o mar do poeta

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quinta-feira, abril 2

COMIDA TAILANDESA


Culinária Tailandesa

A cozinha tailandesa é leve e tradicionalmente temperada com pimenta e ervas aromáticas. Pode ser tão apimentada como a comida indiana ou temperada com a suavidade da comida chinesa.

O charme e sucesso desse tipo de comida é o equilíbrio delicado entre os temperos e os ingredientes básicos. A mistura dos temperos é que transforma um frango frito em um exótico frango tailandês.
Quem quer se aventurar na cozinha e preparar um prato tailandês vai precisar ter em mãos os temperos mais usados nesta culinária.

Diferente do que se pode imaginar, a maioria são ingredientes usados no dia-a-dia e fáceis de se encontrar em qualquer supermercado, como o leite de coco, alho, coentro, raspas de limão, folha de limão kafir, pimenta do reino e açúcar mascavo.

"As pessoas só precisam ter cuidado no manuseio e uso das pimentas, lavar sempre muito bem as mãos e utilizar com parcimónia", sugere Marcos Sodré, chef do restaurante tailandês Sawasdee.

Entre os temperos menos conhecidos pelos brasileiros está o nam pla, um molho de peixe fermentado, de forte aroma, que tem por finalidade salgar o alimento. "É como o shoyu para o japonês", compara Sodré.

Este tempero é resultado do cozimento de peixes e temperos diversos. Apesar de ser industrializado, no Oriente é costume prepará-lo segundo receitas próprias, variando, assim, de acordo com o gosto e a intensidade do tempero empregado.

O chili ou chilii, planta tropical da família do pimentão, conhecida por pimenteira-cumari ou peperoncino, é essencial em pratos da culinária tailandesa. De sabor picante, é encontrado ao natural ou seco, inteiro ou em pó, na forma de pasta e de molho pronto com tomates. Tome cuidado na manipulação para evitar queimaduras nos olhos e na pele.

Outra especiaria é o curry ou caril, mistura de vários ingredientes que formam uma pasta, utilizada no preparo de ensopados de carne, frango, peixe, porco ou camarão.

No entanto, "o curry tailandes não tem a menor semelhança com o pó amarelo indiano que todos nós conhecemos. Ele pode ser verde, com sabor cítrico picante; vermelho, muito picante; ou amarelo, picante com perfume de especiarias", explica Sodré.

Divergências de receitas à parte, os ingredientes mais frequentes na elaboração do curry tailandês são: pimenta, alho, chalota, galangal, raízes de coentros e krachai (uma pequena laranja acastanhada) e raízes naturais do país.

Estas especiarias geralmente são pilados num almofariz ou amassados entre duas pedras chatas, onde junta-se pimenta fresca e se obtém a pasta, que é cozida no leite de coco antes de se acrescentar carne ou vegetais. Este tipo de curry só é encontrado em lojas de produtos orientais.

"O forte da cozinha tailandesa são os frutos do mar, mas o consumo de carne de porco, frango e pato também é muito grande". E, para quem gosta de misturas exóticas, "o porco com camarão é muito comum", conta o chef.

Uma refeição clássica tailandesa é composta por peixe no vapor, sopa, peixe frito, molho picante, salada, curry de frango ou porco e de sobremesa frutas. Mas a estrela do menu é o tradicional arroz jasmin. De origem tailandesa, este arroz é conhecido pelo aroma de jasmim, que tem o poder de abrir o apetite. A textura é macia e úmida, e os grãos são alongados e finos.

O público vem se rendendo cada vez mais à culinária tailandesa, mas os ajustes são inevitáveis e bem vindos pelos brasileiros. "Parte do sucesso é devido a adaptação que faço para o paladar do brasileiro, que consume uma quantidade de pimenta muito menor que o tailandês", afirma Sodré. "A presença da pimenta é fundamental, mas é preciso saber dosar bem para poder agradar a todos; o equilíbrio é o segredo", completa.

Fonte: www.br.inter.net

CULINÁRIA Tailandesa

Sawasdee

Disseminou-se no Ocidente a ideia de que a cozinha tailandesa é muito picante e condimentada. Também é, mas é muito mais do que isso. Há gradações de condimentação e, numa refeição tradicional da Tailândia, composta de vários pratos, e não apenas de um, como é normal entre nós, podemos ir do doce, ao salgado, passando pelo picante com toda a naturalidade.

Além das especiarias, as ervas aromáticas frescas, bem como os legumes, flores e frutas, desempenham um papel muito importante na cozinha tailandesa. Guisa-se, assa-se no forno e grelha-se muito quer legumes, peixes e mariscos frescos e carnes, com destaque para o porco e o frango.

O arroz é igualmente elemento essencial na culinária tailandesa, que é variada, muito colorida, aromática e saborosa. Infl uenciada pelos hábitos chineses, a cozinha tailandesa recolheu, a partir do século XVII, influências portuguesas, holandesas, francesas e japonesas. Foram missionários portugueses que levaram, no início do século XVII, para a Tailândia, as pimentas/malaguetas, que se tornaram um dos ingredientes mais importantes desta cozinha. Tudo isto, e outras coisas, como a presença do coco em muitos dos pratos ou os vegetais esculpidos, pode ser observado e provado num restaurante de Cascais, o Sawasdee, obra de um casal português (ele)/tailandês (ela).

Não é difícil encontrar o Sawasdee, porque, geralmente, à entrada do Beco do Esconso, elegante no seu colorido traje nacional, uma jovem e linda tailandesa sorridente espera os clientes para lhes indicar o caminho. Cinco entradas, duas saladas, duas sopas, cinco caris, cinco pratos principais, quatro especialidades, seis sobremesas doces, frutas tropicais frescas e gelados constituem a parte fixa da ementa, que no dia-a-dia inclui ainda sugestões variáveis. Uma refeição feita recentemente no Sawasdee, servida por um casal de empregados gentis e bons profissionais, constou de uma entrada feita com carne de porco picada ligada em bola com camarão e ovos, previamente marinados, que é frita e servida numa carapaça de caranguejo com um molho agridoce, muito agradável (pu-já, que será uma entrada tradicional); seguiu-se um prato vegetariano de legumes frescos, ligeiramente salteados e servidos com molho de ostras, delicado, aromático e saboroso (pad pak ru am mit); também se provou lula salteada temperada com especiarias tailandesas e molho de pimentas/malaguetas, pungente mas muito agradável (pla-meuk lui fi re); e a parte salgada da refeição encerrou com um prato de massa de ovo, coberta com molho picante de caril de frango (khao soi gai, oriundo do Norte da Tailândia).

À sobremesa, encontrou-se o foi thong, doce de ovos inspirado numa receita muito antiga, muito próximo dos nossos conventuais fios de ovos.

(ARTIGO EXTRAÍDO DE UMA SITE BRASILEIRO SOBRE COMIDA THAI)

CULINÁRIA TAILANDESA 2


Culinária Tailandesa

Foram os perfumes das ervas aromáticas e dos condimentos frescos a evaporar das panelas de sua mãe, na cozinha de sua casa na cidade de Nakhon Si Thammarat, no sul da Tailândia, que hipnotizaram Aworn Tipsapa. Aos 18 anos, ela deixou sua cidade rumo à capital Bangkok para se tornar chefe de cozinha. Hoje, aos 38 anos, Aworn assina o cardápio tipicamente tailandês do restaurante Anakena Thai Market & Grill, do hotel Hyatt Regency, em Santiago do Chile – eleito um dos dez melhores restaurantes de hotel do mundo pela revista Hotels.

Os aromas, sabores e cores que mudaram a vida de Aworn são os mesmos que encantam os amantes da gastronomia tailandesa no mundo inteiro. As carnes, peixes ou vegetais surgem quase sempre mergulhados em molhos condimentados ricos em pimenta, manjericão doce, folha de limão e coentro.

Entre os destaques estão o “Tom Kha Gai”, um caldo de galinha com coco, cogumelo, gengibre tailandês e capim santo. “Esse prato é uma entrada comum de se encontrar nas ruas das cidades tailandesas e faz bastante sucesso entre os ocidentais, que costumam preferir as receitas menos apimentadas”, diz Aworn. No “Gaeng Ped Nua Nomai”, a maciez da carne bovina temperada com curry vermelho é quebrada pelo crocante do broto de bambu. O “Khao Suay” (arroz branco no vapor) aparece tanto como acompanhamento nos pratos principais quanto como base para a sobremesa “Khao Neow Piak”, arroz doce banhado com leite de coco. Para dar o contraste ao quente do leite, é servido com manga fresca.

Outra opção de sobremesa é o “Khao Pot Kaktong”, mistura perfeita entre o aerado do flan de coco e a textura de fibras da abóbora.

À frente das caçarolas do Anakena há 4 anos, Aworn trabalha junto com o namorado, Charoenchai Tawanveenuspan, que já era formado em engenharia quando resolveu se tornar chef. Mesmo assim, sua cozinheira preferida continua sendo a mãe. “Quando estou em férias, volto para a casa dos meus pais e só como a comida da minha mãe, que eu adoro porque é bastante apimentada”, diz ela.


Pimenta Tailandesa
Pimenta tailandesa ( prik khii noo)

A picante, doce e suave cozinha tailandesa

Ora picante, ora doce e suave, a cozinha tailandesa proporciona uma harmoniosa seleção de sabores e aromas, resultando em pratos multicoloridos. A abundância de hortaliças, legumes, condimentos, frutas tropicais e flores produzidas naquele país possibilitam uma ampla e criativa variedade de pratos. As receitas caracterizam-se, particularmente, pelo uso de condimentos frescos, como pimenta, raiz de cidró, folha de limão, alho, gengibre, coentro, manjericão doce e outros.


Cozinha harmoniosa e pratos multicoloridos

Para reproduzir a gastronomia autêntica da Tailândia aqui no Brasil é um pouco difícil. Alguns dos ingredientes encontrados em supermercados, mas lojas especializadas em produtos importados podem fornecê-los.

No entanto, podemos degustar delícias dessa gastronomia sem precisar viajar até lá. Pra quem mora longe e não pode experimentar estes sabores, ensinamos a fazer algumas receitinhas de lá. Confira.

Comida Tailandesa: exótica nos condimentos e temperos

Nesta época de frio nada melhor do que uma comida mais condimentada. Obedecendo este requisito, a culinária tailandesa é uma boa pedida para quem quer variar em casa ou mesmo sair para comer fora.

A cozinha tailandesa é leve e tradicionalmente temperada com pimenta e ervas aromáticas. Pode ser tão apimentada como a comida indiana ou temperada com a suavidade da comida chinesa.

O charme e sucesso desse tipo de comida é o equilíbrio delicado entre os temperos e os ingredientes básicos. A mistura dos temperos é que transforma um frango frito em um exótico frango tailandês.
Quem quer se aventurar na cozinha e preparar um prato tailandês vai precisar ter em mãos os temperos mais usados nesta culinária.

Diferente do que se pode imaginar, a maioria são ingredientes usados no dia-a-dia e fáceis de se encontrar em qualquer supermercado, como o leite de coco, alho, coentro, raspas de limão, folha de limão kafir, pimenta do reino e açúcar mascavo.


Temperos básicos da comida tailandesa

"As pessoas só precisam ter cuidado no manuseio e uso das pimentas, lavar sempre muito bem as mãos e utilizar com parcimónia", sugere Marcos Sodré, chef do restaurante tailandês Sawasdee.

Entre os temperos menos conhecidos pelos brasileiros está o nam pla, um molho de peixe fermentado, de forte aroma, que tem por finalidade salgar o alimento. "É como o shoyu para o japonês", compara Sodré.

Este tempero é resultado do cozimento de peixes e temperos diversos. Apesar de ser industrializado, no Oriente é costume prepará-lo segundo receitas próprias, variando, assim, de acordo com o gosto e a intensidade do tempero empregado.

O chili ou chilii, planta tropical da família do pimentão, conhecida por pimenteira-cumari ou peperoncino, é essencial em pratos da culinária tailandesa. De sabor picante, é encontrado ao natural ou seco, inteiro ou em pó, na forma de pasta e de molho pronto com tomates. Tome cuidado na manipulação para evitar queimaduras nos olhos e na pele.

Outra especiaria é o curry ou caril, mistura de vários ingredientes que formam uma pasta, utilizada no preparo de ensopados de carne, frango, peixe, porco ou camarão.

No entanto, "o curry tailandes não tem a menor semelhança com o pó amarelo indiano que todos nós conhecemos. Ele pode ser verde, com sabor cítrico picante; vermelho, muito picante; ou amarelo, picante com perfume de especiarias", explica Sodré.

Divergências de receitas à parte, os ingredientes mais frequentes na elaboração do curry tailandês são: pimenta, alho, chalota, galangal, raízes de coentros e krachai (uma pequena laranja acastanhada) e raízes naturais do país.

Estas especiarias geralmente são pilados num almofariz ou amassados entre duas pedras chatas, onde junta-se pimenta fresca e se obtém a pasta, que é cozida no leite de coco antes de se acrescentar carne ou vegetais. Este tipo de curry só é encontrado em lojas de produtos orientais.

"O forte da cozinha tailandesa são os frutos do mar, mas o consumo de carne de porco, frango e pato também é muito grande". E, para quem gosta de misturas exóticas, "o porco com camarão é muito comum", conta o chef.

Uma refeição clássica tailandesa é composta por peixe no vapor, sopa, peixe frito, molho picante, salada, curry de frango ou porco e de sobremesa frutas. Mas a estrela do menu é o tradicional arroz jasmin. De origem tailandesa, este arroz é conhecido pelo aroma de jasmim, que tem o poder de abrir o apetite. A textura é macia e úmida, e os grãos são alongados e finos.


Pratos tailandeses

O público vem se rendendo cada vez mais à culinária tailandesa, mas os ajustes são inevitáveis e bem vindos pelos brasileiros. "Parte do sucesso é devido a adaptação que faço para o paladar do brasileiro, que consume uma quantidade de pimenta muito menor que o tailandês", afirma Sodré. "A presença da pimenta é fundamental, mas é preciso saber dosar bem para poder agradar a todos; o equilíbrio é o segredo", completa.

A cozinha tailandesa assenta-se sobre quatro pilares essenciais: o arroz; as massas em fio; as frutas e legumes; e as especiarias, molhos e ervas aromáticas.

O arroz assume papel de protagonista na culinária Thai. Uma parte do arroz é consumida em forma de macarrão, tão fino como o cabelo-de-anjo, ou mais plano e largo, semelhante aos talharins. O resto é cozido, aromatizado com um pouco de capim-limão ou de casca de limão siciliano.

Na Tailândia, são consumidos dois tipos de arroz: o arroz glutinoso e o arroz jasmim. O arroz glutinoso é um arroz de grão curto que se condensa ao cozinhar e que se come fazendo bolinhos com os dedos. O arroz jasmim é uma variedade de grão comprido e cristalino, muito parecida com o arroz basmati, característico da cozinha da Índia.

Existem massas instantâneas em pacotes, feitas com farinha de feijão mung, que se escaldam antes de serem cozidas ou fritas. Encontraremos também massas de farinha de trigo e ovos, de origem chinesa. Os tamanhos e formas, as apresentações e o preparo de cada variedade oferecem um panorama espetacular.


Feijão mung

A soja, seja em forma de brotos, seja transformada em tofu ou em condimento, convertida em molho ou em molho fermentado, é o carro-chefe de um grande número de legumes. Seu sabor marcante se acentua em pratos com a beringela, com o chop sum ou com uma variedade de feijão.


Frango ao curry verde

A uma série de folhas e talos nativos consumidos nas saladas somam-se abóboras, pimentões, brócolis, alguns tipos de feijão em vagem, abobrinhas e ervilhas. Na cozinha tailandesa, os legumes são cozidos, mas, acima de tudo, salteados na wok, tratamento que lhes dá uma textura crocante e agradável.

Cocos, papaias, mangas, tamarindos, bananas, limões, melões e outras espécies contribuem com os aromas e sabores de uma cozinha capaz de incorporá-los nas mais variadas receitas. As saladas combinam legumes e frutas, sejam elas cruas ou cozidas, na chapa ou na grelha. As frutas, temperadas com todo tipo de especiarias, convertem-se em acompanhamento para carnes, peixes e mariscos.

Frescas ou secas, verdes ou vermelhas, as pimentas malaguetas dão vida a alguns dos molhos mais característicos da cozinha thai: o curry verde, o curry vermelho e o molho doce de malagueta, e também presentes no molho de amendoim.

Em conjunto com a malagueta, encontramos raízes como o gengibre, ervas como o coentro e o capim-limão, frutas como o tamarindo; o poderoso aroma das folhas e da casca da lima kafir; molhos como o nam pla, também chamado de molho de peixe, o molho de soja em todas as suas versões --claro, espesso ou fermentado-- e o leite de coco.

Embora secundário, o consumo de carne existe na Tailândia, especialmente frango, porco e em algumas zonas do noroeste do país carne de búfalo. A maior parte das proteínas animais chega à mesa através dos peixes e mariscos, vindos dos pesqueiros do litoral e dos viveiros de camarões e lagostins situados nos manguezais. Os cefalópodes, lulas e polvos e alguns peixes brancos de carnes escuras e perfumadas completam essa profusão de sabores e aromas.


COMIDAS TAILANDESAS









Culinária Tailandesa


Sabor na ponta dos dedos


A cozinha tailandesa assenta-se sobre quatro pilares essenciais: o arroz; as massas em fio; as frutas e legumes; e as especiarias, molhos e ervas aromáticas.



O arroz assume papel de protagonista na culinária Thai. Uma parte do arroz é consumida em forma de macarrão, tão fino como o cabelo-de-anjo, ou mais plano e largo, semelhante aos talharins. O resto é cozido, aromatizado com um pouco de capim-limão ou de casca de limão siciliano.



Na Tailândia, são consumidos dois tipos de arroz: o arroz glutinoso e o arroz jasmim. O arroz glutinoso é um arroz de grão curto que se condensa ao cozinhar e que se come fazendo bolinhos com os dedos. O arroz jasmim é uma variedade de grão comprido e cristalino, muito parecida com o arroz basmati, característico da cozinha da Índia



Existem massas instantâneas em pacotes, feitas com farinha de feijão mung, que se escaldam antes de serem cozidas ou fritas. Encontraremos também massas de farinha de trigo e ovos, de origem chinesa. Os tamanhos e formas, as apresentações e o preparo de cada variedade oferecem um panorama espetacular.



A soja, seja em forma de brotos, seja transformada em tofu ou em condimento, convertida em molho ou em molho fermentado, é o carro-chefe de um grande número de legumes. Seu sabor marcante se acentua em pratos com a beringela, com o chop sum ou com uma variedade de feijão.



A uma série de folhas e talos nativos consumidos nas saladas somam-se abóboras, pimentões, brócolis, alguns tipos de feijão em vagem, abobrinhas e ervilhas. Na cozinha tailandesa, os legumes são cozidos, mas, acima de tudo, salteados na wok, tratamento que lhes dá uma textura crocante e agradável.



Cocos, papaias, mangas, tamarindos, bananas, limões, melões e outras espécies contribuem com os aromas e sabores de uma cozinha capaz de incorporá-los nas mais variadas receitas. As saladas combinam legumes e frutas, sejam elas cruas ou cozidas, na chapa ou na grelha. As frutas, temperadas com todo tipo de especiarias, convertem-se em acompanhamento para carnes, peixes e mariscos.



Frescas ou secas, verdes ou vermelhas, as pimentas malaguetas dão vida a alguns dos molhos mais característicos da cozinha thai: o curry verde, o curry vermelho e o molho doce de malagueta, e também presentes no molho de amendoim.



Em conjunto com a malagueta, encontramos raízes como o gengibre, ervas como o coentro e o capim-limão, frutas como o tamarindo; o poderoso aroma das folhas e da casca da lima kafir; molhos como o nam pla, também chamado de molho de peixe, o molho de soja em todas as suas versões --claro, espesso ou fermentado-- e o leite de coco.



Embora secundário, o consumo de carne existe na Tailândia, especialmente frango, porco e em algumas zonas do noroeste do país carne de búfalo. A maior parte das proteínas animais chega à mesa através dos peixes e mariscos, vindos dos pesqueiros do litoral e dos viveiros de camarões e lagostins situados nos manguezais. Os cefalópodes, lulas e polvos e alguns peixes brancos de carnes escuras e perfumadas completam essa profusão de sabores e aromas.



Conheça alguns mistérios da comida tailandesa



Exótica e exuberante a comida tailandesa ainda é um mistério para os brasileiros, no Recife, por exemplo, não há um restaurante que ofereça tais pratos. Apesar de alguns ingredientes comuns a culinária Nordestina como leite de coco, pimenta e coentro, a forma do preparo e a cominação com outros elementos torna a comida Thai muito intensa.



Na cozinha deste país asiático, aromas, cores e formas têm tanto peso quanto os sabores doces, salgados e principalmente, picantes. Tão picantes que o restaurante Sawasdee, RJ, de Marcos Sodré estampa no cardápio uma inédita classificação do teor de pimenta de cada prato. E os pratos são inúmeros é possível encontrar desde entradas à base de frutos do mar com temperos picantes, como Rolinho primavera recheado com siri e molho de tamarindo" a sopas de gengibre com camarão, frango ou peixe. Nas saladas tailandesas, os produtos marinhos são associados a mangas, limão, hortelã, tomate, alho e pimenta. As sobremesas são feitas com frutas como manga, coco e tangerina, acompanhadas de sorvetes. Uma curiosidade é a salada de frutas com açúcar de pimenta.



Apesar de muito influenciada pelos hábitos chineses, a cozinha tailandesa recolheu, a partir do século XVII, influências portuguesas, holandesas, francesas e japonesas. Foram missionários portugueses que levaram, no início do século XVII, para a Tailândia, as pimentas malaguetas, que se tornaram um dos ingredientes mais importantes desta cozinha.



Há quem ache a cozinha tailandesa muito picante e condimentada. Na verdade, vai, além disso. Há gradações de condimentação e, numa refeição tradicional da Tailândia, composta de vários pratos, pode-se ir do doce ao salgado, passando pelo picante, com toda a naturalidade. Além das especiarias, as ervas aromáticas frescas, bem como os legumes, flores e frutas, desempenham um papel muito importante na cozinha tailandesa.



Marcos Sodré explica que em qualquer refeição tailandesa é possível encontrar uma combinação de sabores e texturas. Doce, picante, ácido, salgado e pungente se intercalam com perfeição. Tudo preparado ritualisticamente para despertar o paladar. Num jantar ou almoço completo, além da obrigatória tigela de arroz, costuma-se servir uma sopa, um preparado com curry vermelho, um prato quente, um frio, uma salada e um ou mais molhos básicos à base ou nam pla (molho de peixe).
Conheça mais sobre os ingredientes utilizados na culinária tailandesa:



Galangal



Raiz muito parecida com o gengibre. Tem sabor e textura mais suaves e é utilizada em sopas e caris.




Galangal



Manjericão doce



Da mesma família do manjericão, muito comum na Tailândia, usado em pratos temperados com caril.




Manjericão doce



Molho de peixe (Nam Pla)



Usado em muitos pratos, é o sabor característico da cozinha local. É feito de peixes ou frutos do mar fermentados.




Molho de peixe (Nam Pla)



Leite de coco



Quase todos os pratos de caril são preparados à base de leite de coco.




Leite de coco



Folhas de limão kaffir



Folhas de um tipo de limão que tem a casca bem grossa e rugosa. Utilizadas em muitas receitas tailandesas.




Folhas de limão kaffir



Polpa de tamarindo



Muito usado em pratos salgados tem um toque de acidez bastante interessante.




T amarindo



Arroz Jasmim



Espécie aromática com um sabor bastante agradável. Tradicionalmente é cozido sem sal.




Arroz Jasmim



Caril ou curry tailandês



Geralmente são pastas e são designados pela cor. Eles são feitos com ervas, especiarias, pimentas, raízes, alho, cebola, pasta de camarão e sal.




Caril curry, geralmente são designados pela cor



A culinária tailandesa



Algumas pessoas ousam afirmar que a Tailândia deve ser considerada a fonte de todas as culinárias da Ásia e do mundo, porque, além de possuir uma terra muito fértil e apropriada à cultura de todos os tipos de plantas, legumes, árvores e árvores frutíferas, ela também é banhada por mares e oceanos repletos de peixes e crustáceos. E isso durante o ano todo.



Desse modo, o povo tailandês sempre pôde ter à mão peixes, frutos-do-mar, frutas e legumes para seu consumo, sendo o excedente exportado para além-mar.



Os ancestrais dos tailandeses já sabiam se adaptar e cozinhar seus alimentos, fazendo mais de 5.000 pratos diferentes.



Em outros tempos, a culinária tailandesa era composta por dois tipos distintos: a real e a de rua. Hoje, a culinária real não é mais privilégio da família real tailandesa e de seus dignitários, mas acessível a todo povo tailandês.



Atualmente, a alimentação tailandesa é reconhecida como uma das mais saborosas e refinadas do mundo. Os sabores, os perfumes, as cores e as extraordinárias decorações de frutas e legumes são suficientes para convencer qualquer um disso.



O tradicional curry tailandês (Kaeng Som)



Os curries tailandeses são famosos pela exclusiva mistura de sabor intensamente condimentado e ácido. Tal combinação pode chocar os paladares ocidentais.



O curry tradicional tailandês é o Kaeng Som ou curry laranja. No Norte e no Centro da Tailândia, ele é chamado Kaeng Leuang ou curry amarelo. É principalmente o açafrão fresco da Índia que lhe dá essa cor amarela pálida característica.



A palavra som pode significar qualquer substância ácida, como Nam Som, que se refere tanto a suco de laranja como a vinagre. No caso do curry, Kaeng Som designa a acidez provocada pelo suco de fruta adicionado à preparação. A laranja é usada ocasionalmente; a maioria dos tailandeses prefere utilizar o manao, um pequeno fruto cítrico, redondo e verde, primo da lima.



Tradicionalmente, o curry amarelo é condimentado pra valer. Uma grande quantidade de pequenas pimentas (de preferência vermelhas, para deixar o prato mais colorido e atraente) é triturada e esmagada num pilão com uma quantidade parecida de alho, açafrão e sal, para formar uma pasta fina. Junta-se um pouco de pasta de camarões a essa mistura, que é então cozida na água. A esse caldo adiciona-se o suco de vários manao e um bom pedaço de papaia cortado em fatias, para produzir a base do curry amarelo.



O sabor da papaia surpreenderá também os não-iniciados. Ao contrário dos mamões avermelhados, doces e delicados, e encontrados em todas as esquinas das cidades tailandesas, a papaia usada na preparação do Kaeng Som é uma variedade de polpa branca, crocante e escolhida apenas madura. Sua polpa mais se assemelha a um nabo. Picada em fatias, é acrescentada ao curry, e sua polpa fica translúcida e mole quando cozida.



O uso da papaia dá consistência ao prato, um pouco como nossa maisena. Como na maioria dos pratos tailandeses, um toque de açúcar é acrescentado à preparação, para dar o gosto agridoce que distingue a alimentação tailandesa de qualquer outra culinária do mundo.



E, para terminar, camarões (khung), peixe (pla) ou frutos-do-mar (talay) e eventualmente carne de porco (moo) são acrescentados ao curry, e o prato está pronto para ser servido, acompanhado de legumes crus para refrescar as papilas gustativas.



O resultado é uma sopa que pode pôr em chamas paladares não-iniciados. Mas sem desespero: a maioria dos tailandeses, quando cozinha para convidados estrangeiros, diminui sensivelmente a quantidade de pimenta.

MEMÓRIAS DE FIDELIDADE



Ser-se sincero e honesto nos nossos dias é difícil, e só com muita coragem e determinaçao se consegue aguentar o barco, eu consegui, pois tinha muitos trunfos na manga para poder incriminar qualquer um!...

Macau era Assim!...

LÁ DIZIA UMA LÁPIDA QUE SE ENCONTRAVA NO HALL DOS SERVIÇOS DE MARINHA

A PÁTRIA HONRAI QUE
A PÁTRIA VOS COMTEMPLARÁ.






Quando cheguei a Macau no ano de 1964, encontrei uma cidade pequena, suja e com muitos bairros da lata. Como a companhia a que pertencia tinha o seu aquartelamento na Ilha Verde, por essa altura podia ver toda a Doca do Fai Chi Kei, que ia dar até defronte do Canidrómo, havendo ali uma muralha e uma guarida da PMF e por várias vezes até falei com o agente lá destacado, que anos mais tarde eu iria trabalhar com ele.





Havia alguns bairros na zona, o Bairro 28 de Maio, conhecido pelo Fai Chi Kei, {a entrada deste havia umas casas de alvenaria do Instituito Social, o resto eram só barracas de ambos os lados, o Patane e a Doca do Lamau. Toda a zona ribeirinha estavam repletas de barracas, construídas clandestinamente, depois muitas delas legalizadas. Tenho pena de não possuir as fotos para poder documentar melhor as minhas palavras.




No ano de 1967 ingressei na PMF, tendo exercido diversas missões, deste comandar vedetas, prestar serviço no Posto Fiscal (Alfandega) no Sector das Ilhas e no terminal Marítimo, além dos serviços de secretaria onde trabalhei, primeiro no frete Corrido, depois na Contabilidade dos Serviços de Marinha, a Fiel da PMF e da Marinha, sempre exercendo todas as missões com honestidade, mas mal querido pelos meus superiores.




O CRACHÁ DA POLÍCIA MARÍTIMA E FISCAL

Dezasseis anos depois de ter ingressado nos quadros da PMF fui promovido a Chefe, sendo então nomeado para exercer a Chefia do Sector 3, qua abrangia toda a área que ia da Ilha Verde até à Doca do Lamau, tinha agregado também o Posto das Portas do Cerco, porém este, os meus superiores acharam por bem retirá-lo do Sector 3 e passar a ser um Sector independente.



CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO
UMA DAS RUAS DO BAIRRO DO PATANE


NO ANTIGO BAIRRO DO FAI CHI KEI ERA ASSIM QUANDO CHEGUEI A MACAU

O Sector 3 era um dos piores Sectores e que dava mais trabalho, como eu sempre fui muito carismático, e não sabendo engraxar, para lá fui nomeado.

A Doca do Lamau era uma zona de construção naval, de juncos de pescas, no mar encontrava-se sempre imensos toros de madeira para a construção desses juncos e em terra havia zonas totalmente cobertas por esses toros.










UMA DAS ZONAS DO ACTUAL BAIRRO DO FAI CHI KEI.
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Hoje em dia as barracas foram totalmente erradicadas, dando lugar a novos Bairros o da Concordia é um dos mais recentes, porém a Doca do Fai Chi Kei que serve de abrigo às embarcações quando da passagem dos tufões, essas ficou reduzida a uma pequena aérea somente.

O Posto da PMF ficava paredes de meias com as inúmeras barracas que lá existiam, para além de ocupar um espaço diminuto não tinha condições para se trabalhar, mas enfim.

O Oficial de Marinha que exercia as funções de Imediato da PMF e o seu adjunto um Comissário, após eu ter tomado posse, foram fiscalizar o Sector e dando-me ordens para fazer um recenseamento de todas as barracas, fazer um apanhado e fiscalizar todos os estaleiros, tirando as suas dimensões e sabendo o nome de seus proprietários, bem assim me obrigaram a mandar retirar todos os toros de madeira que se encontravam no mar e os outros em terra, caso contrário seria punido.

Para se poder ter uma ideia das coisas, informo, que as barracas essas, segundo a lei, era da competência das Obras Públicas, os toros de madeira na água era da competência dos Serviços de Marinha bem como os estaleiros, pois eram eles que passavam as devidas licenças. A limpeza da zona competia ao Leal Senado, mas o Comando da PMF tinha uma ideia diferente e erámos nós os agentes da PMF obrigados a exercer essas funções.

Fiz um apanhado exaustivo dos estaleiros, medindo todo o espaço que ocupavam e tomando nota dos seus actuais proprietários.

Realizei o recenseamento de todas as barracas existente no sector, e obrigando os proprietários dos toros de madeira que se encontravam em terra a retira-los, o que deu origem uma polémica enorme na qual envolveu as Associações de construtores navais, proprietários dos toros e os Serviços de Marinha.

De tudo este trabalho realizado, com imenso custo, e durante o período de 3 meses, fiz uma informação detalhada e enterguei ao Comando, e bem assim uma cópia aos serviços de Marinha.

Relatava que a maioria dos estaleiros ocupavam espaços muitos superiores aos autorizados pelos Serviços de Marinha, muitos dos que exerciam este mister não eram os reais proprietários, pois tinha comprado os estaleiros sem disso darem conhecimento aos Serviços de Marinha.

As barracas essas a maioria delas eram ilegais e de dia para dia mais novas barracas eram construídas, clandestinamente, durante a noite, o pessoal da PMF teinha culpas no cartório, pois recebia dinheiro para não as mandar abaixo.

Depois de ter realizado todo este trabalho fui falar com o Imediato e o Comissário dizendo-lhe que agora me podiam punir como desejavam, porém deseja que fossem apuradas responsabilidades para quele estado de coisas.

Resultado, dali fui corrido por ter levando ondas e destacado para o Sector das Ilhas indo chefiar o Sector 5, cuja sede era em Coloane.

Nas Portas do Cerco, e Posto Fiscal que eram locais que os agentes até pagavam para ser para lá destacados, devido a poder gamar à vontade e poderem fazer a avontade aos seus superiores nesses locais só trabalhei, no fim da minha carreira no Posto Fiscal, tendo causando imenos estragos!...

Como se pode deduzir quando as pessoas tem o espírito de responsabilidade, relevam profissionalismo, mas tendo um carísma bem forte, são pessoas a abater, ou então são destacadas para pontos onde a moça que podia fazer fosse mais leve, assim aconteceu comigo, combater os carteiritas e açabarcadores de bilhetes, não dar tréguas aos contrabandistas, recolher e dar ajuda aos Vietnamitas, dar a cara pelos Serviços de Marinha foram muitas das minhas missões, ganhei muitas guerras, mas perdi muitas batalhas por as tropas aliadas se terem retratado.

Só no final da minha carreira, e como poderão ver, no artigo publicado neste blog, CAMBETA MARÍTIMO, fui reconhecido pelos meus superiors e pelo Governo de Macau, lá diz o ditado mais vale tarde que nunca.

Ser-se sincero e honesto nos nossos dias é difícil, e só com muita coragem e determinaçao se consegue aguentar o barco, eu consegui, pois tinha muitos trunfos na manga para poder incriminar qualquer um!...

Macau era Assim!...











quarta-feira, abril 1

123 EM MACAU - 1966


Esta estátua do Coronel Mesquita que se encontrava defronte do Leal Senado de Macau, foi das primeiras e serem derrubadas pelos manifestantes.
TANQUES DO EXÉRCITO PORTUGUÊS EM PLENA AVENIDA ALMEIDA RIBEIRO

(Foto extraída das memórias de Macau)


HISTÓRIA> MACAU> TO NEM AÍ

O Motim 1-2-3


por Emerson Santiago


Setembro 5, 2008


A história da revolta que quase pôs fim ao domínio português sobre Macau nos anos 60

TO NEM AI - Tratar de lusofonia sem abordar assuntos relacionados a Brasil ou Portugal. Será que consigo?

Rua de Taipa uma das regiões administrativas de Macau

Rua de Taipa, uma das três regiões administrativas de Macau

MACAU - Quando o assunto é o declínio do império colonial português, logo é mencionada a guerra colonial travada nas três principais ex-colônias portuguesas na África (Guiné-Bissau, Angola e Moçambique). Fala-se também aqui e ali sobre a ocupação de Goa pelas tropas indianas, e só. Mas Macau também testemunhou um momento decisivo em 1966, o chamado ‘Motim 1-2-3′.

No Brasil, as garras do regime militar começavam a pairar sob toda a sociedade; pouco depois na França ocorreria o maio de 1968 que abalou o status quo do país. Na China, Mao Tsé Tung andava a todo vapor a promover a Revolução Cultural, uma forma de mobilizar a população do país novamente em torno de sua figura. E é na Revolução Cultural chinesa que vamos encontrar a origem deste acontecimento histórico.

Tudo começa com a velha e conhecida burocracia estatal portuguesa. Em 1966 os residentes chineses da ilha de Taipa, (uma das três divisões administrativas de Macau) esforçaram-se para obter uma licença do governo português para a construção de uma escola privada. Como não obtiveram resposta alguma da administração, iniciaram por conta própria a construção dela.

Em 15 de novembro de 1966 os trabalhadores da construção, responsáveis e demais colaboradores além de residentes simpatizantes da iniciativa e jornalistas foram violentamente perseguidos e presos. O acontecimento serviu oportunamente de pretexto para que a imprensa chinesa e grupos pró-comunistas da região atacassem o governo de Macau, de modo a sugerir este acontecimento como exemplo do mal que havia no domínio estrangeiro em toda a China.

A constante menção e debate do acontecimento serviu para que surgisse o descontentamento entre os chineses de Macau. No dia 30 de dezembro ocorre um protesto de operários, donas de casan e professores diante do palácio do governo.

Em 3 de Dezembro a situação agrava-se devido à invasão de militantes comunistas ao gabinete do governador. No caminho, frases de efeito maoístas e canções revolucionárias eram entoadas; o grupo foi expulso pela polícia, porém uma multidão já descontente com os desmandos acumulados de tempos anteriores juntou-se aos radicais.

Iniciou-se um motim no mesmo dia. Monumentos, prédios e arquivos foram vandalizados. Foi declarada lei marcial pelo governo colonial e as tropas entram em cena. Saíram mortos 11 e feridos cerca de 200 deste protesto.

O motim recebeu o nome de 1-2-3 em alusão aos dias em que se deram os protestos. O problema é que a situação na melhorou após os acontecimentos. A revolução cultural continuava a servir de inspiração para o descontentamento embora não houvessem mais manifestações. Os residentes europeus migraram para Hong Kong e Portugal.

Em 11 de dezembro uma delegação dos manifestantes liderada por Leong Pui encontrou-se com o governador, à época, o brigadeiro José Manuel de Sousa e Faro Nobre de Carvalho, que cedia às pressões dos manifestantes.

O problema é que muitos desses manifestantes estavam ligados a regiões vizinhas chinesas, como Cantão (Guangdong), e representavam na verdade interesses da China comunista. Diante de tamanho problema as autoridades portuguesas cogitaram seriamente a entrega de Macau ao governo da República Popular da China.

Curiosamente o governo comunista mostrou-se neste momento simpático aos interesses do estado novo português, contribuindo para que Macau continuasse como província portuguesa, impedindo, por exemplo a invasão do exército vermelho chinês ao território, algo que assustaria a administração inglesa de Hong Kong, sua metrópole, o Reino Unido, e seu poderoso e fiel aliado, os Estados Unidos.

Delegações de intermediários diplomáticos de ambos os lados (China e Portugal à época não tinham relações diplomáticas). Enquanto as árduas discussões e negociações entre os dois lados ocorriam, a população adotava a política dos “três nãos”: não pagar impostos, não prestar serviços ao governo e não vender produtos aos portugueses.

Tal atitude fez com que a situação do governo de Macau ficasse extremamente complicada, pois esta se via pressionada por Lisboa e pela população macaense local.

Enfim, no dia 29 de janeiro de 1967 o governo de Macau e a RPC chegaram a um acordo resultando num pedido de desculpas do governador à comunidade chinesa. Entre os items do acordo estava também atestado que Portugal abria mão da ocupação perpétua de Macau e reconhecia a soberania ”de facto” da China sob Macau (daí o termo usado durante todo o período até 1999 quando da entrega de Macau: território chinês sob administração portuguesa).

Ficava ainda proibido o apoio das autoridades de Macau aos nacionalistas chineses de Taiwan (Formosa) e qualquer tipo de asilo político a eles. Um dos principais personagens em todo o episódio foi comendador Ho Yin, que com seu controle sobre a comunidade chinesa e a sua orientação política anti-comunista foi decisivo para que Macau continuasse como território português.

Inclusive a revolta é atribuída a uma momentânea perda de controle de comendador sobre a comunidade chinesa de Macau.

macau O Motim 1 2 3Emerson Santiago é brasileiro, advogado, professor de mandarim e é um apaixonado pelas culturas lusófonas.



( Ao Senhor EMERSON SANTIAGO o meu muito obrigado)

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Eu fiz parte desta história, e sofri na pele as restrições impostas a todos os portugueses, felizmente que tinha a minha namorada que me ajudou imenso e como tal os dias se passaram de uma forma calma e ordeira para mim, embora tivesse sido convocado pelo exército para me apresentar no Quartel General, ordem essa que não acatei.

Na altura vivia bem perto do Hospital Kiang Vu, de onde partiram os manisfestantes para toda a cidade.

Aprendi algo com esta "GUERRA DO CHAUMINE" ou 123 como nós a apelidámos, e muitas lojas chinesas que tomaram parte e que nada vendiam aos portugueses, essas nunca mais lá fui comprar nada.

É BOM NÃO ESQUECER - AEROPORTO DE MACAU E SUA POLÉMICA



Para a construção deste aeroporto, foi dinamitada a montanha da Ponte da Cabrita, o que, na minha humilde opinião foi um crime ecológico que se cometeu.

O Engenheiro Carlos Melancia ex-Governado de Macau, que conheci pessoalmente, serviu de Body espiratório no caso do Aeroporto Internacional de Macau.


Ah ... e já agora, gostava de o ouvir falar da VERGONHA do Aeroporto de Macau, dos seus amigos Carlos Melancia de Rui Mateus


Vou recuperar uma série de artigos a que Joaquim Vieira chamou “O Polvo” na Grande Reportagem distribuída semanalmente em forma de suplemento com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias onde cita passagens do livro “Contos Proibidos – Memorias de um PS desconhecido” escrito por Rui Mateus, membro do PS

(03 de Setembro de 2005, G.R. Nº 243)
“...Em síntese, que diz Mateus? “... após ganhar as primeiras presidenciais, 1986, Soares fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar fundos financeiros remanescentes da campanha.”
”Um dos objectivos da recolha de dinheiros era financiar a reeleição de Soares. Não podendo presidir ao grupo por razões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse amiúde com eles...” Que..., Soares convocou alguns magnatas internacionais - Rupert Murdoch, Sílvio Berlusconi, Robert Maxwell e Stanley Ho - para o visitarem na Presidência da República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal.”

O Polvo (10 de Setembro de 2005, na G.R. nº 244)
”A rede de negócios que Soares dirigiu enquanto Presidente foi sediada na empresa Emaudio, agrupando um núcleo de próximos seus, dos quais António Almeida Santos, Carlos Melancia e o próprio filho, João. A figura central era Rui Mateus, que detinha 60 mil acções da Fundação de Relações Internacionais..., as quais eram do Presidente mas de que fizera o outro fiel depositário na sua permanência em Belém.”
”Soares controlaria assim a Emaudio pelo seu principal testa-de-ferro no grupo empresarial. Diz Mateus que o Presidente queria investir nos média: daí o convite inicial para S.Berlusconi...”
“Acordou-se a sua entrada com 40% numa empresa em que o grupo de Soares reteria o resto, mas tudo se gorou por divergências no investimento. Soares tentou então a sorte com R. Murdoch...”
“Interpôs-se porém outro magnata, R. Maxwell, arqui-rival de Murdoch, que invocou em Belém credenciais socialistas. Soares daria ordem para se fazer o negócio com este. O empresário inglês passou a enviar à Emaudio 30 mil euros mensais. Apesar de os projectos tardarem, a equipa de Soares garantira o seu "mensalão".
”Só há quatro anos foi criminalizado o tráfico de influências em Portugal...”
“...Mas a ética política é um valor permanente, e as suas violações não prescrevem. Daí a actualidade destes factos, com a recandidatura de Soares.”

O Polvo (17 de Setembro de 2005, na G.R. Nº 245)
”A empresa Emaudio, dirigida na sombra pelo Presidente Soares, arrancou pouco após a sua eleição e, segundo Rui Mateus em Contos Proibidos, contava "com muitas dezenas de milhares de contos "oferecidos" por (Robert) Maxwell (...), consideráveis valores oriundos do "ex-MASP" e uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos." Ao nomear governador de Macau um homem da Eumadio, Carlos Melancia, Soares permite juntar no território administração pública e negócios privados. Acena-se a Maxwell a entrega da estação pública de TV local, com a promessa de fabulosas receitas publicitárias. Mas, face a dificuldades técnicas, o inglês, tido por Mateus como "um dos grandes vigaristas internacionais", recua.”
”O esquema vem a público, e Soares acusa os gestores da Emaudio de lhe causarem perda de popularidade, anuncia-lhes alterações ao projecto e exige a Mateus as acções de que é depositário e permitem controlar a empresa. O testa-de-ferro, fiel soarista, será cilindrado. Mas antes resiste, recusando devolver as acções e esperando a reformulação do negócio. E, quando uma empresa reclama por não ter contrapartida dos 50 mil contos (250 mil euros) pagos para obter um contrato na construção do novo aeroporto de Macau, Mateus propõe o envio do fax a Melancia exigindo a devolução da verba.”
”O Governador cala-se. Almeida Santos leva a mensagem a Soares, que também se cala. Então Mateus dá o documento a 'O Independente”, daqui nascendo o "escândalo do fax de Macau". Em plena visita de Estado a Marrocos, ao saber que o Ministério Público está a revistar a sede da Emaudio, o Presidente envia de urgência a Lisboa Almeida Santos (membro da sua comitiva) para minimizar os estragos. Se Melancia acaba absolvido, Mateus e colegas são condenados como corruptores. Uma das revelações mais curiosas do seu livro é que o suborno (sob o eufemismo de "dádiva pública") não se destinou de facto a Melancia mas "à Emaudio ou a quem o Presidente da República decidisse". Quem afinal devia ser réu?”

O Polvo, (24 de Setembro de 2005 na G.R. Nº 246)
”Ao investigar o caso de corrupção na base do "fax de Macau", o Ministério Público entreviu a dimensão da rede dos negócios então dirigidos pelo Presidente Soares desde Belém. A investigação foi encabeçada por António Rodrigues Maximiano, Procurador-geral adjunto da República, que a dada altura se confrontou com a eventualidade de inquirir o próprio Soares.”
”Questão demasiado sensível, que Maximiano colocou ao então Procurador-geral da República, Narciso da Cunha Rodrigues. Dar esse passo era abrir a Caixa de Pandora, implicando uma investigação ao financiamento dos partidos políticos...”
”Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou pela versão mínima: deixar de fora o Presidente e limitar o caso a apurar se o Governador de Macau, Carlos Melancia, recebera um suborno de 250 mil euros.”
”Entretanto, já R. Maxwel abandonara a parceria com o grupo empresarial de Soares, explicando a decisão em carta ao próprio Presidente. Mas logo a seguir surge Stanley Ho a querer associar-se ao grupo soarista...”
”Só que Mateus cai em desgraça, e Ho negociará o seu apoio com o próprio Soares, durante uma "presidência aberta" que este efectua na Guarda. “... o grupo de Soares queria ligar-se a Ho e à Interfina (uma empresa portuguesa arregimentada por Almeida Santos) no gigantesco projecto de assoreamento e desenvolvimento urbanístico da baía da Praia Grande, em Macau... onde estavam "previstos lucros de milhões de contos.”
”Com estas operações, o Presidente fortalecia uma nova instituição: a Fundação Mário Soares. Inverosímil? Nada foi desmentido pelos envolvidos, nem nunca será.”

O Polvo, (01 de Outubro de2005 na G.R. Nº 247)
”As revelações de Rui Mateus sobre os negócios do Presidente Soares, em Contos Proibidos, tiveram impacto político nulo e nenhuns efeitos. Em vez de investigar práticas porventura ilícitas de um Chefe de Estado, os jornalistas preferiram crucificar o autor pela "traição" a Soares...”
”Da parte dos soaristas, imperou a lei do silêncio...”, “...comentar o tema era dar o flanco a uma fragilidade imprevisível. Quando o livro saiu, a RTP procurou um dos visados para um frente-a-frente com Mateus - todos recusaram.”
”Com a questão esquecida, Soares terminou em glória uma histórica carreira política, mas o anúncio da sua recandidatura veio acordar velhos fantasmas. O mandatário, Vasco Vieira de Almeida, foi o autor do acordo entre a Emaudio e Robert Maxwell. Na cerimónia do Altis, viram-se figuras centrais dos negócios soaristas, como Almeida Santos ou Ílidio Pinho, que o Presidente fizera aliar a Maxwell.” Dos notáveis próximos da candidatura do "pai da pátria", há também homens da administração de Macau sob a tutela de Soares, como António Vitorino e Jorge Coelho, actuais eminências pardas do PS, ou Carlos Monjardino, conselheiro para a gestão dos fundos soaristas e presidente de uma fundação formada com os dinheiros de Stanley Ho.”
”Outros ex-"macaenses" influentes são o ministro da Justiça Alberto Costa..., ou o presidente da CGD por nomeação de Sócrates, que o Governador Melancia pôs à frente das obras do aeroporto de Macau.”
Grande Reportagem

nota: Joaquim Vieira, director da 'Grande Reportagem', detida pelo grupo Controlinveste, foi despedido. O jornalista foi, igualmente, informado de que a revista iria ser fechada.
Publicado por Francisco a 28 de Março de 2008.

(Artigo extraído da Grande reportagem)

novembro 25, 2005

Sobre Mário Soares - Fundação Mário Sores - Macau - Emáudio - "GRANDE POLVO"

A anatomia de um silêncio .


”Em Portugal não se investiga, insinua-se; em Portugal nunca há factos apenas suspeitas; também nunca há inocentes, apenas quem não foi declarado culpado.”


Este artigo será longo, mais longo do que o desejável num blog, mas em minha opinião merece uma leitura atenta.


Para o elaborar vou mencionar excertos de artigos de Joaquim Vieira que foram publicados na revista Grande Reportagem, distribuída semanalmente em forma de suplemento com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias.


Joaquim Vieira é um conhecido e conceituado jornalista tendo chegado a ser número dois na hierarquia do jornal Expresso. Nesta sua série de artigos, J. Vieira cita passagens do livro “Contos Proibidos – Memorias de um PS desconhecido” escrito por Rui Mateus, membro do P. S. A essa série de artigos, chamou “O Polvo”.


1ª Parte (Pub. 03 de Setembro de 2005, G.R. Nº 243)


“Além da brigada do reumático que é agora a sua comissão, outra faceta distingue a candidatura de Mário Soares a Belém das anteriores: surge após a edição de Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido, do seu ex-companheiro de partido Rui Mateus.”


”O livro, que noutra democracia europeia daria escândalo e inquérito judicial, veio a público nos últimos meses do segundo mandato presidencial de Soares...” Em síntese, que diz Mateus? “... após ganhar as primeiras presidenciais, 1986, Soares fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar fundos financeiros remanescentes da campanha.”


”Um dos objectivos da recolha de dinheiros era financiar a reeleição de Soares. Não podendo presidir ao grupo por razões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse amiúde com eles...” Que..., Soares convocou alguns magnatas internacionais - Rupert Murdoch, Sílvio Berlusconi, Robert Maxwell e Stanley Ho - para o visitarem na Presidência da República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal.”


”Note-se que o "Presidente de todos os portugueses" não convidou os empresários a investir na economia nacional, mas apenas no seu grupo...”


Parte 2 (Pub. 10 de Setembro de 2005, na G.R. nº 244)


”A rede de negócios que Soares dirigiu enquanto Presidente foi sedeada na empresa Emaudio, agrupando um núcleo de próximos seus, dos quais António Almeida Santos, Carlos Melancia e o próprio filho, João. A figura central era Rui Mateus, que detinha 60 mil acções da Fundação de Relações Internacionais..., as quais eram do Presidente mas de que fizera o outro fiel depositário na sua permanência em Belém.”


”Soares controlaria assim a Emaudio pelo seu principal testa-de-ferro no grupo empresarial. Diz Mateus que o Presidente queria investir nos média: daí o convite inicial para S. Berlusconi...”


“Acordou-se a sua entrada com 40% numa empresa em que o grupo de Soares reteria o resto, mas tudo se gorou por divergências no investimento. Soares tentou então a sorte com R. Murdoch...”


“Interpôs-se porém outro magnata, R. Maxwell, arqui-rival de Murdoch, que invocou em Belém credenciais socialistas. Soares daria ordem para se fazer o negócio com este. O empresário inglês passou a enviar à Emaudio 30 mil euros mensais. Apesar de os projectos tardarem, a equipa de Soares garantira o seu "mensalão".”


”Só há quatro anos foi criminalizado o tráfico de influências em Portugal...”


“...Mas a ética política é um valor permanente, e as suas violações não prescrevem. Daí a actualidade destes factos, com a recandidatura de Soares.”


Parte 3 (Pub. 17 de Setembro de 2005, na G.R. Nº 245)


”A empresa Emaudio, dirigida na sombra pelo Presidente Soares, arrancou pouco após a sua eleição e, segundo Rui Mateus em Contos Proibidos, contava "com muitas dezenas de milhares de contos "oferecidos" por (Robert) Maxwell (...), consideráveis valores oriundos do "ex-MASP" e uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos." Ao nomear governador de Macau um homem da Emaudio, Carlos Melancia, Soares permite juntar no território administração pública e negócios privados. Acena-se a Maxwell a entrega da estação pública de TV local, com a promessa de fabulosas receitas publicitárias. Mas, face a dificuldades técnicas, o inglês, tido por Mateus como "um dos grandes vigaristas internacionais", recua.”


”O esquema vem a público, e Soares acusa os gestores da Emaudio de lhe causarem perda de popularidade, anuncia-lhes alterações ao projecto e exige a Mateus as acções de que é depositário e permitem controlar a empresa. O testa-de-ferro, fiel soarista, será cilindrado. Mas antes resiste, recusando devolver as acções e esperando a reformulação do negócio. E, quando uma empresa reclama por não ter contrapartida dos 50 mil contos (250 mil euros) pagos para obter um contrato na construção do novo aeroporto de Macau, Mateus propõe o envio do fax a Melancia exigindo a devolução da verba.”


”O Governador cala-se. Almeida Santos leva a mensagem a Soares, que também se cala. Então Mateus dá o documento a 'O Independente”, daqui nascendo o "escândalo do fax de Macau". Em plena visita de Estado a Marrocos, ao saber que o Ministério Público está a revistar a sede da Emaudio, o Presidente envia de urgência a Lisboa Almeida Santos (membro da sua comitiva) para minimizar os estragos. Se Melancia acaba absolvido, Mateus e colegas são condenados como corruptores. Uma das revelações mais curiosas do seu livro é que o suborno (sob o eufemismo de "dádiva pública") não se destinou de facto a Melancia mas "à Emaudio ou a quem o Presidente da República decidisse". Quem afinal devia ser réu?”


O Polvo, Parte 4 (Pub. 24 de Setembro de 2005 na G.R. Nº 246)


”Ao investigar o caso de corrupção na base do "fax de Macau", o Ministério Público entreviu a dimensão da rede dos negócios então dirigidos pelo Presidente Soares desde Belém. A investigação foi encabeçada por António Rodrigues Maximiano, Procurador-geral adjunto da República, que a dada altura se confrontou com a eventualidade de inquirir o próprio Soares.”


”Questão demasiado sensível, que Maximiano colocou ao então Procurador-geral da República, Narciso da Cunha Rodrigues. Dar esse passo era abrir a Caixa de Pandora, implicando uma investigação ao financiamento dos partidos políticos...”


”Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou pela versão mínima: deixar de fora o Presidente e limitar o caso a apurar se o Governador de Macau, Carlos Melancia, recebera um suborno de 250 mil euros.”


”Entretanto, já R. Maxwel abandonara a parceria com o grupo empresarial de Soares, explicando a decisão em carta ao próprio Presidente. Mas logo a seguir surge Stanley Ho a querer associar-se ao grupo soarista...”


”Só que Mateus cai em desgraça, e Ho negociará o seu apoio com o próprio Soares, durante uma "presidência aberta" que este efectua na Guarda. “... o grupo de Soares queria ligar-se a Ho e à Interfina (uma empresa portuguesa arregimentada por Almeida Santos) no gigantesco projecto de assoreamento e desenvolvimento urbanístico da baía da Praia Grande, em Macau... onde estavam "previstos lucros de milhões de contos.”


”Com estas operações, o Presidente fortalecia uma nova instituição: a Fundação Mário Soares. Inverosímil? Nada foi desmentido pelos envolvidos, nem nunca será.”


O Polvo, Parte 5, (Pub. 01 de Outubro de2005 na G.R. Nº 247)


”As revelações de Rui Mateus sobre os negócios do Presidente Soares, em Contos Proibidos, tiveram impacto político nulo e nenhuns efeitos. Em vez de investigar práticas porventura ílicitas de um Chefe de Estado, os jornalistas preferiram crucificar o autor pela "traição" a Soares...”


”Da parte dos soaristas, imperou a lei do silêncio...”, “...comentar o tema era dar o flanco a uma fragilidade imprevisível. Quando o livro saiu, a RTP procurou um dos visados para um frente-a-frente com Mateus - todos recusaram.”


”Com a questão esquecida, Soares terminou em glória uma histórica carreira política, mas o anúncio da sua recandidatura veio acordar velhos fantasmas. O mandatário, Vasco Vieira de Almeida, foi o autor do acordo entre a Emaudio e Robert Maxwell. Na cerimónia do Altis, viram-se figuras centrais dos negócios soaristas, como Almeida Santos ou Ílidio Pinho, que o Presidente fizera aliar a Maxwell.” Dos notáveis próximos da candidatura do "pai da pátria", há também homens da administração de Macau sob a tutela de Soares, como António Vitorino e Jorge Coelho, actuais eminências pardas do PS, ou Carlos Monjardino, conselheiro para a gestão dos fundos soaristas e presidente de uma fundação formada com os dinheiros de Stanley Ho.”


”Outros ex-"macaenses" influentes são o ministro da Justiça Alberto Costa..., ou o presidente da CGD por nomeação de Sócrates, que o Governador Melancia pôs à frente das obras do aeroporto de Macau.”


“Será o Polvo apenas uma teoria de conspiração?”


”E depois, Macau, sempre Macau...”


In Grande Reportagem


Joaquim Vieira, director da 'Grande Reportagem', detida pelo grupo Controlinveste, foi despedido. O jornalista foi, igualmente, informado de que a revista será fechada até Dezembro. As razões de tais medidas são desconhecidas.


Após ler e seleccionar algumas partes dos artigos de Joaquim Vieira, veio-me à memória um caso com algumas semelhanças e no qual fui interveniente, se bem que indirectamente. No final dos anos 70 e início dos 80, colaborava num suplemento musical (Som 80) que era publicado semanalmente no jornal “Portugal Hoje”. Esse jornal era propriedade de uma empresa ligada ao Partido Socialista, da qual já não me recordo do nome. Não vendia muito, mas convinha ao PS ter o jornal. A certa altura houve na secção politica, alguém que teve a “infelicidade” de fazer um artigo com algumas verdades sobre o partido, que não eram muito abonatórias. Coincidência ou não, o jornal foi encerrado passado uma semana. Não deixa de existir uma certa semelhança entre o final da Grande Reportagem e do Portugal Hoje.


Mário Soares e os seus amigos no seu melhor.


Não olham a meios para atingir fins, nem que para isso se sirvam do País quando a sua obrigação é servir o Pais. É pena que os Portugueses não saibam, ou não queiram ver isto.


Lembra-me um ditado chinês: "Pior cego não é o que não vê, é aquele que não quer ver"

Posted by kinebe at novembro 25, 2005 09:10 AM
Comments
Quem nao quiser ser "cego" (ver ditado Chines no final) que tenha a paciencia de ler isto, apesar de já ser conhecido por muitos! Quem nao quiser perder tempo a ler estas coisas que já sao conhecidas de muitos que procuram alguma verdade nesta confusao actual e passada destes "senhores", entao vote Soares! Acho que está mais que na altura de mostrar a estes "senhores" que nao nos podem roubar TODA a vida!!! 1 MILHAO de Km percorridos como o chefe de estado mais viajado do mundo... Só acho incrível ainda, que o Soares ainda consiga atingir a grandessíssima percentagem de 17% de intencoes de voto... E acho ainda mais incrível como esse "senhor" vem à TV com aquela cara de santíssima eminencia, com uma LATA nas coisas que diz, que só visto... Quem viesse de Marte e nao o conhecesse, pensaria que ele é o homem mais "MAIS" em Portugal! Mas de certeza que há um ditado popular qualquer que diz que a melhor defesa dum criminoso é o ataque àqueles que o desmascaram todos os dias, hahahahahah O povo portugues ainda nao atingiu a atitude certa perante um país em CACOS! (para nao dizer em CACA)... quando se está perante MERDA, LIMPA-SE E PUXA-SE O AUTOCLISMO!!! O país agradece... :-))) A Irlanda já o fez e o prémio foi ultrapassar-nos como se nós estivessemos PARADOS... Tendo os portgueses uma história de "nós é ques sabemos!" e muitos dizerem que "os Irlandeses sao terroristas e loucos", pergunto-me onde estao todos esses portugueses hoje... uns caladinhos que nem RATOS, outros com LATA infinita... tenho imensa pena que Portugal e os portugueses funcione "ao contrário"...

Pedro Kulzer Posted by: Pedro Kulzer at novembro 25, 2005 09:57 AM

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O Aeroporto Internacional de Macau foi inaugurado em Novembro de 1995.