o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

domingo, maio 30

JOANA D'ARC 30 DE MAIO DE 1431


Joana d'Arc (em francês Jeanne d'Arc) (Domrémy-la-Pucelle, 6 de janeiro 1412Ruão, 30 de maio 1431), por vezes chamada de donzela de Orléans, era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée e é a santa padroeira da França e foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses.


Descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa canonizada em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva.


Segundo a escritora Irène Kuhn, Joana d'Arc foi esquecida pela história até o século XIX, conhecido como o século do nacionalismo, o que pode confirmar as teorias de Ernest Gellner. Irène Kuhn escreveu: Foi apenas no século XIX que a França redescobriu esta personagem trágica.


François Villon, nascido em 1431, no ano de sua morte, evoca sua lembrança na bela Ballade des Dames du temps jadis ou seja, Balada das damas do tempo passado -




Et Jeanne, la bonne Lorraine

Qu'Anglais brûlèrent à Rouen;
Où sont-ils, où, Vierge souvraine?
Mais où sont les neiges d'antan?

Antes aos fatos relacionados, Shakespeare tratou-a como uma bruxa; Voltaire escreveu um poema satírico, ou pseudo-ensaio histórico, que a ridicularizava, intitulado «La Pucelle d´Orléans» ou «A Donzela de Orléans»





Gravura de 1505

Depois da Revolução, o partido monárquico reavivou a lembrança da boa lorena, que jamais desistiu do retorno do rei.


Joana foi recuperada pelos profetas da «França eterna», em primeiro lugar o grande historiador romântico Jules Michelet. Com o romantismo, o alemão Schiller fez dela a heroína da sua peça de teatro "Die Jungfrau von Orléans", publicada em 1801.


Em 1870, quando a França foi derrotada pela Alemanha - que ocupou a Alsácia e a Lorena - "Jeanne, a pequena pastora de Domrémy, um pouco ingênua, tornou-se a heroína do sentimento nacional". Republicanos e nacionalistas exaltaram aquela que deu sua vida pela pátria.


Durante a primeira fase da Terceira República, no entanto, o culto a Joana d'Arc esteve associado à direita monarquista, da qual era um dos símbolos, como o rei Henrique IV, sendo mal vista pelos republicanos.


A Igreja Católica francesa propôs ao Papa Pio X sua beatificação, realizada em 1909, num período dominado pela exaltação da nação e ao ódio ao estrangeiro, principalmente Inglaterra e Alemanha.


O gesto do Papa inspirou-se no desejo de fazer a Igreja de França entrar em mais perfeito acordo com os dirigentes anticlericais da III República, mas só com a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918, Joana deixa de ser uma heroína da Direita. Segundo Irène Kuhn, a partir daí os "postais patrióticos" mostram Jeanne à cabeça dos exércitos e monumentos seus aparecem como cogumelos por toda a França. O Parlamento francês estabelece uma festa nacional em sua honra no 2º domingo de maio.


Em 9 de maio de 1920, cerca de 500 anos depois de sua morte, Joana d'Arc foi definitivamente reabilitada, sendo canonizada pelo Papa Bento XV - era a Santa Joana d'Arc. A canonização traduzia o desejo da Santa Sé de estender pontes para a França republicana, laica e nacionalista. Em 1922 foi declarada padroeira de França. Joana d´Arc permanece como testemunha de milagres que pode realizar uma pessoa, ainda que animada apenas pela energia de suas convicções, mesmo adolescente, pastora e analfabeta, de modo que seu exemplo guarda um valor universal.











Primeiros anos


Joana nasceu em Domrémy, na região de Lorena (ou Lorraine) na França. Posteriormente a cidade foi renomeada como Domrémy-la-Pucelle em sua homenagem (pucelle; donzela em português). A data de seu nascimento é imprecisa, de acordo com seu interrogatório em 24 de fevereiro de 1431, Joana teria dito que na época tinha 19 anos portanto teria provavelmente nascido em 1412. (Não se sabe a idade correta de Joana pois naquela época não se importavam com a idade exata, por isso o termo certo a usar seria "mais ou menos". Joana declarou uma vez que, quando perguntada sobre sua idade, "tenho 19 anos, mais ou menos).


Filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, tinha mais quatro irmãos: Jacques, Catherine, Jean e Pierre, sendo ela a mais nova dos irmãos. Seu pai era agricultor e sua mãe lhe ensinou todos os afazeres de uma menina da época.


Sua mãe lhe ensinou as artes domésticas como fiar e costurar. Joana também era muito religiosa ia muito a igreja e frequentemente fugia do campo para ir orar na igreja de sua cidade.


Em seu julgamento Joana afirmou que desde os treze anos ouvia vozes divinas. Segundo ela, em seu julgamento, a primeira vez que escutou a voz, ela vinha da direção da igreja e acompanhada de claridade e uma sensação de medo. Dizia que às vezes não a entendia muito bem e que as ouvia duas ou três vezes por semana. Entre as mensagens que ela entendeu estavam conselhos para frequentar a igreja, que deveria ir a Paris e que deveria levantar o domínio que havia na cidade de Orléans. Posteriormente ela identificaria as vozes como sendo do arcanjo São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida


A Guerra dos Cem Anos


Desde que o Duque da Normandia, Guilherme, o Conquistador se apoderou da Inglaterra em 1066, os monarcas ingleses passaram a controlar extensas terras no território francês. Com o tempo, passaram a ter vários ducados franceses: Aquitânia, Gasconha, Poitou, Normandia, entre outros. Os duques, apesar de vassalos do rei francês, acabaram tornando-se seus rivais.





Batalha de Crécy

Quando a França tentou recuperar os territórios perdidos para Inglaterra, originou-se um dos mais longos e sangrentos conflitos da história da humanidade: a Guerra dos Cem Anos, que durou na realidade 116 anos, e que provocou milhões de mortes e a destruição de quase toda a França setentrional.


O início da guerra aconteceu em 1337. Os interesses mais que evidentes de unificar as coroas concretizaram-se na morte do rei francês Carlos IV em 1328. Filipe VI, sucessor graças à lei sálica (Carlos IV não tinha descendentes masculinos), proclamou-se rei da França em 27 de maio de 1328.


Felipe VI reclamou em 1337 o feudo da Gasconha ao rei inglês Eduardo III, e no dia 1 de novembro este responde plantando-se às portas de Paris mediante ao bispo de Lincoln, declarando que ele era o candidato adequado para ocupar o trono francês.


A Inglaterra ganharia batalhas como Crécy (1346) e Poitiers (1356). Uma grave enfermidade do rei francês originou uma luta pelo poder entre seu primo João I de Borgonha ou João sem Medo, e o irmão de Carlos VI, Luís de Orléans.


No dia 23 de novembro de 1407, nas ruas de Paris e por ordem do borguinhão, se comete o assassinato do armagnac Luís de Orléans. A família real francesa estava dividida entre os que davam suporte ao duque de Borgonha (borguinhões) e os que o davam ao de Orléans e depois a Carlos VII, Delfim de França (armagnacs ligados à causa de Orléans e à morte de Luís). Com o assassinato do armagnac, ambos os bandos se enfrentaram numa guerra civil, onde buscaram o apoio dos ingleses. Os partidários do Duque de Orléans, en 1414, viram recusada uma proposta pelos ingleses, que finalmente pactuaram com os borguinhões.


Com a morte de Carlos VI, em 1422, Henrique VI da Inglaterra foi coroado rei francês, mas os armagnacs não desistiram e mantiveram-se fiéis ao filho do rei, Carlos VII, coroando-o também em 1422.


Encontro com Carlos


Aos 16 anos, Joana foi a Vaucouleurs, cidade vizinha a Domrèmy. Recorreu a Robert de Baudricourt, capitão da guarnição armagnac estabelecida em Vaucouleurs para lhe ceder uma escolta até Chinon, onde estava o delfim, já que teria que atravessar todo o território hostil defendido pelos aliados ingleses e borguinhões. Quase um ano depois, Baudricourt aceitou enviá-la escoltada até o delfim. A escolta iniciou-se aproximadamente em 13 de fevereiro de 1429. Entre os seis homens que a acompanharam estavam Poulengy e Jean Nouillompont (conhecido como Jean de Metz). Jean esteve presente em todas as batalhas posteriores de Joana d'Arc.


Portando roupas masculinas até sua morte, Joana atravessou as terras dominadas por Borguinhões, chegando a Chinon, onde finalmente iria se encontrar com Carlos, após uma apresentação de uma carta enviada por Baudricourt. Chegando a Chinon, Joana já dispunha de uma grande popularidade, porém o delfim tinha ainda desconfianças sobre a moça. Decidiram passá-la por algumas provas. Segundo a lenda, com medo de apresentar o delfim diante de uma desconhecida que talvez pudesse matá-lo, eles decidiram ocultar Carlos em uma sala cheia de nobres ao recebê-la. Joana então teria reconhecido o rei disfarçado entre os nobres sem que jamais o tivesse visto antes. Joana teria ido até ao verdadeiro rei, curvado e dito: "Senhor, vim conduzir os seus exércitos à vitória".


Sozinha na presença do rei, ela o convenceu a lhe entregar um exército com o intuito de libertar Orléans. Porém, o rei ainda a fez passar por provas diante dos teólogos reais. As autoridades eclesiásticas em Poitiers submeteram-na a um interrogatório, averiguaram sua virgindade e suas intenções.


Convencido do discurso de Joana, o rei entrega-lhe às mãos uma espada, um estandarte e o comando das tropas francesas, para seguir rumo à libertação da cidade de Orléans, que havia sido invadida e tomada pelos ingleses havia oito meses.





Joana reconhece o rei Carlos VII em Chinon.

Joana d'Arc: a guerreira



Munida de uma bandeira branca, Joana chega a Orléans em 29 de abril de 1429. Comandando um exército de 4000 homens ela consegue a vitória sobre os invasores no dia 9 de maio de 1429. O episódio é conhecido como a Libertação de Orléans (e na França como a Siège d'Orléans). Os franceses já haviam tentado defender Orléans mas não obtiveram sucesso.


Existem histórias paralelas a esta que informam que a figura de Joana era diferente. Ela teria chegado para a batalha em um cavalo branco, armadura de aço, e segurando um estandarte com a cruz de Cristo, circunscrita com o nome de Jesus e Maria. Segundo esta outra versão, Joana apenas arrastada pelo fascínio sobrenatural de seus sonhos e proposta de missão a cumprir segundo a vontade divina e sem saber nada sobre arte de guerra comandou os soldados rudes, com ar angelical, na qual em sua presença ninguém se atrevia a dizer ou praticar inconveniências. Ela apresentava-se extremamente disciplinada.


Após a libertação de Orléans, os ingleses pensaram que os franceses iriam tentar reconquistar Paris ou a Normandia, e ao invés disto, Joana convenceu o Delfim a iniciar uma campanha sobre o rio Loire. Isso já era uma estratégia de Joana para conduzir o Delfim a Ruão.


Joana dirigiu-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire. Em 11 e 12 de junho de 1429 venceu a batalha de Jargeau. No dia 15 de junho foi a vez da batalha de Meung-sur-Loire. A terceira vitória foi na batalha de Beaugency, nos dias 16 e 17 de junho do mesmo ano. Um dia após sua última vitória se dirigiu a Patay, onde sua participação foi pouca. A batalha de Patay, única batalha em campo aberto, já se desenrolava sem a presença de Joana.


Coroação de Carlos


Cerca de um mês após sua vitória sobre os ingleses em Orléans, ela conduziu o rei Carlos VII à cidade de Reims, onde Carlos VII é coroado em 17 de julho. A vitória de Joana d'Arc e a coroação do rei acabaram por reacender as esperanças dos franceses de se libertarem do domínio inglês e representaram a virada da guerra.


O caminho até Reims era considerado difícil já que várias cidades estavam sob o domínio dos borguinhões. Porém, a fama de Joana tinha se estendido por boa parte do território e fez com que o exército armagnac do delfim fosse temido. Assim, Joana passou sem problemas por sucessivas cidades como Gien, Saint Fargeau, Mézilles, Auxerre, Saint Florentin e Saint Paul.


Desde Gien, foram enviados convites a diversas autoridades para assistir à consagração do delfim. Em Auxerre chegou-se a pensar em resistência por parte de uma pequena tropa inimiga que se encontrava na cidade. Após três dias de negociação foi possível por lá passar sem qualquer problema. O mesmo aconteceu em Troyes, cujas negociações duraram cinco dias. A chegada a Ruão foi em 16 de julho.


Sabe-se que o dia da consagração definitiva do rei francês em Ruão foi em 17 de julho e não foi a cerimônia mais esplêndida do momento, já que as circunstâncias da guerra impediam o contrário. Joana assistiu à consagração de uma posição privilegiada, acompanhada de seu estandarte.





Coroação de Carlos VII.

Paris


Teoricamente Joana já não tinha nada mais que fazer no exército já que havia cumprido sua promessa perfeitamente, havia cumprido corretamente as ordens que as vozes lhe haviam dado. Mas ela, como muitos outros, viu que enquanto a cidade de Paris estivesse tomada pelas tropas inglesas, dificilmente o novo rei poderia ter claramente o controle do reino de França.


No mesmo dia da coroação, chegaram emissários do Duque de Borgonha e se iniciaram as negociações para se chegar a paz, ou a uma trégua, que foi finalmente o que se pactuou. Não foi a paz que Joana desejava, mas pelo menos ela houve durante quinze dias. Entretanto a trégua não foi gratuita, já que houve interesses políticos por trás desta. Carlos VII necessitava tomar Paris para exercer sua autoridade de rei mas não queria criar uma imagem ruim com uma conquista violenta de terras que passariam a ser seu domínio. Foi isto que o que motivou a firmar a trégua com o Duque de Borgonha. Foi uma necessidade de ganhar tempo.


Durante a trégua, Carlos VII levou seu exército até Île-de-France (região francesa que abriga Paris). Houve alguns enfrentamentos entre os armagnacs e a aliança inglesa com os borguinhões. Os ingleses abandonaram Paris dirigindo-se a Ruão (ou Rouen em francês). Restava então derrotar os borguinhões que ainda ficaram em Paris e na região.





Estátua de Joana d'Arc na Catedral de Notre-Dame de Paris.

Joana foi ferida por uma flecha durante uma tentativa de entrar em Paris. Isto acelerou a decisão do rei em bater em retirada no dia 10 de setembro. Com a parada o rei francês não expressava a intenção de abandonar definitivamente a luta, mas optava por pensar e defender a opção de conquistar a vitória mediante a paz, tratados e outras oportunidades no futuro.


O fim de Joana d'Arc


A captura


Na primavera de 1430, Joana d'Arc retomou a campanha militar e passou a tentar libertar a cidade de Compiègne, onde acabou sendo dominada e capturada pelos borguinhões, aliados dos ingleses, em 1430.


Foi presa em 23 de maio do mesmo ano. Entre os dias 23 e 27 foi conduzida à Beaulieu-lès-Fontaines. Joana foi entrevistada entre os dias 27 e 28 pelo próprio Duque de Borgonha, Felipe, o bom. Naquele momento Joana era propriedade do Duque de Luxemburgo. Joana foi levada ao Castelo de Beaurevoir, onde permaneceu todo o verão, enquanto o duque de Luxemburgo negociava sua venda. Ao vendê-la aos ingleses, Joana foi transferida a Ruão.


Duas mulheres, duas personalidades em guerra


A infanta D. Isabel, filha de D. João I e duquesa de Borgonha (e em cuja honra foi criada por Filipe o Bom a Ordem do Tosão de Ouro, em Janeiro de 1430, por ocasião da chegada de Isabel ao ducado), poderá ter sido impulsionadora da perseguição a Joana D'Arc. Não só como Infanta de Portugal, aliada da Inglaterra e de Borgonha, mas porque Joana D'Arc a submetera a cerco quando chegara a Borgonha para se casar com Filipe o Bom. Implacável (como se vê pela sua atitude perante o seu irmão D. Henrique, o "traidor" da Alfarrobeira), não desisitiu enquanto Joana D'Arc não pagou a insolência com a própria vida.


O processo em Ruão





Interrogatório de Joana.

Joana foi presa em uma cela escura e vigiada por cinco homens. Em contraste ao bom tratamento que recebera em sua primeira prisão, Joana agora vivia seus piores tempos.


O processo contra Joana teve início no dia 9 de janeiro de 1431, sendo chefiado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon. Foi um processo que passaria à posteridade e que converteria Joana em heroína nacional, pelo modo como se desenvolveu e trouxe o final da jovem, e da lenda que ainda nos dias de hoje mescla realidade com fantasia.


Dez sessões foram feitas sem a presença da acusada, apenas com a apresentação de provas, que resultaram na acusação de heresia e assassinato.


No dia 21 de fevereiro Joana foi ouvida pela primeira vez. A princípio ela se negou a fazer o juramento da verdade, mas logo o fez. Joana foi interrogada sobre as vozes que ouvia, sobre a igreja militante, sobre seus trajes masculinos. No dia 27 e 28 de março, Thomas de Courcelles fez a leitura dos 70 artigos da acusação de Joana, e que depois foram resumidos a 12 , mais precisamente no dia 5 de abril. Estes artigos sustentavam a acusação formal para a Donzela buscando sua condenação.


No mesmo dia 5, Joana começou a perder saúde por causa de ingestão de alimentos venenosos que a fez vomitar. Isto alertou Cauchon e os ingleses, que lhe trouxeram um médico. Queriam mantê-la viva, principalmente os ingleses, porque planejavam executá-la.


Durante a visita do médico, Jean d’Estivet acusou Joana de ter ingerido os alimentos envenenados conscientemente para cometer suicídio. No dia 18 de abril, quando finalmente ela se viu em perigo de morte, pediu para se confessar.


Os ingleses impacientaram-se com a demora do julgamento. O Conde de Warwick disse a Cauchon que o processo estava demorando muito. Até o primeiro proprietário de Joana, Jean de Luxemburgo, apresentou-se a Joana fazendo-lhe a proposta de pagar por sua liberdade se ela prometesse não atacar mais os ingleses. A partir do dia 23 de maio, as coisas se aceleraram, e no dia 29 de maio ela foi condenada por heresia.


A morte





Joana d'Arc é queimada viva pela Igreja.

Joana foi queimada viva em 30 de Maio de 1431, com apenas dezenove anos. A cerimônia de execução aconteceu na Praça do Velho Mercado (Place du Vieux Marché), às 9 horas, em Ruão.


Antes da execução ela se confessou com Jean Totmouille e Martin Ladvenu, que lhe administraram os sacramentos da Comunhão. Entrou, vestida de branco, na praça cheia de gente, e foi colocada na plataforma montada para sua execução. Após lerem o seu veredito, Joana foi queimada viva. Suas cinzas foram jogadas no rio Sena, para que não se tornassem objeto de veneração pública. Era o fim da heroína francesa.


Após a morte de Joana d'Arc


A revisão do seu processo começou a partir de 1456, quando foi considerada inocente pelo Papa Calisto III, e o processo que a condenou foi considerado inválido, e em 1909 a Igreja Católica autoriza sua beatificação. Em 1920, Joana d'Arc é canonizada pelo Papa Bento XV.


Temos uma outra versão que informa que vinte anos após a sua condenação à fogueira, os pais de Joana d'Arc pediram que o Papa da época, Calisto III, autorizasse uma comissão que, numa pesquisa serena e profunda, reconheceu a nulidade do processo por vício de forma e de conteúdo. Joana d´Arc desta maneira teve sua honra reabilitada, e o nome feiticeira, e bruxa foi apagado para que ela fosse reconhecida por suas virtudes heróicas, provenientes de uma missão divina. Joana também enquanto morria era chamada de bruxa,mentirosa,basfemia


Ela foi proclamada Mártir pela Pátria e da Fé.

O MATA FRADES


Joaquim António de Aguiar


Joaquim António de Aguiar, o Mata-Frades.Joaquim António de Aguiar (Coimbra, 24 de Agosto de 1792 — Lavradio, 26 de Maio de 1884) foi um político português do tempo da Monarquia Constitucional e um importante líder dos cartistas e mais tarde do Partido Regenerador. Foi por três vezes chefe de Governo de Portugal (1841–1842, 1860 e 1865–1868, neste último período chefiando o Governo da Fusão, um executivo de coligação dos regeneradores com os progressistas. Ao longo da sua carreira política assumiu ainda várias pastas ministeriais, designadamente a de Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça durante a regência de D. Pedro nos Açores em nome da sua filha D. Maria da Glória. Foi no exercício dessa função que promulgou a célebre lei de 30 de Maio de 1834, pela qual declarava extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios, e quaisquer outras casas das ordens religiosas regulares, sendo os seus bens secularizados e incorporados na Fazenda Nacional. Essa lei, pelo seu espírito anti-eclesiástico, valeu-lhe a alcunha de o Mata-Frades.

[editar] Biografia
Joaquim António de Aguiar nasceu em Coimbra, a 24 de Agosto de 1792, filho de D. Teresa Angélica de Aguiar e do cirurgião Xavier António de Aguiar, uma família de origens humildes, mas que se empenhou em dar ao seu filho uma educação esmerada.

Quando em 1807 ainda frequentava os estudos preparatórios para ingresso na Universidade de Coimbra, deu-se a primeira invasão de Portugal pelos exércitos franceses de Napoleão Bonaparte, então sob o comando do general Jean-Andoche Junot. Face à situação que então se viveu em Portugal, abandonou os estudos e alistou-se no Batalhão Académico que então se formou em Coimbra. Integrado nesse batalhão e noutras unidades militares, participou como soldado na Guerra Peninsular.

Terminado aquele conflito, regressou a Coimbra e matriculou-se no curso de Leis, concluindo o curso com a maior distinção, aprovado unanimemente em todos os actos e premiado nos últimos anos. Obteve no fim do curso a classificação mais distinta e honrosa que a Universidade de Coimbra atribuía aos seus alunos. Apesar de inicialmente pretender ingressar na magistratura judicial, acabou por permanecer na Universidade, onde obteve o grau de Doutor em Leis no ano de 1815.

Tendo-se doutorado, no ano de 1816, foi opositor a uma das cadeiras da Faculdade de Direito, sendo seleccionado com o voto unânime da congregação universitária. Começou então a exercer funções docentes, que acumulava com as de fiscal da Fazenda e de conservador da Universidade.

Sendo conhecido pelas suas ideias liberais, foi preterido na nomeação para um lugar nas colegiaturas dos Colégios de São Pedro e de São Paulo da Universidade de Coimbra, a favor de outros candidatos considerados de menor mérito. Essa situação foi levada às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, então reunidas em Lisboa na sequência da Revolução Liberal de 1820, as quais deliberaram, depois de acalorada discussão, admiti-lo, sem mais formalidade, no lugar da colegiatura de São Pedro, o que lhe granjeou grandes inimizades. Em resposta, Joaquim António de Aguir publicou em Setembro de 1822 um folheto em que demonstrava as suas ideias de assumido liberal.

Em consequência, quando em 1823 se estabeleceu o governo miguelista, por decreto de 8 de Novembro de 1823 foi mandado sair do colégio de S. Pedro e teve de abandonar a docência e procurar refúgio na cidade do Porto. Face ao regresso ao absolutismo, e com as suas ideias liberais tão publicamente manifestadas, só lhe restava emigrar, o que fez.

Contudo, quando em 1826 foi proclamado o governo de D. Pedro IV, voltou a Coimbra, sendo em Abril desse ano nomeado lente-substituto da Faculdade de Leis, com exercício na cadeira de Direito Pátrio. Nesse mesmo ano foi eleito deputado às Cortes pela Província da Beira, tomando assento na câmara até 13 de Março de 1826. No parlamento revelou-se um parlamentar combativo e um grande orador, defendendo os princípios liberais mais avançados da monarquia constitucional representativa. Manteve-se no parlamento até que em 1828, ano em que as Cortes foram dissolvidas por ordem de D. Miguel.

Voltou então a Coimbra, mas foi logo intimado pelo conservador da Universidade que, por ordem do Governo, devia sair da cidade no prazo de 24 horas, desterrado para Tabuaço. Não considerando prudente ir para aquela vila, recolheu-se ao Porto, mas logo se viu obrigado a emigrar para Londres. No entretanto, foi declarado rebelde em Portugal e banido para sempre da Universidade de Coimbra.

Junto da emigração liberal portuguesa em Londres exerceu grande actividade, sendo um dos maiores aliados de Pedro de Sousa Holstein, então marquês de Palmela, na condução da política do governo no exílio e na preparação teórica da implantação do liberalismo em Portugal.

Participou na expedição de socorro à ilha Terceira que foi comandada por João Carlos Oliveira e Daun, o futuro marechal Saldanha, e que se gorou devido ao bloqueio britânico então imposto às forças liberais acantonadas nos Açores. Teve então de procurar refúgio em Brest, de onde pouco depois conseguiu atingir a ilha Terceira. Estando integrado no Corpo dos Voluntários da Rainha, foi transferido para o Corpo Académico então estacionado na vila da Praia.

Na Terceira teve uma participação activa nos acontecimentos que precederam a transferência das forças liberais para a ilha de São Miguel, de onde partiu em integrado nas forças que a 8 de Julho de 1832 protagonizaram o Desembarque do Mindelo, entrando na cidade do Porto no dia seguinte.

Durante o Cerco do Porto foi nomeado juiz do Tribunal de Guerra e de Justiça e membro da comissão encarregada de elaborar o Código Penal e o Código Comercial. Também ocupou o cargo de Procurador-Geral da Coroa, lugar que foi exercer em Lisboa, logo que a capital foi conquistada pelas forças liberais. Pouco depois passou a exercer as funções de conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.

Foi pela primeira vez nomeado membro do governo a 15 de Outubro de 1833, ocupando o cargo de Ministro do Reino, sendo a 23 de Abril de 1834 transferido para o cargo de Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça, cargo que exerceu até à morte de D. Pedro IV em Setembro desse ano.

Nesse curto período conseguiu demonstrar a sua capacidade reformista decretando a reorganização dos municípios e a extinção das ordens religiosas, mandando incorporar os seus bens na Fazenda Nacional. Esta medida deu brado no país, suscitando grande oposição entre as forças mais conservadores e no mundo rural, valeu-lhe a alcunha de Mata-Frades que conservaria durante toda a sua carreira política. Tendo deixado o governo, ingressou na actividade parlamentar, tendo sido deputado eleito pelos círculos das províncias da Estremadura, Douro, Alentejo e Beira Alta.

A 20 de Abril de 1836 regressou ao governo, assumindo de novo a pasta dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça, mas os acontecimentos de 9 de Setembro desse ano, o eclodir da chamada Revolução de Setembro, obrigaram o ministério a demitir-se. Sendo um cartista convicto, recusou aceitar a revogação da Carta Constitucional de 1826, pelo que se demitiu do lugar de conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça e se retirou da vida pública.

Só quando a Constituição Política da Monarquia Portuguesa de 1838 foi jurada pela rainha e pela nação, apesar de se manter fiel aos seus princípios e ao trono, aceitou retomar o seu assento na Câmara como deputado por Coimbra, Lamego e Vila Real. Por lei de 28 de Agosto de 1840 foi reintegrado no cargo de conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.

Em 9 de Julho de 1841 foi nomeado Presidente do Ministério, cargo que acumulava com o de Ministro do Reino, conservando-se no poder até 7 de Fevereiro de 1842, data em que o governo caiu devido à restauração da Carta Constitucional. Nesse mesmo ano foi eleito deputado pela Estremadura e Alentejo, tomando então uma parte muito activa na política da oposição.

Regressou ao poder a 19 de Julho de 1846, no governo chefiado pelo duque de Palmela, sendo-lhe confiada, novamente, a pasta da justiça. Este ministério teve curta duração, pois terminou a 6 de Outubro imediato no conhecido golpe palaciano de Emboscada. Ainda assim, Joaquim António de Aguiar fez jus à sua fama de reformador, aprovando uma lei da reforma eleitoral que pretendia garantir a liberdade do voto e punir a corrupção e o caciquismo que dominavam avassaladoramente os actos eleitorais.

À Emboscada seguiu-se a Revolução da Maria da Fonte e a guerra civil da Patuleia, acontecimentos que fizeram com que Joaquim António de Aguiar fosse novamente exonerado do cargo de conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, apenas para ser reintegrado uma vez acalmada a situação revolucionária.

Quando o golpe de Regeneração triunfou em 1851 foi afastado da esfera do poder, mas ainda assim conservou uma notável actividade política como deputado eleito pelo círculo de Coimbra. No ano seguinte, por carta régia de 3 de Janeiro, foi elevado a Par do Reino.

A 9 de Novembro de 1854, foi nomeado provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, cargo no qual prestou grandes e reconhecidos serviços.

A 1 de Maio de 1860 foi chamado à presidência do gabinete ministerial, mas o seu governo foi efémero, já que foi demitido a 4 de Julho daquele mesmo ano.

Já no período agudo de instabilidade do regime da Monarquia Constitucional portuguesa que se seguiu ao falhanço da Regeneração, voltou ao poder, pela última vez, a 4 de Setembro de 1865, mas governou por apenas alguns meses, já que a 4 de Janeiro de 1866 foi derrubado pelo movimento da Janeirinha.

Joaquim António de Aguiar foi sempre um homem de hábitos simples, recusando os títulos e mercês com que pretenderam honrá-lo. Também não usava as grã-cruzes e condecorações que lhe foram concedidas por alguns governos estrangeiros.

Faleceu a 26 de Maio de 1884, na sua quinta de São Marcos, então na freguesia de Santa Margarida do Lavradio, concelho do Barreiro, nos arredores de Lisboa. O seu cadáver foi trasladado para o cemitério da Conchada, em Coimbra, a 10 de Dezembro de 1885, sendo depositado numa modesta sepultura.
Fonte - Enciclopédia livre

domingo, maio 23

ACIDENTE COM AVIÃO 737-800 DA AIR INDIA EXPRESS




22/05/2010 - 13h47


Ministro de Aviação Civil renuncia após acidente aéreo que matou 158 na Índia



O ministro de Aviação Civil, Praful Patel, ofereceu sua renúncia neste sábado, ao responsabilizar-se pelo acidente do avião da Air India Express, que matou 158 dos 166 a bordo. O avião saiu da pista e explodiu ao aterrissar no aeroporto de Bajpe, em Mangalore, no sul do país.

Segundo o jornal "Times of India", o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, rejeitou o pedido de Patel, que teria relatado seu sentimento de "profunda angústia" com a tragédia.

Patel disse a Singh, segundo o jornal, que fez muito pelo setor de aviação civil nos últimos seis anos e se sente "pessoalmente moralmente responsável por um incidente tão trágico e triste".


Criança é resgatada com vida da fuselagem do Boeing-737 da Air India Express; ministro renuncia após tragédia


Singh teria respondido que Patel não precisava renunciar e que deveria focar em enfrentar a situação.

Segundo o próprio ministro contou aos repórteres, singh afirmou que certas coisas estão fora do nosso controle. "Se há qualquer erro para ser corrigido, ele deve ser corrigido", disse Singh, segundo relato de Patel.

Quando questionado sobre a renúncia, Patel afirmou que os assuntos discutidos não devem vir a público.

Muitos questionaram as condições da pista do aeroporto de Bajpe e especularam que esta seria a causa do acidente.

O próprio Patel, contudo, disse mais cedo que as informações preliminares indicam que o piloto do Boeing-737 errou o procedimento de aterrissagem.

O piloto voou por 2.000 pés, cerca de 600 metros, a mais do que deveria sobre a pista e, por isso, não teria tido distância suficiente para fazer a aterrissagem na pista do aeroporto de Bajpe, em Mangalore, no sul da Índia.

Patel disse ainda que a pista em que o avião da Air India Express aterrissou era a maior das duas do aeroporto. Ela tinha 8.000 pés (cerca de 2.400 metros), contra 6.000 pés (cerca de 1.800 metros) da outra.

Ele disse a repórteres que a observação preliminar mostrou que não havia problemas com a pista do aeroporto, construída há apenas quatro anos, e nem com o Boeing-737 da Air India Express, uma companhia de baixo custo pertencente a estatal Air India.

Patel disse que o piloto Zlatko Glusica, britânico de origem sérvia, e o copiloto H S Ahluwalia conheciam o aeroporto e já haviam feito diversas aterrissagens no local.

A imprensa local afirmou mais cedo que o piloto tem mais de 10 mil horas de experiência de voo. No momento do acidente, chovia forte em Mangalore.

O ministro afirmou ainda, segundo o jornal, que os dados iniciais mostram que o quociente de fricção da pista estava correto e foi certificado pela DGAC --o que significaria que o avião não derrapou pela má qualidade da pista.

Mais cedo, o vice-presidente da Air India Express, V.P. Agarwal, disse a jornalistas que o piloto não demonstrou qualquer motivo de preocupação quando recebeu autorização para pousar e teve visibilidade suficiente. Segundo a imprensa local, chovia no momento da aterrissagem.

Ele disse ainda que uma investigação detalhada será realizada peça Direção Geral de Aviação Civil para verificar com certeza a causa da tragédia.

"A DGAC ordenou uma investigação. A AIr India também formou uma equipe, liderada pelo diretor executivo, para estabelecer as circunstâncias, coletar dados e ajudar a DGAC", disse.

A caixa-preta, que armazena rodos os dados do avião e as conversas entre os pilotos e a Torre de Controle, já foi recuperada. Os seus dados, contudo, ainda não foram avaliados.



Indenização

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, anunciou neste sábado que o governo vai pagar uma indenização de 200 mil rúpias indianas (cerca de R$ 8.000) para cada família das vítimas.

O premiê anunciou ainda uma indenização de 50 mil rúpias indianas (cerca de R$ 2.000) para cada um dos oito sobreviventes da tragédia. O dinheiro virá do Fundo de Auxílio Nacional.

Singh cancelou ainda, em respeito às vítimas, um evento para comemorar o primeiro ano do governo UPA.



Acidente


O Boeing-737 da Air India Express, companhia aérea de baixo custo da estatal Air India, vinha de Dubai e aterrissava às 6h (21h30 desta sexta-feira em Brasília) quando derrapou, pegou fogo e explodiu, segundo o Ministério de Aviação Civil.

O canal NDTV, de Nova Déli, mostrou imagens do avião, completamente destruído e queimado e apenas a cauda intacta, no barranco em que caiu após ultrapassar a pista do aeroporto de Bajpe, localizado em uma colina cerca de vinte quilômetros de Mangalore.

O diretor de Recursos Humanos da Air India, Anup Srivastava, disse em uma entrevista a jornalistas que havia 160 passageiros e seis membros da tripulação no avião.

Srivastava afirmou ainda que oito passageiros foram resgatados com vida dos destroços e encaminhados aos hospitais da região. "Até onde sabemos, apenas oito pessoas foram retiradas do local com vida, mas as equipes de resgate ainda trabalham no local". Ele não quis confirmar a morte dos outros 158 passageiros.

Dos oito sobreviventes, pelo menos três estão em estado crítico, dois ficaram levemente feridos e um outro foi liberado após receber cuidados médicos, segundo a Aviação Civil.

Em entrevista à rede americana CNN, um funcionário da companhia informou que, até o momento, 127 corpos foram resgatados dos destroços.

Segundo um comunicado da Aviação Civil, havia 23 crianças, incluindo quatro bebês, entre os passageiros. Ainda não se sabe a nacionalidade de todos os passageiros, mas a maioria era do Estado indiano de Kerala, vizinho do Estado de Karnataka, onde ocorreu o acidente. Dubai é um destino comum entre os indianos.



Sobreviventes

Falando às câmeras de televisão, um sobrevivente disse que ter havido um "problema" com a pista porque o avião começou a tremer quando tocou o chão.

O passageiro, que sofreu queimaduras no rosto e fugiu do avião por uma das rachaduras na fuselagem, disse ainda que uma das rodas do avião quebrou e, logo após, houve uma explosão.

O aeroporto de Bajpe está localizado numa colina cercada por vales e desfiladeiros e é considerado um dos mais complicados da Índia para pousos e decolagens.

Outro sobrevivente, identificado como Mainkutty Kerala, disse que "não houve nenhum aviso de qualquer problema aos passageiros e parecia uma aterragem tranquila".

"Imediatamente após tocar o solo, o avião fez um movimento brusco e logo caiu em um bloco, algo como um edifício", descreveu.

"O avião quebrou na metade e pegou fogo", acrescentou Mainkutty, que escapou por uma brecha, juntamente com outros quatro ou cinco passageiros.

"Eu renasci", disse o passageiro sem ferimentos graves, Puttur Ismail Abdullah, que descreveu a explosão à PTI.

Ele disse que a roda do avião explodiu quando o avião caiu e que conseguiu manter a calma, desatar o cinto de segurança e escapar por um buraco na parte de cima do Boeing. Ele correu cerca de 500 metros até que alguns moradores vieram em seu socorro.


Fonte - Folha Online

VÔO 812 DA AIR INDIA EXPRESS

Voo Air India Express 812

Vôo 812
AIR INDIA EXPRESS BOEING 737.jpg

Boeing 737-800 similar ao acidentado

Sumário
Data22 de Maio de 2010 (0 anos)
Causa do acidenteSob investigação
LocalÍndia Aeroporto Internacional de Mangalore
Coordenadas12° 57′ N 74° 53′ E
OrigemAeroporto Internacional de Dubai, Dubai, Emirados Árabes Unidos
DestinoAeroporto Internacional de Mangalore, Mangalore, Índia
Passageiros160
Tripulantes6
Mortos158
Feridos8 (com queimaduras graves)
Sobreviventes8
Aeronave
ModeloBoeing 737-800
OperadorÍndia Air India
PrefixoVT-AXV
Primeiro voodezembro de 2007

O vôo 812 da companhia Air-India Express pegou fogo ao acidentar-se durante um pouso no Aeroporto Internacional de Mangalore, na Índia. O acidente ocorreu às 6h 30min em 22 de Maio de 2010 no horário local. O vôo operado por um Boeing 737-800 fazia a rota de Dubai a Mangalore quando se acidentou no pouso.

Informações da imprensa indiana apontam que o centro de tráfego aéreo local perdeu contato com a aeronave no horário do acidente, quando a asa esquerda pegou fogo.

O Aeroporto de Mangalore fica em um local cercado por montanhas, no momento do acidente o tempo estava encoberto e a visibilidade era baixa.

AIR INDIA EXPRESS

Air-India Express

Air India Express.jpg
Air-India Express
IATA
IX
ICAO
AXB
Call sign
Express India
Fundada emAbril de 2005
Encerrou atividades em{{{fim das atividades}}}
Principais centros
de operações
Kochi, Kozhikode, Thiruvananthapuram
Outros centros
de operações
Chennai, Mumbai, Mangalore
Programa de milhagem
Serviço VIP
Aliança comercial
Frota22 aeronaves
Destinos27 localidades
Companhia
administradora
Air India Airlines
SedeMumbai
Pessoas importantes
Sítio oficialwww.airindiaexpress.in

Air-India Express é uma companhia aérea de baixo custo subsidiária da Air India, com sede em Mumbai, na Índia. Ela opera serviços principalmente para o Oriente Médio e Sudeste Asiático. A companhia é agora parte da Companhia Nacional de Aviação da India, que foi formada a fim de facilitar a fusão perfeita da Air Índia e da Indian Airlines.

História

A companhia foi criada em Maio de 2004 e iniciou suas operações em 29 de abril de 2005 com um voo a partir de Thiruvananthapuram, Índia, para Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos. A entrega do primeiro avião para a Air-India Express ocorreu em 22 de Fevereiro de 2005, quando a produção de um novo Boeing 737-86Q foi entregue. A companhia tem planos de expansão para a Europa e as Américas com a chegada de novas aeronaves.

A companhia tem vindo a fazer enormes lucros na maioria das rotas. Mas depois de ver o sucesso Air-India Express, muitas outras companhias aéreas como a Air Arabia e Jazeera Airways tem entrado no Brasil - mercado do Golfo Pérsico e muitos outros, tais como JetLite, poderiam entrar.

Frota

AeronaveTotalPassageiros
Boeing 737-80018186
Boeing 737-80004189

Acidentes

sexta-feira, maio 21

AQUI TAILÂNDIA: A MINHA RAZÃO EM RELAÇÃO À CATÁSTROFE

AQUI TAILÂNDIA: A MINHA RAZÃO EM RELAÇÃO À CATÁSTROFE

MARIAURA: TERRAS DO SUL

MARIAURA: TERRAS DO SUL

A BEBIDA DO SUL DO BRASIL

Chimarrão

O mate servido.

O chimarrão, (ou mate) é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul, um hábito legado pelas culturas indígenas quíchua, aymará e guarani. Ainda hoje é hábito fortemente arraigado no Brasil (Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e principalmente Rio Grande do Sul), parte da Bolívia e Chile, Uruguai, Paraguai e Argentina.

É composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate e água quente.

Embora a acepção mate seja castelhana, é utilizada popularmente também no Rio Grande do Sul paralelamente com o termo "chimarrão".

Chimarrão (cimarrón em espanhol) também designa o gado que foge para o mato e torna-se selvagem.



O chimarrão

Uma cuia.

O chimarrão é montado com erva-mate, geralmente servido quente de uma infusão. Tem gosto que mistura doce e amargo, dependendo da qualidade da erva-mate, que, pronta para o uso, consiste em folhas e ramos finos (menos de 1,5 mm), secos e triturados, passados em peneira grossa, de cor verde, havendo uma grande variedade de tipos, uns mais finos outros mais encorpados, vendidos a diversos preços.

Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira, que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher. Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista.

O outro talher indispensável é a bomba ou bombilha, um canudo de cerca de 6 a 9 milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento em cuja extremidade inferior há uma pequena peneira do tamanho de uma moeda e na extremidade superior uma piteira semelhante a usada para fumar, muitas vezes executada em bom ouro de lei.

Etiqueta

Uma bomba.
Estátua de um homem servindo-se de chimarrão, em Posadas, na Argentina.
Estátua de uma mão segurando o mate, em San José, no Uruguai.

O chimarrão pode servir como "bebida comunitária", apesar de alguns aficionados o tomarem durante todo o dia, mesmo a sós. Embora seja cotidiano o consumo doméstico, principalmente quando a família se reúne, é quase obrigatório quando chegam visitas ou hóspedes. Então assume-se um ar mais cerimonial, embora sem os rigores de cerimônias como a do chá japonês.

A água não pode estar em estado fervente, pois isso queima a erva e modifica seu gosto. Deve apenas esquentar o suficiente para "chiar" na chaleira. Enquanto a água esquenta, o dono (ou dona) da casa prepara o chimarrão.

Há quem diga que isso acaba estabelecendo a hierarquia social dos presentes, mas é unânime o entendimento de que tomar chimarrão é um ato amistoso e agregador entre os que o fazem, comparado muitas vezes com o costume do cachimbo da paz. Enquanto você passa o chimarrão para a próxima bebê-lo, ele vai ficando melhor. Isso é interpretado poeticamente como você desejar algo de bom para a pessoa ao lado e, consequentemente, às outras que também irão beber o chimarrão.

Nesse cenário, o preparador é quem é visto mais altruisticamente. Além de prepará-lo para outras pessoas poderem apreciá-lo, é o primeiro a beber, em sinal de educação, já que o primeiro chimarrão é o mais amargo. Também é de praxe o preparador encher novamente a cuia com água quente (sobre a mesma erva-mate) antes de passar cuia, para as mãos de outra pessoa (ou da pessoa mais proeminente presente), que depois de sugar toda a água, deve também renovar a água antes de passar a cuia ao próximo presente. Não se esqueça de tomar o chimarrão totalmente, fazendo a "cuia roncar". Se considera uma situação desagradável quando o chimarrão é passado adiante sem fazer roncá-lo.

Fonte - Encilopédia livre

A NAÇÃO CHORA

A nação chora Número de mortos sobe para 52 em seis dias de derramamento de sangue estoques / Armas encontradas em sítios abandonados

  • Publicado em: 21/05/2010 às 03:35
  • seção do jornal: Notícia BANGKOK POST

O governo subestimou o potencial de violência na sequência da renúncia dos líderes camisaS vermelhas, informou o secretário do primeiro-ministro.

O Central World um dos mais emblematicos centros comerciais de Bangkok, após um incêndio incontrolável, que durou 20 horas, desabou, e pouco ou nada ficou desse enorme Centro comercial.

O Senhor Korbsak Sabhavasu admitiu, ontem, numa entrevista colectiva na CRES, que os saques e incêndios, principalmente na capital, excederam em muito as que o governo estimava.

O troço da Rama IV Road próximo da comunidade Kai Bon, estava deserta ontem de manhã quando as autoridades se preparam para invadirem as barricadas dos camisas vermelhas.

Trinta e seis prédios foram queimados em Bangkok, alguns deles - como o centro comercial Central World -. Edifícios Provinciais estatais em Udon Thani, Ubon Ratchathani, Mukdahan e Khon Kaen também foram incendiados, na passada quarta-feira, por membros dos camisas vermelhas.

Um total de 52 pessoas foram mortas, 15 delas na quarta-feira e ontem, e 399 foram feridos desde sexta-feira passada, de acordo com o Centro de Emergência Ewaran.

Senhor Korbsak negou, ontem, que o governo ignorou as tentativas de senadores para negociar um fim para o impasse político. "O primeiro-ministro nunca disse que iria se sentar para conversar. Ele disse que o tempo [de negociação] já tinha passado ", o primeiro secretário-geral disse.

O governo vai avaliar os danos individuais e apresentar medidas para ajudá-los, disse o senhor o Korbsak.

Yutasak Romchattong, director do Centro de Prevenção e Mitigação da Administração Metropolitana de Bangkok, disse que uma das razões para os graves prejuízos e incêncios em vários edifícios, na quarta-feira, foi a proibição da CRES de enviar bombeiros para essas áreas por questões de segurança.

A incerteza sobre a situação levou a CRES de estender o toque de recolher até amanhã em Bangkok e 23 de outras províncias. O recolher obrigatório estará em vigor 21:00-05:00 em Nonthaburi, Samut Prakan, Pathum Thani, Nakhon Pathom, Ayutthaya, Chon Buri, Chiang Mai, Chiang Rai, Lampang, Nakhon Sawan, Nan, Khon Kaen, Udon Thani, Chaiyaphum, Nakhon Ratchasima , Si Sa Ket, Ubon Ratchathani, Nongbualumpoo, Maha Sarakham, Roi Et, Sakon Nakhon, Kalasin e Mukdahan.

Bombeiros lutam desesperadamente no combate o fogo no Central World, um dos maiores centros de compras da Tailândia, sob o controle. Muitos manifestantes bloquearam a entrada dos bombeiros, quarta-feira,

O porta-voz da CRES Sansern Kaewkamnerd, disse um esforço total será adotada para que a situação retorne à normalidade o mais rapidamente possível.

Col Sansern disse que nas buscas realizadas no Lumpini Park e no Wat Pathumwanaram, pelas forças de segurança, foram encontrados grandes estoques de armamento. Dezoito granadas e lançadores de M79, M16, 250 carregadores de munições e dois carregadores para espingardas HK47 foram encontrados no parque. A polícia também encontrou 27 granadas e um lançador de M79, um espiganda M16 e uma granada M67, entre outras armas no templo.

Na tentativa de pôr fim a futuras campanhas contra o governo, a CRES ordenou ontem a proibição de transacções financeiras por mais uma empresa e 22 pessoas. Os 22 incluem Praiwong Techanarong, proprietário da fazenda Bonanza, em Nakhon Ratchasima, Puea tailandês vice-líder do Partido Plodprasob Suraswadi, o ex-ministro dos Transportes Suriya Chuengrungruangkit e empresário Prayut Mahakitsiri.

Soldados buscam de extremistas camisa vermelha depois de invadirem o seu acampamento.

Saqueadores levaram tudo que havia nas prateleiras da loja de conveniência 7-Eleven em Rama IV Road.

Desperdiçando pouco tempo, os trabalhadores começam a limpeza do Conselho da destruição na estrada que conduz à perfeitura de Chiang Mai.

Inpectores na sede da polícia de Bangkok a registrarem os nomes de pessoas que abandonaram Ratchaprasong após a repressão.

A luta desesperada tentando salvar o shopping Center Um, um dos maiores na área do Monumento da Vitória.

A cientista forense Khunying Pornthip Rojanasunand inspeciona armamento encontrado dentro do acampamento dos casimas vermelhas 'Ratchaprasong após a sua rendição.

Outra evidência da destruição gratuita junto Rama IV em Klong Toey.

O que resta do escritório Autoridade Metropolitana de Eletricidade em Klong Toey.

Um soldado tailandês remove as bandeiras vermelhas abandonadas no campo de camisa vermelha.

Disapontados manifestantes a bordo de um autocarro ônibus com destino a Chiang Mai.


Vista Red crise em Bangkok em um mapa maior