o mar do poeta

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sexta-feira, agosto 27

CONFÚCIO



Confúcio (em chinês: 孔子, pinyin: Kǒngzǐ; Tsou, 551 a.C. - Qufu, 479 a.C.) é o nome latino do pensador chinês Kung-Fu-Tse (chinês: 孔夫子; pinyin: Kǒng Fūzǐ, literalmente "Mestre Kong"). Foi a figura histórica mais conhecida na China como mestre, filósofo e teórico político. Sua doutrina, o confucionismo, teve forte influência não apenas sobre a China mas também sobre toda a Ásia oriental.

Conhece-se muito pouco da sua vida. Parece que os seus antepassados foram de linhagem nobre, mas o filósofo e moralista viveu pobre, e desde a infância teve de ser mestre de si mesmo. Na sua época, a China estava praticamente dividida em reinos feudais cujos senhores dependiam muito pouco do rei.

Sua filosofia enfatizava a moralidade pessoal e governamental, a exatidão nas relações sociais, a justiça e a sinceridade. Estes valores ganharam destaque na China sobre outras doutrinas, como o Legalismo (法家) ou o Taoísmo (道家) durante a Dinastia Han (206 a.C. - 220 d.C.). O confucionismo foi introduzido na Europa pelo jesuíta italiano Matteo Ricci, que foi o primeiro a latinizar o nome como "Confúcio".


Nascimento e juventude

Confúcio, também conhecido como K'ung Ch'iu, K'ung Chung-ni ou Confucius, nasceu em meados do século VI (551 a.C.), em Tsou, uma pequena cidade no estado de Lu, hoje Shantung. Segundo algumas fontes antigas, teria nascido em 552 a.C. (ou seja, no vigésimo primeiro ano do duque Hsiang). Esse estado é denominado de "terra santa" pelos chineses. Confúcio estava longe de se originar de uma família abastada, embora seja dito que ele tinha ascendência aristocrática. Seu pai, Shu-Liang He, antes magistrado e guerreiro de certa fama, tinha setenta anos quando se casou com a mãe de Confúcio, uma jovem de quinze anos chamada Yen Cheng Tsai, que diziam ser descendente de Po Chi'in, o filho mais velho do Duque de Chou, cujo sobrenome era Chi.

Dos onze filhos, Confúcio era o mais novo. Seu pai morreu quando ele tinha três anos de idade, o que o obrigou a trabalhar desde muito jovem para ajudar no sustento da família. Aos quinze anos, resolveu dedicar suas energias em busca do aprendizado. Em vários estágios de sua vida empregou suas habilidades como pastor, vaqueiro, funcionário e guarda-livros. Aos dezenove anos se casou com uma jovem chamada Chi-Kuan. Apesar de se divorciar alguns anos depois, Confúcio teve um filho, K'ung Li.


Confúcio viajou por diversos destes reinos, esteve em íntimo contato com o povo e pregou a necessidade de uma mudança total do sistema de governo por outro que se destinasse a assegurar o bem-estar dos súditos, pondo em prática processos tão simples como a diminuição de contribuições e o abrandamento das penalidades. Embora tentasse ocupar um alto cargo administrativo que lhe permitisse desenvolver as suas ideias na prática, nunca o conseguiu, pois tais ideias eram consideradas muito perigosas pelos governantes. Aquilo que ele não pôde fazer pessoalmente acabaram fazendo-o alguns dos seus discípulos, que, graças à boa preparação por ele ministrada, se guindaram, dia após dia, aos cargos mais elevados. Já idoso, retirou-se para a sua terra natal, onde morreu com 72 anos.

Confúcio é biograficamente, segundo o historiador chinês Sima Qian (século II a.C.), uma representação típica do herói chinês. Ele era alto, forte, enxergava longe, tinha uma barriga cheia de Chi, usava longa barba, símbolo de sabedoria, mas se vestia bem e era simples. Era também de um comportamento exemplar, demonstrando sua doutrina nos seus atos. Pescava com anzol, dando opção aos peixes, e caçava com um arco pequeno, para que os animais pudessem fugir. Comia sem falar, era direto, franco, acreditava ser um representante do céu.




Ideias

A sua ideologia de organização da sociedade procurava também recuperar os valores antigos, perdidos pelos homens de sua época. No entanto, em sua busca pelo
Tao, ele usava uma abordagem diferente da noção de desprendimento proposta pelos taoístas. A sua teoria baseava-se num critério mais realístico, onde a prática do comportamento ritual daria uma possibilidade real aos praticantes de sua doutrina de viverem em harmonia.

Apesar das ideias de conformismo que possam ser atribuídas a esse pensamento, elas são erróneas. Confúcio não pregava a aceitação plena de um papel definido para os elementos da sociedade, mas sim que cada um cumprisse com seu dever de forma correta. Já o condicionamento dos hábitos serviria para temperar os espíritos e evitar os excessos. Logo, a sua doutrina apregoava a criação de uma sociedade capaz, culturalmente instruída e disposta ao bem estar comum. A sua escola foi sistematizada nos seguintes princípios:

Ren, humanidade ( altruísmo);

Li, ou cortesia ritual;

Zhi, conhecimento ou sabedoria moral;

Zhing, fidelidade;

Yi, justiça, retidão, honradez.


Cada um desses princípios ligar-se-ia às características que para ele se encontravam ausentes ou decadentes na sociedade.
Confúcio não procurou uma distinção aprofundada sobre a natureza humana, mas parece ter acreditado sempre no valor da
educação para condiciona-la. Sua bibliografia consta de três livros básicos, sendo que os dois últimos são atribuídos aos seus discípulos:

Lun yu (Diálogos, Analectos), no qual se encontra a síntese de sua doutrina.

Dà Xué (大学) (Grande Ensinamento) e

Zhong Yong (Jung Yung), ou a "Doutrina do Meio".

Após sua morte, Confúcio recebeu o título de "Lorde Propagador da Cultura Sábio Supremo e Grande Realizador" (大成至聖文宣王), nome que se encontra registado em seu túmulo.

Discípulos e legado

Discípulos de Confúcio e seu único neto,
Zisi, continuaram a sua escola filosófica após sua morte. Estes esforços espalharam os ideais de Confúcio para os estudantes que depois se tornaram funcionários em muitas dos cortes reais da China, dando assim ao Confucionismo o primeiro teste em grande escala de seu dogma.
Apesar de confiar fortemente no sistema ético-político de Confúcio, dois de seus mais famosos seguidores enfatizaram aspectos radicalmente diferentes de seus ensinamentos. Mêncio (século 4 a.C.) articulou a bondade inata no ser humano como uma fonte das intuições éticas que guiam as pessoas para rén, yì, e lǐ, enquanto Xun Zi (século III d.C.) ressaltou os aspectos realista e materialista do pensamento de Confúcio, salientando que a moralidade foi incutida na sociedade através da tradição e nos indivíduos, através da formação.


Este realinhamento no pensamento de Confúcio foi paralelo ao desenvolvimento de Legalismo, que viu a piedade filial como auto-interesse e não como um instrumento útil para um governante criar um Estado eficiente. A divergência entre estas duas filosofias políticas veio à tona em 223 a.C., quando o estado de Qin conquistou toda a China.
Li Ssu, o primeiro-ministro da Dinastia Qin convenceu Qin Shi Huang a abandonar as recomendações confucionistas de distribuir feudos a parentes, voltando ao sistema anterior da Dinastia Zhou, que ele via como contrário à ideia legalista de centralização do Estado em torno do governante. Quando os conselheiros de Confúcio defenderam sua posição, Li Ssu executou muitos estudiosos confucionistas e seus livros foram queimados, o que foi considerado um duro golpe para a filosofia e a sabedoria chinesas.




Fotografia do túmulo de Confúcio em Qufu, Província de Shandong, China.
DITOS DE CONFÚCIO:
  • "ATINGIDO POR UMA ONDA DE CALÚNIAS E INSULTOS, FICA IMPERTURBÁVEL; PODE-SE DIZER QUE É UMA PESSOA LÚCIDA".
"SEM PRINCÍPIOS COMUNS, NÃO VALE A PENA DISCUTIR".
  • "A PESSOA SÁBIA NÃO TEM ILUSÕES, A PESSOA QUE PRATICA O BEM NÃO VIVE NA ANSIEDADE, A PESSOA CORAJOSA NÃO TEM RECEIOS".

AQUI TAILÂNDIA: OS CONFRADES DO BACALHAU, DE BANGUECOQUE, EM MAIS UMA BACALHOADA.#links

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TV CABO MACAU, S.A. - A POLÉMICA CONTINUA

Não fui eu que levantei o problema da Tv cabo Macau, pois esse assunto tem dado mangas para camisas, nos medias de Macau e não só.
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Os interesses da PT estendiam-se também à TV Cabo Macau, uma empresa fortemente deficitária e que em apenas cinco anos acumulou mais de 15 milhões de euros de prejuízos. A participação de 87,5% na operadora de televisão foi alienada já este ano. Além da TV Cabo, a PT está a ultimar a venda de 6,67% da empresa Cosmos e dos 22,22% da Telesat. Depois dos acordos de alienação, a Portugal Telecom ficará apenas com uma posição maioritária na Directel – Listas Telefónicas e com 28% do capital da CTM.
Artigo publicado a 2 de Fevereiro de 2007, no Diário Económico.
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Os jornais de língua portuguesa que se publicam em Macau, fazem hoje referência ao caso "ANTENEIROS" sem fim à vista.
É um assunto público e de interesse geral da população de Macau.
" O Governo encontra-se a analisar uma contra proposta da TV Cabo, que não terá ficado agradada com as soluções do Executivo para pôr fim ao diferendo entre a concessionária e os anteneiros"
Parte de um artigo publicado, hoje no Jornal Tribuna de Macau.
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Agora direi o seguinte:
a) - antes de ser entregue,de bandeja,a concessão à TV Cabo, já desde 1967 que os anteneiros laboraram em Macau, transmitiam os programas dos canais de TV de Hong-Kong, e nunca houve, por parte daquelas estações emissoras qualquer reclamação.
b) - a recepção do sinal dessas estações de Hong-Kong eram livres e continuam a ser.
c) - acabar com os anteneiros não será coisa fácil, como não será fácil à TV Cabo captar clientes, devido aos preços praticados e pelos péssimos serviços que prestam, e neste capítulo, o poderei afirmar com base, na assinatura que o articulista fez com a TV Cabo, a qual forneceu um recepector velho, e passado dois dias avariou.
d) - contacta a companhia, foi dito ao articulista que o envio do técnico para ver qual era a avaria, teriam que cobrar a quantia de 300 patacas, mas existe muitos outros condicionalismos, é bom saber-se.
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O Conselho de Consumidores organizou um seminário subordinado ao tema “Serviço dos anteneiros” no passado dia 19 de Maio, tendo convidado deputados da Assembleia Legislativa de Macau, representantes da Direcção dos Serviços de Regulação das Telecomunicações, diversas associações cívicas, etc., e o Sr.Craig Norris, que falou sobre a situação dos anteneiros em Hong Kong.

O Sr. Craig Norris disse que em Hong Kong adopta a política de “céu aberto”, em que todos podem receber programas via satélite nos televisores através dos sistemas TVRO ou SMATV, que oferecem mais de 200 programas televisivos de graça. Um conselho do Sr. Norris aMacau: Escolha um princípio directivo com sabedoria: Opte por um que tenha maior aceitação e que a maioria obtenha benefícios. Os direitos dos cidadãos e as necessidades da população em geral estão acima de quaisquer direitos comerciais.
Continuando disse ainda que os anteneiros de Macau têm vindo, por décadas, a oferecer serviços de emissão televisiva aos residentes sem que o Governo de Macau tenha interferido no assunto, o que quer dizer que tàcitamente o Governo permitia esta situação.
Maio de 2008 - Conselho dos Consumidores

ANÓNIMOS SÃO ASSIM - UNS URSOS ENCAPOTADOS


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "TV CABO MACAU, S.A. Ia. Parte":


Vê o que escrevi sobre ti noutro blogue, urso analfabeto.


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Através desta minhas parcas letras, quero agradecer a gentileza, do anónimo, que se deu ao trabalho de me informar que escreveu algo sobre mim, noutro blogue, qual, não chegou a mencionar, mas de qualquer das formas, Urso não sou, e analfabeto muito menos, pelo que endereço a esse anónimo, de meia tigela, os mesmos adjectivos.
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Message-ID: <1282899261766.94f3d478-d923-49e7-ad76-8ae46b2c9a5d@google.com>Subject: =?UTF-8?Q?[O_MAR_DO_POETA]_Novo_coment=C3=A1rio_so?= =?UTF-8?Q?bre_TV_CABO_MACAU,_S.A.__Ia._Parte.?=MIME-Version: 1.0Content-Type: multipart/alternative; boundary="----=_Part_19956_595109284.1282899261768"Return-Path: 3PX13TA8LCn4pqtgrn0-eqoogpvdnqiigt.eqovqkecodgvcjqvockn.eqo@blogger.bounces.google.comX-OriginalArrivalTime: 27 Aug 2010 08:54:22.0494 (UTC) FILETIME=[717AD3E0:01CB45C5]------=_Part_19956_595109284.1282899261768Content-Type: text/plain; charset=UTF-8Content-Transfer-Encoding: quoted-printableAn=C3=B3nimo deixou um novo coment=C3=A1rio na sua mensagem "TV CABO MACAU,= S.A.Ia. Parte":V=C3=AA o que escrevi sobre ti noutro blogue, urso analfabeto.
Este é o endereço do cobarde anónimo.

A POLÉMICA DA TV CABO MACAU S.A.

TV Cabo não vai tolerar mais pirataria

August 26, 2009
by pontofinalmacau

A TV Cabo de Macau diz que não pode continuar a tolerar a violação da lei pelas empresas detentoras de antenas, nem a inércia da Direcção dos Serviços de Regulação das Telecomunicações (DSRT). Por isso, acrescenta, chegou “a hora de agir”.Em comunicado chegado ontem à noite à nossa redacção, a empresa que explora as transmissões de TV Cabo em Macau não explica que medidas vai tomar contra os chamados ‘anteneiros’, ou até contra o próprio governo, mas alinha uma longa lista de críticas contra a DSRT, que acusa de estender “os braços a uma prática ilegal reiterada que já dura há muitos anos”.
O comunicado é particularmente duro com a DSRT, ao lembrar que esta direcção de serviços alegou não ser sua responsabilidade, mas sim dos tribunais, lutar contra as violações dos direitos de autor. Para a TV Cabo, a DSRT não só tem essa responsabilidade, como até já a reconheceu por várias vezes. São, por isso, “alegações graves”, a que a empresa responde com o comunicado que aqui publicamos na íntegra.Recorde-se que este contencioso se arrasta já desde o tempo da Administração Portuguesa, quando foi criada a TV Cabo.
Ao contrário dos anteneiros, que se apropriam ilegalmente dos sinais de televisão difundidos por satélite, a TV Cabo paga avultados direitos de autor, nomeadamente para retransmissão dos jogos de futebol da Liga Inglesa, sentindo-se por isso alvo de concorrência desleal.A empresa tem pressionado o governo para agir contra os anteneiros, mas, invocando o interesse da população (ou seja, dos habitantes que têm acesso a canais do exterior aqui retransmitidos ilegalmente e a baixo custo), a DSRT tem evitado tomar medidas contra esta prática ilegal.Várias estações de televisão estrangeiras, como a CNN e a ESPN, entre outras, fizeram já chegar os seus protestos ao governo de Macau, mas o problema continua por resolver.
Recentemente, quando o executivo se prepara para intervir, os anteneiros ameaçaram suspender a retransmissão dos canais da TDM, o que deixaria uma boa parte da população sem acesso à televisão local.

DSRT VIOLA A LEI E REGULAMENTOS DO CHEFE DO EXECUTIVO

Na sequência do espaço dedicado pelo Jornal Ou Mun à violação continuada da lei e do direito de exclusivo da TV Cabo Macau, a DSRT fez publicar um comunicado na edição de 20 de Agosto de 2009, onde alega não ser responsabilidade da DSRT, mas dos tribunais, lutar contra as violações dos direitos de autor, assegurando que o seu dever é, antes, o de colocar os interesses da população em primeiro lugar. Estas alegações são graves e merecem uma resposta atenta.

Deveres da DSRT. O Regulamento Administrativo n.º 5/2006, aprovado pelo Chefe do Executivo, estabelece que é dever da DSRT “velar pela aplicação” e “fiscalizar o cumprimento do disposto na legislação, regulamentação, licenças, contratos e directivas normativas aplicáveis às actividades de telecomunicações”, devendo apresentar “propostas de punição administrativa decorrente de acto de violação da lei, dos regulamentos, das licenças ou dos contratos, em matéria de actividades de telecomunicações”. Resulta do próprio Contrato de Concessão, aprovado pela RPC através do Grupo de Ligação Conjunta, que lhe cabe salvaguardar a “protecção dos direitos de autor quanto à programação difundida” pela TV Cabo Macau. De resto, em 30 de Abril de 2008, na sequência de queixas de canais internacionais, a própria DSRT escreveu que iria tomar providências no sentido de fazer cessar a actividade ilegal dos anteneiros que violavam os direitos de autor.
Já em 30 de Janeiro de 2008 o Director da DSRT afirmou “Estamos a procurar, e se encontrarmos linhas ilegais temos de as cortar”, referindo que “É esta a posição do Governo” e anunciando: “com certeza que não vamos dar tréguas” aos anteneiros. Ou seja, diferentemente do que sugere no comunicado publicado no Jornal Ou Mun, a DSRT pode e deve assegurar e fiscalizar o cumprimento da lei, designadamente em matéria de direitos de autor e de radiodifusão televisiva, sendo ainda seu dever punir e despoletar procedimentos destinados a punir aqueles que violam os direitos de autor e procedem à radiodifusão ilegal, devendo encerrar a estação emissora ilegal e as respectivas instalações (entre outros, DL n.º 18/83/M e Lei n.º 8/89/M).

Cumprimento da lei e protecção dos interesses da população. A DSRT alega que lhe cabe proteger, em primeiro lugar, os interesses da população. Tal é não só retórico, como não é verdadeiro. Como resulta da Lei Básica, o dever de assegurar a protecção dos interesses da população cabe ao Chefe do Executivo (CE) e à Assembleia Legislativa (AL), através da aprovação de Regulamentos e Leis que definem os direitos e deveres das pessoas e dos órgãos da administração. À DSRT cabe aplicar a lei, não fazer lei. A DSRT protege os interesses da população aplicando a lei aprovada pelo CE e pela AL, não pode substituir-se ao CE e criar direitos não previstos na lei. A DSRT não tem liberdade para decidir contra leis e regulamentos em nome do que o seu Director julga ser o interesse da população. O Governo da RAEM decidiu que era do interesse da população que se respeitassem: 1) os Direitos de Autor; (2) o Contrato de Concessão; e (3) o direito de Radiodifusão Televisiva.
À DSRT cabe fiscalizar o cumprimento da lei, desmantelar os operadores ilegais e despoletar processos punitivos contra aqueles que violam a lei. O que a DSRT tem feito ao longo destes anos é violar a lei, não proteger o interesse da população. Se os interesses da população não se protegem permitindo que roubem supermercados, restaurantes e lojas de roupa, também não se protegem permitindo a difusão ilegal de programas televisivos que só pode retransmitir quem está licenciado para o efeito e tem autorização dos canais internacionais em causa. É assim em Hong Kong, na RPC, no Japão e em qualquer outro país dos mundo. Como escreveu a própria DSRT no Folheto de Divulgação sobre a Retransmissão dos Programas Televisivos por Satélite, de 1 de Outubro de 2005, “Os cidadãos têm direito à recepção de informações, mas têm igualmente que conhecer as respectivas obrigações” e “Alguns canais antes recebidos são possivelmente retransmitidos por fornecedores sem obtenção de autorização do titular dos direitos de autor ou sem os pagamentos devidos”.

Reconhecimento pela DSRT da ilegalidade dos Anteneiros. A DSRT reconheceu diversas vezes a actividade ilegal dos anteneiros, pelo que não tem agora legitimidade para cruzar os braços e nada fazer. Num ofício de 14 de Março de 2008, a DSRT escreve que “A construção e funcionamento das actuais redes particulares de antenas comuns não preenche os requisitos previstos na legislação”, acrescentando que “as empresas de antenas comuns não possuem a qualidade de operadores das actividades de telecomunicações”, pelo que “existe contradição entre os actuais serviços das redes de antenas comuns e os serviços concessionados pelo Contrato de Concessão” da TV Cabo Macau, afirmações estas reafirmadas por ofício de 9 de Maio de 2008, ambos dirigidos pela DSRT à Assembleia Legislativa.
Já no Folheto de Divulgação acima referido a DSRT informa que o Governo “proíbe a recepção e retransmissão em Macau de alguns programas televisivos por satélite sem a obtenção de autorização do titular dos direitos de autor”, medida que “visa salvaguardar os direitos de propriedade intelectual do conteúdo dos respectivos programas”. O próprio Director da DSRT afirmou publicamente, em de 30 de Janeiro de 2008, que “Os residentes não devem apoiar as acções destas empresas”, as companhias de anteneiros.

TV Cabo Macau. A TV Cabo Macau fez investimentos desmedidos para retransmitir em Macau, com qualidade técnica de nível internacional, os melhores canais televisivos do mundo. Ainda assim conseguiu baixar o tarifário. A DSRT tem permitido, de olhos fechados e braços cruzados, que os anteneiros difundam ilegalmente e sem qualidade, canais internacionais, apesar dos protestos constantes destes canais internacionais e da própria Associação de Radiodifusão por Cabo e Satélite da Ásia (CASBAA), sediada em Hong Kong. Na verdade, a DSRT sempre pressionou a TV Cabo Macau para esta não agir contra os anteneiros e tentar obter um acordo que compatibilizasse os interesses (legítimos) da TV Cabo Macau com os interesses (ilegais) dos anteneiros.
A TV Cabo Macau cumpre a lei e luta pelo cumprimento da lei. A DSRT abre a mão e estende os braços a uma prática ilegal reiterada que já dura há muitos anos. Perante estes factos, não é difícil concluir que é a TV Cabo Macau, mais do que a DSRT, quem tem vindo a proteger, com prejuízos patrimoniais avultados, os verdadeiros interesses da população. Chegou, porém, a hora de agir. A TV Cabo Macau não pode continuar a tolerar a inércia da DSRT e a prática dos anteneiros de violação da lei, bem como dos interesses da TV Cabo e da população de Macau.

Macau, 25 de Agosto de 2009
A TV Cabo Macau
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Governo não quer mais sinais televisivos ilegaisAnteneiros vão restabelecer ligação
Apesar de insatisfeitos, os “anteneiros” garantem restabelecer a ligação televisiva que cortaram na terça-feira à noite e que afectou milhares de residentes.
Já o director dos Serviços de Regulação das Telecomunicações (DSRT), Tong Veng Keong, garantiu que as transmissões ilegais não serão desmanteladas mas qualquer novo sinal instalado será desligado. Declarações aos jornalistas no dia em que vários representantes da União Geral das Associações dos Moradores de Macau entregaram uma carta exigindo o restabelecimento do sinal televisivo.
Não indicando os números de edifícios que ficaram sem sinal televisivo, Tong Veng Keong afirmou que as reclamações já tinham sido encaminhadas à TV Cabo de forma a que esta proceda à “ligação dos sinais nos edifícios de moradores afectados”.O problema que opõe há anos os “anteneiros” – ou empresas de antena comum ilegal - à TV Cabo resulta do contrato de exclusividade assinado entre a TV Cabo e o Governo e que termina em 2014. “Em Macau, quando alguém instala uma rede de telecomunicações para o público, tem de ter autorização do Governo”, disse o dirigente. Se for “instalada uma linha sem autorização pública deve ser desligada”, afirmou ainda.
Não tem soluções concretas para o conflito, mas referiu que a “situação actual deverá ser mantida” pelo menos até 2014 – data de fim do contrato de concessão da TV Cabo.Um factor que poderá ser importante para a resolução do conflito passa por o novo accionista maioritário da TV Cabo ter pertencido anteriormente a uma companhia de antenas. “É uma boa oportunidade para resolver o problema”, declarou. Assim, a posição adoptada pela DSRT é a de “manter a situação existente”, não inserindo “outros sinais”, incluindo o sinal da TV Digital de Hong Kong, nas antenas públicas existentes. “Teremos de retirar qualquer instalação nova da rede efectuada sem autorização”, explicou.
Na sequência da reunião realizada ontem com a DSRT, os anteneiros não se mostraram muito contentes, depois de o Governo ter afirmado que serão desmantelados quaisquer novas instalações de fibra óptica ou de cabos que visam transmitir a TV Digital de Hong Kong. Mas concordaram que iriam restabelecer a ligação, não sem antes terem afirmado que não existe um verdadeiro contrato de exclusividade a partir do momento em que o Governo pede aos anteneiros que restabeleçam o sinal.Vários organismos e vozes representativas da sociedade já se manifestaram contra a atitude tomada pelos “anteneiros”, que cortaram, sem aviso prévio, o sinal de emissão a vários residentes da RAEM. Em declarações ao jornal Ou Mun, o deputado Lee Chong Cheng considerou o acto irresponsável, por impedir o acesso à informação por parte dos cidadãos. O deputado exigiu ainda às empresas que restaurem o serviço o mais rápido possível.
Os responsáveis da Associação Novo Macau Democrático afirmaram que as transmissões televisivas deviam ser restabelecidas sem afectar o direito à informação dos residentes, tendo publicado uma nota condenando o corte ao sinal televisivo. De acordo com representantes da Associação, a Direcção dos Serviços de Regulação e Telecomunicações deveria também arcar com as responsabilidades, por não ter permitido que os anteneiros reparassem e melhorassem as condições dos cabos.
E exigiu que o Governo eliminasse os obstáculos a uma concorrência aberta ao monopólio das telecomunicações.Wong Chou-tim, director da Comissão para Obras em Edifícios Residenciais da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, lamentou tal corte de serviço. O responsável afirmou ainda que os conflitos entre o Governo, a TV Cabo de Macau e os anteneiros devia ser resolvido de forma a não afectar o direito dos residentes ao acesso à informação.Recorde-se que, na terça-feira passada, por volta das 20 horas, grande parte da população terá ficado sem acesso a 26 canais televisivos, incluindo os de sinal aberto. Em Macau contam-se 14 ou 15 empresas de antena comum ilegal e apenas uma legal - a TV Cabo.
Luciana Leitão
Publicada por Tai Chung Pou em português em 22:02

TV CABO MACAU, S.A. Ia. Parte

CARTÓRIO PRIVADO
MACAU

CERTIFICADO

TV Cabo Macau, SARL
Certifico, para efeitos de publicação, que, por escritura de cessão de quotas e transformação de sociedade por quotas em sociedade anónima, de 7 de Janeiro de 1999, lavrada a fls. 16 e seguintes do livro n.º 97, deste Cartório, foi alterada a sociedade em epígrafe, que se regerá pelas cláusulas constantes dos artigos em anexo:

CAPÍTULO I
Denominação, sede, duração e objecto
Artigo primeiro

(Denominação)
A sociedade adopta a denominação «TV Cabo Macau, SARL», em chinês «Ou Mun Iao Sin Tin Si Iao Han Cong Si» e em inglês «Macau Cable TV Limited».

Artigo segundo
(Sede)

Um. A Sociedade tem a sua sede em Macau, na Avenida do Infante D. Henrique, n.º 29, edifício Va Iong, 4.º andar, letra «A», freguesia da Sé.

Dois. Por simples deliberação do Conselho de Administração, a Sociedade pode estabelecer sucursais, delegações ou quaisquer outras formas de representação social noutros locais, em Macau ou no exterior.

Três. O Conselho de Administração fica igualmente autorizado a deliberar a deslocação da sede social para qualquer outro local no território de Macau.

Artigo terceiro
(Duração)

A Sociedade durará por tempo indeterminado, com início na data da sua constituição.

Artigo quarto
(Objecto)

Um. A Sociedade tem como objecto principal a actividade de distribuição de sinais de televisão e áudio, no regime de subscrição, a instalação e operação de um sistema de telecomunicações público e a prestação de serviços de vídeo, bem como exercer outras actividades com estas relacionadas, nomeadamente a exploração da actividade publicitária, a prestação de serviços de formação profissional e assistência técnica, a comercialização de patrocínios de programação e de tempos de estúdio, produção e montagem, a gravação, edição e comercialização de publicações áudio e vídeo e de outros produtos relacionados com a sua actividade, a cedência de canal e de tempos de canal, assim como outros serviços de telecomunicações e actividades que não sejam proibidas por lei.

Dois. O objecto principal da Sociedade não prejudica a participação no capital de outras sociedades, qualquer que seja a sua forma, natureza ou objecto.

CAPÍTULO II

Capital social, acções, obrigações e outros meios de financiamento
Artigo quinto

(Capital)

Um. O capital social inicial é de 1 (um) milhão de patacas, dividido e representado por 1000 (mil) acções, com o valor nominal de mil patacas cada uma.

Dois. Este capital encontra-se integralmente realizado em dinheiro, na proporção das acções subscritas.

Três. Fica o Conselho de Administração, desde já, autorizado a elevar o referido capital até 50 (cinquenta) milhões de patacas, o qual poderá ser autorizado efectuado, uma ou mais vezes, nos termos e condições que vier a estabelecer.

Artigo sexto
(Acções)

Um. As acções são todas nominativas.

Dois. Haverá títulos representativos de uma, cinco ou dez acções ou dos seus múltiplos.

Três. Os encargos emergentes de quaisquer averbamentos, substituições, divisões ou concentração dos títulos serão suportados pelos accionistas que tal requeiram.

Artigo sétimo
(Transmissão de acções)

Um. É livre a transmissão de acções entre os accionistas.

Dois. Na transmissão de acções a terceiros, a Sociedade, em primeiro lugar, e os accionistas, segundo, terão direito de preferência.

Três. Para os efeitos do número anterior:

a) O accionista que pretender transmitir a terceiros as suas acções, a título oneroso ou gratuito, comunicá-lo-á ao Conselho de Administração, por carta registada com aviso de recepção, indicando o número de acções, o preço da alienação, o prazo e a forma de pagamento e a identificação do adquirente;

b) O Conselho de Administração deliberará, no prazo de quinze dias a contar da recepção da carta referida na alínea anterior, se a Sociedade exerce ou não o seu direito de preferência;

c) Não pretendendo a Sociedade exercer o seu direito de preferência, o Conselho de Administração remeterá carta registada com aviso de recepção a todos os accionistas com acções averbadas em seu nome para, no prazo de vinte e um dias a contar da recepção da mesma carta, declararem se querem ou não usar daquele direito;

d) Preferindo mais de um accionista, as acções serão rateadas em função da percentagem do capital social que cada um tenha averbado em seu nome nessa data;

e) Não pretendendo a Sociedade nem os accionistas preferir, poderá a alienação realizar-se livremente, passando o Conselho de Administração ao accionista interessado declaração que o certifique; e

f) A aquisição e a transmissão de acções somente produzem efeitos para com a Sociedade após o averbamento no competente livro de registo e desde a data deste averbamento.
Artigo oitavo

(Direito de preferência nos aumentos de capital)
Nos aumentos de capital social, os accionistas terão direito de preferência na subscrição de novas acções, bem como no rateio das que não hajam sido subscritas, sempre na proporção das que detiverem.

Artigo nono
(Emissão de obrigações e outros títulos de dívida)
Mediante deliberação da Assembleia Geral, tomada sob proposta do Conselho de Administração com prévio parecer do Conselho Fiscal, a Sociedade poderá emitir, tanto no mercado interno como no mercado externo de capitais, nomeadamente em bolsas de valores, obrigações e outros títulos de dívida de natureza semelhante, que se encontrem legalmente autorizados.

Artigo décimo
(Realização de entradas)

Um. O accionista que se constituir em mora quanto à realização das entradas previstas no artigo quinto ou de aumento de capital que venha a subscrever, por não prestar ou adiantar as respectivas quantias dentro de sessenta dias após a data da deliberação, será notificado pelo Conselho de Administração por carta registada com aviso de recepção, para as efectuar, no prazo de noventa dias, acrescidos dos respectivos juros legais de mora que forem devidos até à data do efectivo pagamento.

Dois. Se o subscritor remisso não pagar quanto deve à Sociedade no prazo indicado, perderá, a favor da mesma, as quantias já desembolsadas e o direito às acções subscritas, ainda que parcialmente liberadas.

Três. Em alternativa ao disposto no número anterior, o Conselho de Administração poderá exigir judicialmente ao subscritor remisso os montantes em dívida, acrescidos dos juros de mora referidos no número um.

Quatro. Em qualquer dos casos previstos neste artigo, o accionista remisso, enquanto se mantiver em mora, não poderá exercer quaisquer direitos sociais, incluindo os de participar ou votar em assembleias gerais, bem como, no caso previsto no número pre-cedente, o de receber os dividendos que forem atribuídos às suas acções, os quais serão retidos para compensar as importâncias em dívida.

Artigo décimo primeiro
(Aquisição de acções próprias)

A Sociedade poderá, por deliberação do Conselho de Administração, com prévio parecer favorável do Conselho Fiscal, adquirir acções próprias e outros títulos de dívida por ela emitidos e realizar com umas e outros as operações que se mostrarem convenientes para a prossecução dos interesses sociais.

CAPÍTULO III
Órgãos sociais
SECÇÃO I

Assembeia Geral

Artigo décimo segundo
(Direito de participação nas assembleias gerais)

Um. A cada grupo de um por cento de capital corresponde um voto nas reuniões da Assembleia Geral.

Dois. O exercício do direito de voto só é reconhecido aos accionistas, sejam individualmente ou em grupo, cujas acções estejam averbadas em seu nome com a antecedência mínima de dez dias em relação à data marcada para a respectiva reunião.

Três. Os accionistas com direito de voto podem fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral por qualquer accionista que tenha esse direito, mediante simples carta assinada pelo mandante, dirigida ao presidente da Mesa e da qual conste a identidade do representante.

Quatro. Os accionistas não abrangidos pelo disposto no número um podem agrupar-se de forma a completarem o número de acções nele previsto, fazendo-se representar na Assembleia por um dos agrupados, desde que o comuniquem ao presidente da Mesa, mediante carta assinada por todos, entregue na sede social com a antecedência mínima de três dias sobre a data fixada para a reunião, que identifique o accionista escolhido para os representar.

Cinco. Os membros dos órgãos sociais, mesmo que não sejam accionistas ou sendo-o, não tenham direito de voto, poderão assistir às reuniões da Assembleia Geral e discutir os assuntos de que estas tenham de ocupar-se.

Artigo décimo terceiro
(Reuniões da Assembleia Geral ordinária)

A Assembleia. Geral reúne até ao último dia do mês de Março de cada ano, a fim de deliberar sobre o relatório, balanço e contas do Conselho de Administração e o parecer do Conselho Fiscal relativos ao exercício anterior, de proceder às eleições a que houver lugar e de deliberar sobre quaisquer outros assuntos para que tenha sido convocada.

Artigo décimo quarto

(Convocação da Assembleia Geral)

Um. Sem prejuízo do disposto na alínea g) do artigo vigésimo quinto destes estatutos, as reuniões da Assembleia Geral, tanto ordinárias como extraordinárias, serão convocadas pelo presidente da Mesa ou, no impedimento deste, por quem desempenhe as suas funções.

Dois. As reuniões da Assembleia Geral serão convocadas pela forma, e nos prazos previstos na lei.

Três. A Assembleia Geral reúne em primeira convocatória desde que esteja representado, pelo menos, metade do capital social, e em segunda convocatória nos termos legais.

Artigo décimo quinto
(Assembleias gerais extraordinárias)

A Assembleia Geral reunirá extraordinariamente sempre que o Conselho de Administração ou o Conselho Fiscal o julgarem necessário ou quando o requeiram accionistas que representem, pelo menos, um quarto do capital social.

Artigo décimo sexto
(Eleição da Mesa da Assembleia Geral)

A Assembleia Geral elegerá trienalmente, de entre os accionistas ou outras pessoas, um presidente, um vice-presidente e um secretário, que constituirão a respectiva Mesa.

SECÇÃO II
Conselho de Administração e Comissão
Executiva

Artigo décimo sétimo
(Conselho de Administração)

Um. A administração da Sociedade caberá a um Conselho de Administração composto por um número ímpar de administradores, entre cinco a quinze, reelegíveis, eleitos pela Assembleia Geral.

Dois. O Conselho elegerá, de entre os seus membros, um presidente e dois vice-presidentes, que substituirão o presidente nas suas faltas ou impedimentos.

Três. No caso de cessação de funções ou impedimento prolongado de qualquer administrador, será designado pelo Conselho de Administração um substituto, o qual se manterá no exercício do cargo até à primeira Assembleia Geral ordinária que se realizar, mas se nesta for ratificada a nomeação, o respectivo mandato expirará na data em que expiraria o do administrador substituído.

Quatro. Os administradores prestarão caução nos termos deliberados pela Assembleia Geral.

Cinco. O mandato dos administradores é de três anos.

Artigo décimo oitavo

(Competência do Conselho de Administração)

Um. O Conselho de Administração representará a Sociedade, em juízo e fora dele, e terá os mais amplos poderes na gestão dos negócios sociais, nomeadamente os de:

a) Adquirir, alienar ou onerar, por qualquer forma, bens móveis ou imóveis e direitos sociais;

b) Deliberar que a Sociedade participe na constituição, subscreva capital, assuma interesses ou tome parte em outras sociedades, empresas, agrupamentos complementares ou associações de qualquer espécie, e coopere, colabore e se consorcie com quaisquer outras entidades;

c) Contrair e conceder empréstimos, entrar em acordos financeiros e realizar quaisquer operações de crédito autorizadas por lei e pelos estatutos;

d) Aprovar, sob proposta da Comissão Executiva, os planos anual de trabalho e de investimento, assim como o orçamento e o plano director estratégico da Sociedade;

e) Submeter anualmente à Assembleia Geral os relatórios e contas da Sociedade;

J) Designar as pessoas que entender para o exercício de cargos noutras sociedades, agrupamentos ou qualquer tipo de associações, nas quais a Sociedade participe; e

g) Exercer as demais atribuições que lhe couberem, nos termos da lei ou dos estatutos, ou lhe sejam cometidas pela Assembleia Geral.

Dois. O Conselho de Administração não pode conceder quaisquer avales ou outras garantias pessoais ou reais que não estejam relacionados com o objecto da Sociedade.

Três. As competências constantes das alíneas b), d) e e) do número um são indelegáveis.

Artigo décimo nono
(Reuniões do Conselho de Administração)

Um. O Conselho de Administração reunirá na sede da Sociedade com a periodicidade que ele próprio determinar, mas pelo menos uma vez em cada trimestre, e, além disso, sempre que for convocado pelo seu presidente, pelo vicepresidente em exercício no lugar do presidente ou por dois terços dos administradores

Dois. A convocatória será sempre feita por escrito, deverá indicar a ordem dos trabalhos e, a não ser em casos de extrema urgência, ser remetida com a antecedência mínima de oito dias.

Três. Os administradores poderão fazer-se representar em qualquer reunião por outro administrador mediante carta dirigida ao presidente, mas cada instrumento não pode ser utilizado mais do que uma vez.

Quatro. O Conselho de Administração só poderá deliberar desde que estejam presentes ou representados a maioria dos seus membros, devendo as deliberações constar sempre da acta e serem tomadas por maioria, tendo o presidente, ou quem o substituir, voto de qualidade.

Artigo vigésimo
(Comissão Executiva)

Um. A Sociedade terá uma Comissão Executiva, composta por três a cinco membros, nomeados pelo Conselho de Administração para o triénio correspondente ao mandato do Conselho de Adminis-tração.

Dois. Pelo menos o administrador-delegado será nomeado pelo Conselho de Administração, de entre os seus membros.

Três. No caso de cessação de funções ou impedimento prolongado de um membro da Comissão Executiva, o Conselho de Administração nomeará o substituto, o qual se manterá no cargo até ao fim do triénio para que tenha sido designado o substituído.

Artigo vigésimo primeiro
(Competência da Comissão Executiva)

Um. Para além de outras competências que lhe sejam delegadas pelo Conselho de Administração, à Comissão Executiva compete gerir os assuntos correntes da Sociedade e praticar todos os actos relativos ao objecto social que não caibam na competência atribuída exclusivamente por estes estatutos a outros órgãos da Sociedade, nomeadamente:

a) Exercer a gestão e o controlo das actividades da Sociedade;

b) Submeter à aprovação do Conselho de Administração os planos, programas e orçamentos referidos no artigo décimo oitavo, número um, alínea d), bem como as respectivas modificações;

c) Preparar o relatório anual da Sociedade a submeter pelo Conselho de Administração à Assembleia Geral ordinária;

d) Estabelecer a organização técnica e administrativa da Sociedade e aprovar as normas de funcionamento interno, designada-mente as relativas ao pessoal e à sua remuneração;

e) Celebrar os contratos e praticar actos relativos à aquisição de equipamentos e de matérias-primas, e à prestação de serviços;

f) Adquirir, vender ou, por qualquer outra forma, alienar ou onerar direitos, bens móveis ou imóveis, estando, no entanto, os valores máximos das operações sujeitos a autorização prévia do Conselho de Administração;

g) Representar a Sociedade, em juízo e fora dele, activa e passivamente, promover, contestar, transigir ou desistir em quaisquer processos e comprometer-se em todo o tipo de arbitragens, sob proposta do Conselho de Administração;

h) Constituir mandatários ou procuradores com os poderes que julgue convenientes, incluindo os revistos no artigo ducentésimo quinquagésimo sexto do Código Comercial;

i) Contratar, sob proposta do Conselho Fiscal, os auditores da Sociedade; e

j) Contrair e conceder empréstimos, entrar em acordos financeiros, conceder empréstimos e realizar quaisquer operações de crédito autorizadas por lei e pelos estatutos, até ao limite autorizado pelo Conselho de Administração.

Dois. A Comissão Executiva não pode conceder quaisquer avales ou outras garantias pessoais ou reais que não estejam relacionados com o objecto da Sociedade.

Três. A Comissão Executiva poderá ainda delegar nos seus membros alguns dos poderes que lhe são conferidos pelo número um, definindo em acta os limites e condições de tal delegação.

Artigo vigésimo segundo
(Reuniões da Comissão Executiva)

Um. A Comissão Executiva reunirá pelo menos uma vez por mês, aplicando-se às suas reuniões o disposto nestes estatutos para as do Conselho de Administração, salvo no respeitante ao prazo da sua convocação, que será de quarenta e oito horas, exceptuando os casos de manifesta urgência.

Dois. A Comissão Executiva só poderá deliberar desde que esteja presente a maioria dos seus membros.

Três. Em caso de empate na votação o assunto será sempre levado à deliberação do Conselho de Administração.

SECÇÃO III
Vinculação de Sociedade
Artigo vigésimo terceiro
(Vinculação do Sociedade)

Um. A Sociedade fica vinculada pelos negócios jurídicos concluídos:

a) Por deliberação tomada pela maioria dos administradores ou por eles ratificada em Conselho de Administração;

b) Pela assinatura conjunta de dois administradores designados pelo Conselho de Administração;

c) Por dois membros da Comissão Executiva nos limites da competência desta; e

d) Por um ou mais mandatários, actuando nos limites do respectivo mandato.

Dois. Em assuntos de mero expediente é suficiente a assinatura de qualquer membro da Comissão Executiva, ou de procuradores para o efeito constituídos, não se considerando, no entanto, como tais a celebração, alteração e rescisão de contratos, a intervenção, a qualquer título, em cheques, letras e livranças e quaisquer outros documentos que importem a assunção de dívida e a concessão de avales ou quaisquer outras garantias pessoais ou reais.

SECÇÃO IV
Conselho Fiscal
Artigo vigésimo quarto
(Conselho Fiscal)

Um. A Assembleia Geral elegerá, pelo período de três anos, um Conselho Fiscal de três membros efectivos e dois suplentes, e designará o respectivo presidente.

Dois. Em nenhum caso a Assembleia Geral poderá confiar a uma sociedade de auditores de contas as funções do Conselho Fiscal, mas poderá autorizar este a entregar, no todo ou em parte, a uma empresa de auditores de contas a execução de serviços inerentes a essas funções, sem prejuízo de o Conselho manter, para todos os efeitos, as suas responsabilidades.

Três. Verificando-se o impedimento temporário ou a cessação de funções de um membro efectivo do Conselho, será este substituído pelo suplente, que se manterá no cargo, consoante o caso, enquanto durar o impedimento ou até à realização da primeira Assembleia Geral que procederá ao preenchimento da vaga.

Quatro. Se o substituído for o presidente, as suas funções passarão a ser asseguradas por um dos outros membros eleito pelo próprio Conselho.

Artigo vigésimo quinto
(Competência do Conselho Fiscal)

Compete ao Conselho Fiscal, para além das outras atribuições consignadas na lei ou nos presentes estatutos, nomeadamente:

a) Fiscalizar a administração da Sociedade;

b) Zelar pela observância da lei e dos estatutos;

c) Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte;

d) Verificar, quando o julgue conveniente pela forma que entender adequada, a situação da caixa e as existências de qualquer espécie de bens ou valores pertencentes à Sociedade ou por esta recebidos em garantia, depósito ou a outro título;

e) Certificar da exactidão e correcção do balanço e da conta de ganhos e perdas a apresentar anualmente pelo Conselho de Administração, e emitir parecer sobre os mesmos, bem como sobre o relatório anual do referido Conselho;

f) Verificar se o património social está devidamente avaliado; e

g) Convocar a Assembleia Geral, quando a respectiva Mesa, embora a tanto vinculada, o não faça.

Artigo vigésimo sexto
(Reuniões do Conselho Fiscal)

Um. O Conselho Fiscal reúne ordinariamente uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre que o seu presidente o convoque, por sua iniciativa ou a pedido de um dos seus membros.

Dois. As deliberações são tomadas por maioria, devendo os membros que com elas não concordarem fazer inserir na acta os motivos da sua discordância.

Artigo vigésimo sétimo
(Comissão de vencimentos)

As remunerações dos membros da Mesa da Assembleia Geral, Conselho de Administração, Comissão Executiva e Conselho Fiscal serão fixadas por uma comissão de três elementos, para esse efeito eleita em Assembleia Geral.

CAPÍTULO IV
Exercícios sociais, contas e resultados

Artigo vigésimo oitavo
(Ano social)

O ano social coincide com o ano civil, sendo as contas e o balanço encerrados com referência a trinta e um de Dezembro.

Artigo vigésimo nono
(Distribuição de resultados)

Os resultados líquidos do exercício, aprovados em Assembleia Geral sob proposta do Conselho de Administração, serão distribuídos do seguinte modo:

a) Constituição de reservas legais;

b) Constituição de quaisquer outras reservas, aprovadas pela Assembleia Geral;

c) Atribuição de dividendos aos accionistas; e

d) Outro fim, conforme deliberação da Assembleia Geral.

CAPÍTULO V
Dissolução e liquidação da Sociedade

Artigo trigésimo
(Dissolução e liquidação da Sociedade)

Um. A Sociedade dissolve-se nos casos e termos legais.

Dois. A liquidação da Sociedade reger-se-á pelas disposições da lei e destes estatutos e pelas deliberações da Assembleia Geral.

Três. Salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral, a liquidação será efectuada por uma Comissão Liquidatária designada pelo Conselho de Administração, composta por um número ímpar de membros, dos quais um assumirá a presidência.

CAPÍTULO VI
Disposições finais

Artigo trigésimo primeiro

(Versão portuguesa e chinesa)
Simultaneamente com esta versão em língua portuguesa é também assinada entre os accionistas uma versão dos presentes estatutos em língua chinesa, ambas fazendo igualmente fé.

Artigo trigésimo segundo
(Cláusula compromissória)

Um. Todas as questões emergentes da interpretação ou execução dos presentes estatutos que surjam entre a Sociedade e os accionistas ou entre estes serão dirimidas por um Tribunal Arbitral, composto de três árbitros, cabendo a cada uma das partes designar um, e sendo o terceiro, que presidirá, designado por acordo entre estes, ou na falta de acordo, por Juiz do Tribunal de Competência Genérica de Macau.

Dois. O Tribunal julgará ex aequo et bono e das suas decisões não caberá recurso.

Três. Exceptuam-se do disposto no número um a impugnação das deliberações sociais e as providências cautelares de suspensão das mesmas deliberações, as quais ficam sujeitas aos tribunais comuns e à lei processual aplicável.

Artigo trigésimo terceiro
(Nomeações)

Um. São nomeados provisoriamente para os corpos gerentes da Sociedade, até à realização da primeira eleição, as seguintes entidades:

i) Conselho de Administração:

Presidente: Ng Fok, casado, reside na Avenida da Praia Grande, n.º 594, edifício BCM, 16.º andar, Macau.

Vice-presidentes: Antônio Joaquim Simões Gomes de Azevedo, casado, residente na Rua Pinheiro Chagas, 101, 5.º Dt.º, 1000 Lisboa; e Zhou Ping, casado, residente na Avenida da Praia Grande, n.º 594, edifício BCM, 16.º andar, Macau.

Administradores: Chen Jianren, solteiro, maior, residente na Avenida da Praia Grande, n.º 594, edifício BCM, 16.º andar, Macau; Euclides Higino Gonçalves Sousa, casado, residente na Rua Carlos Paião, 18, Vila Fria, Porto Salvo, 2780 Oeiras; Filipe João Pyrrait da Cunha Santos, divorciado, residente na Rua do Dr. Pedro José Lobo, n.os 1-3, edifício Luso Internacional, 22.º andar, sala 2201, Macau; José Lopes Ricardo das Neves, casado, residente na Estrada de Cacilhas, n.º 27, bloco I, 2.º andar, «A», Macau; Li Jie, casado, residente na Avenida da Praia Grande, n.º 594, edifício BCM, 16.º andar, Macau; e Luís Manuel da Costa de Sousa de Macedo, casado, residente na Rua do Sol A St.ª Catarina, 18 - 2.º, 1200 Lisboa; todos dispensados de caução.

ii) Comissão Executiva:

Administrador-delegado: Filipe João Pyrrait da Cunha Santos, divorciado, residente na Rua do Dr. Pedro José Lobo, n.ºs 1-3, edifício Luso Internacional, 22.º andar, sala 2201, Macau.
Membros: Li Jie, casado, residente na Avenida da Praia Grande, n.º 594, edifício BCM, 16.º andar, Macau; Vu Leong, casado, residente na Calçada da Paz, n.º 8, r/c, em Macau; António Adriano da Silva Aguiar, casado, e Tiago Luis de Vilhena Teixeira Guerra, solteiro, maior, ambos residentes na Rua do Dr. Pedro José Lobo, n.º 13, edifício Luso Internacional, 22.º andar, sala 2201, Macau.

iii) Mesa da Assembleia Geral:

Presidente: «Portugal Telecom Internacional, SGPS, S.A.»;

Vice-presidentes: «TELESAT — Comunicações por Satélite Limitada» e «Cosmos Televisão por Satélite, S.A.R.L.».

iv) Conselho Fiscal:
Presidente: Manuel Vizeu Basílio, casado, residente na Avenida da Praia Grande, n.º 594, edifício BCM, 16.º andar, Macau;

Membros efectivos: Rui José da Cunha, casado, e Nuno Farinha Fernandes Simões, solteiro, maior, ambos residentes na Avenida da Praia Grande 759, 3.º andar, Macau.
Artigo trigésimo quarto

(Início de actividade)
A Sociedade começa imediatamente a funcionar, assumindo portanto os direitos e obrigações de quaisquer negócios jurídicos celebrados a partir desta data pelo Conselho de Administração e pela Comissão Executiva em nome da Sociedade e no âmbito do objecto social.

CERTIFICADO DE TRADUÇÃO
Certifico que nesta data compareceu perante mim, Carlos Duque Simões, Notário Privado com cartório em Macau, na Avenida da Praia Grande, n.º 759, 3.º andar, Belmiro Ferreira Magalhães de Sousa, casado, portador do Bilhete de Identidade de Residente de Macau n.º 5/001070/1, residente na Rotunda de S. João Bosco, edifício Hoi Fu Garden, 21.º andar, «F», em Macau, o qual me apresentou a tradução para a língua chinesa do documento apenso redigido em língua portuguesa.

O interessado declarou haver feito a tradução do citado documento, afirmando, sob o compromisso de honra que prestou perante mim, ser fiel a referida versão, assinando em seguida o presente certificado.
Cartório Privado, em Macau, aos nove de Janeiro de mil novecentos e noventa e nove. — O Notário, Carlos Duque Simões.
Fonte - Google

TV CABO MACAU, S.A. 2a. Parte


GOVERNO DE MACAU
SERVIÇOS DE FINANÇAS

Extracto da escritura entre o Território de Macau e a "TV Cabo Macau, SARL"
CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO TERRESTRE DE TELEVISÃO POR SUBSCRIÇÃO (STTvS)

Certifico que por escritura de 22 de Abril de 1999, lavrada a folhas 114 e seguintes do livro 314 da Direcção dos Serviços de Finanças de Macau, foi celebrado o contrato de “CONCESSÃO DO SERVIÇO TERRESTRE DE TELEVISÃO POR SUBSCRIÇÃO (STTvS) nos seguintes termos:

Que, por despacho de Sua Excelência o Governador, exarado a catorze de Abril do corrente ano, sobre a Proposta número 21AISACTC/99, de vinte e cinco de Março, foi autorizada a não realização de concurso público e a adjudicação por ajuste directo da concessão do Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição (STTvS), à TV Cabo Macau, S.A.R.L., ao abrigo das disposições conjugadas do número dois do artigo 5.º e da alínea a) do número um do artigo 23.º da Lei número 3/90/M, de catorze de Maio, e aprovada a minuta deste contrato.
Que declaram ter chegado a acordo quanto à formulação do presente contrato, nos termos e condições das cláusulas seguintes:

CAPÍTULO I
Da concessão
Secção I
Disposições gerais

Cláusula primeira - (Definições)

Concedente — até dezanove de Dezembro de mil novecentos e noventa e nove, o território de Macau, pessoa colectiva de direito público, e, após aquela data, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau;
Território — o território de Macau;

Governador — até dezanove de Dezembro de mil novecentos e noventa e nove, o Governador de Macau, e, após aquela data, o Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau;
Autoridade de Telecomunicações — a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações de Macau ou a entidade pública a quem incumbir o exercício da tutela sobre as telecomunicações;
Concessionária —a sociedade «TV CABO MACAU, S.A.R.L.»;

Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição (STTvS) — a difusão ou a distribuição terrestre de sinais de televisão e áudio a subscritores, mediante a percepção pela Concessionária das taxas correspondentes;

Concessão — os direitos, concedidos pelo Contrato, de instalar e operar um sistema de telecomunicações público e de prestar em exclusivo o STTvS;

Canal — a via técnica utilizada para a transmissão de determinado programa e cujas características técnicas devem ser entendidas no sentido estabelecido nas disposições relevantes da União Internacional das Telecomunicações (UIT);

Programa — o conteúdo audiovisual estabelecido em função de uma determinada programação genérica ou específica e que normalmente é identificado por um identificativo/logotipo único que lhe está associado;

Programação — o conjunto das obras ou peças audiovisuais normalmente distintas, escolhidas para serem difundidas durante o horário de funcionamento do programa;

Retransmissão — a recepção e difusão, integral e simultânea, por qualquer meio de telecomunicações, dos programas que constituem o STTvS;

Activo líquido — o total do activo bruto (caixa, depósitos bancários, contas a receber, existências, imobilizações reavaliadas e custos antecipados), líquido de reintegrações, amortizações e provisões;

Partes — o Concedente e a Concessionária;

Contrato — este acordo e seus anexos, bem como os adicionais e adendas ao mesmo que venham a ser celebrados entre as Partes.

Cláusula segunda - (Objecto do Contrato)

Pelo presente Contrato, o território de Macau concede à Concessionária o direito de:

a) Prestar em exclusivo o STTvS;

b) Instalar e operar um sistema de telecomunicações público;

c) Prestar em exclusivo os serviços de vídeo, excepto o de vídeo-telefone.

Cláusula terceira - (Prazo da concessão)

Um. A concessão é atribuída pelo prazo de quinze anos, a contar da data da assinatura do Contrato.

Dois. O prazo da concessão é renovável por períodos a definir mediante acordo das Partes, titulado por Contrato adicional, a celebrar até dois anos antes do seu termo ou do prazo de renovação.

Cláusula quarta - (Instalação e início da prestação do STTvS)

A Concessionária fica obrigada a iniciar a prestação do STTvS no prazo de quinze meses a contar da data da assinatura do Contrato ou, se posterior, da data da aprovação das faixas de frequência previstas nos planos que constituem os anexos I, II e III.

Cláusula quinta - (Caução)

Um. As obrigações assumidas pela Concessionária e o pagamento das penalidades ou indemnizações que, no âmbito da concessão, venham a ser por ela devidas, serão caucionados por meio de depósito a favor do Concedente num dos bancos agentes do território de Macau, de dois milhões e quinhentas mil patacas em dinheiro.

Dois. O depósito referido no número anterior pode ser substituído por garantia bancária idónea ou seguro-caução, em regime de primeira solicitação («first demand guarantee»).

Três. A caução será prestada no prazo de trinta dias a contar da data da assinatura do Contrato.
Quatro. Sempre que seja utilizada, a caução será reconstituída pela Concessionária, no prazo de trinta dias após o aviso do Concedente para esse efeito.

Cinco. A caução será levantada a pedido da Concessionária após o termo da concessão, na medida em que não haja sido utilizada.

Cláusula sexta - (Retribuição)

Um. A título de retribuição anual a Concessionária pagará ao Concedente três por cento das receitas brutas anuais de exploração da Concessionária.

Dois. O pagamento da retribuição devida nos termos do número anterior será efectuado na Autoridade de Telecomunicações, até ao último dia útil do quarto mês de cada ano, com referência ao exercício anterior.

Três. A Concessionária remeterá à Autoridade de Telecomunicações, até noventa dias após o termo de cada exercício, mapas-resumo das receitas brutas de exploração, devendo apresentar a documentação justificativa que lhe for exigida.

Quatro. As Partes poderão acordar na redução ou suspensão temporária da retribuição quando circunstâncias extraordinárias o aconselharem.

Secção II
Modificação da concessão
Cláusula sétima - (Sequestro)

Um. O Concedente, ouvida a Concessionária. poderá sequestrar a concessão, substituindo-se temporariamente à Concessionária, tomando posse e utilizando as instalações, os equipamentos e os materiais, de modo a promover a execução das medidas necessárias à continuidade da operação do sistema e da prestação do STTvS, quando, por culpa exclusiva da Concessionária:

a) Ocorra ou esteja iminente a interrupção injustificada da respectiva exploração;

b) Se verifiquem perturbações ou deficiências graves na organização e funcionamento da Concessionária ou no estado geral das instalações e do material afecto à respectiva exploração.

Dois. No caso de sequestro, serão suportados pela Concessionária os encargos normais e correntes com a manutenção do STTvS, incluindo as despesas extraordinárias que haja a fazer para o restabelecimento da normalidade da exploração.

Três. Logo que cessem os motivos que determinaram o sequestro, a Concessionária será notificada para retomar, no prazo que lhe for fixado, a exploração do STTvS em condições normais e, para esse efeito, será reintegrada na posse da universalidade dos bens afectos à concessão.

Quatro. Se a Concessionária não quiser ou não puder retomar a exploração ou, retomando-a, continuarem a verificar-se os motivos que determinaram o sequestro, poderá o Concedente proceder à imediata rescisão por incumprimento do Contrato.

Cláusula oitava - (Trespasse e subconcessão)

Um. Não é permitido o trespasse da concessão.

Dois. A Concessionária não pode subconceder parcialmente a concessão, nem celebrar qualquer negócio jurídico de efeito equivalente, sem prévia autorização do Concedente.

Cláusula nona - (Revisão)
O Contrato pode ser revisto a qualquer momento por acordo das Partes.

Secção III
Extinção da concessão
Cláusula décima - (Extinção)

Um. A concessão extingue-se nos seguintes casos:

a) Decurso do prazo;

b) Acordo das Partes;

c) Resgate;

d) Rescisão por incumprimento;

e) Rescisão por razões de interesse público.

Dois. A extinção da concessão com fundamento nas alíneas c), d) e e) do número anterior é declarada por despacho fundamentado do Governador, publicado no Boletim Oficial.

Cláusula décima primeira - (Resgate)

Um. O Concedente poderá resgatar a concessão decorridos dez anos sobre o início da prestação do STTvS. desde que para o efeito notifique a Concessionária com a antecedência mínima de um ano.

Dois. A partir da data da notificação referida no número anterior, a Concessionária não poderá alienar ou onerar bens afectos à concessão sem prévia autorização do Concedente.

Três. O resgate da concessão confere à Concessionária o direito a uma indemnização calculada nos termos da cláusula décima sexta.

Cláusula décima segunda - (Rescisão por incumprimento)

Um. O Concedente poderá rescindir o Contrato quando se verifique qualquer dos seguintes factos imputáveis à Concessionária:

a) O abandono da exploração da concessão ou a sua suspensão injustificada;

b) O trespasse da concessão;

c) A subconcessão sem prévia autorização do Concedente;

d) A aplicação anual de multas em valor superior a cinquenta por cento do valor da caução;

e) A falência, acordo de credores, concordata ou qualquer outra medida através da qual a gestão da sociedade Concessionária seja submetida ao controlo dos respectivos credores;

f) A alteração do objecto, redução do capital, transformação, fusão, cisão ou dissolução da sociedade Concessionária, sem prévia autorização do Concedente;

g) A falta de pagamento da retribuição devida nos termos do Contrato.

Dois. A rescisão implica a perda imediata da caução a favor do Concedente, bem como a reversão gratuita para o mesmo da universalidade de bens e direitos afectos à concessão.

Cláusula décima terceira - (Rescisão por razões de interesse público)

Um. O Concedente poderá rescindir o Contrato, a qualquer momento, quando razões de interesse público o imponham, independentemente do incumprimento de obrigações a que a Concessionária esteja vinculada e no respeito dos seus direitos legalmente protegidos.

Dois. A rescisão declarada ao abrigo do número anterior confere à Concessionária o direito a receber uma indemnização calculada nos termos da cláusula décima sexta.

Cláusula décima quarta - (Reversão)

Um. Extinta a concessão, a universalidade de bens e direitos que à mesma estiver afecta reverterá para o Concedente livre de quaisquer ónus, encargos ou responsabilidades.

Dois. Consideram-se afectos à concessão o sistema de telecomunicações público e demais bens normalmente utilizados pela Concessionária na prestação do STTvS, designadamente, edifícios onde se encontrem instalados os estúdios, serviços técnicos, administrativos ou outros, bem como equipamentos, utensílios e materiais.

Três. A Concessionária obriga-se a entregar os bens afectos à concessão em estado de funcionamento e de conservação que permita a continuidade do STTvS sem quebra de qualidade, podendo o Concedente, caso tal não aconteça, reter a importância necessária à reposição dessas condições, utilizando para o efeito os montantes devidos a título de compensação ou, no caso de estes serem insuficientes, a caução prestada.

Cláusula décima quinta - (Contratos de financiamento)

Em caso de reversão, o Concedente assumirá a posição da Concessionária nos contratos de financiamento de instalações e equipamentos afectos à exploração, que se encontrem em construção ou montagem à data da reversão ou tenham entrado em funcionamento nos trinta e seis meses anteriores.

Cláusula décima sexta - (Compensação pela reversão)

Nos casos de resgate e de rescisão por razões de interesse público a reversão confere à Concessionária o direito a uma compensação no valor do total do activo líquido, calculado nos termos da lei e dos correspondentes princípios de técnica contabilística, acrescido do montante que resultar da multiplicação do correspondente a oitenta por cento da média dos lucros líquidos obtidos nos três anos anteriores pelo número de anos objecto de indemnização.
Cláusula décima sétima - (Correcção do valor da compensação)

No caso previsto na cláusula décima quinta, ao valor a que se refere a cláusula anterior serão deduzidos os montantes dos Contratos de financiamento assumidos.

Cláusula décima oitava - (Direito de preferência)
Com excepção das situações em que a concessão se extinga por incumprimento da Concessionária, esta goza do direito de preferência numa nova concessão com o mesmo objecto.

CAPÍTULO II
Da Concessionária
Secção I

Da sociedade Concessionária
Cláusula décima nona - (Objecto)

Um. A sociedade Concessionária tem por objecto principal a exploração do STTvS.

Dois. A sociedade pode ainda exercer, por si ou em associação com outras pessoas singulares ou colectivas, as seguintes actividades subsidiárias:

a) Exploração da actividade publicitária;

b) Prestação de serviços de formação profissional e assistência técnica;

c) Comercialização do patrocínio de programação;

d) Comercialização de tempos de estúdio, produção e montagem;

e) Gravação, edição e comercialização de publicações áudio e vídeo e de outros produtos relacionados com a sua actividade;

f) Cedência de canal ou de tempo de canal, desde que previamente autorizada pelo Concedente;
g) Prestação de outros serviços de telecomunicações nos termos da lei aplicável.

Cláusula vigésima - (Estatutos)

Um. Os estatutos da sociedade Concessionária devem observar a legislação do Território e os termos do Contrato.

Dois. No prazo de noventa dias, a contar da data da assinatura do Contrato, deverão estar cumpridas as formalidades legalmente exigidas para a satisfação do disposto no número anterior.

Três. As modificações dos estatutos devem ser previamente submetidas à apreciação do Concedente, para efeitos de verificação da sua conformidade com o Contrato.

Quatro. A Concessionária não pode, sem prévia autorização do Concedente, realizar qualquer dos seguintes actos:

a) Alteração do objecto social;

b) Redução do capital social;

c) Transformação. cisão, fusão ou dissolução da sociedade.

Cláusula vigésima primeira - (Sede)

A Concessionária terá obrigatoriamente a sua sede e administração principal no Território.
Cláusula vigésima segunda - (Capital social)

O capital social da sociedade Concessionária será de cinquenta milhões de patacas à data da assinatura do Contrato, devendo estar integralmente realizado no prazo de quinze meses a contar da mesma data.

Secção II
Aspectos económico-financeiros
Cláusula vigésima terceira - (Contabilidade)

A Concessionária obriga-se a manter na sua sede uma contabilidade actualizada e organizada de acordo com a legislação vigente, devendo separar os custos e os proveitos que decorram da prestação do STTvS dos que decorram do exercício de outras actividades previstas no objecto social.

Cláusula vigésima quarta - (Mobilização de capitais)
A Concessionária poderá contrair empréstimos e efectuar pagamentos de juros e capital referentes a empréstimos contraídos no âmbito das suas actividades, numa base mundial.

Cláusula vigésima quinta - (Inventário do imobilizado)

A Concessionária deverá manter um inventário do imobilizado corpóreo, de forma a permitir, em permanência, identificar todos os seus componentes, nomeadamente aqueles que reverterão para o Concedente com a extinção da concessão.

Cláusula vigésima sexta - (Rendibilidade dos capitais)
Para apreciação da rendibilidade anual da Concessionária considerar-se-á como resultado anual sujeito a controlo:

a) Os resultados líquidos depois das obrigações tributárias;

b) Os custos financeiros levados à conta de exploração de exercício.

Cláusula vigésima sétima - (Rácios de cobertura)

Um. A Concessionária obriga-se a tomar as medidas necessárias para que, no final de cada exercício, o valor dos capitais próprios seja pelo menos igual a vinte e cinco por cento do valor do activo imobilizado líquido corpóreo.

Dois. Em casos excepcionais, poderá a Concessionária ser autorizada pelo Concedente a que o valor dos capitais próprios seja inferior à percentagem indicada no número anterior.

Cláusula vigésima oitava - (Reintegrações e amortizações)

As taxas anuais de reintegração e amortização a utilizar pela Concessionária são as fixadas na lei em vigor no Território, sem prejuízo da aplicação de outras que lhe sejam especialmente permitidas, atentas as características da empresa e a natureza das instalações, equipamentos e demais bens afectos à concessão, mediante proposta fundamentada da Concessionária.
Cláusula vigésima nona - (Reavaliação do activo)

A Concessionária poderá proceder à reavaliação dos elementos do activo imobilizado corpóreo, de acordo com a legislação aplicável ou, na falta desta, nos termos que sejam expressamente aprovados pelo Concedente, sob proposta daquela, devidamente fundamentada.
Cláusula trigésima - (Auditoria às contas)

Um. As contas da Concessionária deverão ser anualmente auditadas por uma sociedade de auditores inscrita em Macau, de reconhecida idoneidade e competência.

Dois. Até cento e vinte dias após o termo do exercício, a Concessionária deverá remeter à Autoridade de Telecomunicações o relatório de actividades e as contas, devidamente auditadas, certificadas e aprovadas.

Cláusula trigésima primeira - (Regime fiscal)
A Concessionária poderá beneficiar de isenções de impostos, taxas e emolumentos ou usufruir de outros benefícios fiscais nos termos da lei.

Cláusula trigésima segunda - (Indicadores estatísticos de gestão)
A Concessionária remeterá trimestralmente à Autoridade de Telecomunicações os dados que integram o sistema mínimo de informação de gestão acordado pelas Partes.

Secção III

Direitos e obrigações gerais da Concessionária

Cláusula trigésima terceira - (Direitos)

Para além de outros previstos na lei ou no Contrato, constituem direitos da Concessionária:

a) Instalar e operar um sistema de telecomunicações público e prestar o STTvS, nos termos do Contrato e demais legislação aplicável;

b) Interligar a sistemas de telecomunicações de outros operadores em condições de plena igualdade e reciprocidade, mediante acordo a celebrar entre as partes interessadas;

c) Ocupar terrenos do domínio público ou privado do território de Macau ou de outras pessoas colectivas de direito público, observada a legislação aplicável, para a instalação do sistema de telecomunicações público atribuído;

d) Utilizar gratuitamente a via pública e o respectivo subsolo para a instalação, reparação ou manutenção do sistema de telecomunicações;

e) Aceder e ter livre trânsito de agentes e viaturas em lugares públicos, desde que devidamente identificados e sempre que a natureza do trabalho o exija;

f) Beneficiar gratuitamente de protecção de servidões administrativas para a instalação do sistema de telecomunicações atribuído;

g) Cobrar taxas, tarifas e outros preços aos subscritores;

h) Aceder aos locais de instalação das infra-estruturas que compõem o sistema, designadamente equipamentos, antenas, linhas, condutas e cabos, bem como aos locais onde se encontrem instalados os equipamentos terminais dos subscritores, no respeito dos direitos destes;

i) Instalar no exterior ou interior de edifícios públicos ou privados, as infra-estruturas de telecomunicações necessárias à implantação do sistema atribuído, nos termos legais aplicáveis aos demais sistemas de telecomunicações públicos;

j) Interligar à infra-estrutura de telecomunicações de edifício apropriada;

k) Estabelecer quaisquer sistemas de telecomunicações de utilização privada necessários ao desenvolvimento do seu objecto. quer em ligações no Território, quer do e para o exterior, observada a legislação vigente;

l) Celebrar contratos e receber contrapartidas pela retransmissão dos programas de outros operadores, pela venda a terceiros de obras audiovisuais por si produzidas ou pela retransmissão dos seus próprios programas.

Cláusula trigésima quarta - (Obrigações)

Um. A Concessionária obriga-se a dotar o Território de um STTvS capaz de responder ás necessidades culturais e sociais da população e das actividades económicas, devendo o sistema que lhe serve de suporte incorporar tecnologia de ponta e ser concebido de modo a satisfazer rapidamente a procura em qualquer ponto do Território.

Dois. A Concessionária obriga-se, em especial:

a) A observar as leis vigentes locais e internacionais aplicáveis a Macau, as ordens, directivas, recomendações e instruções que, nos termos da lei, lhe sejam dirigidas pelas entidades competentes, bem como as determinações do Concedente e da Autoridade de Telecomunicações nos termos do Contrato;

b) A prestar um STTvS de boa qualidade técnica e segurança e a garantir o acesso dos subscritores aos serviços, programação e informações locais, regionais e internacionais;

c) A manter ao seu serviço, com residência no Território, o pessoal qualificado necessário ao bom funcionamento do STTvS e ao cumprimento das demais obrigações contratuais;

d) A acompanhar a evolução técnica na área da difusão sonora e televisiva, incorporando no sistema de distribuição que lhe serve de suporte as mais modernas tecnologias;

e) A proceder à instalação das infra-estruturas necessárias à operação do sistema e demais bens afectos à concessão e mantê-los em bom estado de funcionamento, de segurança e de conservação e proceder às correcções necessárias, bem como zelar pela sua completa operacionalidade, tendo em vista o seu regular funcionamento e a adequada prestação do serviço atribuído;

f) A garantir que as infra-estruturas obedecem às especificações técnicas a nível local e internacional, designadamente as contidas nos Regulamentos e Recomendações da União Internacional das Telecomunicações;

g) A prestar à Autoridade de Telecomunicações as informações e os esclarecimentos necessários ao desempenho das suas funções;

h) A proceder às reparações que se mostrem necessárias pelos danos que der causa;

i) A disponibilizar equipamentos terminais a pedido dos subscritores, mediante adequada retribuição, para acesso destes ao serviço e a garantir a sua manutenção;

j) A prestar aos subscritores serviços de informações e de reparação de avarias;

k)A cumprir as demais obrigações impostas pela lei ou pelo Contrato.

Cláusula trigésima quinta - (Reserva de canais)

Um. A Concessionária fica obrigada a disponibilizar, a título gratuito, dois canais que permitam a distribuição dos programas do serviço público de radiodifusão televisiva e sonora no Território.

Dois. Para efeitos do disposto no número anterior, os programas devem ser cedidos pelas entidades competentes, gratuitamente e em boas condições técnicas, devendo estas assegurar todas as autorizações e direitos, nomeadamente de autor e conexos, bem como que da captação, produção, integração e distribuição dos programas não decorram quaisquer encargos adicionais para a Concessionária.

Três. A Concessionária compromete-se a proceder à retransmissão dos programas previstos no número um, de forma integral e não alterada.
Cláusula trigésima sexta - (Planeamento)

Um. A Concessionária fica obrigada a cumprir o plano geral para o período de duração da concessão, o plano director para os primeiros três anos e o plano de trabalho para os primeiros dois anos, que constam dos anexos I, II e III ao presente Contrato, do qual fazem parte integrante.

Dois. A actualização do plano geral far-se-á pela elaboração de sucessivos planos directores para cada período de três anos, a apresentar ao Concedente, para conhecimento, até trinta de Novembro do ano anterior ao triénio a que respeitam.

Três. A Concessionária deverá ainda elaborar, após os dois primeiros anos, planos de trabalho anuais que apresentará ao Concedente, para conhecimento, até trinta de Novembro do ano anterior ao que respeitam.

CAPÍTULO III

Das infra-estruturas de operação

Cláusula trigésima sétima - (Sistema)

Para a instalação do sistema de telecomunicações a Concessionária poderá adoptar as soluções técnicas que se revelem mais eficientes, designadamente redes de cabo, redes de rádio ou outras, devendo, em todo o caso, utilizar sempre tecnologias de ponta devidamente comprovadas.
Cláusula trigésima oitava - (Frequências radioeléctricas)

Um. A Autoridade de Telecomunicações procederá à consignação das frequências necessárias no âmbito da concessão, de acordo com a legislação aplicável.

Dois. Pela utilização do espectro radioeléctrico correspondente ao uso das frequências referidas no número anterior, a Concessionária fica obrigada ao pagamento das taxas respectivas.

Cláusula trigésima nona - (Feixes hertzianos de interligação)

A pedido da Concessionária, a Autoridade de Telecomunicações procederá, nos termos da legislação aplicável, à consignação das frequências necessárias à interligação entre o estúdio e os centros transmissores, assim como entre estes, e ainda as que sejam necessárias para transmissões de exterior ou reportagens.

Cláusula quadragésima - (Cobertura geográfica)

O sistema de telecomunicações público, objecto do Contrato, deverá cobrir todo o Território e acompanhar o seu desenvolvimento urbano e demográfico.

Cláusula quadragésima primeira - (Instalação de infra-estrutura em edifício)

Um. A Concessionária tem o direito de instalar em edifícios públicos ou privados, as infra-estruturas de telecomunicações necessárias à implantação do sistema, designadamente equipamentos, antenas, condutas e cabos, no respeito dos direitos dos proprietários ou inquilinos dos edifícios e suas fracções autónomas.

Dois. A instalação das infra-estruturas referidas no número anterior em monumentos ou sítios classificados ou em edifícios de interesse arquitectónico fica sujeita a autorização do Instituto Cultural de Macau.

Três. A Concessionária é responsável pela reparação e reconstituição dos bens afectados pela instalação das infra-estruturas previstas no número um anterior.
Cláusula quadragésima segunda - (Realização de obras e instalação do sistema)

Um. Para a realização das obras destinadas à exploração da concessão a Concessionária fica obrigada a requerer às entidades competentes as aprovações, autorizações ou licenças legalmente exigíveis, bem como a proceder ao pagamento das taxas que forem devidas.

Dois. Na instalação do subsistema de distribuição a Concessionária deverá utilizar condutas subterrâneas, sem prejuízo da instalação de cabos aéreos ou afixados nas paredes exteriores de edifícios e construções, sempre que tal seja autorizado pela Autoridade de Telecomunicações ou caso aquela solução seja tecnicamente inviável.

Três. Na execução das obras a Concessionária deverá dar preferências a processos eficazes de instalação de condutas, de forma a minimizar a abertura de valas na via pública.

Quatro. A Concessionária deverá avisar as entidades competentes da necessidade de execução de quaisquer trabalhos susceptíveis de afectar o público em geral, indicando a sua natureza e o prazo de execução.

Cinco. A Concessionária obriga-se a coordenar a execução de trabalhos na via pública com outras entidades ou serviços competentes, designadamente no que respeita à abertura de valas, instalação de câmaras de visita, condutas e torres para suporte de antenas, tendo em vista a optimização de recursos, a minimização dos seus custos e a diminuição dos inconvenientes que daí possam advir para o público em geral.

Seis. A Concessionária fica obrigada a reparar os danos causados nos pavimentos e em quaisquer outras instalações ou estruturas, no interior ou no exterior dos edifícios, pela realização de obras de instalação e manutenção do sistema.

Cláusula quadragésima terceira - (Infra-estruturas e serviços de terceiros)
Um. A Concessionária poderá utilizar, mediante acordo a celebrar com terceiros, infra-estruturas de telecomunicações da propriedade destes, designadamente torres, câmaras de visita, condutas e cabos subterrâneos.

Dois. A Concessionária obriga-se a partilhar as suas infra-estruturas com outros operadores de telecomunicações e demais utilizadores do subsolo, sempre que tal se justifique, mediante acordo a celebrar com os interessados.

Três. A Concessionária poderá subcontratar a instalação de infra-estruturas com outras entidades devidamente qualificadas, ficando com elas solidariamente responsável pelos danos causados.

Cláusula quadragésima quarta - (Especificações técnicas e requisitos de segurança)
Um. O STTvS deverá utilizar o sistema PAL-I, podendo ser utilizados outros formatos aprovados pela Autoridade de Telecomunicações.

Dois. A Concessionária obriga-se a tomar todas as medidas para a protecção da inviolabilidade do sistema de telecomunicações, bem como a assegurar a protecção dos subsistemas de radiocomunicações a interferências provenientes de outros serviços de radiocomunicações autorizados e a não interferir prejudicialmente com estes.

Cláusula quadragésima quinta - (Redes de cabo privadas)

Um. A Concessionária poderá estabelecer acordos de interligação com os proprietários de redes de cabo privadas instaladas em edifícios, para a prestação do STTvS aos subscritores, desde que aquelas redes possuam as condições técnicas adequadas.

Dois. A avaliação das condições técnicas a que se refere o número anterior compete à Autoridade de Telecomunicações.

CAPÍTULO IV

Da prestação do STTvS

Secção I

Condições gerais

Cláusula quadragésima sexta - (Obrigatoriedade)

Um. A Concessionária não poderá recusar a prestação do STTvS desde que o interessado preencha os requisitos exigíveis e cumpra as condições impostas pelas disposições legais e regulamentares.

Dois. O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de a Concessionária recusar ou adiar a prestação do serviço, caso a instalação seja excessivamente onerosa por se situar fora do âmbito geográfico previsto no plano anual, das zonas de passagem ou de influência do sistema de distribuição.

Cláusula quadragésima sétima - (Relações com os subscritores)

Um. A prestação do STTvS aos subscritores fica dependente da sua expressa adesão às respectivas condições e termos, dos quais serão previamente informados pela Concessionária.

Dois. Os contratos-tipo com as condições e termos referidos no número anterior, bem como as suas alterações, devem ser aprovados pelo Concedente e redigidos pelos menos nas línguas oficiais do território.

Três. A Concessionária deve procurar satisfazer com prontidão todos os pedidos, respeitando a respectiva ordem cronológica, sem prejuízo de poderem vir a ser estipuladas condições especiais para instalação preferencial.

Cláusula quadragésima oitava - (Continuidade)

Um. A Concessionária obriga-se a garantir a continuidade da prestação do STTvS, efectuando as ligações, ampliações e extensões do sistema de telecomunicações público que sejam necessárias.

Dois. O STTvS sé poderá sofrer restrições e interrupções para a realização de trabalhos em qualquer componente do sistema de telecomunicações público, obtida a autorização da Autoridade de Telecomunicações, ou por acto ou facto não imputável à Concessionária.

Três. Nos casos não previstos no número anterior a Concessionária será responsável pelos prejuízos que a restrição ou interrupção causar a subscritores ou terceiros.

Quatro. No caso de ser previsível uma restrição ou interrupção da prestação do STTvS, a Autoridade de Telecomunicações, os subscritores e, caso se justifique, o público em geral, deverão ser avisados com razoável antecedência da duração, âmbito c motivos da restrição ou interrupção.

Cláusula quadragésima nona - (Restrições e interrupções por motivos imputáveis aos subscritores)

Um. A Concessionária poderá restringir ou interromper a prestação do STTvS ao subscritor nos seguintes casos:

a) Incumprirnento do contrato respectivo ou de outras normas aplicáveis;

b) Oposição à realização de vistorias;

c) Falta de pagamento de quaisquer importâncias, taxas, tarifas e preços, dentro dos prazos acordados;

d) Fraude nas instalações, aparelhos receptores ou qualquer outro equipamento da sua propriedade;

e) Prestação do serviço a terceiros sem sua autorização escrita.

Dois. Nas situações referidas nas alíneas a) a c) do número anterior o subscritor deverá ser notificado com a antecedência suficiente para suprir a falta.

Cláusula quinquagésima - (Restrições e interrupções por razões de interesse público)

Um. O Concedente poderá determinar a suspensão de programas ou o cancelamento de blocos audiovisuais oferecidos pela Concessionária aos subscritores, quando razões de interesse público assim o imponham.

Dois. Com excepção dos programas indicados na cláusula trigésima quinta, a suspensão referida no número anterior confere à Concessionária o direito a ser indemnizada pelos danos causados.
Cláusula quinquagésima primeira - (Qualidade de serviço)

Um. A Concessionária obriga-se a fornecer à Autoridade de Telecomunicações os elementos e dados estatísticos que permitam em permanência avaliar a qualidade do STTvS em todas as suas modalidades, designadamente quanto a:

a) Instalações de subscritores;

b) Listas de espera e antiguidade;

c) Reclamações sobre o STTvS e sobre a facturação;

d) Avarias participadas, reparadas e demora média na reparação.

Dois. A forma e a periodicidade de apresentação dos elementos e dados estatísticos será acordada entre a Concessionária e a Autoridade de Telecomunicações.

Três. A Autoridade de Telecomunicações, com a colaboração da Concessionária, organizará indicadores básicos da qualidade do STTvS a que esta se obrigará.

Cláusula quinquagésima segunda - (Tipos de pacotes)

Um. A Concessionária pode oferecer um pacote-base e pacotes adicionais de programas de televisão e radiodifusão sonora com origem no Território ou no exterior.

Dois. Em qualquer dos pacotes oferecidos, a Concessionária fica obrigada a incluir gratuitamente os canais a que se refere a cláusula trigésima quinta.

Três. De acordo com a evolução tecnológica e de mercado, o STTvS poderá ainda vir a ser prestado numa lógica de venda canal a canal ou programa a programa.

Cláusula quinquagésima terceira - (Programas a emitir)

Um. Qualquer dos programas oferecidos pode funcionar vinte e quatro horas por dia.

Dois. O início ou o reinício de emissões de programas deve ser comunicado pela Concessionária às entidades fiscalizadoras com a antecedência mínima de quinze dias, com as seguintes indicações:

a) Designação do programa;

b) Entidade responsável, país ou território de origem;

c) Descrição genérica do conteúdo ou mapas-tipo da programação;

d) Data do início ou do reinício da transmissão.

Secção II

Informação, programação e publicidade

Cláusula quinquagésima quarta - (Informação e programação)

Um. Na sua programação própria, a Concessionária observará o disposto na lei em matéria de actividade de radiodifusão televisiva e sonora.

Dois. A Concessionária responderá perante o Concedente pelo conteúdo da programação, incluindo a difundida nos canais que, a qualquer título, ceder a terceiros.

Três. Para a difusão de programas ou de blocos audiovisuais de conteúdo para adultos a Concessionária deve garantir que não se verificará o acesso directo ao respectivo canal, designadamente através de dispositivos electrónicos, ou outros, impeditivos da respectiva visualização ou audição.

Cláusula quinquagésima quinta - (Publicidade)
Nos programas de produção própria, a Concessionária observará as disposições legais vigentes no Território em matéria de publicidade.

Cláusula quinquagésima sexta - (Colaboração com o exterior)

A Concessionária deverá, em termos preferenciais, estabelecer acordos com produtores de Portugal e outros produtores da República Popular da China tendo em vista a aquisição e fornecimento de blocos audiovisuais para transmissão e direitos de retransmissão ou transmissão diferida de parte da programação.

Cláusula quinquagésima sétima - (Direitos de autor)

Um. A Concessionária goza de protecção dos direitos de autor quanto à programação difundida, com excepção dos anúncios de interesse público e da programação transmitida nos programas referidos na cláusula trigésima quinta.

Dois. A Concessionária obriga-se ao cumprimento das disposições vigentes no Território em matéria de direitos de autor e direitos conexos.

Secção III

Taxas e tarifas

Cláusula quinquagésima oitava - (Princípios gerais)

Um. Os valores máximos das taxas, tarifas e preços a cobrar pela prestação do STTvS, ou os princípios a que deverá obedecer a sua fixação, carecem de aprovação do Concedente, ouvida a Autoridade de Telecomunicações, sob proposta fundamentada da Concessionária.

Dois. A Concessionária não poderá cobrar quaisquer taxas, tarifas e preços superiores aos aprovados, nem aplicá-los de forma diferente, ou onerar, por qualquer outra forma, o preço dos serviços.

CAPÍTULO V

Do Concedente e fiscalização

Secção I

Concedente

Cláusula quinquagésima nona - (Poderes do Concedente)

Sem prejuízo dos poderes que lhe assistem por lei e pelo Contrato, compete ao Concedente:

a) Aprovar os planos, as propostas de revisão tarifária e os demais actos da Concessionária sujeitos à sua aprovação ou autorização;

b) Determinar a aplicação de sanções.

Cláusula sexagésima - (Representação do Concedente)

Os direitos e competências atribuídos ou reconhecidos ao Concedente pelo presente Contrato serão exercidos pelo Governador, ou, por sua delegação, pela Autoridade de Telecomunicações.

Secção II

Fiscalização

Cláusula sexagésima primeira - (Entidades fiscalizadoras)

Um. A fiscalização do cumprimento do estabelecido no presente Contrato, bem como das actividades da Concessionária, compete à Autoridade de Telecomunicações, com excepção das matérias relacionadas com o conteúdo, cuja fiscalização cabe ao Gabinete de Comunicação Social.

Dois. As entidades referidas no número anterior tomarão as providências que julgarem necessárias para o desempenho das suas competências de fiscalização, nomeadamente no que respeita ao controlo do STTvS e ao cumprimento das obrigações da Concessionária, podendo verificar, corno e quando o entenderem, a exactidão das informações, elementos e dados por ela fornecidos.

Três. Para efeitos do disposto no número anterior, a Concessionária ficará obrigada a:

a) Franquear o acesso a todas as suas instalações;

b) Prestar todas as informações e esclarecimentos e conceder todas as facilidades necessárias ao exercício da fiscalização;

c) Disponibilizar para consulta todos os livros, registos e documentos;

d) Efectuar, perante a Autoridade de Telecomunicações, os ensaios que por esta entidade lhe forem solicitados, de forma a avaliar as condições de prestação do STTvS ou as características e o estado dos equipamentos;

e) Participar à Autoridade de Telecomunicações as interrupções parciais ou totais da prestação do STTvS, procedendo à respectiva confirmação e justificação por escrito nos cinco dias úteis seguintes.

Cláusula sexagésima segunda - (Aferições)

Um. A Autoridade de Telecomunicações poderá ensaiar e aferir os equipamentos usados na prestação do STTvS, incluindo os equipamentos usados pelos subscritores que sejam da propriedade da Concessionária, sem prejuízo do disposto na lei em matéria de homologação de equipamentos de radiocomunicações.

Dois. Os encargos decorrentes dos ensaios e aferições referidos no número anterior serão suportados pela Concessionária.

Secção III

Sanções

Cláusula sexagésima terceira - (Princípio geral)

A aplicação de qualquer das sanções previstas na presente secção não exonera a Concessionária da sua eventual responsabilidade para com terceiros, nem impede a aplicação pela entidade competente de outras penalidades previstas nas leis do Território ou no Contrato.
Cláusula sexagésima quarta - (Sanções pecuniárias)

Um. Em caso de não cumprimento pela Concessionária, por sua exclusiva responsabilidade, de qualquer das obrigações emergentes do presente Contrato, ou das determinações legítimas do Concedente ou da Autoridade de Telecomunicações, poderá o Concedente aplicar-lhe multas cujo montante variará entre um mínimo de dez mil e um máximo de quinhentas mil patacas, conforme a gravidade da infracção.

Dois. Pelo pagamento das multas responderá a caução prestada e, se esta for insuficiente, proceder-se-á à cobrança coerciva do montante ainda em dívida através do tribunal competente, servindo de título executivo a certidão do despacho punitivo.

Três. No acto de aplicação da multa o Concedente fixará à Concessionária um prazo adequado para cumprir a obrigação que a determinou.

Quatro. Se a Concessionária findo esse prazo continuar sem cumprir, o Concedente poderá:

a) Aplicar nova multa;

b) Impor o cumprimento da obrigação, designadamente através da utilização da caução, ou encarregar terceiros da realização da tarefa necessária ao cumprimento do Contrato a expensas da Concessionária;

c) Rescindir o Contrato.

Cláusula sexagésima quinta - (Sanções não pecuniárias)
São sanções não pecuniárias o sequestro e a rescisão por incumprimento.

CAPÍTULO VI

Disposições finais

Cláusula sexagésima sexta - (Resolução de conflitos)

Um. As questões que se suscitarem entre as Partes sobre a interpretação, validade e execução do Contrato, salvo aquelas que legalmente sejam da competência dos tribunais judiciais, serão submetidas a julgamento de um tribunal arbitral que funcionará no Território e será constituído por três árbitros, sendo um nomeado pelo Concedente, outro pela Concessionária e o terceiro, que presidirá, por acordo de ambos.

Dois. Se uma das Partes não nomear o seu árbitro dentro de trinta dias, a contar da data em que for convidada pela outra a fazê-lo, ou se as Partes, dentro de trinta dias depois de nomeados os dois primeiros árbitros, não tiverem chegado a acordo sobre a pessoa do terceiro, a escolha do árbitro ou árbitros em falta, será feita pelo Tribunal de Competência Genérica de Macau, a requerimento de qualquer das Partes.

Três. O tribunal arbitral julgará segundo a equidade e das suas decisões não caberá recurso.
Quatro. As despesas com a constituição do tribunal serão suportadas pelas Partes na proporção que o tribunal arbitral fixar.

Cinco. Sem prejuízo do disposto noutras cláusulas do presente Contrato, a arbitragem tem efeito suspensivo, o qual, contudo, poderá ser afastado por decisão do tribunal arbitral.

Cláusula sexagésima sétima - (Prazo dos actos)

Com excepção da aprovação prevista no número um da cláusula quinquagésima oitava, os actos do Concedente previstos no Contrato devem ser praticados no prazo de trinta dias contados da data de recepção do pedido, sob pena de este se considerar aceite.

Cláusula sexagésima oitava - (Validade dos textos)
O Contrato é feito em dois exemplares, um em língua portuguesa e outro em língua chinesa, ambos fazendo igualmente fé.

Cláusula sexagésima nona - (Eficácia do Contrato)

O presente Contrato produz efeitos desde a data da sua assinatura.
Macau, aos 29 de Abril de 1999.— A Notária, Maria Isabel Esteves de Figueiredo Dias Azedo.
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TV CABO MACAU
ANEXO I DO CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO TERRESTRE DE TELEVISÃO POR SUBSCRIÇÃO EM MACAU
PLANO GERAL A 15 ANOS
Abril de 1999
INTRODUÇÃO
Neste documento apresenta-se a caracterização do projecto e fundamentação técnico-económica subjacente ao contrato de concessão de operador de Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição (STTvS), no ârnbito do território de Macau.

Nestes quase três anos entre a entrega do pedido e a atribuição da Concessão, a tecnologia evoluiu profundamente, pelo que é de ter em atenção que a escolha final sobre a solução tecnológica, a instalar para o sistema hertziano, dependerá invariavelmente da consulta ao mercado fornecedor de tecnologia. Sem prejuízo do atrás dito, assumiu-se para efeitos de elaboração de um plano económico-financeiro, e de um cronograma de implementação, que a tecnologia do sistema hertziano seria MMDS ("Multi-point Microwave Distribution System"), podendo, no entanto, evoluir para outras tecnologias com distribuição hertziana em frequências mais elevadas.

Foi efectuada uma actualização quer ao nível conceptual, quer ao nível da estruturação organizacional de projecto, com função das alterações socioeconómicas sentidas no Território nestes quase três anos que mediaram entre o pedido da concessão e a atribuição da mesma.
No entanto, no fundamental, mantêm-se válidos os grandes pressupostos assumidos quando da elaboração do projecto e que se voltam a identificar nestes anexos.
A fundamentação técnico-económica resulta de simulações efectuadas para avaliar a viabilidade e rentabilidade do projecto, estando os principais resultados incluídos no plano econórnico-financeiro. Na elaboração do modelo de simulação foram tidos em conta diversos aspectos, em especial os que a seguir se indicam:

· tendências de desenvolvimento deste tipo de negócio detectadas em mercados de maior maturidade;

· inventariação de tecnologias alternativas e ponderação das respectivas potencialidades, imitações e custos;

· estado de desenvolvimento do negócio na zona próxima do território de Macau, nomeadamente em Hong Kong;

· análise da oferta de programas de televisão actualmente disponíveis no Território, especialmente no regime de "free on air"

· requisitos de instalação de dispositivos e equipamentos de rede no interior é no exterior dos edifícios;

· níveis de investimento fixo, relativamente elevados, em função da necessidade da construção integral das redes de prédio, pelo facto das actuais serem de muito má qualidade assim como em função da possível mudança da tecnologia MMDS para cabo;

· necessidades de pessoal e respectivos programas de formação;

· condições de financiamento, viabilidade e rentabilidade do projecto.

Na elaboração do caderno de candidatura à concessão, e em todo o processo de atribuição do Contrato de Concessão, tivemos a colaboração, a título de prestação de serviços de consultoria, da TV CABO PORTUGAL, SA - empresa sediada em Lisboa, Portugal -, que tem uma experiência relevante no lançamento de projectos nesta área de negócio e que participa, absoluta ou maioritariamente, no capital de nove empresas operadoras regionais de distribuição de televisão por cabo, que operam em Portugal, com recurso a tecnologia HFC (“Hybrid Fiber Coaxial”), MMDS e satélite digital. Além disso, a TV Cabo Portugal tem participações accionistas em várias empresas de negociação ou produção de conteúdos audiovisuais para TV e tem em fase de conclusão um projecto para lançamento Cable internet e TV interactivo.

CAPÍTULO I
PLANO TÉCNICO

Face ao exposto, a solução para Macau deve ponderar a rapidez de criação de uma solução comercial e não esquecer a evolução para uma infra-estrutura, que esteja orientada para vir a suportar a prestação de serviços multimédia, que se prevê virem a estar disponíveis a curto/médio prazo.
Por isso, uma vez analisados os vários cenários possíveis de solução tecnológica, a empresa, sem prejuízo de expresso no segundo parágrafo da introdução, propõe-se optar pelo desenvolvimento de uma solução mista em MMDS a qual virá a ser, posteriormente, complementada ou integralmente substituída, por uma rede de TV por cabo.

O arranque com uma solução hertziana permite:
· antecipar o lançamento comercial do serviço STTvS no Território;
· garantir um amplo grau de acessibilidade ao serviço para os fogos residenciais;
· executar a construção/adaptação de redes interiores em prédios onde haja procura efectiva.

Assim, arrancar com a solução MMDS torna possível antecipar a criação do mercado de consumo do serviço STTvS e, correspondentemente, iniciar mais cedo a construção de redes de prédio, que são imprescindíveis à prestação do serviço seja qual for a tecnologia utilizada na rede de distribuição, isto é, rede de TV por cabo ou MMDS.
A empresa propõe-se promover a construção de redes de prédio, segundo especificações técnicas que tornem possível a interligação destas à rede MMDS ou, futuramente e com mínima perturbação do serviço, à rede de TV por cabo.

Como decorre das características das tecnologias de rede acima mencionadas, a solução baseada em tecnologia hertziana permite um mais rápido lançamento comercial do serviço. Pretende-se assim, na fase de arranque do projecto de STTvS, utilizar este tipo de tecnologia.
A escolha desta solução, como tecnologia de arranque para iniciar a actividade comercial, decorre dos seguintes aspectos:

· Minimização de distúrbios na via pública, uma vez que é eliminada a necessidade de levar fisicamente o cabo do "head-end" ao edifício do cliente;
· Maior rapidez de cobertura da zona, pois uma vez instaladas as antenas de distribuição do sinal, urna grande área fica potencialmente coberta, necessitando, embora, da instalação/adaptação das redes de prédio e de cliente;
· Viabilidade da utilização das redes interiores instaladas sempre que comercial e tecnicamente possível.

Após atribuição da correspondente banda de frequências radioeléctricas, a empresa promoverá a instalação de uma solução piloto experimental, que permita afinar os requisitos em número, potência e mapa de frequências de emissores e retransmissores ("beam-benders") para assegurar a cobertura do Território.

Está planeado um período experimental, após a instalação dos equipamentos, para a realização de todos os estudos técnicos e de cobertura necessários, assim como para uma melhor avaliação do potencial do mercado local. O sistema piloto servirá, também, de suporte à realização de acções de formação de pessoal.

Uma vez concluído o regime experimental dar-se-á início à exploração comercial corrente, nas zonas que sejam alvo de comercialização do serviço e completar-se-á a instalação de equipamentos para assegurar a cobertura radioeléctrica adequada.
Posteriormente, face ao comportamento do mercado consumidor do serviço e à evolução da tecnologia, a empresa poderá iniciar a construção da rede de cabo exterior aos edifícios.
Para efeito de instalação da rede de TV por cabo, a empresa poderá vir a contratar a cedência de capacidade de transmissão e/ou a cedência de espaço físico em condutas, para a passagem de cabos próprios.

Neste estádio de desenvolvimento, a rede poderá utilizar uma tecnologia mista de cabo coaxial e de fibra óptica, podendo, em determinadas zonas do Território, manter-se a tecnologia MMDS, que serviu de suporte ao arranque do serviço STTvS.
Como já foi referido, a rede de TV por cabo sendo, embora, de construção mais demorada, comparativamente com o grau de cobertura rapidamente propiciado pela solução MMDS, apresenta algumas importantes vantagens, designadamente o aumento da capacidade e funcionalidade da rede para suportar a oferta de mais canais e novos serviços, e em especial os serviços de televisão interactiva, nomeadamente, “Video-on-Demand”, videojogos, teleensino, etc.

A capacidade da rede MMDS, expressa em número de canais de TV que o sistema pode distribuir, dependerá da largura de banda de espectro que vier a ser atribuída à empresa pelas autoridades competentes. Por outro lado, o custo da tecnologia MMDS, bem como algumas características da qualidade de serviço, são dependentes da colocação da banda no espectro, verificando-se, tipicamente, que o investimento e os custos de exploração são tanto mais elevados quanto mais alta for a frequência central da banda.
A rede MMDS proposta tem capacidade para distribuir os diferentes tipos de pacotes de programação que a empresa se propõe vir a comercializar, nomeadamente os designados pacotes Básico e Suplementar, tal como referidos no Capítulo II.

Outros serviços - como videotexto ou "Pay-Per-View (PPV)" e retransmissão de eventos desportivos de especial interesse para o mercado local, etc. Podem, também, ser distribuídos através da rede MMDS. No entanto, como explicitado no PLANO DE SERVIÇO, não se pretende incluir a prestação deste tipo de serviços complementares na primeira fase do projecto.
Os diversos tipos de serviços poderão ser prestados a diferentes clientes moradores num mesmo prédio, consoante a opção de contrato por que cada um optar. O condicionamento de acesso apenas ao tipo de serviços (pacotes básico, suplementar ou outros), contratado por cada cliente, pode fazer-se pela instalação de filtros de eliminação de parte da banda de frequência da rede ou através de sistemas de codificação/descodificação.

Numa fase posterior, com a evolução para a rede de TV por cabo, a empresa prevê vir a lançar a prestação de serviços de televisão interactiva, tais como telejogos, "Video-On-Demand" (VoD), telecompras, “Home-banking”, etc., isto após estudo de viabilidade comercial dos mesmos no mercado local.

CAPÍTULO II
PLANO DE SERVIÇO

A empresa prevê operar comercialmente com um pacote de programação, o denominado Pacote Básico.
A empresa prevê também lançar um outro pacote de programação, o designado Pacote Suplementar, constituído por canais adicionais ao pacote Básico, que será fornecido apenas aos clientes que especificamente subscrevam aquele outro pacote, mediante um pagamento suplementar.

A capacidade do sistema tecnológico que a empresa pretende adquirir não deverá ficar esgotada com as ofertas comerciais acima mencionadas. De facto, a empresa pretende instalar um sistema MMDS com capacidade para 24 canais analógicos de televisão, ou aproximadamente 18 canais analógicos e 40 digitalmente comprimidos, e um sistema de TV por cabo, que, dependendo da análise do custo de tecnologia, poderá, pelo menos, ter uma banda passante da ordem de 750 MHz, suportando dezenas de canais de televisão em modo analógico e algumas centenas em modo digital comprimido.
A empresa pretende vir a comercializar, por subscrição, os já referidos pacotes Básico e Suplementar, além de outros serviços de televisão interactiva, desde que os mesmos sejam compatíveis com a concessão atribuída e comercialmente interessantes.

A composição dos pacotes de programação evoluirá, certamente, ao longo do tempo, seja para adaptação comercial ao mercado local, seja por efeito de contratação com fornecedores de programas. Contudo, a empresa pretende assegurar aos seus clientes que a dimensão destes pacotes, traduzida em número de canais que os compõem, bem como a diversidade de conteúdo típico destes, não serão profundamente alteradas.

O pacote Básico será orientado para a massificação do mercado consumidor potencial e conterá urna combinação de línguas de emissão, tanto quanto possível, ajustada ao mercado local. A dimensão deste pacote será principalmente influenciada pelo preenchimento das áreas temáticas de interesse geral, consequência directa do reconhecimento do mercado alvo e dos custos com aquisição de programação.
Assim, a composição do pacote Básico, dependendo de negociações com fornecedores de programação, incluirá, em princípio, canais com conteúdo representativo das seguintes áreas temáticas:

· Cultural e Educacional;
· Desporto;
· Drama;
· Infantil;
· Música;
· Natureza e Ciência;
· Notícias;
· Turismo e Viagens.

O Pacote Suplementar será orientado para a satisfação de interesses de segmentos de mercado de maior poder aquisitivo. Na sua composição entrará, fundamentalmente, programação temática e canais de filmes e séries.
O custo de programação varia de canal para canal e só poderá ser verdadeiramente fixado após negociações com os respectivos titulares de direitos autorais e comerciais.
Uma vez que a empresa pretende transmitir na sua rede os canais comercialmente representativos no Território, as línguas cantonense, mandarim, portuguesa e inglesa estarão, à partida, representadas no Pacote Básico.

A empresa propõe-se monitorar, sistematicamente, a oferta de programação tecnicamente disponível no Território por difusão via satélite e negociar os respectivos direitos de distribuição, em particular quando as línguas de emissão forem faladas ou entendidas em Macau, como é o caso do cantonense, mandarim, português e inglês. Os horários de transmissão dos canais a oferecer, numa primeira fase, serão definidos pelos fornecedores de programação.
O plano das negociações com fornecedores de programação baseia-se na estratégia de aquisição de canais completos. Pretende-se com estas negociações, encontrar a combinação para os pacotes de programação e distribuição de línguas por canal, que mais se ajuste à expectativa do mercado local.
A empresa propõe-se incluir na sua rede de distribuição sinais não-vídeo de FM áudio e, futuramente, de serviços DAB ("Digital Audio Broadcasting"). Além disso pretende, também, assegurar a prestação de serviços videotexto.

CAPÍTULO III
PLANO ECONÓMICO-FINANCEIRO

A distribuição do Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição constitui um importante factor de divulgação, crescimento e diversificação sociocultural e recreativa, de inegável interesse para a sociedade.
Pela possibilidade de acesso a uma enorme variedade e heterogeneidade de emissões de televisão de todo o mundo, nomeadamente da zona Ásia-Pacífico, a distribuição por MMDS ou cabo representa, também, um importante contributo para a concretização e fortalecimento da dimensão comunitária, que se pretende construir em Macau.

Pelos investimentos que exige e pela sinergia que cria e implica, a distribuição de Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição constitui, igualmente, um factor de dinamização e potenciação de desenvolvimento económico em geral e, em especial, nas áreas de telecomunicações que envolvem tecnologias de ponta.

A distribuição do Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição contribuirá, também, em certas situações de forma significativa, para a salvaguarda de valores e interesses paisagísticos e estéticos, preocupação geral crescente, nomeadamente em zonas de acentuada construção/concentração e em zonas consideradas de interesse histórico e turístico.
Como complemento deste Plano económico-financeiro a 15 anos, que constitui o Anexo I do Contrato de Concessão do Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição em Macau, apresentamos os seguintes mapas:

· Plano de Intervenção;
· Plano de Investimentos;
· Demonstração de Resultados Previsionais;
· Balanços Previsionais.

A caracterização do mercado consumidor potencial foi feita com base num estudo de mercado encomendado pela empresa e realizado durante o segundo trimestre de 1998, por uma empresa especializada, conjuntamente com a apreciação de indicadores específicos do Território, nomeadamente os contidos nas publicações "Índices de Preços no Consumidor", "Principais Indicadores da Estatística do Trabalho", "Macau em Números", "Estatísticas de Construção". Foram ainda analisados diversos documentos relativos ao negócio de televisão por subscrição em diversos países, particularmente, nas zonas próximas do território (Hong Kong, China-Taipé, R. P. da China, ...).

Face à natureza do produto da empresa, o mercado global tem, potencialmente, a dimensão do número de fogos residenciais ocupados existentes no Território.
Contudo, o mercado é composto por segmentos algo diferentes em poder aquisitivo, em sensibilidade a barreiras linguísticas, em interesses culturais e noutras variáveis sócio-demográficas.
Haverá o cuidado de atender à composição da estrutura populacional quando se definir a composição temática dos pacotes de programação, a representação de línguas de emissão dos canais de TV incluídos no Pacote Básico, a definição do preçário e o plano publi-promocional.
O número de fogos habitacionais existentes em Macau tem-se mantido estável nos últimos anos. O numero de pessoas por fogo é da ordem das 3,4.

Anexo I - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Geral a 15 anos
TV Cabo Macau
Plano de Intervenção

Anexo I - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Geral a 15 anos
TV Cabo Macau
Plano de Investimentos

Anexo I - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Geral a 15 anos
TV Cabo Macau
Demonstração de Resultados

Anexo I - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Geral a 15 anos
TV Cabo Macau
Balanço Previsional

TV CABO MACAU
ANEXO II DO CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO TERRESTRE DE TELEVISÃO POR SUBSCRIÇÃO EM MACAU
PLANO DIRECTOR A 3 ANOS
Janeiro de 1999

PLANO DIRECTOR A 3 ANOS

De acordo com a cláusula trigésima sexta do Contrato de Concessão do Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição de Macau, a Concessionária é obrigada a elaborar sucessivos planos directores que servirão para actualizar o Plano Geral.
Naturalmente este primeiro Plano Director a 3 anos decorre do Plano Geral a 15 anos, que já contém os Planos Técnicos, de Serviço, e Económico-Financeiro, tendo-se neste Plano Director decomposto a actividade mensal dos dois primeiros anos de início de actividade da empresa (à excepção do Balanço), que correspondem aos anos de instalação do projecto e início de operação.
Os mapas económico-financeiros apresentados seguem o modelo do Plano Geral a 15 anos, que são:
· Plano de intervenção
· Plano de investimentos
· Demonstração de resultados
· Balanço previsional

Da gestão da empresa, a nível de Conselho de Administração, serão emanadas anualmente as directivas que conduzirão os órgãos executivos da Concessionária a actualizarem o Plano Director a 3 anos, de acordo com os objectivos propostos, e a melhor satisfação dos clientes, accionistas e pessoal da empresa.

ANEXO II - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Director a 3 anos
TV Cabo Macau
Plano de Intervenção

ANEXO II - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Director a 3 anos
TV Cabo Macau
Plano de Intervenção

ANEXO II - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Director a 3 anos
TV Cabo Macau
Plano de Investimento

ANEXO II - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Director a 3 anos
TV Cabo Macau
Plano de Investimento

ANEXO II - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Director a 3 anos
TV Cabo Macau
Demonstração de Resultados

ANEXO II - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Director a 3 anos
TV Cabo Macau
Demonstração de Resultados

ANEXO II - Contrato de Concessão para o STTvS
Plano Director a 3 anos
TV Cabo Macau
Balanço Previsional

TV CABO MACAU

ANEXO III DO CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO TERRESTRE DE TELEVISÃO POR SUBSCRIÇÃO EM MACAU

PLANO DE TRABALHO A 2 ANOS

Janeiro de 1999

PLANO DE TRABALHO A 2 ANOS

O cronograma apresentado para o Plano de Trabalho a 2 anos da Concessionária do Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição de Macau tem início a contar da data de atribuição do respectivo Contrato de Concessão pelo Governo do Território ou da banda de frequências. A duração das tarefas está calculada e representada em dias úteis de trabalho.

O objectivo principal deste primeiro Plano de Trabalho da empresa é o de identificar exaustivamente todas as tarefas essenciais a completar, de modo a dar início à actividade comercial antes do prazo contratual de quinze meses após a atribuição da Concessão ou da banda de frequências, e de acordo com a cláusula quarta do texto do contrato. Nele é descrito todo o processo de arranque da actividade desde a atribuição da bando de frequências, recrutamento de quadros, negociações de contratos de fornecimentos e serviços até às acções comerciais e de marketing necessárias à venda do serviço.

ANEXO III - Contrato de Concessão

do Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição em Macau
Plano de Trabalho a 2 Anos
Fonte - Google