos de existência, a Universidade foi crescendo, primeiro por toda a Alta de Coimbra e depois um pouco por toda a cidade, encontrando-se actualmente ligada a gestação da ciência e da tecnologia e difusão da cultura portuguesa no mundo.

Continuando a manter o renome de outros tempos, é indiscutível a qualidade do ensino em Coimbra. No que toca, por exemplo à Faculdade de Direito, é de notar o relatório de avaliação externa das faculdades de Direito Portuguesas, tendo Coimbra ficado no mais alto lugar do pódio no que toca ao ensino das leis.
Hoje, a Universidade de Coimbra, conta com oito Faculdades, cujas são as de Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologia, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências da Educação, Ciências do Desporto e Educação Física.

domingo, fevereiro 27

ONOFRE PIRES - 27 Fevereiro

Onofre Pires


Onofre Pires da Silveira Canto (Porto Alegre, 25 de setembro de 1799Santana do Livramento, 3 de março de 1844) foi um militar brasileiro, um dos líderes da Revolução Farroupilha.
Combateu com o Regimento de Cavalaria de Milícias de Porto Alegre pela integridade do Rio Grande do Sul, nas guerras contra Artigas, em 1816 e 1821, e pela do Brasil, na Guerra Cisplatina (1825 - 1828).
Na Revolução Farroupilha foi dos mais ativos e atuantes coronéis.

Coube a ele comandar as forças que deram inicio à Revolução Farroupilha na noite de 19 de setembro de 1835, no vitorioso encontro da Ponte da Azenha, que criou condições para a conquista de Porto Alegre em 20 de setembro de 1835, com a entrada nela do líder politico-militar da revolução, e seu primo, o coronel Bento Gonçalves.

Em 22 de abril de 1836, num dos episódios mais negros de sua biografia, Onofre Pires derrota em Mostardas os legalistas comandados pelo capitão Francisco Pinto Bandeira, porém ordena o fuzilamento de todos prisioneiros.

Em outubro de 1836, Onofre Pires foi preso na Batalha do Fanfa, junto com Bento Gonçalves. Foi levado como prisioneiro ao Rio de Janeiro, preso no forte de Santa Cruz, fugiu um ano depois em companhia do capitão José de Almeida Corte Real.

Em 1844, desgastados por tanto tempo de guerra, Bento e Onofre entraram em linha de colisão. A partir daí, Onofre Pires falava abertamente no seio da tropa tudo o que sentia em relação ao primo.

Bento, em carta, pediu que Onofre confirmasse ou não, por escrito, as acusações ofensivas à sua honra feitas em presença de terceiros. Onofre logo respondeu confirmando, abrindo mão de suas imunidades parlamentares e colocando-se à disposição de Bento para um duelo, hipótese desejada por Onofre Pires, que levava grande vantagem por seu porte atlético e por ter dez anos de idade a menos do que Bento (44 contra 54 anos). Bento Gonçalves procurou Onofre Pires e o desafiou para o duelo, que aconteceu no dia 27 de fevereiro de 1844, nas margens do rio Sarandi, em Santana do Livramento. Onofre foi atingido no antebraço direito, fato que interrompeu o duelo.

Onofre Pires morreu quatro dias depois, em conseqüência de gangrena, e um ano antes do término da Revolução.


Fonte - Enciclopedia livre