Apesar da evidente superioridade militar aliada, as tropas alemãs resistiram tenazmente, até porque Hitler alimentava a esperança de que as contradições internas entre os aliados, especialmente a perspectiva de ocupação da Europa Oriental pelos soviéticos, levaria os anglo-americanos a firmarem uma paz em separado com a Alemanha. Afinal, como ele disse aos seus generais: "Jamais houve, em toda a história, uma coalizão composta por parceiros tão heterogêneos quanto essa de nossos inimigos. Estados ultra-capitalistas de um lado e um estado marxista do outro".
Foi dentro desse objetivo estratégico de ganhar tempo até que ocorresse a "reviravolta política", que Hitler ordenou, em Dezembro de 1944, uma inesperada investida na Bélgica - a contra-ofensiva das Ardenas -, cujo objetivo tático era tomar Liège e Antuérpia, para se apropriar dos enorme depósitos de suprimentos dos aliados ocidentais, sobretudo petróleo, do qual a Wehrmacht e a Luftwaffe já careciam seriamente.
Apanhadas de surpresa, as forças anglo-americanas sofreram pesadas baixas. Além disso, a infiltração de soldados alemães, disfarçados de soldados americanos, em áreas controladas pelos aliados, causou sérios transtornos, como mudança de caminhos de divisões inteiras, mudanças de placas, implantações de minas, emboscadas.
Estes soldados alemães, os primeiros comandos, estavam sob o comando do Oberst (Coronel) Otto Skorzeny, que já libertara Mussolini, entretanto aprisionado em Itália. Finalmente, a ofensiva fracassou, por falta de combustível e de reservas. Na Itália, embora contando com tropas de qualidade inferior, a habilidade do general alemão, Kesselring, tornou lento e penoso o avanço dos ingleses e norte-americanos (aos quais agregou-se a Força Expedicionária Brasileira) ao longo da península. Apenas em Abril de 1945 é que as forças alemãs se renderam.
Antes mesmo de findar a guerra, as grandes potências firmaram acordos sobre seu encerramento.O primeiro dos acordos foi a Conferência de Teerã, no Irã, em 1943.
Em Janeiro de 1945, Winston Churchill, Franklin D. Roosevelt e Josef Stalin reúnem-se novamente em Ialta, Ucrânia, já sabendo da inevitabilidade da derrota alemã, para decidir sobre o futuro da Europa pós-guerra. Nesta conferência, definiu-se a partilha da Europa, cabendo à União Soviética o predomínio sobre a Europa Oriental, enquanto as potências capitalistas prevaleceriam na Europa Ocidental.
Acertou-se também a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), a participação da URSS na guerra contra o Japão, e a divisão da Coreia em bases diferentes das da Liga das Nações. Definiu-se, ademais, a partilha mundial, cabendo incorporando os territórios alemães a leste e definindo a participação da URSS na rendição do Japão, com a divisão da Coreia em áreas de influência soviética e norte-americana. Assim, lançavam-se as bases para a Guerra Fria.
Entretanto, o avanço das tropas aliadas e soviéticas chegou ao território alemão. Previamente, havia já sido estabelecido o avanço dos dois exércitos, ficando a tomada de Berlim a cargo do Exército Vermelho.
Esta decisão, tomada pelas esferas militares, foi encarada com apreensão pela população, pois era conhecido o rasto de pilhagens, execuções e violações (estupro), que os soldados soviéticos deixavam atrás de si, em grande parte como retaliação pela mortes causadas pelos soldados alemães na União Soviética (o país com o maior número de baixas civis e militares de toda a guerra, cerca de 20 milhões).
A 30 de Abril de 1945, Adolf Hitler suicidou-se, quando as tropas soviéticas estavam a exatamente dois quarteirões de seu bunker.
O 4 de Maio de 1945, o marechal britânico Montgomery aceitou a rendición militar de todas as forças alemãs em Holanda, Alemanha Noroccidental e Dinamarca em Lüneburg, uma área entre as cidades de Hamburgo, Hanover e Bremen. Enquanto o comandante operacional de algumas destas forças era Dönitz, este assinalou que a guerra européia tinha terminado.
A 5 de Maio, Dönitz ordenou a todos os Ou-boots deixar as operações ofensivas e regressar a suas bases.
Às 02:41 da manhã do 7 de maio de 1945, nos quartéis da SHAEF em Reims, França, o Chefe do Estado Maior do Alto Comando das forças armadas alemãs, o general Alfred Jodl, assinou a acta de rendição incondicional para todas as forças alemãs ante os Aliados. Esta incluía a frase "todas as forças baixo o comando alemão cessarão as operações activas às 23:01 horas, hora da Europa Central, o 8 de maio de 1945". Ao dia seguinte, poucas horas dantes da meia-noite, servidores públicos alemães em Berlim liderados por Wilhelm Keitel assinaram um documento similar, rindíendose explicitamente ante as forças soviéticas, em presença do general Georgi Zhúkov.
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