o mar do poeta

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sábado, agosto 28

GANESHA - DEUSA HINDU



No hinduísmo, Ganexa ou Ganesha (sânscrito: गणेश ou श्रीगणेश (quando usado para distinguir status de Senhor) (ou "senhor dos obstáculos," seu nome é também escrito como Ganesa ou Ganesh e algumas vezes referido como Ganapati) é uma das mais conhecidas e veneradas representações de deus. Ele é o primeiro filho de Shiva e Parvati, e o esposo de Buddhi (também chamada Riddhi) e Siddhi. Ele é chamado também de Vinayaka em Kannada, Malayalam e Marathi, Vinayagar e Pillayar (em tâmil), e Vinayakudu em Telugu.


'Ga' simboliza Buddhi (intelecto) e 'Na' simboliza Vijnana (sabedoria). Ganesha é então considerado o mestre do intelecto e da sabedoria. Ele é representado como uma divindade amarela ou vermelha, com uma grande barriga, quatro braços e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato. É habitualmente representado sentado, com uma perna levantada e curvada por cima da outra. Em geral, antepõe-se ao seu nome o título Hindu de respeito 'Shri' ou Sri.


Ganesha é o símbolo das soluções lógicas e deve ser interpretado como tal. Seu corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante; ao mesmo tempo, seu transporte (vahana) é um rato. Desta forma Ganesha representa uma solução lógica para os problemas, ou "Destruidor de Obstáculos". Sua consorte é Buddhi (um sinônimo de mente) e ele é adorado junto de Lakshmi (a deusa da abundância) pelos mercadores e homens de negócio. A razão sendo a solução lógica para os problemas e a prosperidade são inseparáveis.
O culto de Ganesha é amplamente difundido, mesmo fora da Índia. Seus devotos são chamados Ganapatyas.



O Senhor cuja forma é Om


Ganesha é também definido como Omkara ou Aumkara, que significa "tendo a forma de Om (ou Aum) (veja a seção Os nomes de Ganesha). De fato, a forma do seu corpo é uma cópia do traçado da letra Devanagari que indica este grande Bija Mantra. Por causa disso, Ganesha é considerado a encarnação corporal do Cosmos inteiro, Ele que está na base de todo o mundo fenomenal (Vishvadhara,Jagadoddhara). Além disso, na língua tâmil, a sílaba sagrada é indicada precisamente por uma letra que relembra o formato da cabeça de Ganesha









Iconografia


Assim como acontece com todas as outras formas externas nas quais o Hinduísmo representa deus, no sentido da aparência pessoal de Brahman (também chamada de Ishvara, o Senhor), a figura de Ganesha é também um arquétipo cheio de múltiplos sentidos e simbolismo que expressa um estado de perfeição assim como os meios de obtê-la. Ganesha, de facto, é o símbolo daquele que descobriu a Divindade dentro de si mesmo.


Ganesha é o som primordial, OM, do qual todos os hinos nasceram. Quando Shakti (Energia) e Shiva (Matéria) se encontram, ambos o Som (Ganesha) e a Luz (Skanda) nascem. Ele representa o perfeito equilíbrio entre força e bondade, poder e beleza. Ele também simboliza as capacidades discriminativas que provê a habilidade de perceber a distinção entre verdade e ilusão, o real e o irreal.


Uma descrição de todas as características e atributos de Ganesha podem ser encontradas no Ganapati Upanishad (um Upanishad dedicado a Ganesha) do rishi Atharva, no qual Ganesha é identificado com Brahman e Atman. Este Hino Védico também contém um dos mais famosos mantras associados com esta divindade: Om Gam Ganapataye Namah (literalmente: "eu Te saúdo, Senhor das tropas").


Nos Vedas pode-se encontrar uma das mais importantes e comuns orações a Ganesha, na parte que constitui o início do Ganapati Prarthana:
Om ganaman tva ganapatigm havamahe kavim kavinamupamashravastanam
jyestharajam brahmanam brahmanaspata a nah shrunvannutibhih sida sadanam
(Rig Veda 2.23.1)


De acordo às estritas regras da iconografia Hindu, as figuras de Ganesha com somente duas mãos são tabu. Por isso, as figuras de Ganesha são vistas habitualmente com quatro mãos que significam sua divindade. Algumas figuras podem ter seis, outras oito, algumas dez, algumas doze e outras catorze mãos, cada uma carregando um símbolo que difere dos símbolos nas outras mãos, havendo aproximadamente cinquenta e sete símbolos no total, segundo alguns estudiosos.
A imagem de Ganesha é composta de quatro animais, homem, elefante, serpente e o rato. Eles contribuem para formar a imagem. Todos eles individualmente e coletivamente tem profunda significância simbólica.




O deus da boa fortuna


Em termos gerais, Ganesha é uma divindade muito amada e frequentemente invocada, já que é o Deus da Boa Fortuna quem proporciona prosperidade e fortuna e também o Destruidor de Obstáculos de ordem material ou espiritual.


É por este motivo que sua graça é invocada antes de iniciar qualquer tarefa (por exemplo, viajar, prestar uma prova, realizar um assunto de negócios, uma entrevista de trabalho, realizar uma cerimônia) com Mantras como: Aum Shri Ganeshaya Namah (salve o nome de ganesha), ou similares. É também por esse motivo, que tradicionalmente, todas as sessões de bhajan (cântico devocional) iniciam com uma invocação de Ganesha, o Senhor dos "bons inícios". Por toda a Índia de cultura hindu, o Senhor Ganesha é o primeiro ídolo colocado em qualquer nova casa ou templo.
Além disso, Ganesha é associado com o primeiro chakra, que representa o instinto de conservação e sobrevivência e de procriação. O nome desse chakra é muladhara.




Ganesha montado em seu rato. Note as flores oferecidas pelos devotos. Uma escultura do Templo de Vaidyeshwara em Talakkadu, Karnataka, Índia



De acordo com uma interpretação, o divino veículo de Ganesha, o rato ou mushika representa sabedoria, talento e inteligência. Ele simboliza investigação diminuta de um assunto difícil. Um rato vive uma vida clandestina nos esgotos. Então ele é também um símbolo da ignorância que é dominante nas trevas e que teme a luz do conhecimento. Como veículo do Senhor Ganesha, o rato nos ensina a estar sempre alerta e iluminar nosso eu interior com a luz do conhecimento.
Ambos Ganesha e Mushika amam modaka, um doce que é tradicionalmente oferecido para os dois durante cerimônias de adoração.


O Mushika é normalmente representado como sendo muito pequeno em relação a Ganesha, em contraste para as representações dos veículos das outras divindades. Porém, já foi tradicional na arte Maharashtriana representar Mushika como um rato muito grande, e Ganesha estando montado nele como se fosse um cavalo.


Outra interpretação diz que o rato (Mushika ou Akhu) representa o ego, a mente com todos os seus desejos, e o orgulho da individualidade. Ganesha, guiando sobre o rato, se torna o mestre (e não o escravo) dessas tendências, indicando o poder que o intelecto e as faculdades discriminatórias têm sobre a mente. O rato (extremamente voraz por natureza) é habitualmente representado próximo a uma bandeja de doces com seus olhos virados em direção de Ganesha, enquanto ele segura um punhado de comida entre suas patas, como se esperando uma ordem de Ganesha.


Isto representa a mente que foi completamente subordinada à faculdade superior do intelecto, a mente sob estrita supervisão, que olha fixamente para Ganesha e não se aproxima da comida sem sua permissão.







Atributos Corporais



Cada elemento do corpo de Ganesha tem seu próprio valor e seu próprio significado:



A cabeça de elefante indica fidelidade, inteligência e poder discriminatório;


O fato dele ter apenas uma única presa (a outra estando quebrada) indica a habilidade de Ganesha de superar todas as formas de dualismo;


As orelhas abertas denotam sabedoria, habilidade de escutar pessoas que procuram ajuda e para refletir verdades espirituais. Elas simbolizam a importância de escutar para poder assimilar idéias. Orelhas são usadas para ganhar conhecimento. As grandes orelhas indicam que quando Deus é conhecido, todo conhecimento também é;


A tromba curvada indica as potencialidades intelectuais que se manifestam na faculdade de discriminação entre o real e o irreal;


Na testa, o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente) é desenhado, simbolizando o tempo (passado, presente e futuro) e a superioridade de Ganesha sobre ele;


A barriga de Ganesha contém infinitos universos. Ela simboliza a benevolência da natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo e proteger o mundo;


A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) indica a importância da vivência e participação no mundo material assim como no mundo espiritual, a habilidade de viver no mundo sem ser do mundo.


Os quatro braços de Ganesha representam os quatro atributos do corpo sutil, que são: mente (Manas), intelecto (Buddhi), ego (Ahamkara), e consciência condicionada (Chitta). O Senhor Ganesha representa a pura consciência - o Atman - que permite que estes quatro atributos funcionem em nós;


A mão segurando uma machadinha, é um símbolo da restrição de todos os desejos, que trazem dor e sofrimento. Com esta machadinha Ganesha pode repelir e destruir os obstáculos. A machadinha é também para levar o homem para o caminho da verdade e da retidão;


A segunda mão segura um chicote, símbolo da força que leva o devoto para a eterna beatitude de Deus. O chicote nos fala que os apegos mundanos e desejos devem ser deixados de lado;


A terceira mão, que está em direção ao devoto, está em uma pose de bênçãos, refúgio e proteção (abhaya);


A quarta mão segura uma flor de lótus (padma), e ela simboliza o mais alto objetivo da evolução humana, a realização do seu verdadeiro eu.






Casado ou Celibatário?


É interessante notar como, de acordo com a tradição, Ganesha foi gerado por sua mãe Parvati sem a intervenção de Shiva, seu marido. Shiva, de fato, sendo eterno (Sadashiva), não sentia nenhuma necessidade de ter filhos. Consequentemente, o relacionamento entre Ganesha e sua mãe é único e especial.


Essa devoção é o motivo pelo qual as tradições do sul da Índia o representam como celibatário (veja o conto Devoção por sua mãe). É dito que Ganesha, acreditando ser sua mãe a mais bela e perfeita mulher no universo, exclamou: "Traga-me uma mulher tão bonita quanto minha mãe e eu me casarei com ela".


No Norte da Índia, por outro lado, Ganesha é freqüentemente representado como casado com as duas filhas de Brahma: Buddhi (intelecto) e Siddhi (poder espiritual). Popularmente no norte da Índia Ganesha é representado acompanhado por Sarasvati (deusa da cultura e da arte) e Lakshmi (deusa da sorte e prosperidade), simbolizando que essas características sempre acompanham aquele que descobre sua própria divindade interior. Simbolicamente isso representa o fato de que a abundância, prosperidade e sucesso acompanham aqueles que possuem as qualidades da sabedoria, prudência, paciência, etc. que Ganesha simboliza.






Como ele obteve sua cabeça de elefante?


A mitologia altamente articulada do Hinduísmo apresenta muitas histórias na qual é explicada a maneira que Ganesha obteve sua cabeça de elefante; freqüentemente a origem desse atributo particular é encontrado nas mesmas histórias que narram seu nascimento. E muitas dessas mesmas histórias revelam as origens da enorme popularidade do culto a Ganesha.




Popularidade de Ganesha


Ganesha possui duas Siddhis (simbolicamente representadas como esposas ou consortes): Siddhi (sucesso) e Riddhi (prosperidade). É amplamente acreditado que "onde quer que esteja Ganesh, lá existe Sucesso e Prosperidade" e "onde quer que haja Sucesso e Prosperidade, lá está Ganesh".


É por isso que Ganesha é considerado como aquele que traz boa sorte, e a razão pela qual ele é invocado primeiro antes de qualquer ritual ou cerimônia. Seja ela o Diwali Puja, ou uma nova casa, novo transporte, antes de uma prova estudantil, antes de entrevistas para emprego, é para Ganesha que se ora, porque acredita-se que ele irá vir para ajudar e garantir sucesso em qualquer empreitada.


Ganesha é venerado como Vinayak (culto) e Vighneshvar (removedor de obstáculos). Acredita-se que ele abençoa aqueles que meditam sobre ele. Ganesha, na astrologia, ajuda as pessoas a saber o que pode ser alcançado e o que não pode.



Assim como outras Murtis hindus (ou deuses e deusas), Ganesh tem muitos outros títulos de respeito ou nomes simbólicos, e é frequentemente venerado através do canto dos sahasranama, ou mil nomes. Cada um é diferente e carrega um sentido diferente, representando um aspecto diferente do deus em questão. Quase todos os deuses Hindus têm uma ou duas versões aceitas de suas próprias liturgias dos mil nomes (sahasranam).



Alguns dos outros nomes de Ganesha são:


· Ameya (Sânscrito: अमेय), sem limites (em Marathi)
· Anangapujita (Sânscrito: आनंगपूजीता), O Sem-Forma, ou Sem-corpo
· Aumkara (Sânscrito: ॐ कार), com o corpo na forma do Aum
· Balachandra (Sânscrito: बालचंदृ), aquele que carrega a lua em sua cabeça
· Chintamani (Sânscrito:????), aquele que retira as preocupações
· Dhumraketu (Sânscrito: धुम्रकेतू), ou Ardente
· Gajakarna (Sânscrito: गजकर्ण), aquele com orelhas de elefante
· Gajanana (Sânscrito: गजानन्), aquele que possui a face de um elefante
· Gajavadana, aquele que tem a cabeça de elefante
· Ganadhyaksha (Sânscrito: गणध्यक्शमा), o líder das massas
· Ganapati (Sânscrito: गणपती), Condutor dos Ganas, uma raça de seres anões do exército de Shiva
· Gananatha, Senhor dos Ganas
· Gananayaka, Senhor de todos os seres
· Ekadanta (Sânscrito: एकदंत), Com somente uma presa
· Kapila (Sânscrito: कपिल), o nome de uma vaca celestial. Ganesha representa as características de "doação" que simboliza a vaca, por isso o nome.
· Lambodara (Sânscrito: लंबोदर), de grande barriga
· Mushika Vahana, Aquele que conduz o rato
· Pillaiyar, tâmil para "Filho Nobre"
· Shupakarna, Grandes e Auspiciosas orelhas
· Sumukh (Sânscrito: सुमूख), aquele que tem uma bela face: Ganesha é dito possuir todas as qualidades da Lua, que também é chamado o Deus da beleza, e por isso ele é conhecido como Sumukh.
· Vakratunda (Sânscrito: वक्रतुंड), Tromba curvada
· Vighnaharta (Sânscrito: विघ्नहर्त), Removedor de obstáculos
· Vighna Vinashaka, remover of obstacles
· Vighnesh ou Vighneshvara (Sânscrito: विग्णेशवर), controlador dos obstáculos (Vighna = obstáculos, eeshwara=senhor)
· Vikat (Sânscrito: विकट), o feroz
· Vinayaka, (Sânscrito विनायक), um líder distinto (Vi significa vishesha Especial e nayaka da raiz ni liderar, por isso, Líder
· Vishvadhara ou Jagadoddhara, Aquele que mantém o universo
· Vishvanata ou Jagannatha, Senhor do Universo


Outra murti muito amada é a Bala Gajanana ou Bala Ganesha (literalmente, pequeno Ganesha ou bebê Ganesha), na qual um Ganesha bem jovem com uma pequena tromba e grandes olhos é representado nos braços de seus Pais Divinos, ou enquanto ele docemente abraça o Lingam, o símbolo de Shiva.


Os doze nomes de Ganesha


O Ganesha Purâna, um importante texto dos Gânapatyas, nos dá uma lista dos doze principais nomes do deus-elefante. Esses nomes devem ser pronunciados antes de qualquer ritual. Eles são o seguinte:



1. Sumukha : "O Senhor cheio de graça"
2. Ekadanta : "O Senhor que só possui uma presa"
3. Kapila : "O Senhor de cor fulva"
4. Gajakarna : "O Senhor com orelhas de elefante"
5. Lambodara : "O Senhor com uma barriga proeminente"
6. Vikata : "O Deformado"
7. Vighnanâsaka : "O Senhor destruidor dos obstáculos"
8. Ganâdhipa : "O Senhor protetor do Gana"
9. Dhûmraketu : "O Senhor de cor esfumaçada" com dois braços cavalgando um cavalo azul, o Governante da Kali Yuga
10.Ganâdhyaksha : "O Ministro dos Gana"
11.Bhâlachandra : "O Senhor que usa a lua crescente em sua cabeça"
12.Gajânana : "O Sennhor com uma face de elefante".



Além desses, existem mais nomes que constituem os 21 nomes de Ganesha, utilizados durante o Puja. Oferenda de flores e arroz acompanham os 21 nomes de Ganesha(eka vishanti nama).



· Vighnarâja : "O Rei dos obstáculos"
· Gajânana : "O Senhor que possui face de elefante"
· Lambodara : "O Senhor com uma barriga proeminente"
· Shivatmaja : "O Filho de Shiva"
· Vakratunda : "O Senhor de tromba torcida"
· Supakarna
· Ganeshvara : "O Senhor do Gana"
· Vighnanashin : "O Destruidor de Obstáculos"
· Vikata : "O Deformado"
· Vamana : "O Anão"
· Sarvadeva
· Sarvadukhavinâshi
· Vighnarhartr : "O Senhor que cancela os obstáculos"
· Dhûmrâja
· Sarvadevâdhideva
· Ekadanta : "O Senhor que tem apenas uma presa"
· Krishnapingala : "O Senhor Azul e Escuro"
· Bhâlachandra : "O Senhor que carrega a lua crescente na cabeça"
· Gananâtha : "O comandante supremo do Gana"
· Shankarasunav: "O filho de Shankara"
· Anangapujita : "O Senhor sem forma"







sexta-feira, agosto 27

TARZAN - NASCEU A 27 DE AGOSTO DE 1912


Edgar Rice Burroughs (Chicago, 1 de setembro de 1875Encino, 19 de Março de 1950) foi um escritor norte-americano, conhecido pela criação da personagem Tarzan.

Edgar Rice Burroughs nasceu no ano de 1875 em Chicago, nos EUA. Foi o criador de Tarzan e de
John Carter, herói da guerra civil americana que foi abduzido por marcianos verdes, salvou uma princesa inimiga e se meteu na guerra civil marciana. A série de ficção cientifica foi escrita inicialmente como contos, iniciados em 1912, e depois se transformaria numa coleção de 11 livros. Ele também foi jornalista antes de se tornar escritor. Ao morrer, em 1950, Burroughs foi enterrado numa pequena cidade do estado da Califórnia chamada Tarzana.



Tarzan dos Macacos (1912) (Project Gutenberg)
O Regresso de Tarzan (1913) (Project Gutenberg)
As Feras de Tarzan (1914) (Project Gutenberg)
O Filho de Tarzan (1914) (Project Gutenberg)
O Tesouro de Tarzan (1916) (Project Gutenberg)
Contos de Tarzan (1916, 1917) (Project Gutenberg)
Tarzan o destemido (1919, 1921) (Project Gutenberg)
Tarzan o Terrivel (1921) (Project Gutenberg)
Tarzan e o Leão de Ouro (1922, 1923)
Tarzan e os Homens-Formiga (1924)
Tarzan, O Rei da Floresta (1927, 1928)
Tarzan e a Cidade Perdida (1928)
Tarzan no centro da terra (1929)
Tarzan o Invencivel (1930. 1931)
Tarzan Triunfante (1931)
Tarzan e a cidade de Ouro (1932)
Tarzan e o Homem Leão (1933, 1934)
Tarzan e o Homem Leopardo (1935)
Tarzan's Quest (1935, 1936)
Tarzan e a Cidade Proibida (1938)
Tarzan the Magnificent (1936, 1937)
Tarzan and the Foreign Legion (1947)
Tarzan and the Madman (1964)
Tarzan and the Castaways (1940, 1941, 1965)
Para crianças e adolescentes
Tarzan and the Tarzan Twins (1927, 1936, 1963)



Tarzan é um personagem de ficção criado pelo escritor americano Edgar Rice Burroughs no romance Tarzan of the Apes, lançado a 27 de Agosto de 1912. O personagem apareceu em mais vinte e quatro livros e em diversos contos avulsos. Outros escritores também escreveram obras com o herói: Barton Werper, Fritz Leiber, Philip José Farmer etc.

Tarzan é filho de ingleses, porém foi criado por macacos "mangani" na África, depois da morte de seus pais. Seu verdadeiro nome é John Clayton III, Lorde Greystoke. Tarzan é o nome dado a ele pelos macacos e significa "Pele Branca". É uma adaptação moderna da tradição mitológico-literária de heróis criados por animais. Uma destas histórias é a de Rômulo e Remo, que foram criados por lobos e posteriormente fundaram Roma.

CONFÚCIO



Confúcio (em chinês: 孔子, pinyin: Kǒngzǐ; Tsou, 551 a.C. - Qufu, 479 a.C.) é o nome latino do pensador chinês Kung-Fu-Tse (chinês: 孔夫子; pinyin: Kǒng Fūzǐ, literalmente "Mestre Kong"). Foi a figura histórica mais conhecida na China como mestre, filósofo e teórico político. Sua doutrina, o confucionismo, teve forte influência não apenas sobre a China mas também sobre toda a Ásia oriental.

Conhece-se muito pouco da sua vida. Parece que os seus antepassados foram de linhagem nobre, mas o filósofo e moralista viveu pobre, e desde a infância teve de ser mestre de si mesmo. Na sua época, a China estava praticamente dividida em reinos feudais cujos senhores dependiam muito pouco do rei.

Sua filosofia enfatizava a moralidade pessoal e governamental, a exatidão nas relações sociais, a justiça e a sinceridade. Estes valores ganharam destaque na China sobre outras doutrinas, como o Legalismo (法家) ou o Taoísmo (道家) durante a Dinastia Han (206 a.C. - 220 d.C.). O confucionismo foi introduzido na Europa pelo jesuíta italiano Matteo Ricci, que foi o primeiro a latinizar o nome como "Confúcio".


Nascimento e juventude

Confúcio, também conhecido como K'ung Ch'iu, K'ung Chung-ni ou Confucius, nasceu em meados do século VI (551 a.C.), em Tsou, uma pequena cidade no estado de Lu, hoje Shantung. Segundo algumas fontes antigas, teria nascido em 552 a.C. (ou seja, no vigésimo primeiro ano do duque Hsiang). Esse estado é denominado de "terra santa" pelos chineses. Confúcio estava longe de se originar de uma família abastada, embora seja dito que ele tinha ascendência aristocrática. Seu pai, Shu-Liang He, antes magistrado e guerreiro de certa fama, tinha setenta anos quando se casou com a mãe de Confúcio, uma jovem de quinze anos chamada Yen Cheng Tsai, que diziam ser descendente de Po Chi'in, o filho mais velho do Duque de Chou, cujo sobrenome era Chi.

Dos onze filhos, Confúcio era o mais novo. Seu pai morreu quando ele tinha três anos de idade, o que o obrigou a trabalhar desde muito jovem para ajudar no sustento da família. Aos quinze anos, resolveu dedicar suas energias em busca do aprendizado. Em vários estágios de sua vida empregou suas habilidades como pastor, vaqueiro, funcionário e guarda-livros. Aos dezenove anos se casou com uma jovem chamada Chi-Kuan. Apesar de se divorciar alguns anos depois, Confúcio teve um filho, K'ung Li.


Confúcio viajou por diversos destes reinos, esteve em íntimo contato com o povo e pregou a necessidade de uma mudança total do sistema de governo por outro que se destinasse a assegurar o bem-estar dos súditos, pondo em prática processos tão simples como a diminuição de contribuições e o abrandamento das penalidades. Embora tentasse ocupar um alto cargo administrativo que lhe permitisse desenvolver as suas ideias na prática, nunca o conseguiu, pois tais ideias eram consideradas muito perigosas pelos governantes. Aquilo que ele não pôde fazer pessoalmente acabaram fazendo-o alguns dos seus discípulos, que, graças à boa preparação por ele ministrada, se guindaram, dia após dia, aos cargos mais elevados. Já idoso, retirou-se para a sua terra natal, onde morreu com 72 anos.

Confúcio é biograficamente, segundo o historiador chinês Sima Qian (século II a.C.), uma representação típica do herói chinês. Ele era alto, forte, enxergava longe, tinha uma barriga cheia de Chi, usava longa barba, símbolo de sabedoria, mas se vestia bem e era simples. Era também de um comportamento exemplar, demonstrando sua doutrina nos seus atos. Pescava com anzol, dando opção aos peixes, e caçava com um arco pequeno, para que os animais pudessem fugir. Comia sem falar, era direto, franco, acreditava ser um representante do céu.




Ideias

A sua ideologia de organização da sociedade procurava também recuperar os valores antigos, perdidos pelos homens de sua época. No entanto, em sua busca pelo
Tao, ele usava uma abordagem diferente da noção de desprendimento proposta pelos taoístas. A sua teoria baseava-se num critério mais realístico, onde a prática do comportamento ritual daria uma possibilidade real aos praticantes de sua doutrina de viverem em harmonia.

Apesar das ideias de conformismo que possam ser atribuídas a esse pensamento, elas são erróneas. Confúcio não pregava a aceitação plena de um papel definido para os elementos da sociedade, mas sim que cada um cumprisse com seu dever de forma correta. Já o condicionamento dos hábitos serviria para temperar os espíritos e evitar os excessos. Logo, a sua doutrina apregoava a criação de uma sociedade capaz, culturalmente instruída e disposta ao bem estar comum. A sua escola foi sistematizada nos seguintes princípios:

Ren, humanidade ( altruísmo);

Li, ou cortesia ritual;

Zhi, conhecimento ou sabedoria moral;

Zhing, fidelidade;

Yi, justiça, retidão, honradez.


Cada um desses princípios ligar-se-ia às características que para ele se encontravam ausentes ou decadentes na sociedade.
Confúcio não procurou uma distinção aprofundada sobre a natureza humana, mas parece ter acreditado sempre no valor da
educação para condiciona-la. Sua bibliografia consta de três livros básicos, sendo que os dois últimos são atribuídos aos seus discípulos:

Lun yu (Diálogos, Analectos), no qual se encontra a síntese de sua doutrina.

Dà Xué (大学) (Grande Ensinamento) e

Zhong Yong (Jung Yung), ou a "Doutrina do Meio".

Após sua morte, Confúcio recebeu o título de "Lorde Propagador da Cultura Sábio Supremo e Grande Realizador" (大成至聖文宣王), nome que se encontra registado em seu túmulo.

Discípulos e legado

Discípulos de Confúcio e seu único neto,
Zisi, continuaram a sua escola filosófica após sua morte. Estes esforços espalharam os ideais de Confúcio para os estudantes que depois se tornaram funcionários em muitas dos cortes reais da China, dando assim ao Confucionismo o primeiro teste em grande escala de seu dogma.
Apesar de confiar fortemente no sistema ético-político de Confúcio, dois de seus mais famosos seguidores enfatizaram aspectos radicalmente diferentes de seus ensinamentos. Mêncio (século 4 a.C.) articulou a bondade inata no ser humano como uma fonte das intuições éticas que guiam as pessoas para rén, yì, e lǐ, enquanto Xun Zi (século III d.C.) ressaltou os aspectos realista e materialista do pensamento de Confúcio, salientando que a moralidade foi incutida na sociedade através da tradição e nos indivíduos, através da formação.


Este realinhamento no pensamento de Confúcio foi paralelo ao desenvolvimento de Legalismo, que viu a piedade filial como auto-interesse e não como um instrumento útil para um governante criar um Estado eficiente. A divergência entre estas duas filosofias políticas veio à tona em 223 a.C., quando o estado de Qin conquistou toda a China.
Li Ssu, o primeiro-ministro da Dinastia Qin convenceu Qin Shi Huang a abandonar as recomendações confucionistas de distribuir feudos a parentes, voltando ao sistema anterior da Dinastia Zhou, que ele via como contrário à ideia legalista de centralização do Estado em torno do governante. Quando os conselheiros de Confúcio defenderam sua posição, Li Ssu executou muitos estudiosos confucionistas e seus livros foram queimados, o que foi considerado um duro golpe para a filosofia e a sabedoria chinesas.




Fotografia do túmulo de Confúcio em Qufu, Província de Shandong, China.
DITOS DE CONFÚCIO:
  • "ATINGIDO POR UMA ONDA DE CALÚNIAS E INSULTOS, FICA IMPERTURBÁVEL; PODE-SE DIZER QUE É UMA PESSOA LÚCIDA".
"SEM PRINCÍPIOS COMUNS, NÃO VALE A PENA DISCUTIR".
  • "A PESSOA SÁBIA NÃO TEM ILUSÕES, A PESSOA QUE PRATICA O BEM NÃO VIVE NA ANSIEDADE, A PESSOA CORAJOSA NÃO TEM RECEIOS".

AQUI TAILÂNDIA: OS CONFRADES DO BACALHAU, DE BANGUECOQUE, EM MAIS UMA BACALHOADA.#links

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TV CABO MACAU, S.A. - A POLÉMICA CONTINUA

Não fui eu que levantei o problema da Tv cabo Macau, pois esse assunto tem dado mangas para camisas, nos medias de Macau e não só.
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Os interesses da PT estendiam-se também à TV Cabo Macau, uma empresa fortemente deficitária e que em apenas cinco anos acumulou mais de 15 milhões de euros de prejuízos. A participação de 87,5% na operadora de televisão foi alienada já este ano. Além da TV Cabo, a PT está a ultimar a venda de 6,67% da empresa Cosmos e dos 22,22% da Telesat. Depois dos acordos de alienação, a Portugal Telecom ficará apenas com uma posição maioritária na Directel – Listas Telefónicas e com 28% do capital da CTM.
Artigo publicado a 2 de Fevereiro de 2007, no Diário Económico.
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Os jornais de língua portuguesa que se publicam em Macau, fazem hoje referência ao caso "ANTENEIROS" sem fim à vista.
É um assunto público e de interesse geral da população de Macau.
" O Governo encontra-se a analisar uma contra proposta da TV Cabo, que não terá ficado agradada com as soluções do Executivo para pôr fim ao diferendo entre a concessionária e os anteneiros"
Parte de um artigo publicado, hoje no Jornal Tribuna de Macau.
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Agora direi o seguinte:
a) - antes de ser entregue,de bandeja,a concessão à TV Cabo, já desde 1967 que os anteneiros laboraram em Macau, transmitiam os programas dos canais de TV de Hong-Kong, e nunca houve, por parte daquelas estações emissoras qualquer reclamação.
b) - a recepção do sinal dessas estações de Hong-Kong eram livres e continuam a ser.
c) - acabar com os anteneiros não será coisa fácil, como não será fácil à TV Cabo captar clientes, devido aos preços praticados e pelos péssimos serviços que prestam, e neste capítulo, o poderei afirmar com base, na assinatura que o articulista fez com a TV Cabo, a qual forneceu um recepector velho, e passado dois dias avariou.
d) - contacta a companhia, foi dito ao articulista que o envio do técnico para ver qual era a avaria, teriam que cobrar a quantia de 300 patacas, mas existe muitos outros condicionalismos, é bom saber-se.
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O Conselho de Consumidores organizou um seminário subordinado ao tema “Serviço dos anteneiros” no passado dia 19 de Maio, tendo convidado deputados da Assembleia Legislativa de Macau, representantes da Direcção dos Serviços de Regulação das Telecomunicações, diversas associações cívicas, etc., e o Sr.Craig Norris, que falou sobre a situação dos anteneiros em Hong Kong.

O Sr. Craig Norris disse que em Hong Kong adopta a política de “céu aberto”, em que todos podem receber programas via satélite nos televisores através dos sistemas TVRO ou SMATV, que oferecem mais de 200 programas televisivos de graça. Um conselho do Sr. Norris aMacau: Escolha um princípio directivo com sabedoria: Opte por um que tenha maior aceitação e que a maioria obtenha benefícios. Os direitos dos cidadãos e as necessidades da população em geral estão acima de quaisquer direitos comerciais.
Continuando disse ainda que os anteneiros de Macau têm vindo, por décadas, a oferecer serviços de emissão televisiva aos residentes sem que o Governo de Macau tenha interferido no assunto, o que quer dizer que tàcitamente o Governo permitia esta situação.
Maio de 2008 - Conselho dos Consumidores

ANÓNIMOS SÃO ASSIM - UNS URSOS ENCAPOTADOS


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "TV CABO MACAU, S.A. Ia. Parte":


Vê o que escrevi sobre ti noutro blogue, urso analfabeto.


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Através desta minhas parcas letras, quero agradecer a gentileza, do anónimo, que se deu ao trabalho de me informar que escreveu algo sobre mim, noutro blogue, qual, não chegou a mencionar, mas de qualquer das formas, Urso não sou, e analfabeto muito menos, pelo que endereço a esse anónimo, de meia tigela, os mesmos adjectivos.
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Message-ID: <1282899261766.94f3d478-d923-49e7-ad76-8ae46b2c9a5d@google.com>Subject: =?UTF-8?Q?[O_MAR_DO_POETA]_Novo_coment=C3=A1rio_so?= =?UTF-8?Q?bre_TV_CABO_MACAU,_S.A.__Ia._Parte.?=MIME-Version: 1.0Content-Type: multipart/alternative; boundary="----=_Part_19956_595109284.1282899261768"Return-Path: 3PX13TA8LCn4pqtgrn0-eqoogpvdnqiigt.eqovqkecodgvcjqvockn.eqo@blogger.bounces.google.comX-OriginalArrivalTime: 27 Aug 2010 08:54:22.0494 (UTC) FILETIME=[717AD3E0:01CB45C5]------=_Part_19956_595109284.1282899261768Content-Type: text/plain; charset=UTF-8Content-Transfer-Encoding: quoted-printableAn=C3=B3nimo deixou um novo coment=C3=A1rio na sua mensagem "TV CABO MACAU,= S.A.Ia. Parte":V=C3=AA o que escrevi sobre ti noutro blogue, urso analfabeto.
Este é o endereço do cobarde anónimo.

A POLÉMICA DA TV CABO MACAU S.A.

TV Cabo não vai tolerar mais pirataria

August 26, 2009
by pontofinalmacau

A TV Cabo de Macau diz que não pode continuar a tolerar a violação da lei pelas empresas detentoras de antenas, nem a inércia da Direcção dos Serviços de Regulação das Telecomunicações (DSRT). Por isso, acrescenta, chegou “a hora de agir”.Em comunicado chegado ontem à noite à nossa redacção, a empresa que explora as transmissões de TV Cabo em Macau não explica que medidas vai tomar contra os chamados ‘anteneiros’, ou até contra o próprio governo, mas alinha uma longa lista de críticas contra a DSRT, que acusa de estender “os braços a uma prática ilegal reiterada que já dura há muitos anos”.
O comunicado é particularmente duro com a DSRT, ao lembrar que esta direcção de serviços alegou não ser sua responsabilidade, mas sim dos tribunais, lutar contra as violações dos direitos de autor. Para a TV Cabo, a DSRT não só tem essa responsabilidade, como até já a reconheceu por várias vezes. São, por isso, “alegações graves”, a que a empresa responde com o comunicado que aqui publicamos na íntegra.Recorde-se que este contencioso se arrasta já desde o tempo da Administração Portuguesa, quando foi criada a TV Cabo.
Ao contrário dos anteneiros, que se apropriam ilegalmente dos sinais de televisão difundidos por satélite, a TV Cabo paga avultados direitos de autor, nomeadamente para retransmissão dos jogos de futebol da Liga Inglesa, sentindo-se por isso alvo de concorrência desleal.A empresa tem pressionado o governo para agir contra os anteneiros, mas, invocando o interesse da população (ou seja, dos habitantes que têm acesso a canais do exterior aqui retransmitidos ilegalmente e a baixo custo), a DSRT tem evitado tomar medidas contra esta prática ilegal.Várias estações de televisão estrangeiras, como a CNN e a ESPN, entre outras, fizeram já chegar os seus protestos ao governo de Macau, mas o problema continua por resolver.
Recentemente, quando o executivo se prepara para intervir, os anteneiros ameaçaram suspender a retransmissão dos canais da TDM, o que deixaria uma boa parte da população sem acesso à televisão local.

DSRT VIOLA A LEI E REGULAMENTOS DO CHEFE DO EXECUTIVO

Na sequência do espaço dedicado pelo Jornal Ou Mun à violação continuada da lei e do direito de exclusivo da TV Cabo Macau, a DSRT fez publicar um comunicado na edição de 20 de Agosto de 2009, onde alega não ser responsabilidade da DSRT, mas dos tribunais, lutar contra as violações dos direitos de autor, assegurando que o seu dever é, antes, o de colocar os interesses da população em primeiro lugar. Estas alegações são graves e merecem uma resposta atenta.

Deveres da DSRT. O Regulamento Administrativo n.º 5/2006, aprovado pelo Chefe do Executivo, estabelece que é dever da DSRT “velar pela aplicação” e “fiscalizar o cumprimento do disposto na legislação, regulamentação, licenças, contratos e directivas normativas aplicáveis às actividades de telecomunicações”, devendo apresentar “propostas de punição administrativa decorrente de acto de violação da lei, dos regulamentos, das licenças ou dos contratos, em matéria de actividades de telecomunicações”. Resulta do próprio Contrato de Concessão, aprovado pela RPC através do Grupo de Ligação Conjunta, que lhe cabe salvaguardar a “protecção dos direitos de autor quanto à programação difundida” pela TV Cabo Macau. De resto, em 30 de Abril de 2008, na sequência de queixas de canais internacionais, a própria DSRT escreveu que iria tomar providências no sentido de fazer cessar a actividade ilegal dos anteneiros que violavam os direitos de autor.
Já em 30 de Janeiro de 2008 o Director da DSRT afirmou “Estamos a procurar, e se encontrarmos linhas ilegais temos de as cortar”, referindo que “É esta a posição do Governo” e anunciando: “com certeza que não vamos dar tréguas” aos anteneiros. Ou seja, diferentemente do que sugere no comunicado publicado no Jornal Ou Mun, a DSRT pode e deve assegurar e fiscalizar o cumprimento da lei, designadamente em matéria de direitos de autor e de radiodifusão televisiva, sendo ainda seu dever punir e despoletar procedimentos destinados a punir aqueles que violam os direitos de autor e procedem à radiodifusão ilegal, devendo encerrar a estação emissora ilegal e as respectivas instalações (entre outros, DL n.º 18/83/M e Lei n.º 8/89/M).

Cumprimento da lei e protecção dos interesses da população. A DSRT alega que lhe cabe proteger, em primeiro lugar, os interesses da população. Tal é não só retórico, como não é verdadeiro. Como resulta da Lei Básica, o dever de assegurar a protecção dos interesses da população cabe ao Chefe do Executivo (CE) e à Assembleia Legislativa (AL), através da aprovação de Regulamentos e Leis que definem os direitos e deveres das pessoas e dos órgãos da administração. À DSRT cabe aplicar a lei, não fazer lei. A DSRT protege os interesses da população aplicando a lei aprovada pelo CE e pela AL, não pode substituir-se ao CE e criar direitos não previstos na lei. A DSRT não tem liberdade para decidir contra leis e regulamentos em nome do que o seu Director julga ser o interesse da população. O Governo da RAEM decidiu que era do interesse da população que se respeitassem: 1) os Direitos de Autor; (2) o Contrato de Concessão; e (3) o direito de Radiodifusão Televisiva.
À DSRT cabe fiscalizar o cumprimento da lei, desmantelar os operadores ilegais e despoletar processos punitivos contra aqueles que violam a lei. O que a DSRT tem feito ao longo destes anos é violar a lei, não proteger o interesse da população. Se os interesses da população não se protegem permitindo que roubem supermercados, restaurantes e lojas de roupa, também não se protegem permitindo a difusão ilegal de programas televisivos que só pode retransmitir quem está licenciado para o efeito e tem autorização dos canais internacionais em causa. É assim em Hong Kong, na RPC, no Japão e em qualquer outro país dos mundo. Como escreveu a própria DSRT no Folheto de Divulgação sobre a Retransmissão dos Programas Televisivos por Satélite, de 1 de Outubro de 2005, “Os cidadãos têm direito à recepção de informações, mas têm igualmente que conhecer as respectivas obrigações” e “Alguns canais antes recebidos são possivelmente retransmitidos por fornecedores sem obtenção de autorização do titular dos direitos de autor ou sem os pagamentos devidos”.

Reconhecimento pela DSRT da ilegalidade dos Anteneiros. A DSRT reconheceu diversas vezes a actividade ilegal dos anteneiros, pelo que não tem agora legitimidade para cruzar os braços e nada fazer. Num ofício de 14 de Março de 2008, a DSRT escreve que “A construção e funcionamento das actuais redes particulares de antenas comuns não preenche os requisitos previstos na legislação”, acrescentando que “as empresas de antenas comuns não possuem a qualidade de operadores das actividades de telecomunicações”, pelo que “existe contradição entre os actuais serviços das redes de antenas comuns e os serviços concessionados pelo Contrato de Concessão” da TV Cabo Macau, afirmações estas reafirmadas por ofício de 9 de Maio de 2008, ambos dirigidos pela DSRT à Assembleia Legislativa.
Já no Folheto de Divulgação acima referido a DSRT informa que o Governo “proíbe a recepção e retransmissão em Macau de alguns programas televisivos por satélite sem a obtenção de autorização do titular dos direitos de autor”, medida que “visa salvaguardar os direitos de propriedade intelectual do conteúdo dos respectivos programas”. O próprio Director da DSRT afirmou publicamente, em de 30 de Janeiro de 2008, que “Os residentes não devem apoiar as acções destas empresas”, as companhias de anteneiros.

TV Cabo Macau. A TV Cabo Macau fez investimentos desmedidos para retransmitir em Macau, com qualidade técnica de nível internacional, os melhores canais televisivos do mundo. Ainda assim conseguiu baixar o tarifário. A DSRT tem permitido, de olhos fechados e braços cruzados, que os anteneiros difundam ilegalmente e sem qualidade, canais internacionais, apesar dos protestos constantes destes canais internacionais e da própria Associação de Radiodifusão por Cabo e Satélite da Ásia (CASBAA), sediada em Hong Kong. Na verdade, a DSRT sempre pressionou a TV Cabo Macau para esta não agir contra os anteneiros e tentar obter um acordo que compatibilizasse os interesses (legítimos) da TV Cabo Macau com os interesses (ilegais) dos anteneiros.
A TV Cabo Macau cumpre a lei e luta pelo cumprimento da lei. A DSRT abre a mão e estende os braços a uma prática ilegal reiterada que já dura há muitos anos. Perante estes factos, não é difícil concluir que é a TV Cabo Macau, mais do que a DSRT, quem tem vindo a proteger, com prejuízos patrimoniais avultados, os verdadeiros interesses da população. Chegou, porém, a hora de agir. A TV Cabo Macau não pode continuar a tolerar a inércia da DSRT e a prática dos anteneiros de violação da lei, bem como dos interesses da TV Cabo e da população de Macau.

Macau, 25 de Agosto de 2009
A TV Cabo Macau
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Governo não quer mais sinais televisivos ilegaisAnteneiros vão restabelecer ligação
Apesar de insatisfeitos, os “anteneiros” garantem restabelecer a ligação televisiva que cortaram na terça-feira à noite e que afectou milhares de residentes.
Já o director dos Serviços de Regulação das Telecomunicações (DSRT), Tong Veng Keong, garantiu que as transmissões ilegais não serão desmanteladas mas qualquer novo sinal instalado será desligado. Declarações aos jornalistas no dia em que vários representantes da União Geral das Associações dos Moradores de Macau entregaram uma carta exigindo o restabelecimento do sinal televisivo.
Não indicando os números de edifícios que ficaram sem sinal televisivo, Tong Veng Keong afirmou que as reclamações já tinham sido encaminhadas à TV Cabo de forma a que esta proceda à “ligação dos sinais nos edifícios de moradores afectados”.O problema que opõe há anos os “anteneiros” – ou empresas de antena comum ilegal - à TV Cabo resulta do contrato de exclusividade assinado entre a TV Cabo e o Governo e que termina em 2014. “Em Macau, quando alguém instala uma rede de telecomunicações para o público, tem de ter autorização do Governo”, disse o dirigente. Se for “instalada uma linha sem autorização pública deve ser desligada”, afirmou ainda.
Não tem soluções concretas para o conflito, mas referiu que a “situação actual deverá ser mantida” pelo menos até 2014 – data de fim do contrato de concessão da TV Cabo.Um factor que poderá ser importante para a resolução do conflito passa por o novo accionista maioritário da TV Cabo ter pertencido anteriormente a uma companhia de antenas. “É uma boa oportunidade para resolver o problema”, declarou. Assim, a posição adoptada pela DSRT é a de “manter a situação existente”, não inserindo “outros sinais”, incluindo o sinal da TV Digital de Hong Kong, nas antenas públicas existentes. “Teremos de retirar qualquer instalação nova da rede efectuada sem autorização”, explicou.
Na sequência da reunião realizada ontem com a DSRT, os anteneiros não se mostraram muito contentes, depois de o Governo ter afirmado que serão desmantelados quaisquer novas instalações de fibra óptica ou de cabos que visam transmitir a TV Digital de Hong Kong. Mas concordaram que iriam restabelecer a ligação, não sem antes terem afirmado que não existe um verdadeiro contrato de exclusividade a partir do momento em que o Governo pede aos anteneiros que restabeleçam o sinal.Vários organismos e vozes representativas da sociedade já se manifestaram contra a atitude tomada pelos “anteneiros”, que cortaram, sem aviso prévio, o sinal de emissão a vários residentes da RAEM. Em declarações ao jornal Ou Mun, o deputado Lee Chong Cheng considerou o acto irresponsável, por impedir o acesso à informação por parte dos cidadãos. O deputado exigiu ainda às empresas que restaurem o serviço o mais rápido possível.
Os responsáveis da Associação Novo Macau Democrático afirmaram que as transmissões televisivas deviam ser restabelecidas sem afectar o direito à informação dos residentes, tendo publicado uma nota condenando o corte ao sinal televisivo. De acordo com representantes da Associação, a Direcção dos Serviços de Regulação e Telecomunicações deveria também arcar com as responsabilidades, por não ter permitido que os anteneiros reparassem e melhorassem as condições dos cabos.
E exigiu que o Governo eliminasse os obstáculos a uma concorrência aberta ao monopólio das telecomunicações.Wong Chou-tim, director da Comissão para Obras em Edifícios Residenciais da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, lamentou tal corte de serviço. O responsável afirmou ainda que os conflitos entre o Governo, a TV Cabo de Macau e os anteneiros devia ser resolvido de forma a não afectar o direito dos residentes ao acesso à informação.Recorde-se que, na terça-feira passada, por volta das 20 horas, grande parte da população terá ficado sem acesso a 26 canais televisivos, incluindo os de sinal aberto. Em Macau contam-se 14 ou 15 empresas de antena comum ilegal e apenas uma legal - a TV Cabo.
Luciana Leitão
Publicada por Tai Chung Pou em português em 22:02