Porém, na cidade Macau e nas ilhas, muitas pastelarias, vendo o sucesso e o interesse do público pelos pasteis de nata, passaram igualmente a confeciona-los.
Estes pasteis de nata, segundo o palar dos chineses, entre eles a minha esposa, afirmam serem melhores que os originais frabicados em Portugal, e a razão é bem simples, estes são mais ao paladar dos chineses, sendo menos adocicados.
Para se ser comerciante, em primeiro lugar terão que estudar o mercado e saber o gosto dos futuros clientes.
Os chineses adoçam pouco os seus confeitos ou bolos, bem como usam pouco sal na confecção de suas comidas.
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Magro nome gordo coração
Bruno Magro "Para ajudar Portugal", trocou a cozinha dum restaurante de luxo pela cafetaria do pavilhão luso em Xangai
AUGUSTO CORREIA
Os segredos e os toques que emulsionam os aromas lusitanos em Xangai passam pelas mãos de Bruno Magro. Aos 25 anos, deixou um luxuoso restaurante português em Pequim para chefiar a cozinha da cafetaria no Pavilhão de Portugal na Expo2010, na China.
"Foi a vontade de ajudar Portugal", diz, que o levou a deixar o Restaurante Camões, em Pequim, e a enfiar-se numa cozinha minúscula do Pavilhão de Portugal na Expo2010. "Gostava que nós, portugueses, todos, contribuíssemos para melhorar e publicitar a nossa imagem", argumentou, Bruno Magro.
Para lá da Taprobana, Bruno está a conseguir conquistar os cerca de 15 mil chineses que visitam diariamente o Pavilhão de Portugal. "As sopas têm muito sucesso", contou. Segue por aí a caravela lusitana aos mares da China. "Vou manter sempre o caldo verde e duas sopas". Para o resto, há escolhos. "Gostava de apostar noutros produtos, mas é difícil ter acesso aos nossos enchidos e ao bacalhau", disse.
"Tem de ser mais para os nossos bolos", disse. O cheiro a canela do Oriente está a arrastar milhares de chineses à cafetaria do Pavilhão de Portugal. "Para já, o que eles conhecem é o pastel de nata. Portugal não é só o pastel de nata. O pão-de-ló, por exemplo, está a ter um sucesso que não esperava", disse.
A aventura com pastéis de nata, que se vendem e comem como pãezinhos quentes, pão-de-ló tipo Ovar ou arroz-doce acaba em Outubro, quando a maior exposição universal da história fechar portas em Xangai. Depois, entre caldo verde, bacalhau e outros pratos, Bruno fica-se pelo Oriente.
"Aqui, na Ásia, existe um mercado enorme, consegue-se ter mais ambições", diz Bruno, decidido a assentar arraiais pelo Oriente. "Portugal não está nos meus objectivos", apenas no coração, que, de impulso o levou a trocar a segurança de um restaurante de luxo por 16 horas de trabalho na cafetaria do pavilhão que é a guarda-avançada de Portugal na exposição em que os povos se mostram ao Mundo, na China.
Fonte – Diário de Notícias
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