. Sinti (também Sinta ou Sindi) é o termo que nomeia os membros de um dos três grandes grupos do povo genericamente chamado de cigano. Falam um dialeto da língua romani, o Romanes Sintenghero Tschib(en), que tem um vocabulário primário romani, porém fortemente influenciado pelo alemão.
Os rom (plurar: roma), chamados vulgarmente de ciganos, são povos nômades, originários do norte da Índia e que hoje vivem espalhadas pelo mundo, especialmente na Europa, sendo sempre uma minoria étnica nos países onde vivem.
São subdivididos em diversos grupos, como os sintos e os caló.
São subdivididos em diversos grupos, como os sintos e os caló.
Origens
A procedência geográfica do povo, bem como a origem do nome "sinti", são incertas. É possível que haja alguma relação entre os ciganos sinti e a etnia sindhi, do sudoeste de Paquistão, mas isso ainda não pode ser provado.
História
Acredita-se que os sinti (juntamente com os roma) chegaram à Alemanha na Idade Média. De lá, alguns deles migraram para a França, onde ficariam conhecidos como manouches; outros se transferiram para países do Leste Europeu, adotando nomes distintos em cada lugar.
Desde que se estabeleceram na Alemanha, tanto os sinti quanto os roma foram alvo de discriminação. Exemplo disso é que, em 1899, a polícia alemã mantinha um registro central de ciganos, nos mesmos moldes daquele onde os criminosos eram catalogados. Com o advento do Nazismo, sintis e romas foram enquadrados como estrangeiros não-arianos, sujeitos, portanto, aos horrores da política racial do regime.
Adolf Eichmann, que cuidava da logística dessa política, recomendava que a "questão cigana" fosse tratada simultaneamente com a "questão judaica". Mas antes disso, em 1939, a polícia de Hamburgo já estava deportando sintis para a Polônia, onde muitos deles acabaram nos campos de extermínio.
Nesses campos, os sinti foram obrigados a usar um triângulo preto na roupa, como forma de identificação.
Acredita-se que os sinti (juntamente com os roma) chegaram à Alemanha na Idade Média. De lá, alguns deles migraram para a França, onde ficariam conhecidos como manouches; outros se transferiram para países do Leste Europeu, adotando nomes distintos em cada lugar.
Desde que se estabeleceram na Alemanha, tanto os sinti quanto os roma foram alvo de discriminação. Exemplo disso é que, em 1899, a polícia alemã mantinha um registro central de ciganos, nos mesmos moldes daquele onde os criminosos eram catalogados. Com o advento do Nazismo, sintis e romas foram enquadrados como estrangeiros não-arianos, sujeitos, portanto, aos horrores da política racial do regime.
Adolf Eichmann, que cuidava da logística dessa política, recomendava que a "questão cigana" fosse tratada simultaneamente com a "questão judaica". Mas antes disso, em 1939, a polícia de Hamburgo já estava deportando sintis para a Polônia, onde muitos deles acabaram nos campos de extermínio.
Nesses campos, os sinti foram obrigados a usar um triângulo preto na roupa, como forma de identificação.
Devido à ausência de uma história escrita, a origem e a história inicial dos povos rom foram um mistério por um longo tempo. Há 200 anos, antropólogos culturais criaram a hipótese de uma origem indiana dos roma, baseada na evidência lingüística, o que foi confirmado pelos dados genéticos.
Acredita-se que os roma têm as suas origens nas regiões do Punjab e do Rajastão, no subcontinente indiano. Eles iniciaram a sua migração para a Europa e África do Norte, pelo planalto iraniano, por volta de 1050.
Até meados do século XVIII, teorias da origem dos roma se limitavam a especulações. Então, em 1782, Johann Christian Cristoph Rüdiger publicou sua pesquisa que apontava a relação entre o romani e o hindi. Trabalhos seguintes deram apoio à hipótese que o romani possuía a mesma origem das línguas indo-arianas do norte da Índia.
Acredita-se que os roma têm as suas origens nas regiões do Punjab e do Rajastão, no subcontinente indiano. Eles iniciaram a sua migração para a Europa e África do Norte, pelo planalto iraniano, por volta de 1050.
Até meados do século XVIII, teorias da origem dos roma se limitavam a especulações. Então, em 1782, Johann Christian Cristoph Rüdiger publicou sua pesquisa que apontava a relação entre o romani e o hindi. Trabalhos seguintes deram apoio à hipótese que o romani possuía a mesma origem das línguas indo-arianas do norte da Índia.
Os roma originaram-se de uma casta inferior do noroeste da Índia, que, por causas desconhecidas foi obrigada a abandonar o país no primeiro milênio d.C.. Partiram em direção à Pérsia onde se dividiram em dois ramos: o primeiro, que tomou rumo oeste, atingiu a Europa através da Grécia; o segundo partiu para o sul, chegando à Siria, Egpito e Palestina . No século XII, os roma enfrentaram o avanço dos muçulmanos, que invadiram a Índia.
Devido a conquista territorial e política dos estados hindus, muitas caravanas rom partiram para a Europa, Oriente Médio e Norte da África, em uma migração que os roma chamaram de Aresajipe. O grupo espalhou-se, principalmente, pelo continente europeu: Hungria, Áustria e Boêmia, chegando à Alemanha em 1417. Em 1428, encontrava-se na França e Suíça, em 1422 atingia a Bolonha. Em 1500, surgiram os primeiros ciganos ingleses. Os anos de 1555 e 1780 são marcados pelos ciganos por um período de perseguições e intolerância: em vários países foram cometidos atos de violência contra os ciganos.
A falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma origem segura não permitia que se lhes reconhecesse como grupo étnico bem individualizado, ainda que por longo tempo haviam sido qualificados como Egípcios. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe no florescimento de lendas e provérbios tendendo por os roma sob mau prisma, a ponto de recorrer-se à Bíblia para considerá-los descendentes de Caim, e portanto, malditos. Difundiu-se também a lenda de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Cristo (ou, segundo outra versão, que eles teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação de Cristo. Caracterizados pelo nomadismo, o modo de vida dos ciganos e suas condições de subsistência são sempre determinados pelo país em que se encontram: os mais ricos são os ciganos suecos e os mais pobres encontram-se nos Bálcãs e no sul da Espanha.
Embora mantendo sua identidade, em alguns aspectos os roma revelam grande capacidade de integração cultural: sempre professam a religião local dominante, da mesma forma que suas danças, músicas, narrativas e provérbios manifestam a assimilação da cultura no meio em que se radicam. Sua capacidade de assimilar músicas folclóricas permitiu que muitas fossem preservadas do esquecimento, principalmente as do oeste europeu. Excluindo as publicações soviéticas, existem apenas nove livros escritos em romani.
Durante a Segunda Guerra Mundial, de duzentos a quinhentos mil ciganos europeus teriam sido exterminados nos campos de trabalho e de extermínio nazistas, episódio denominado de porajmos entre os roma. Esta realidade começou a ser recuperada pela historiografia apenas a partir dos anos 1970.
Durante a Segunda Guerra Mundial, de duzentos a quinhentos mil ciganos europeus teriam sido exterminados nos campos de trabalho e de extermínio nazistas, episódio denominado de porajmos entre os roma. Esta realidade começou a ser recuperada pela historiografia apenas a partir dos anos 1970.
Idiomas
A maioria dos roma falam algum dialeto do romani, língua muito próxima das modernas línguas indo-europeias do norte da Índia e do Paquistão, tais como o prácrito , o maharate e o punjabi.
Tanto o sistema fonológico como a morfologia podem ter sua evolução facilmente reconstruída a partir do sânscrito. O sistema numeral também reflete parcialmente os respectivos vocabulários sânscritos. Com as migrações, os roma levaram sua língua a várias regiões da Ásia, da Europa e das Américas, modificando-a. De acordo com as influências recebidas distinguem-se dialetos asiáticos de europeus. Entre as línguas que mais influenciaram nas formas modernas do romani estão o grego, o húngaro e o espanhol.
Quem nunca viu em Portugal este povo, que na sua maioria ao comerciantes de feiras, ou como nômades, andarem pela planície alentejana acampando onde calhar.
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